Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Indústria da Construção Civil e Educação Ambiental.

Lucimar Duarte1

Resumo

Resíduos sólidos provenientes das atividades de construção civil impactam na preservação do meio ambiente, daí a importância de seu gerenciamento e controle correto. Este tipo de ação é desenvolvido por empresas que preocupam com o desenvolvimento sustentável e, assim, primam por gerenciamento de resíduos sólidos com práticas participativas de seus trabalhadores, que têm suas origens nas diversas classes sociais e ao utilizar tecnologias sustentáveis e inovadoras no seu dia-a-dia é possível a aprendizagem de práticas ecologicamente corretas identificadas na educação ambiental. A resposta da sociedade às atitudes sustentável presentes nos empreendimentos são positivas, resultando em benefícios econômicos e tendem a potencializar a educação ambiental na sociedade considerando a iniciativa das construtoras em gerenciar e divulgar de forma a envolver a  participaçao do operário da construção civil.

Palavras chaves: “Gerenciamento”; “Resíduos Sólidos”; Educação Ambiental”.

1 Introdução

O descarte dos resíduos sólidos provenientes das atividades de construção civil impacta na preservação do meio ambiente, por isso é importante seu gerenciamento. A ação é característica das empresas que preocupam com o desenvolvimento sustentável por isso o correto gerenciamento de resíduos sólidos deve ser realizado com práticas participativas com os trabalhadores, que têm suas origens nas diversas classes sociais, e ao utilizar tecnologias sustentáveis e inovadoras no seu dia-a-dia é possível a aprendizagem de práticas ecologicamente corretas segundo as premissas da educação ambiental.
As boas práticas que visam proteger o meio ambiente é um processo educacional devido ser considerado como agente de mudanças podendo impactar em mudanças de comportamentos do homem com a natureza (LUIZARE e CAVALARI, 2007).
A resposta da sociedade às atitudes sustentável presentes nos empreendimentos são positivas resultando em benefícios econômicos e sociais como também tende a potencializar a educação ambiental considerando a participação e entendimento pelos trabalhadores da construção civil caso o gerenciamento seja realizado de forma participativa e educativa.
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC (IBGE, 2010), registrou no País o aumento de 23,3% do setor em incorporações, obras e serviços comparando-se ao ano de 2009 (IBGE, 2010) sendo que esse crescimento significou a oportunidade em promover mudanças que pode contribuir na forma de pensar e agir dos trabalhadores na relação de proteção ao meio ambiente se as práticas dos processos de gerenciamento nas construtoras voltados para a proteção do meio ambiente forem compartilhadas com os trabalhadores.
O acelerado crescimento da indústria da construção civil contribui para o surgimento de problemas de ordem social e ambiental devido à consequente geração de lixo das atividades relacionadas à construção e demolição de imóveis sendo que na etapa construtiva esses resíduos devem ter disposição final adequada considerando a responsabilidade socioambiental caso contrário, o descarte em locais inadequados contribui para a degradação da qualidade ambiental (BRASIL, 2007). Partindo deste princípio há necessidade de realização de gerenciamento correto e, consequentemente, o controle por parte das construtoras é uma atividade premente em empresas que se preocupam com o desenvolvimento sustentável.
     Os órgãos municipais são responsáveis por prever ações voltadas para o correto descarte pelas construtoras em local adequado. Assim é possível, através de um trabalho conjunto entre construtoras e este órgão, resultar em ações sustentáveis e o resíduo sólido que não for reutilizado e/ou reaproveitado devem ser despejados em local previamente definido pelo órgão, ou seja, em locais adequados para sua realização coibindo descartes a céu aberto ou em locais inapropriados conforme afirmativa do Ministério Público de Goiás (2007). Não se deve descartar a gestão participativa das construtoras já que essas informações são de importância no processo de melhorias quanto à proteção do meio ambiente, o trabalhador deve entender que a proteção é de responsabilidade de todos os stakeholders. É fundamental o entendimento da importância de ações entre sociedade, empresas e órgãos governamentais.
O gerenciamento é fundamentado na execução de ações empresariais com utilização do planejamento e controle das atividades de produção de qualquer organização, o que implica também no gerenciamento dos resíduos gerados nessas atividades até o momento do correto descarte (SILVA, 2007).
A necessidade em se planejar e controlar o descarte provém dos impactos poluidores que os resíduos sólidos provenientes da construção e demolição podem causar quando atingem o ambiente e também comprometer a qualidade de vida dos moradores que estão próximos, ou não, dos aterros, inclusive clandestinos (OLIVEIRA, 2008).  A comunidade instalada próxima aos aterros precisa de ações que não comprometam a sua qualidade de vida, portanto, há necessidade de gerenciar os resíduos sólidos de forma a reaproveitá-lo ou realizar o correto descarte, ações essas que tornam menos impactantes no diz respeito à saúde, consequentemente, colaborando para a vivência saudável do cidadão. E a educação ambiental promove a contribuição no sentido de que o processo educativo gera a possibilidade de se compreender a “questão ambiental” evitando esse processo gradativo de deterioração do meio ambiente” quando se analisa a responsabilidade que todos tem nesse processo (LUIZARI e CAVALARI, 2003).
Notoriamente, a educação ambiental promovida pelas empresas de construção civil leva ao desenvolvimento de ações educativas focando a sustentabilidade nas obras ao capacitar os trabalhadores e ao informar da necessidade do correto manuseio dos resíduos sólidos no momento do seu descarte ou reaproveitamento.
     Por outro lado, os retornos do capital investido são rápidos tendo em vista a diminuição de desperdício no processo de construção, consequentemente ocorre à diminuição dos serviços de transporte dos resíduos e, já com a obra finalizada há economia de energia, de efluentes e de água por meio dos usuários da edificação. Nas obras que buscam a conservação dos recursos naturais tem representado, também, uma fonte de marketing que preconiza a fidelização do cliente (KOTLER, 2000) e, para a construtora indubitavelmente proporciona mais vendas e assim há retorno econômico para os seus proprietários.
    O cenário em que as organizações estão inseridas é competitivo e os clientes ou usuários dos produtos e ou serviços são exigentes sendo que as suas decisões de compras baseiam em informações quando a qualidade do produto e qualidade de vida prima pela sustentabilidade. As empresas do setor de construção civil devem desenvolver ações educativas e empreendedoras de forma a propiciar informações aos seus trabalhadores para o desenvolvimento quanto à necessidade em praticar ações de preservação do meio ambiente considerando que a natureza após tantas explorações contínuas sofre deterioração como consequências das ações antrópicas.
As construtoras tendo a iniciativa de realizar suas obras ecologicamente corretas com a utilização de gerenciamento dos resíduos sólidos influenciam de forma direta ou indireta, diversas classes sociais desde o indivíduo que é levado a utilizar tecnologias inovadoras no seu dia-a-dia bem como o empresariado da construção civil demonstra atitudes sustentáveis além de proporcionar benefícios econômicos para a mesma e tendem a potencializar a educação ambiental na sociedade (Mendes, 2008).
Portanto, a proposta deste artigo é apresentar a importância do gerenciamento correto de resíduos sólidos na indústria da construção civil com práticas participativas e direcionadas a proteção do meio ambiente considerando que essas práticas promovem mudanças que no processo de educação ambiental busca práticas que caracteriza a relação de respeito do homem pela natureza, havendo ganhos quando se pratica ações voltadas para a sustentabilidade de forma participativa.

