Metodologias iniciais para abertura de uma microempresa

Lilian Karen Barreto Soares¹

Adiano Alves de França²

Leilane Kércia Barreto Soares³

¹Aluna do Curso de Ciência Contábeis da Universidade Vale do Acaraú – Instituto Dom José de Educação. IDJ/UVA.[email protected]

² Professor Orientador do Curso de Ciências Contábeis Universidade Vale do Acaraú – Instituto Dom José de Educação. IDJ/UVA. Especialista em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria – FVS – Icó – Ceará. [email protected]

Graduada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos, Universidade Estadual do Ceará (UECE). Especialista em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria – FVS – Icó – Ceará e Especialista em Gestão em Saúde - UECE - Ceará. [email protected]

Resumo

A cada ano, mais pessoas decidem montar seu próprio negócio, essa opção é cada vez mais levada em consideração por profissionais de todas as áreas, mas é necessário um conhecimento amplo sobre diversos assuntos que serão abordados no decorrer deste trabalho. Muitas pessoas querem sair da vida dura de ser um simples assalariado, subordinado a outras pessoas e tendo que cumprir horário para se tornarem donos do seu próprio negócio, certamente as responsabilidades são bem maiores, mais caso seja um empresário de sucesso, o retorno chega logo em seguida. A história nos da vários exemplos de idealistas que através de seus conhecimentos criaram pequenas empresas que com o passar do tempo viraram empresas de grande porte, isso se deve a um planejamento inicial bem elaborado; afinal montar um negócio sem o conhecimento de como é o mercado é um tanto arriscado e na maioria das vezes levam as empresas ao fracasso. Desta forma torna-se indispensável um estudo inicial antes dos empreendedores se aventurarem no mundo dos negócios.

Palavras chaves: Empreendedor; Empresa; Novo Negócio.

 

1 Introdução

Abrir um novo negócio é visto hoje como um desafio para os novos empresários, pois os mesmos devem estar cientes dos riscos que estão sujeitos a passar, tais como: fiscalização, falência, qualidade dos serviços prestados ou oferecidos, concorrência, entre outros.

Empreender significa criar novas oportunidades, qualquer um pode ser um empreendedor, e não existe um padrão único de empreendedorismo, existem formas diferentes de desenvolver um determinado trabalho.

Segundo DORNELAS, 2008, p. 14, empreendedor (entrepreneus) tem origem francesa e quer dizer “aquele que assume riscos e começa algo novo”.

O Empreendedor deve ter um amplo conhecimento do mercado, dos produtos, dos clientes a serem atendidos, nos negócios, deve-se fazer um planejamento, um longo estudo antes de abrir uma nova empresa, sem contar com as transformações políticas, sociais e econômicas, que mudam o ambiente do negócio constantemente.

Lapolli (2009, p. 22) diz que “as organizações se transformaram no decorrer do tempo, em virtude da globalização, do desenvolvimento econômico, tecnológico e social”.

2 Procedimentos iniciais

Nos dias atuais, montar um negócio é ainda mais difícil, pois há a necessidade de pessoas qualificadas, organizadas e acima de tudo de responsabilidade. Quem vai abrir um novo negocio deve estar atento as necessidades da sociedade deve ter uma visão ampla no setor.

Para Brandão (2013, p.9): “É uma forma de planejar e organizar a implementação de uma ideia. Além disso, ele é fundamental para que se possa, de antemão, verificar a viabilidade do novo empreendimento e identificar os diversos pontos importantes a serem considerados”.

Antes de abrir uma nova empresa deve-se realizar um plano de negocio, que vem a ser uma ferramenta onde se coloca tudo sobre o mais novo empreendimento, como por exemplo, os fatores positivos e negativos, o tipo do empreendimento, seus sócios e verificar a saúde econômica e financeira de sua empresa. Planejar é entender os processos organizacionais de seu futuro negócio e significa conhecer aquilo em que está envolvido.

“Planejamento é o processo consciente e sistemático de tomar decisões sobre objetivos e atividades que uma pessoa, um grupo, uma unidade de trabalho ou uma organização buscarão no futuro.” (BATEMAN e SNELL, 1998, p. 121).

