Por: Eduardo Cervantes Guaiato

Resumo

Cluster turístico é uma ferramenta administrativa que tem levado algumas regiões turísticas a buscarem estratégias competitivas para o seu desenvolvimento e crescimento, ou seja, empresas concentradas no mesmo espaço geográfico que se relacionam, competem, mas também cooperam entre si, proporcionando qualidade e excelência ao turismo da região. Neste artigo procurou-se identificar a existência da organização de cluster turístico na cidade de Campos do Jordão, analisando aspectos administrativos e gerenciais, a economia regional e o desenvolvimento da localidade, possibilitando a interação entre empresas, instituições e órgãos públicos. A escolha dessa cidade para estudo foi devido ao seu cenário turístico nacional, sua localização estratégica e pelo expressivo número de turistas que a visitam, principalmente no inverno. Para alcançarmos o objetivo proposto realizamos consultas bibliográficas, pesquisas de campo e entrevista com empresários da região. O resultado da pesquisa mostra que não existe um cluster instalado na região, devido à falta de competitividade e cooperação dos envolvidos com o turismo da localidade. O que existe em Campos do Jordão são ações isoladas, que, com gerenciamento e organização podem, oportunamente, se tornar um cluster turístico.

Palavras-chave: Cluster. Arranjo Produtivo Local. Cluster Turístico. Campos do Jordão.

1. Introdução

O turismo é uma grande “indústria” na geração de divisas, empregos e recursos. Movimenta pessoas pelos mais variados motivos e lugares. O Brasil possui aproximadamente cento e setenta milhões de brasileiros, mas, apenas trinta milhões fazem turismo, e ainda 80% destes só fazem em duas épocas do ano, no período das férias escolares. Há tendências claras que projetam o turismo como uma das principais atividades humanas.

Tendo como base ferramentas administrativas, gerenciamento estratégico, economia regional, desenvolvimento com inovações, interação entre empresas, instituições e órgãos públicos, este artigo objetivou identificar a existência da organização de cluster turístico em Campos do Jordão, com o intuito de fomentar o turismo dessa localidade.

Cluster é uma ferramenta utilizada nas áreas da administração que surgiu para denominar alguns setores bem sucedidos da economia mundial, que alcançaram um dinamismo competitivo e tecnológico através da concentração geográfica de indústrias pertencentes à mesma cadeia produtiva e da participação em ações conjuntas de interesses comuns.

No Brasil, há clusters com potencial, como é o caso do Cluster de Turismo da Costa dos Coqueiros, na Bahia, que está investindo em projetos, englobando os setores do turismo, cultura e entretenimento.

Para que estes potenciais se realizem, torna-se essencial analisar os fatores que influenciam o nível de satisfação do turista em relação a infraestrutura e serviços para que a partir disto estabeleçam-se vantagens competitivas que dêem sustentabilidade para o local.

A realização desse trabalho é importante no sentido de estudar esse conceito atual, adaptando-o à realidade do turismo como uma nova proposta de análise de planejamento e desenvolvimento regional. A escolha da cidade de Campos do Jordão para a elaboração desse estudo de caso está fundamentada na sua importância dentro do cenário turístico nacional, sua localização estratégica e privilegiada e pelo expressivo número de turistas que visitam Campos do Jordão, principalmente no inverno.

Para alcançar os objetivos propostos foram realizadas consultas bibliográficas, que buscou conceitos básicos sobre o assunto em questão, assim como visitas técnicas e entrevistas com responsáveis por entidades e pessoas relacionadas com o turismo de Campos do Jordão para coleta de informações.

2. O turismo e o seu desenvolvimento

Embora não haja uma definição única do que seja turismo a Embratur (1992) o define como

“uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações, compra e venda, de serviços turísticos efetuados entre os agentes econômicos do turismo, sendo gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita”.

Outra definição interessante é a que vê o turismo como um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem do seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa e nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural. (De la Torre 1992, apud Barreto, 2001: 13)

Seja qual for o autor notamos que o importante na definição do termo “turismo” é: o tempo de permanência, a motivação e a certeza de que esse deslocamento não gerará atividade remunerada.