2 Materiais e Métodos

A revisão bibliográfica permitirá conhecer o estado da arte sobre gerenciamento de resíduos sólidos por empresas de construção civil proporcionando o entendimento do empresariado sobre a forma sustentável de gerenciamento de resíduos advindos das atividades da construção civil e também promover a educação ambiental aos trabalhadores.
A pesquisa foi conduzida em observância a questões importantes sobre a preservação do meio ambiente partindo do principio de que o gerenciamento realizado pelas empresas construtoras envolvendo a participação dos trabalhadores permite através da educação ambiental a mudança de comportamento desses trabalhadores das diversas classes sociais. Os trabalhadores ao aprenderem como realizar a proteção do meio ambiente em suas ações diárias quando a empresa empregadora tem práticas voltadas para o correto gerenciamento de resíduos sólidos  e promovem o aprendizado dessas práticas salutares à proteção do meio ambiente. Portanto, essa pesquisa se embasa em diversos autores e no entendimento desses considerando que o estudo concede melhor entendimento sobre o assunto por analisando a inter-relação entre proteção ao meio ambiente através do gerenciamento de resíduos sólidos em observância as premissas de sustentabilidade e educação ambiental, o que favorece qualidade de vida das comunidades que estiverem impactadas devido à redução de desperdício e ganhos para as construtoras devido à redução de custos das obras. O levantamento bibliográfico foi realizado em livros, artigos científicos e bancos de dissertações e teses de universidades brasileiras.
Ao mapear os métodos de gerenciamento realizados segundo as premissas dos autores que discursam sobre o assunto pode-se compará-los como necessárias para a sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Ao analisar como a educação ambiental permeia o aprendizado dos trabalhadores da construção civil isso permite que esses entendam a forma como as ações acontecem e, promovem o compartilhamento das informações quanto às boas práticas com as pessoas de seu convívio sobre esta importância e necessidade para proteção da natureza.
Pretende-se ao final da pesquisa ter subsídios que permitam o entendimento sobre [...] os riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada [...] (NBR 10.004,2004), apresentando o gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das construções e demolições como práticas organizacionais de sustentabilidade com o olhar na educação ambiental.
     O gerenciamento focado na proteção do meio ambiente com ocorrência de divulgação aos envolvidos no processo de construção e demolição propicia o conhecimento de ações como exemplos de boas práticas para sua preservação e também é possível analisar os ganhos dessas ações de gerenciamento quando acontecer de forma participativa e educativa, que, sendo multiplicadas pelos trabalhadores das construtoras junto às pessoas do seu convívio social promove o aprendizado da sociedade.

3 Gerenciamento e aspectos de planejamento e controle de resíduos sólidos

Gerenciamento, no estudo da administração, é a execução das ações necessárias para manter as empresas no mercado, mas sempre calcula os riscos provenientes das decisões levando em consideração o cenário competitivo onde transacionam seus produtos ou serviços. A ação de gerenciar, para Silva (2008), é voltada para execução dos objetivos traçados transformados em planos de ações. Enquanto que, administrar (SILVA, 2008, p.19) é a forma como “[...] determina os objetivos específicos e os fraciona para as diversas áreas da organização que [...]” é a forma de entender esses objetivos traçados pelas organizações, sendo necessária essa hierarquia para a empresa atingir sucesso. E o sucesso para ser alcançado depende do envolvimento de todos os componentes da força de trabalho da empresa, independente do nível hierárquico em que esse empregado se encontra. Todos são responsáveis pelo sucesso da empresa: do empregado que executa as atividades operacionais ao dirigente. O gerenciamento, portanto, necessita do envolvimento de todos para se atingir os objetivos propostos o que caracteriza a ação como visão holística empresarial.