O Plano de Negócios (PN) é um documento que reúne informações sobre as características, condições e necessidades do seu atual ou futuro empreendimento. Ele é um instrumento muito útil porque ajuda a gerenciar e monitorar o dia a dia da sua empresa. No Plano de Negócios o empreendedor faz uma descrição completa de como o seu empreendimento é, quais são suas formas de gestão e seus antecedentes (sua história). O PN serve para o empreendedor entender melhor seu negócio, identificar oportunidades e os próximos passos que deve dar para fazê-lo crescer. (SEBRAE, 2014).

O Plano de Negócio também pode ser elaborado para servir de fonte de consulta para funcionários e parceiros, ou para que outros interessados conheçam melhor o seu empreendimento, ele funcionará como um guia, sabendo como é e como está situado no mercado, com isso, fica ainda mais fácil o desenvolvimento e crescimento da empresa.

O empreendedor deve pensar longe, caminhando com calma, para assim tornar-se um empreendedor de grande sucesso, agindo de forma correta, para que não tenha problemas com nenhum tipo de fiscalização. O empreendedor será motivado por sua auto-realização, por sua independência, assumir novos desafios, sempre procurar melhorar seu desempenho, surgindo assim novas ideias, novas conquistas. 

Empreendedorismo e pequenos negócios são conceitos freqüentemente discutidos, mas a definição de cada um varia enormemente de um lugar para outro, de país para país, de autor para autor. Empreendedorismo é o modo de pensar e agir de forma inovadora; identificando e criando oportunidades; inspirando, renovando e liderando processos; tornando possível o impossível; entusiasmando pessoas, combatendo a rotina; assumindo riscos em favor do lucro. (SEBRAE, 2014).

A inovação é um fator característico do empreendedor, a ação empreendedora é de fundamental importância para o bom desenvolvimento do país, para o bom relacionamento com seus clientes, pois suas mudanças são freqüentes e constantes.

Não se pode abrir uma empresa de qualquer forma, sem um plano para ser seguido, qualquer coisa pode ser feita e o resultado final pode não ser o desejado.

3 As características de comportamento empreendedor

O sucesso de um empreendedor depende de diversos fatores importantes, tanto pessoais como a respeito do que deve ser levado em consideração para iniciar um empreendimento de sucesso.

Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, 1982, surgiram alguns fatores importantes, como: Características do Comportamento Empreendedor, que seriam:

  • O que seria um empreendedor;
  • Desenvolver uma forma de identificar empreendedores e
  • Desenvolver um treinamento que estimulasse as competências empreendedoras dos indivíduos.

Ainda segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, 1982, ao final da pesquisa identificou-se que os empreendedores apresentam características próprias de pessoas que tem um grau de realização superior às das demais. Pessoas com atitudes diferenciadas.

O mais novo empreendedor deverá se preocupar com o estabelecimento de metas e objetivos, preocupar-se com a busca de informações com seus clientes, fornecedores e até mesmo com seus concorrentes, determinar prazos definidos para as tarefas planejadas, também manter registros financeiros sobre seus resultados. O empreendedor deve estar ciente das oportunidades surgidas no decorrer dos dias, terem ideias inovadoras para favorecer seu empreendimento.

As transformações políticas, sociais e econômicas, que ocorrem num ritmo cada vez mais acelerado, mudam o ambiente dos negócios no mundo inteiro e oferecem novas e promissoras oportunidades de empreendimentos. Antes de empregar recursos e energia em um novo negócio, é preciso identificar as oportunidades mais promissoras para seus investimentos. As boas chances estão onde existem necessidades de clientes que precisam ser satisfeitas. (SEBRAE, IPGN).

Para identificaras necessidades de um cliente, é necessário verificar as melhores oportunidades de investimento, pensando sempre em vencer a concorrência, mais isso de forma correta, clara e objetiva.

 Segundo Gary Hamel e C. K. Prahalad, 2005: “O empreendedor não pode mais esperar pelo envelhecimento dos produtos e serviços para só então mudá-los.”

O empreendedor deve estar atento as mudanças, preocupado com as transformações das necessidades de seus clientes, e não deixar escapar as oportunidades, é interessante ressaltar que existem alguns fatores que influenciam nas novas oportunidades, um deles é a globalização, pois é constante o acesso a itens de consumo comuns entre os cidadãos de diferentes países, outro fator é o conhecimento, que pode trazer grandes vantagens, sem falar da inovação, indispensável ao mundo atual.