O motivo pelos quais as pessoas viajam apenas foi estudado cientificamente após a Segunda Guerra Mundial, quando o movimento turístico começou a ganhar força econômica. Na década de 50, as pesquisas apontavam o status social como motivação principal para as viagens turísticas, demonstrado pela distância viajada, os cartões postais enviados e o bronzeado apresentado na volta. Atualmente, este fator ainda aparece na motivação pelas viagens turísticas, porém tem sido superado pela vital fuga do cotidiano, pelo merecido descanso após um ano de trabalho, entendido como compensação para o dia-a-dia vazio e cansativo. (Alvim, 2003).

Atualmente, constatamos que o mundo passa por diversas transformações. O avanço tecnológico tem facilitado as comunicações proporcionando um maior vínculo entre os povos, estabelecendo desta forma, um intercâmbio comercial entre empresas nacionais e multinacionais, fazendo com que o Brasil seja obrigado a se ajustar nas mais diversas áreas para sobreviver num ambiente marcado pelo desemprego, pela informalização em diversos setores da economia e pela concentração de renda. Diante das diversas dificuldades econômicas, o Brasil continua buscando soluções alternativas de crescimento.

Uma das alternativas considerada promissora é a exploração da “indústria” do turismo, que movimenta diversas áreas da economia local, sendo um dos responsáveis pelo desenvolvimento das cidades. Há iniciativas para se investir neste segmento, como estratégia de desenvolvimento através da formação de estruturas de turismo, os chamados “clusters”, ou seja, conjunto de atrativos que estão concentrados no mesmo espaço geográfico e que se relacionam, competem, mas também cooperam entre si. Esse princípio vem sendo aplicado em algumas regiões do país, possibilitando a realização de alianças estratégicas, tornando estas regiões mais competitivas e facilitando a conquista de novos mercados. É interessante observar que dentro de um cluster os concorrentes buscam soluções para seus negócios através de ações que, sozinhos não seriam capazes de realizar por dificuldades financeiras ou administrativas.

De acordo com Martins e Sicsú (2005) as empresas do trade turístico quando falam em cluster têm que considerar também as entidades de classe e as instituições públicas que interagem com as empresas do setor. Deste modo, a satisfação do turista na sua viagem, depende do bom desempenho de todos estes componentes e, para isso, é fundamental a cooperação entre as mesmas, visto que o trabalho de uma influencia no sucesso da outra.

Para que estes potenciais se realizem, torna-se essencial analisar os fatores que influenciam o nível de satisfação do turista em relação à infraestrutura e serviços para que a partir disto estabeleçam vantagens competitivas que dêem sustentabilidade para o local.

Para tanto, é necessário haver comprometimento por parte dos órgãos governamentais, no sentido de considerar a atividade do turismo potencial, como alternativa de crescimento, além, é claro, do envolvimento e a conscientização da comunidade, incluindo serviços agregados ao turismo. A partir do reconhecimento dos seus benefícios sócio-econômicos, culturais e humanos, o estabelecimento de políticas realistas e de integração, voltado para o turismo de forma organizada e planejada, poderá ser um instrumento de complementação do processo de desenvolvimento do turismo brasileiro.

Segundo Beni (1998: 150) a competitividade de uma destinação turística depende da capacidade do setor em inovar e melhorar permanentemente a qualidade de sua oferta. A sustentação de mercados competitivos é alcançada através de cinco fatores: existência de concorrentes, existência de produtos substitutos, poder de comercializar a demanda, poder de negociar a oferta, produtividade das empresas. O equilíbrio ou o descompasso em cada um desses fatores deverá facilitar ou dificultar a concorrência entre produtos e empresas, interferindo e estabelecendo o estado de competitividade ou não nos mercados.

Para uma melhor compreensão do objetivo proposto, apresentam-se a seguir, os principais conceitos utilizados na elaboração desse trabalho.

3. Conceituando cluster e clusters turísticos

3.1. Cluster e arranjo produtivo local

O termo surgiu para denominar alguns setores bem sucedidos da economia mundial, que alcançaram um dinamismo competitivo e tecnológico através da concentração geográfica de indústrias pertencentes à mesma cadeia produtiva e da participação em ações conjuntas de interesses comuns. Palavra de origem inglesa que significa união, concentração, cooperação, aglomerado, sendo compreendida, em português, nos termos de organização de um arranjo produtivo local. (Thomazi, 2006: 22).