    É entendimento do autor Chiavenato (2000) que administrar é a ação organizacional onde existe a subordinação ou obediência considerando que as organizações existem para atender a necessidade do cliente através de produtos ou serviços disponibilizados à eles. Esse é o foco dos empresários de qualquer ramo de negócio, seja do ramo de comércio, indústria ou serviços: subordinação ao cliente que ao adquirir produtos e serviços das empresas são responsáveis pela saúde financeira e pela existência e sobrevivência das organizações. Gerenciamento de resíduos é um processo que visa atender a necessidade em se permanecer no mercado considerando que isso promove a não degradação ambiental e, portanto, a direção atinge esse objetivo quando consegue “[...] sistematizar um modelo de gestão ambiental de resíduos de construção civil”, afirma Karpinsk, et al (2008).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010) atribui o crescimento da indústria, apesar de ter passado por uma “crise internacional, pela redução de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) nos materiais de construção, aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), expansão do crédito imobiliário, investimento em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outras”, consequentemente há o crescimento de resíduos sólidos provenientes da atividade industrial resultante dessa demanda da sociedade, que realizando um gerenciamento de forma a diminuir custos do produto final, como diminuição de transportes e utilização de mão de obra de forma produtiva com eliminação de desperdícios de horas trabalhadas, também elimina problemas ambientais ao evitar que “[...] os resíduos se transformem em graves problemas urbanos com um gerenciamento oneroso e complexo [...]” (ÂNGULO, et al, 2006, p.1). O gerenciamento dos resíduos sólidos também evita a necessidade de mais espaços para aterros já que há escassez de “área para depositação”.
A ação de gerenciamento tem aspecto importante para entendimento da forma como organizar/gerenciar as empresas do setor de construção civil por considerar a redução de desperdícios ao utilizar as funções administrativas o que permite o controle dos resíduos sólidos provenientes das suas construções e demolições a serem lançados no meio ambiente. O perfeito entendimento sobre o gerenciamento resulta em redução do impacto ambiental gerado pela atividade de descartes e ou reciclagem de resíduos sólidos da construção civil (OLIVEIRA, 2008) concomitamente a ação de gerenciar com o foco na proteção do meio ambiente em consonância com o processo educativo visando o aprendizado do trabalhador para essas ações, tende a trabalhar uma nova forma de pensar sobre a necessidade em se proteger o meio ambiente despertando uma revolução no aprendizado.
 Se gerenciar de forma correta as construtoras conquistam seu cliente que, segundo Schwartz (2003), exige mais qualidade ambiental de seus governos em consonância com uma melhor educação que colabora para a consciência sobre a importância da qualidade ambiental.  O que se pode entender que a participação de todos quanto às ideias de gerenciar está relacionado a evitar danos ambientais sugerindo que “as necessidades de energia, transporte e água tendem a crescer causando a destruição ambienta”l (SCHWARTZ, 2003). Portanto, todas as ações das organizações são necessárias para evitar, ou minimizar, impactos negativos relacionados também a questões sociais e ambientais e o gerenciamento voltado para a execução e ações para diminuir desperdícios e destruição ambiental é de responsabilidade de todos que compõem as organizações.
Os trabalhadores devem ser educados sobre as boas práticas seguidas pela empresa construtora de forma a entender o impacto da ação de gerenciar resíduos sólidos para o meio ambiente e, consequentemente, para a sociedade na qual estão inseridos amigos e familiares de forma geral. É também importante essa análise, principalmente ao se considerar que a participação em 2009 da população ativa na indústria da construção civil foi de 7,12% (Tabela 1), correspondendo a 6.885 mil trabalhadores que potencialmente poderiam estar contribuindo desde 2009 para mudanças comportamentais na relação homem natureza, caso as construtoras tivessem em seus processos o gerenciamento de resíduos sólidos de forma a minimizar as ações antrópicas presentes no incorreto descarte desse lixo oriundo de suas atividades de forma participativa com cunho educativo.