“Quanto mais completo for o conhecimento do empreendedor, e, ainda, sua imagem e entendimento de um setor de negócios, tanto mais realista será a visão.” (FILION, 2000, p. 10).

4 Analisando o Mercado

Os empreendedores não devem apenas se basear em uma visão superficial de seu mercado, devem-se verificar as características de onde o negócio irá começar, estudando o mercado e reduzindo os efeitos das ameaças do “pode não dar certo”.

Conforme o Manual de elaboração e Gestão de Projetos orientados para Resultados – GEOR, 2010:

A predominância de uma lógica de organização focada na oferta de produtos e serviços, ao invés de centradas nas necessidades do mercado e os clientes, em muitos casos, tem levado a realização de diversas iniciativas paralelas e desarticuladas, com perda de foco, efetividade e sinergia.

Segundo Cezar Vasquez, (2013): “Analisar o mercado é fundamental antes de escolher que tipo de empresa abrir”.

A identificação do mercado-alvo decorre da análise das oportunidades e ameaças no ambiente externo da empresa. O principal critério a ser utilizado é o potencial de negócios esperado, levando em consideração as condições que a empresa terá para explorar as oportunidades identificadas, ou pelo menos alguma delas, já que podem existir oportunidades para as quais a futura empresa poderá não estar preparada para explorar. (SEBRAE, IPGN).

A análise do mercado é extremamente importante e indispensável quando se vai montar uma empresa, assim o empreendedor saberá definir o perfil mais adequado dos seus clientes; ele deve estar ciente das dificuldades e oportunidades que irá enfrentar, e assim, ao analisar bem o mercado saberá qual o melhor ramo de atuação.

As habilidades referem-se à capacidade do indivíduo em identificar novas oportunidades, valorizar oportunidades, ter pensamento criativo, comunicação persuasiva, e as habilidades de negociação, de aquisição de informações, de resolução de problemas, de utilização de recursos, de planejamento e para conduzir diversas situações.” (apudMORI, 1998; HORNADAY e ABOUD, 1971; MEREDITH,1982; TIMMONS,1978).

O empreendedor deve compreender a importância de utilizar um instrumento de pesquisa para se conhecer o mercado consumidor de uma empresa, a realização de um simples questionamento com seus futuros possíveis clientes é muito importante, pois assim o empreendedor ficará ciente de todas as informações necessárias para desenvolver um bom trabalho, e assim garantir o sucesso de sua empresa.

Eles devem analisar estudando bem seus concorrentes, na maioria das vezes, a concorrência pode até servir para melhorar seu empreendimento, pois ele entrará em uma competição, onde quem vence é o melhor, no caso de empresas, quem vence é quem tem melhor preço e melhor qualidade no produto ou serviço oferecido, assim mostram-se os dois tipos de concorrentes que hoje existem: os diretos e os indiretos.

Concorrentes diretos são os que atuam no mesmo ramo e, na maioria das vezes, na mesma localidade. Já os concorrentes indiretos atuam no mesmo ramo em outras localidades, mas também podem ser de outros ramos que estejam na sua localidade, ou seja, se o cliente quer um produto/serviço, os concorrentes são as empresas do mesmo ramo, se o cliente quer comprar algo que não sabe ao certo, todos concorrem e vence aquele que tiver as melhores estratégias de persuasão. (SEBRAE, IPGN).

Antes de tudo, deve-se analisar como são seus concorrentes, observando-os será capaz de levantar informações relevantes sobre eles, saber de que forma eles trabalham, quanto vendem, seus pontos positivos e negativos também farão a diferença na hora de montar o negocio certo, resultando em vantagens competitivas, que são as vantagens que a empresa obtém sobre a concorrência. O empreendedor, além de se preocupar com a concorrência, deve também preocupar-se em melhorar seus serviços ou produtos, para assim não perder seus cliente.

5 Produtos e Serviços

O empreendedor deve criar o layout da empresa, conhecer o mercado, descobrindo assim suas necessidades, e transformando isso em benefícios para seus clientes, e possuir formas diversificadas de vendas. O cliente é quem vai definir as características dos produtos ou serviços que uma empresa possui, o cliente sempre será a peça fundamental para que o negocio prossiga, as empresas devem sempre manter o foco nos clientes, atendendo suas necessidades.