Farah (2001: 2) define arranjos produtivos locais como meio de reduzir custos operacionais e de transações, diluindo riscos, utilizando de forma conjunta os recursos de ativo fixo existente, aproveitando sinergias possíveis nas áreas de vendas e distribuição e compartilhando informações técnicas, produtivas e mercadológicas.

Para Porter (1999), um dos maiores especialistas em cluster no mundo, define-o como: “concentrações geográficas de empresas de determinado setor de atividade e organizações correlatas, de fornecedores de insumos a instituições de ensino e clientes”. Porter, diz ainda que os clusters afetam a capacidade de competição de três maneiras, a saber:

a) aumentando a produtividade das empresas sediadas na região;

b) indicando a direção e o ritmo da inovação, que sustentam o futuro crescimento da produtividade;

c) estimulando a formação de novas empresas, o que expande e reforça o próprio cluster.

Podemos dizer que os clusters provocam tanto a concorrência como a cooperação: as empresas continuam disputando o mesmo mercado, mas cooperam em aspectos que trazem ganhos mútuos. Por estarem próximas, as empresas interagem com efeitos positivos. Por estarem concentradas, as empresas criam um mercado de trabalho especializado, atraem fornecedores de diversos tipos e geram um ambiente de disseminação tecnológica. O que uma empresa faz no cluster, a outra fica sabendo por canais informais de comunicação e também adota. Isso contribui para aumentar a competitividade da região e acontece automaticamente, simplesmente pelo fato das empresas estarem concentradas.

Uma figura que representa bem o cluster é a colméia de abelhas (sugestivo de cooperação, colaboração, especialização, divisão do trabalho). Sua idéia principal seria a aglomeração de empresas em um mesmo território, de um mesmo ramo de atuação, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, cooperação e aprendizagem entre si e com os outros agentes locais tais como governo, instituições financeiras, entidades de classe e instituições de ensino e pesquisa, visando aumentar a competitividade (BENI. Op. Cit.: 33).

3.2. Cluster turístico

Segundo Beni (1999), grande estudioso do fenômeno turístico brasileiro, cluster turístico é “um conjunto de atrativos com destacado diferencial turístico, dotado de equipamentos e serviços de qualidade, com excelência gerencial, concentrado num espaço geográfico delimitado”.

Monfort (2000: 46), adaptou o conceito de Porter para ser utilizado no turismo e chegou a conclusão de que cluster turístico é um conjunto complexo de diferentes elementos, entre os quais se encontram os serviços prestados por empresas ou negócios turísticos, a riqueza que proporciona a experiência das férias de um turista, o encontro multidimensional entre empresas e indústrias relacionadas, as infraestruturas de comunicação e transporte, as atividades complementares, os serviços de apoio, os recursos naturais e as políticas institucionais.

Procurando dar uma contribuição na área de serviços turísticos, faz-se a proposta de um modelo para a identificação de clusters de turismo, onde, com o mesmo, pode-se conseguir visualizar os potenciais de uma região para a “clusterização”, quais seus pontos favoráveis e o que deve ser melhorado. A seguir, demonstraremos o modelo escolhido para tentarmos identificar a existência de cluster turístico na cidade de Campos do Jordão, interior do Estado de São Paulo.

4. Identificando um cluster turístico

Martins e Sicsú (2005) propuseram um modelo que auxiliará na definição de uma região como cluster turístico. Esse modelo deverá contemplar três conjuntos de aspectos, que apresenta fatores essenciais para o desenvolvimento do turismo em sua região. São eles:

4.1) Aspectos de interesses turísticos - refere-se aos interesses do turista, ou seja, o que o atrai, os serviços e infraestrutura do lugar e a receptividade da população, sendo todos estes pontos chamados de:

a) atrativos (naturais, histórico-culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, acontecimentos programados) – são o motivo da viagem;

b) estrutura mínima (saneamento, transporte, abastecimento de água, coleta e disposição de esgotos, energia elétrica e iluminação pública, limpeza pública, transporte coletivo, comunicações, abastecimento, conservação de logradouros públicos, segurança, poluição da água e do ar e os equipamentos e serviços da infra-estrutura turística (hospedagem, alimentos e bebidas, entretenimento e preservação dos atrativos) – é tudo aquilo que envolve a boa prestação dos serviços turísticos;

c) cultura e preparação para o turismo (da população geral e da diretamente envolvida) – o turismo gera muita interação entre as pessoas, assim é necessário preparar de modo adequado aqueles que irão prestar os serviços para o turista e a população onde ele irá se inserir.