Tabela 1. Participação da indústria da construção na população ocupada.
Fonte: http://www.cbicdados.com.br/menu/pib-e-investimento/pib-brasil-e-construcao-civil. Acesso em 01de nov. 2012.

PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO  

NA POPULAÇÃO OCUPADA






Ano
Pessoas Ocupadas (em mil pessoas)
Participação Relativa da Construção Civil na População Ocupada Total


 Brasil
Construção Civil


2000
78.972
5.330
6,75

2001
79.544
5.358
6,74

2002
82.629
5.609
6,79

2003
84.035
5.409
6,44

2004
88.252
5.614
6,36

2005
90.906
5.873
6,46

2006
93.247
5.933
6,36

2007
94.714
6.218
6,56

2008
96.233
6.907
7,18

2009
96.647
6.885
7,12

Fonte: IBGE - Sistema de Contas Nacionais Brasil.


Elaboração: Banco de Dados-CBIC.


(...) Dado não disponível.




A competitividade acirrada que as organizações vivenciam na atual conjuntura onde o nível de exigência é alto se faz necessária a busca de ações para permanecerem no mercado, enfim, focar nas formas como deve agir para destacar e atender as necessidades de todos que impactam ou são impactados pela organização. Para entender sobre essa busca de sobrevivência é importante compreender a forma como os empresários agem para alcançarem o equilíbrio entre ser e permanecer competitivo. Portanto, é necessário conhecer a forma de gerenciamento, ou seja, executar as ações planejadas e controladas onde as organizações focam para alcançar o sucesso e consequentemente ter lucros esperados e no caso das construtoras o gerenciamento de resíduos sólidos permite ações que impactam na diminuição de geração de resíduos provocando a diminuição de transporte corroborando para diminuição de custo de produção.