“A adequada definição da linha de produtos e serviços que um empreendimento oferece aos seus clientes, é de fundamental importância para o seu sucesso.” (SEBRAE, Aprendendo a empreender).

A estratégia de negocio deverá ser voltada para a inovação, com características originais, excelência operacional, com um menor preço, e a opinião do cliente, com produtos e serviços personalizados.

Os produtos ou serviços prestados para os clientes devem ser diferenciados, direcionado para as expectativas, vantagens que os favorecem, sem falar que os produtos oferecidos deverão ser de qualidade, de acordo com o que o cliente espera, um produtos que desenvolva corretamente todas as funções esperadas.

6 Processos de funcionamento

Toda empresa é como se fosse um processo de satisfação das necessidades e expectativas dos clientes, pois eles sempre serão a peça fundamental para o bom funcionamento dos negócios.

Os processos podem ser divididos em dois tipos: os que pertencem à cadeia básica de valor do cliente e os processos de apoio, que sustentam o funcionamento da estrutura que irá desenvolver os primeiros. Deve-se iniciar o planejamento dos processos por aqueles que compõem a cadeia de valores dos clientes, em consonância com a definição da missão do negócio. (SEBRAE, 2014).

Outra ferramenta importante para a realização do processo é fazer a elaboração de um fluxograma[1], assim ficará mais fácil a realização das tarefas desempenhadas, evitando em inúmeras vezes o desperdício, pois o fluxograma é uma tarefa de fácil compreensão e extremamente objetivo.

O fluxograma é desenvolvido primeiramente com as atividades que serão realizadas e depois verificar as pessoas responsáveis por cada uma, com isso finalizará o fluxograma da empresa, um exemplo de onde utilizá-lo é para realização de controle de estoques.

A necessidade de um controle de estoque é para evitar custos desnecessários, assim, como controle de produtos, e mantendo a qualidade dos mesmos, mantém o ponto de equilíbrio financeiro de seus empreendimentos.

Fica claro que, como em toda empresa, o fluxo de informações também é extremamente fundamental no processo de Controle de Estoque, fazendo com que a implantação de um Sistema de Informação seja cada vez mais necessária, para que com isso as empresas visem obter vantagem competitiva por meio de redução de custo e diferenciação de produtos.

Toda organização, de uma forma ou de outra, utiliza-se de pessoas, processos e tecnologia para a execução de seus negócios. As grandes empresas e as Franquias não vivem sem processos, devem usá-los depois das fases de aprendizagem, ou seja, quando entram em execução buscando escala. Da mesma forma as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e até mesmo as ONGs precisam pensar em processos quando decidem implantar suas Estratégias e Modelos de Negócio. Tais processos devem ajudar na gestão, operação, automação e redução de conflitos, mas não apenas para conseguir alguma certificação ou tornar o negócio engessado. (GRANDO, São Paulo, 2013).

O fluxograma do processo é desenvolvido por três elementos: as etapas, as atividades e os responsáveis. Os responsáveis terão que possuir as habilidades necessárias para desenvolver com eficiência o trabalho solicitado.

7 Análise Financeira

A análise financeira da empresa serve para calcular os custos de implantação de um negócio, calcular o preço de vendas de um produto/serviço e estimar as receitas de vendas. Há uma extrema necessidade de realizar um planejamento financeiro antes de abrir uma empresa, calcular seus investimentos físicos, seus custos, para que não passe por dificuldade futuramente.

Analisar economicamente um negócio significa projetar todos os investimentos, os custos e as receitas de vendas do seu futuro negócio. É a parte mais fácil do plano de negócios, afinal de conta, a maior parte do trabalho de levantamento de informações já foi feito.

Investimentos Físicos: aqueles destinados à compra de máquinas e equipamentos, instalações e veículos, móveis e utensílios, fachada, projetos, pesquisa de mercado, etc. Investimentos Financeiros: aqueles destinados à formação de capital de giro para o negócio. O capital de giro é o montante de recursos em dinheiro necessário ao funcionamento normal da empresa: compra de matéria-prima, financiamento de vendas, operações a descoberto etc. (SEBRAE, IPGN).