4.2. Aspectos de cluster – são os pontos referentes ao que caracteriza uma região como cluster devendo ser observados como aquilo que dará união às empresas do lugar para que tenham uma maior competitividade e conseqüentemente melhores resultados e maiores ganhos. Assim há a necessidade de se ter:

a) iniciativa empresarial local tanto privada quanto pública – as empresas e instituições devem buscar como serem competitivas, eficientes e ligadas às tendências de mercado, aperfeiçoando-se individualmente como em conjunto;

b) ações coletivas – realizar atividades e projetos que procurarão tornar os envolvidos do cluster mais integrados fazendo com que os mesmo se comuniquem, trabalhem em conjunto, troquem informações, criem mecanismos de socialização, interatividade e negócios mútuos;

c) ambiente de cooperação e competição – todos devem ter o espírito de cooperação entre si para que com isso se alcance e aumente a competitividade de todos, tornando o ambiente propício ao desenvolvimento de bons negócios no setor de sua atividade e áreas correlatas.

4.3. Aspectos de sobrevivência e desenvolvimento de cluster – caracteriza-se pela criação de um ciclo, que deverá ser organizado e coordenado pelas iniciativas públicas e privada para que o cluster possa assegurar sua sobrevivência e desenvolvimento. Esse ciclo considera-se uma ferramenta de gerenciamento estratégico de cluster onde suas lideranças deverão efetuar quatro tipos de atividade, que são:

a) planos – é o caráter estratégico do ciclo onde se traçam os objetivos e metas iniciais do cluster para o sucesso de todos, definindo-se projetos, atividades e políticas de cooperação mútua entre seus integrantes, o que é relevante fazer e como fazer para que o cluster sobreviva, cresça e evolua;

b) projetos – são as ações para aperfeiçoar e manter viáveis os aspectos destacados;

c) investimentos – é a destinação e liberação de verbas previstas e definidas nos planos para que se possam executar os projetos;

d) avaliações e aperfeiçoamentos – para verificação do que deu certo ou errado, quais os pontos a melhorar, definindo metas e objetivos para novos planos e projetos.

O emprego desse modelo de fácil utilização auxiliará de modo eficaz na identificação das potencialidades de uma localidade para “clusterização” turística, pois os conjuntos citados contemplam os conceitos clássicos acerca de cluster, os fatores de interesse turísticos e até pontos estratégicos e de desenvolvimento (Martins e Sicsú 2005).

5. Pólo Turístico x Cluster Turístico

Petrocchi (apud Fratucci, 2002) propõe o conceito de pólos turísticos como recurso metodológico para o desenvolvimento de processos de planejamento turístico e apresenta o conceito de pólo como sinônimo de "cluster" a partir do conceito proposto por Porter (2002).

Pólo turístico é o ponto central de uma área turística ou de uma zona turística. Pólo turístico é o ponto a partir do qual o desenvolvimento turístico se faz. Trata-se, portanto, do centro turístico mais equipado com infraestrutura turística que tem o papel de atrair fluxos turísticos e a partir dele irradiá-los por toda a região que o circunda. (Ignarra, 1999: 29)

Cluster turístico tem uma semelhança muito grande com Pólo Turístico em vários fatores, sendo considerado por alguns conceitos como “sinônimo” um do outro. Mas, existem diferenças entre eles. Toledo e colaboradores, em 2001, desenvolveram o “Modelo de Sistema Interfuncional Inter-relacionado da Competitividade em Clusters Turísticos” (SIIC), onde compararam as estratégias e as principais diferenças entre esses dois conceitos. A seguir, descrevem-se algumas dessas diferenças.

No que tange a oferta turística, no pólo ela é dispersa, cada um por si, já no cluster, os segmentos são específicos, a oferta é integrada com o intuito de satisfazer as expectativas do turista, os produtos são planejados e integrados aos segmentos.