 4 Os resíduos sólidos oriundos da indústria da construção civil

    O gerenciamento de resíduos sólidos é identificado como prioritário na sua forma de prevenção e redução do seu  volume necessitando para isso que todos dentro de suas atividades entendem a sua importância nesse processo (LIMA, 2001). As atividades industriais desenvolvidas pelas empresas causam danos ao meio ambiente e isso resulta na necessidade de um gerenciamento promovendo a relação conjunta entre desenvolvimento econômico e meio ambiente (BRAGA, vários autores, 2005).
    As atividades econômicas presentes nas cidades relacionadas à indústria, comércio e os serviços geram resíduos sólidos que, mais intensamente, poluem o solo por se encontrarem em grande quantidade caracteriza como ações antrópicas que degradam o meio ambiente (BRAGA, vários autores, 2005) .  
LIMA (2001, p. 32) afirma que resíduos sólidos são resultantes das atividades humanas e se utilizados em parte promovem proteção, saúde e economia  de recursos naturais.O autor Braga e vários autores (2005, apud NBR 10.004) caracteriza resíduos sólidos todos “ resíduos, nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam das atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar” sendo que a construção civil também contribui para a geração de lixo que ao ser lançado no meio ambiente promove a sua degradação.
O autor LIMA (2001) identifica os resíduos segundo a sua constituição das substâncias (Tabela 1) e quanto a sua origem onde os classificando em domiciliar, comercial, industrial, serviços de saúde, limpeza pública, portos/aeroportos/terminais ferroviários e terminais rodoviários, agrícola, construção civil e limpeza pública abatedouros, matadouros, estábulos, serviços congêneres sendo importantes essas informações devido constituir informações que devem ser observadas por facilitar o correto entendimento para as decisões de reaproveitamento e gerenciamento, principalmente pelo fato do Brasil possuir (BRASIL, 2010, p.11), grandes reservas  naturais como “florestas tropicais, de água doce e de biodiversidade do planeta e uma matriz energética das mais limpas do mundo industrializado, com 46% de fontes renováveis em sua composição [...] com garantias sociais e ambientais [...].”

Tabela 1 – Constituição de substancias dos resíduos sólidos.
 
Facilmente Degradáveis (FD)
Restos de comida, sobras de cozinha, folha, capim, cascas de frutas, animais mortos e excrementos.
Moderadamente Degradáveis (MD)
Papel, papelão, e outros produtos celulósicos.
Dificilmente Degradáveis (DD)
Trapo, couro, pano, madeira, borracha, cabelo, pena de galinha, osso, plástico.
Não Degradáveis (ND)
Metal não ferroso, vidros, pedras, cinzas, terra, areia, cerâmica.
Fonte: Informações extraídas de LIMA, (2001).

    Os resíduos sólidos provenientes da construção civil são classificados pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 307 de 05 de julho de 2002 (Tabela 2) e nessa classificação se observa que determinados resíduos podem ser utilizados como formas de redução do lixo proveniente de outras atividades geradoras de lixo no local adequado, no caso os aterros sanitários (Figura 1 e 2). Portanto, as empresas construtoras podem utilizar como forma de gerenciamento de seus resíduos sólidos as orientações legais que norteiam as práticas corretas para isso contribuindo para evitar maiores consequências para o meio ambiente e nesse momento é importante que essas as informações pertinentes sejam participadas aos trabalhadores e isso contribuirá para o processo educativo ao realizar a multiplicação desses cuidados necessários.

Tabela 2 - Classificação e destinação de resíduos
Fonte: Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 307 de 05 de julho de 2002.

Classificação
Destinação
Classe A – alvenaria, concreto, argamassas e solos.
Reutilização ou reciclagem com uso na forma de agregados, além da disposição final em aterros licenciados.
Classe B – madeira, metal, plástico e papel.
Reutilização, reciclagem ou armazenamento temporário.
Classe C – produtos sem tecnologia disponível para recuperação (gesso, por exemplo).
Conforme norma técnica específica.
• Classe D – resíduos perigosos (tintas, óleos, solventes etc.), conforme NBR 10004:2004 (Resíduos Sólidos.
Conforme norma técnica específica.

O correto gerenciamento dos resíduos sólidos promove ações de proteção ao meio ambiente.


Figura 01 - Foto do aterro sanitário de Goiânia evidenciando a mistura de materiais de construção com aqueles que geram problemas na reciclagem.
Data: 20/09/2012.