É interessante que o empreendedor tenha total conhecimento do valor que irá gastar para montar o estabelecimento. Serão inúmeros os custos, na análise financeira do negocio, é muito importante determinar tudo o que será gasto com a empresa, o que a mesma irá precisar para seu bom funcionamento; também terá que ser analisado o negócio escolhido e o tamanho do mercado, deve-se analisar conjuntamente o volume total de produção.

Posteriormente serão calculados os custos da empresa, que assim como nos investimentos, também são classificados em fixos e variáveis.

Custos Fixos: são aqueles cujo valor não é afetado pelo volume total de produção ou de vendas da empresa. Isso significa que os montantes permanecem os mesmos, independentemente de a empresa estar vendendo muito ou pouco. Exemplos característicos são o aluguel do ponto comercial (desde que isso não ocorra em shoppings, onde, normalmente, se estabelece o aluguel como um percentual das vendas totais da loja) e os salários dos funcionários (desde que não sejam comissionados).

Os custos fixos são aqueles que o empresário tem que cumprir periodicamente, os valores já deve estar disponível para pagamento sempre no período certo, são valores que independem da produção, um valor fixo. Já nos variáveis ocorre o contrário, são valores dependentes do que será produzido.

Custos Variáveis: são aqueles cuja variação é diretamente proporcional à variação das receitas da empresa. Ou seja, a cada momento em que as vendas da empresa sofrem um acréscimo ou redução, o mesmo ocorre com esse grupo de custos. Casos típicos são os impostos sobre a receita (como o Imposto de Renda, por exemplo) e os gastos com matéria-prima. (Fonte: SEBRAE, IPGN)

Para a empresa os custos variáveis são os mais importantes, e sempre terá a maior participação em qualquer negocio, pois esses serão calculados a partir das metas das vendas. Primeiramente deve-se estar ciente do custo variável de serviço, depois se preocupar com os impostos que deverá pagar sobre suas receitas. Com isso o empresário deve-se estar enquadrado em um dos sistemas de recolhimento de impostos, o mais utilizado entre as Micro empresas é o Simples Nacional que é instituído pelo Governo Federal.

O Simples Nacional é exclusivo para a micro ou pequena empresa, é gerido pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, e são inúmeros os benefícios, que vão além dos tributos que deverão ser pagos.

O Simples Nacional, é apelidado de Supersimples, que substituiu o Simples Federal (Lei n. 9.317/1996). É um regime de arrecadação, de caráter facultativo para o contribuinte. Os tributos e contribuições são calculados mediante as alíquotas das tabelas integrantes da Lei Complementar n. 123/2006 e (suas alterações) e recolhidos em guia única. Além de unificar e simplificar o recolhimento dos tributos, o Simples Nacional prevê isenção para as exportações, permite o desconto dos tributos pagos antecipadamente por substituição tributária e do ISS retido na fonte e reduz as obrigações fiscais acessórias exigidas de microempresas e empresas de pequeno porte. (SEBRAE, IPGN).

Além dos investimentos fixos e variáveis, custos fixos e variáveis, e o pagamento de impostos, no caso das microempresas no regime do Simples Nacional, o empreendedor também deve conscientizar-se dos gastos referente a transportes, embalagens, propaganda, produção e pró-labore[2], apesar de serem classificados como custos simples, devem ser devidamente registrados, esses são os chamados custos de proteção do investimento, que se resumem em custos fixos.

Também deve ser estudado os custos referente a depreciação dos bens que a empresa possui, como o seu desgaste natural, com isso, diminui gradativamente o valor dos investimentos e verificar se a empresa irá precisar de algum capital de giro, após calcular todos os gastos indispensáveis para o normal funcionamento da empresa.

8 Resultados e Discussões

Para qualquer pessoa que queira investir em seu próprio estabelecimento, abrir uma nova empresa, ser um empreendedor, deve estar muito bem informado de todas as informações expostas neste trabalho, pois são inúmeras as dificuldades, mais caso planeje, poderá obter um resultado positivo, o empresário tem quer estar ciente de todos os processos, do passo a passo para abertura da empresa. O objetivo do trabalho foi desenvolver uma forma mais ampla e bem simplificada do que um empreendedor deve planejar para abrir sua própria empresa, sabendo também dos riscos que podem vir a ocorrer no decorrer do empreendimento. 