Com relação a demanda, podemos destacar que no pólo turístico essa não é qualificada, sendo que no cluster é qualificada e seus clientes são sofisticados buscando a excelência no atendimento.

No cluster turístico a estratégia competitiva é forte, construtiva, com alianças estratégicas, em nível regional e mundial. No pólo turístico se não for bem planejada ela tornará destrutiva.

A estratégia cooperativa no pólo turístico não existe, cada segmento realiza suas ações. No cluster turístico a estratégia cooperativa é planificada e integrada, com a participação da iniciativa pública, privada e não governamental. O relacionamento dos setores públicos, privados e não governamentais é obrigatório no cluster, sendo que no pólo, poucos agentes participam desse relacionamento. Todos devem estar alinhados nos objetivos propostos.

Outros fatores importantes, que diferem cluster e pólo turístico são a educação, a capacitação e a cultura. No cluster essas ações são realizadas em conjunto, no pólo somente algumas dessas ações são realizadas individualmente.

Analisando as principais diferenças e comparando-os com os conceitos já propostos, observa-se que as suas principais diferenças estão relacionadas com a forma de organização do turismo. No pólo a organização não é integrada, não agrega todos os segmentos do turismo, sendo que no cluster, a integração e a organização são fatores primordiais na geração de estratégia competitiva e cooperativa, gerando a concorrência interna e leal do produto.

Diante das informações e conceitos já mencionados, trataremos do objetivo principal desse estudo de caso que é a identificação da existência de cluster turístico no município de Campos do Jordão, principal destino de inverno do país devido ao seu clima, que começou a ser desenvolvido no chamado ciclo da cura, época em que a tuberculose fazia muitas vítimas no Brasil.

6. Breve caracterização da cidade de Campos do Jordão

O estado de São Paulo abriga a área mais desenvolvida do país: a indústria, o comércio, os serviços e a agropecuária alcançam expressão máxima, refletindo altos índices de renda. Possui densa rede de transportes, altos coeficientes de eletrificação urbana e rural e a maior e melhor rede de telecomunicações do Brasil. Divide-se em quinze regiões administrativas, entre elas a região administrativa de São José dos Campos, onde está inserida a cidade de Campos do Jordão.

Campos do Jordão é uma instância turística localizada na região da Serra da Mantiqueira a mil e setecentos metros de altitude e sua população é de 50.299 habitantes (SEBRAE-SP, 2009). A privilegiada localização de Campos do Jordão entre os três maiores centros urbanos do País - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - garante à cidade um expressivo número de visitantes, sendo o turismo responsável por aproximadamente 80% da economia local.

O município de Campos do Jordão possui forte atrativo turístico, ecológico e comercial. O clima típico europeu, o ar puro de montanha e paisagens belíssimas torna Campos do Jordão uma cidade atraente, que recebe cerca de um milhão de visitantes na alta temporada, ou seja, durante o inverno, onde o município realiza várias atrações de entretenimento, cultura, lazer e badalação, o número de pessoas na cidade aumenta em torno de vinte vezes.

A cidade possui estação rodoviária, ferroviária, hospitais, postos de saúde, agências bancárias, parques, áreas para acampamento, museus, centros de convenções, galerias, shoppings centers, hotéis e restaurantes de excelente qualidade. Suas edificações, com até quatro andares, compõem sua paisagem e seguem padrões europeus, com arquitetura típica dos Alpes.

Campos do Jordão tem notória potencialidade de desenvolvimento, porém sua manutenção e expansão relacionam-se com o fortalecimento de segmentos econômicos que caracterizam essa região e que propiciam suas construções históricas, sociais e culturais. Além do turismo, que é a maior fonte de renda do município, são segmentos econômicos que representam potenciais para seu desenvolvimento o extrativismo, a fruticultura, a piscicultura, a agricultura orgânica, a agroindústria, o artesanato, a produção de chocolate e a exploração de água mineral.