Figura 02 - Situações encontradas no aterro sanitário de Goiânia-Go onde se observa que o gerenciamento de resíduos sólidos promove o controle e melhor aproveitamento desses resíduos. Data: 20/09/2012

4 Educação ambiental e as mudanças na relação homem e meio ambiente

    O ser humano busca qualidade de vida munindo-se de produtos ou serviços que promovem essa finalidade e para isso, retira indiscriminadamente recursos da natureza que, consequentemente, provoca o desequilíbrio do ecossistema considerando que o planeta terra tem limitações quando há a prática de retirar seus  recursos de forma predatória . A retirada de forma indiscriminada desses recursos naturais impacta na degradação também pelo volume de lixo que é devolvido ao meio ambiente de forma completamente inconsequente quando não se observa no gerenciamento práticas sustentáveis.
O desenvolvimento da indústria da construção civil não é diferente: também provoca degradação do meio ambiente considerando o acelerado crescimento do setor. É importante e vital para o meio ambiente que além do gerenciamento de resíduos sólidos oriundos dessa atividade econômica, as ações que promovam meios para proteger o meio ambiente sejam participadas ao trabalhador de forma educativa possibilitando o conhecimento das ações que demonstrem a preocupação com o meio ambiente por estarem voltadas para evitar problemas maiores como a falta de recursos naturais. Essa prática de proteção ao meio ambiente é de suma importância considerando que alguns recursos retirados não são renováveis, e principalmente por contribuir na mudança de atitude e comportamento da relação homem-natureza.  
As ações de gerenciamento devem buscar formas de como tratar a redução de resíduos sólidos das construções e demolição e ou descarte adequado de acordo com as premissas legais, com o foco na preservação do meio ambiente, pois, a previsão para o ano de 2012, considerando que o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON-SP) informa alta de 5,2% da atividade  no PIB o que resulta em “ projeções do mercado financeiro para o PIB do País são de 2,7%, de acordo com a pesquisa Focus”. (ESTADÃO, 06 jun.2012).
Logo, a educação ambiental também deve fazer parte do processo de mudança na relação do homem-natureza a fim de que a poluição resultante dos incorretos descartes dos resíduos provenientes das construções e demolições seja alterado para novas formas de pensar e agir. O homem em sua relação com o meio ambiente deve primar pela sua proteção evitando a degradação do planeta evitando possível escassez de recursos naturais, pois, essa preocupação não é recente e na sociedade contemporânea nos seus diversos setores da sociedade civil a educação tem o papel de muita relevância para as mudanças necessárias a manutenção e preservação da vida (LUIZARI e CAVALARI, 2003).
    Uma das dificuldades na mudança a partir da educação ambiental, certamente um dos grandes desafios que devem ser permeados gradativamente, é a mudança da base da educação contemporânea considerando que essa base manifesta-se nos pensamentos dos seres humanos com o paradigma da “concepção ocidental” definido por René Descartes (LUIZARI e CAVALARI, 2003), essa forma de pensar indicando a “relação dicotômica entre sociedade-natureza”, deve ser superada, pois, o ser humano vendo-se de forma isolado da natureza e não como parte integrante, não se preocupa com a “questão ambiental” e para a alteração desses pensamentos que a expectativa volta-se para a educação que” ligue o que está separado” (MORIN, 1995, apud LUIZARI e CAVALARI, 2003).
 Morin (1995, apud LUIZARI e CAVALARI, 2003) afirma que a dicotomia entre o homem-natureza deve ser modificada pelo “pensamento complexo” no campo educacional onde a mudança gradativa da concepção fragmentada que prevalece na educação contemporânea para a concepção integral [...] (MORIN, in CASTRO, 1997) sendo de importância que organizações vislumbrem formas de gerenciar que levem a proteção do meio ambiente instruindo os trabalhadores ao entendimento dessas práticas de forma educativa que os remetam a análises de que essas ações estão ligadas a própria vida.
A necessidade em buscar novas formas de “pensar a sustentabilidade do processo de intervenção humana na biosfera” (GOBBI, 2005) remete as organizações a considerar o gerenciamento como forma de educação e também voltado para a solução desses problemas relacionados ao meio ambiente em decorrência das pressões existentes no mercado e também das legislações para que haja redução dos riscos ambientais e assim, “exigindo produtos que causem menos impactos ao meio ambiente.” ( grifo nosso).
O fator que deve ser observado para o entendimento do como a educação pode ser explicado e, consequentemente, pode ser mais abrangente (MORIN, 2001C apud LUIZARI e CAVALARI, 2003) deve-se a inter-relação entre ações e causas. Dessa forma, ocorrendo o gerenciamento dos resíduos sólidos fundamentado em práticas que visam à proteção e não degradação do meio ambiente e repassadas e explicadas aos trabalhadores das empresas de construções e demolições consistindo assim em uma forma de educação abrangente, devido à ocorrência das explicações necessárias que permitam o entendimento da necessidade do convívio homogênio entre natureza e homem de abrangência tal que natureza e homem não são separados, (MORIN, apud LUIZARI e CAVALARI, 2003).
 Essa é a ideia preconizada por MORIN (2001C apud LUIZARI e CAVALARI, 2003): o homem entendendo a natureza de forma interativa que para KAZUE (BRASIL, 1998, p.114) diz respeito ao maior objetivo da Educação que é ao desenvolver as pessoas favorece a sua valorização ao lhe conferir  a "capacidade de ser Um, com função útil no Todo”.
Agregar à educação a palavra "Ambiental" é a mais bonita da dimensão para a educação, quando ela se torna 'Educação Ambiental'. Nesse momento, as potencialidades do indivíduo serão trabalhadas como base para que ele formule “uma cosmovisão real, com o estabelecimento de relações (KAZUE, 1998)”.
 A Educação Ambiental também reforça a compreensão da capacidade de cada elemento da natureza de "expressar e afirmar a sua especificidade e constituir a base da formação da grande trama” na qual "cada coisa é dotada de um sentido para si própria e para o conjunto”. E esta é a essência da Vida (BRASIL, 1998).
Acredita-se que essa visão quanto à educação ambiental para os trabalhadores possibilita ter subsídios que permitirão a realização de análises das ações de gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das construções e demolições traçando paralelos que permitam mapeamento e confronto com as orientações previstas na educação ambiental devido .+++..................os cuidados preconizados e repassados como prática sustentável. Essas ações que são exemplos de boas práticas para a preservação do meio ambiente no gerenciamento de resíduos sólidos ao acontecerem de forma participativa e educativa, são percebidas, entendidas e multiplicadas pelos empregados das construtoras no seu convívio social.
     