9 Conclusão

Este artigo teve como objetivo expor os cuidados, precauções e um bom desempenho sobre o assunto para abertura de uma empresa, diante do exposto conclui-se que se devem analisar as características empreendedoras de diversas áreas antes de abrir uma empresa, as mudanças tecnológicas e alguns outros fatores influenciam na tomada de decisão de diversos empreendedores, pois o seu foco sempre será o cliente, visto que a inovação e a escolha de bons produtos ou serviços sempre serão ferramentas fundamentais para o bom desenvolvimento da empresa. Eles devem ter em mente estratégias competitivas para com seus concorrentes.

Com o passar dos tempos as empresas vem ganhando espaço na sociedade, pois desempenham papel importante, suprindo as necessidades dos clientes, e também por gerarem novos empregos, gerando novas oportunidades, novas formas de comercialização e um melhor desempenho diante de seus concorrentes.

O conhecimento é indispensável para os novos empreendedores, pois será com ele que os mesmos identificarão novas oportunidades de fazer negocio, o empreendedor terá mais habilidade para solucionar certos problemas e assim conseguirá desempenhar um trabalho de sucesso.

Referências

Apud, KLEIN, LeanderLuiz;  ALVES, Juliano Nunes;  PEREIRA, Breno Augusto Diniz; O Estudo da cultura empreendedora: As características empreendedoras e valores dos empresários, Santa Maria, 2013.

BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. A administração construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

BRANDÃO, Felipe Grando, Plano de Negócio, Porto Alegre, 2013.

DORNELAS, Jose Carlos Assis; Empreendedorismo, Transformando ideias em negócios, Rio de Janeiro, 2008.

FILION, L. J. Visão e relações: elementos para um metamodelo empreendedor. Revista de Administração de Empresas, v. 7, 2000.

GRANDO, Processos empresarias são fundamentais para a boa execução dos negócios [Internet]. São Paulo: Ney Grando. 2013 Mar [citado em 2014 Jun]. Disponível em http://neigrando.wordpress.com/2013/03/

LAPOLLI, Édis Mafra, et al., (Org.) Capacidade empreendedora: teoria e casos práticos. Florianópolis: Pandion, 2009.

MORI, F. Empreender: identificando, avaliando e planejando um novo negócio. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 1998.

SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 1. Disponível em <http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/ipgn11/modulo01/unidade02.html?AICC_SID=1062663w57w15513w12769&AICC_URL=http://www.ead.sebrae.com.br/scormapi/aiccHACP.asp>. Acesso em 2014 Mai.

SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 2. Disponível em <http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/ipgn11/apostila/modulo02.pdf> Acesso em 2014 Mai.

SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 3. Disponível em <http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/AE2011/docs/modulo3.pdf> e <http://pt.scribd.com/doc/120216663/IPGN-Iniciando-um-Pequeno-e-Grande-Negocio-SEBRAE> Acesso em 2014 Abr.

SEBRAE, Aprendendo a empreender. Disponível em <http://pt.slideshare.net/oscarcurros/aprendendo-a-empreender-com-o-sebrae> Acesso em 2014 Abr.

 SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 5. Disponível em <http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/ipgn11/apostila/modulo05.pdf>Acesso em 2014 Abr.

SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 7. Disponível em <http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/ipgn11/modulo07/unidade01.html?AICC_SID=1903698w57w15536w12860&AICC_URL=/scormapi/aiccHACP.asp> Acesso em 2014 Mai.

SEBRAE, Iniciando um Pequeno e Grande Negócio. Modulo 8. Disponível em<http://www.ead.sebrae.com.br/Cursos/ipgn11/apostila/modulo08.pdf> Acesso em 2014 Mai.

VASQUEZ, Cezar, Empreendedorismo. Revista extra, disponível em<http://extra.globo.com/emprego/empreendedorismo-faca-e-aconteca/analisar-mercado-fundamental-antes-de-escolher-que-tipo-de-empresa-abrir-9769098.html>

 

[1]“O fluxograma é uma representação gráfica, por meio de símbolos, linhas e palavras, que descreve, passo a passo, as seqüências de um trabalho, detalhando as etapas, as atividades e os responsáveis por cada operação.” (SEBRAE, IPGN, 2014)

[2]Pró-labore: retirada regulares dos sócios em função do trabalho que executam diariamente na empresa. (SEBRAE, 2014)