O desenvolvimento dessas potencialidades pode configurar um ciclo virtuoso, nas perspectivas dos elos da cadeia econômica que representam e da retro-alimentação que umas propiciam às outras. Nesse sentido, as atividades realizadas nas unidades produtoras rurais e o extrativismo geram insumos e constituem forças motrizes para o artesanato, a agroindústria e o turismo, que por sua vez, realimentam as primeiras por meio do consumo e da comercialização. Para manter esse ciclo é necessária a preservação da identidade cultural do território, demarcada pelo seu movimento histórico da ocupação. Esses patrimônios imprimem particularidades que diferenciam o território.

O desenvolvimento dessa região gira em torno de investimentos, cultura de cooperação, infraestrutura, educação e cidadania, ciência e tecnologia, desenvolvimento social e econômico e regulação de legislação.

Ações estratégicas estão sendo elaboradas entre os segmentos do turismo de Campos do Jordão no sentido de diminuir a sazonalidade na localidade, e servirão para a criação de programas diferenciados para atrair os turistas durante o ano inteiro, principalmente, no verão, quando a baixa procura por esse destino fica evidente.

7. Análise do estudo de caso

Para a realização desse estudo de caso, entrevistaram-se alguns executivos[1] e pesquisaram-se algumas entidades, ambos de grande importância para o desenvolvimento turístico de Campos do Jordão no intuito de angariar informações que nos levem a identificar a existência de cluster turístico na localidade. As entidades pesquisadas foram:

Associação Central de Pousadas – é uma associação fundada por proprietários de quarenta pousadas na cidade de Campos do Jordão, a qual tem por missão divulgar as diversas opções de hospedagem de seus associados, bem como garantir a segurança e a confiabilidade do turista que usa os seus serviços. Eventualmente, a Central de Pousadas que é mantida financeiramente pela arrecadação de seus associados, realiza parcerias entre os demais integrante do trade turístico da cidade na realização de eventos, principalmente no Natal e no Festival de Inverno.

Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau – é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo promover e ampliar o potencial turístico de Campos do Jordão e região, aumentando o fluxo de turistas de negócios e lazer. Essa entidade gera, apóia e capta eventos de todos os tipos e promove os atrativos turísticos da região. Realiza, também, programas de treinamento de mão-de-obra que irão melhorar o atendimento ao turista.

Seus recursos financeiros vêm, em grande parte, da cobrança da “Taxa de Turismo”, que é uma contribuição opcional e simbólica, inserida em todas as diárias dos meios de hospedagem associados. A cobrança dessa taxa opcional vem sendo aplicada em várias cidades do Brasil e do exterior.

Associação Cozinha da Montanha – esta entidade agrega mais de vinte restaurantes e seus colaboradores dispostos a criar o ano inteiro boas motivações para que o turista encontre prazer nas mesas de Campos do Jordão. Realiza diversos workshops, com os chefes dos restaurantes associados - onde as aulas são gratuitas para grupos de até quarenta participantes - e roteiros gastronômicos, tais como: do Pinhão, do Verão, do Natal, da Cerveja, do Inverno, entre outros, valorizando, preferencialmente, os ingredientes da região. Este ano, o roteiro gastronômico de Natal contará com o patrocínio da Mastercard e da Cervejaria Baden Baden, localizada no município.

Campos do Jordão Associação de Hotelaria e Gastronomia – ASSTUR – esta associação congrega cerca de sessenta associados entre hotéis, pousadas e restaurantes, todos localizados em Campos do Jordão. Sua principal função é promover ações conjuntas visando trazer turistas para o município dando ênfase aos estabelecimentos associados. Dentre as ações está o calendário anual gastronômico e pacotes turísticos integrados entre estabelecimentos de hospedagem e restaurantes. Organiza, juntamente com o Convention & Visitors Bureau, o receptivo para eventos de negócios e encontros de grande porte. A ASSTUR busca meios para promover e fomentar o turismo cultural de alto nível a e capacitação dos profissionais envolvidos no bom atendimento, tanto na área de hospedagem como na área de alimentos e bebidas, elevando seu potencial como destino turístico nacional. Os hotéis e pousadas associados a ASSTUR oferecem cerca de dois mil leitos em mil apartamentos, distribuídos desde o padrão turístico, passando pelo confortável, o superior até o luxo.

Associação dos Amigos de Campos do Jordão Ame Campos – esta organização sem fins lucrativos promove o desenvolvimento sócio-econômico de Campos do Jordão visando democratizar o acesso à educação, promover a saúde, valorizar a cidadania, desenvolver o turismo sustentável, qualificar a mão-de-obra, gerar empregos, defender o meio ambiente e propor normas para melhor uso do solo e arquitetura. Sempre pensando no bem-estar dos jordanenses, a Ame Campos desenvolve alguns programas sociais e ambientais para a comunidade, como o Programa Parceiros da Educação, o qual visa melhorar a qualidade de ensino e de vida dos alunos da Escola Estadual Prof. Theodoro Corrêa Cintra, única escola pública de nível médio de Campos do Jordão. Em parceria com ONG Parceiros da Educação associados da Ame Campos - entre eles advogados, empresários e executivos de São Paulo -, ministram aulas para cerca de dois mil e quinhentos estudantes, proporciona benfeitorias na infraestrutura da escola e colabora no treinamento dos professores.

Outro projeto social de grande relevância da Ame Campos, é o Programa Jovens Talentos, voltado para a cultura e a exploração musical que abraça Campos do Jordão em julho quando é realizado o Festival de Inverno. São recitais individuais, onde o jovem talento tem a oportunidade de tocar para um público de qualidade e de forma profissional e estruturada. A entidade paga cachê e fornece transporte - retirado de seus próprios fundos - para que o jovem possa se apresentar, arcando, também com as despesas de promoção do evento e aluguel dos instrumentos. Esse projeto tem como patrocinadores o Haras Polana, que proporciona a estada dos músicos, seus professores e seus familiares em residência especial dentro da sua propriedade e a Rio Bravo Investimentos que oferece a todo Jovem Talento a oportunidade de gravar em estúdio digital um podcast com uma entrevista e seleção musical a critério do artista com sua execução.

O Programa Contadores de Histórias incentiva a leitura nas crianças. Sempre no primeiro sábado de cada mês, cidadãos jordanenses, como o historiador Pedro Paulo Filho, o jornalista Hélcio Costa e o executivo Paulo Bilyk, participam, como voluntários, desse programa, contando histórias da cidade para as crianças.

Mesmo sendo uma entidade que tem como foco principal a qualidade de vida da comunidade, o seu resultado final vai de encontro ao turismo, pois a Ame Campos colabora na formação do cidadão, lembrando que 80% da economia da cidade gira em torno do turismo é que a sua mão-de-obra empregada vem da cidade.

Convention Center – moderno centro de eventos privado, situado no bairro mais valorizado de Campos do Jordão, o Capivari, reúne bom gosto, sofisticação, flexibilidade e excelente infraestrutura e está preparado para receber os mais variados eventos de diferentes portes e estilos. São sete mil e duzentos metros quadrados de área funcional, para diversas possibilidades de uso, tais como: reuniões empresariais, congressos, convenções, conferência, workshops, feiras, exposições, coquetéis, desfiles, formatura, concertos, banquetes, leilões, etc.

Mediante coletas nos arquivos cedidos, pesquisas na internet e trabalhando com informações coletadas nas entrevistas realizadas com envolvidos do turismo da cidade e nas próprias observações, apresentam-se alguns pontos positivos e pontos negativos para a implantação do processo de “clusterização” em Campos do Jordão.

7.1. Pontos Positivos:

Como a cidade de Campos do Jordão é praticamente toda protegida nos âmbitos federal, estadual e municipal por ser uma Área de Proteção Ambiental - APA e sendo proibida a sua verticalização, com mais de quatro andares nas edificações da cidade, soube-se da existência de um projeto de implantação de zoneamento ecológico-econômico, que dividirá a cidade em: vida silvestre, biodiversidade, proteção máxima, recursos hídricos, desenvolvimento orientado e que propiciará a construção de conjuntos habitacionais para a retirada da população da encosta.

Tomou-se conhecimento da existência de um projeto para a criação de um Centro de Treinamento Esportivo, com a finalidade de trazer seleções européias para treinar na cidade, durante a Copa de 2014, pois o clima típico europeu e a altitude de Campos do Jordão ajuda a melhorar o desempenho dessas seleções.

Observou-se ainda que a cidade possui sinalização turística, atrativos turísticos interessantes, qualidade de vida para a comunidade e para o turista, meios de hospedagem excelentes e grande quantidade de leitos, gastronomia variada e de alto nível, preservação do meio-ambiente. A cidade realiza eventos de grande porte, e a iniciativa empresarial é forte, mas trabalha isoladamente.

A cidade está bem estruturada para a capacitação dos profissionais ligados ao turismo, pois abriga instituições de referência nacional no ensino superior em Hotelaria e Gastronomia, contribuindo decisivamente para a excelência na prestação desses serviços.

Em visita a web sites das entidades citadas nesse estudo, verificou-se que a maioria fornece informações sobre a gastronomia e hotelaria da cidade, divulgam os principais atrativos de Campos do Jordão, relacionam os seus associados, possuem serviços de utilidade pública, onde mencionam informações sobre principais distâncias, aeroportos, como chegar, bancos, hospitais, previsão do tempo, entre outras informações importantes da região para o turista.

Na cidade o turista tem acesso, sem custo algum, a um mapa turístico oficial da estância de Campos do Jordão. Este mapa contém informações importantes sobre hotéis, restaurantes, serviços, compras e passeios, bem como telefones úteis e de emergência, que auxiliará na locomoção do turista no município.

Os turistas moradores, como são conhecidos na cidade aqueles que possuem residência na cidade, mas só a utiliza aos finais de semana, nas férias, ou durante a temporada, colaboram, efetivamente, na geração da economia de Campos do Jordão. Este turista tem na cidade, a sua casa de veraneio e para mantê-la contrata mão-de-obra local e paga altos impostos, colaborando na geração da economia da localidade.

7.2. Pontos negativos:

O crescimento desordenado de bairros populares, ocasionando um processo de favelização, principalmente na entrada da cidade, a poluição visual e sonora, a sazonalidade, a falta de organização do trade turístico, a ausência de um calendário de eventos integrado de todos os componentes dos segmentos turísticos, a definição de um produto turístico, a necessidade de revitalização do portal de entrada da cidade, a reorganização do comércio, a falta de qualificação profissional para recepcionar o turista internacional e de classe alta elevada, a não inserção da comunidade local no turismo receptivo da cidade, a falta de estruturação na cooperação e competição dos atores do turismo, a falta de indústrias que colaborariam com a geração de empregos e renda da população, a falta de saneamento básico, o turismo de massa e o turismo de um dia, a falta de integração dos poderes públicos com os segmentos turísticos.

Considerações finais

Tomando como base o modelo proposto de identificação de cluster turístico verificou-se que existe em Campos do Jordão um potencial a ser explorado para a implantação do cluster turístico, mas alguns dos aspectos apontados no modelo não são aplicados na localidade como a estrutura mínima que ainda tem falhas e as ações entre os integrantes dos diversos segmentos do turismo na cidade são isoladas.

Existe um conflito de interesses dos diversos segmentos que, poderiam estar competindo e cooperando, adquirindo vantagens e diminuindo insumos e custos, mas, muitos ainda preferem atuar separadamente. Com a utilização dos aspectos de sobrevivência e desenvolvimento de cluster, gerenciamento e organização, o cluster pode vir a existir oportunamente, proporcionando um turismo de excelência e qualidade a região. Essa iniciativa deve partir da iniciativa privada, que tem grande poder de decisão no turismo de Campos do Jordão e contar com apoio do poder público na captação de investimentos para o setor.

Observou-se que todos os atores citados acima realizam ações isoladas, o que não é compatível para o processo de “clusterização” da cidade. Eventualmente, alguns integrantes do trade se unem, para realizar algumas atividades. O Festival de Inverno e o Natal são eventos que agregam as entidades, a comunidade e o poder público de Campos de Jordão, com o objetivo de atrair a demanda e diminuir a sazonalidade da cidade em determinadas épocas do ano, caracterizando Campos do Jordão como um pólo turístico de lazer, de cultura, de hotelaria, de gastronomia.


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[1] Entrevistados para a realização desse estudo de caso: Ricardo M. S. Gonçalves, Guia Campos.com, Paulo Bilyk, Presidente da Ame Campos, engenheiro Luiz Augusto Caldeira, Marta Eisnlohr, Presidente da Central de Pousadas e Luiz Padovan, do Convention Center