Considerações Finais

As práticas de gerenciamento de resíduos sólidos provenientes da indústria da construção civil que promovem ações vislumbrando as questões ambientais sendo focadas em buscam para evitar ações antrópicas nas atividades rotineiras devem ser tratadas de forma participativa a todos os trabalhadores dessa atividade por promoverem mudanças educativas preconizadas na educação ambiental.  
A educação ambiental preconiza as questões ambientais como uma forma de ver a inter-relação entre homem – natureza onde à última sofre intervenções do primeiro impactando em contaminação de efluentes devido ao incorreto descarte dos resíduos sólidos. Também conduz a uma forma de agir em consonância com atitudes voltadas para reflexões quanto à correta forma de tratamento que deve ser dispensado à natureza.  As questões ambientais são tratadas de forma consciente ao serem percebidas pelos trabalhadores como forma de preservação necessária devido ao cenário em que se encontra o meio ambiente.
 As informações referentes às condutas corretas e que primam pela proteção do meio ambiente, devem ser participadas aos trabalhadores no momento de execução das atividades de construção ou demolição por promover reflexões sobre as atitudes conscientes dos empregadores por ser educação ambiental uma promotora da visão de que a natureza é vida, portanto essencial à raça humana devendo ser protegida.
Além de despertar uma nova forma de pensar, a educação ambiental se utilizada pelas construtoras que são gerenciadas de forma ecologicamente corretas e envolvendo todos os trabalhadores tende a promover a percepção das ações agressivas e avassaladoras na forma anteriormente como o gerenciamento acontecia devido os resíduos sólidos promoverem diversas formas de poluição e contaminação para a natureza.
Os recursos existentes no meio ambiente são finitos e a educação ambiental permite o entendimento que, sendo responsabilidade de todos, a proteção do meio ambiente está atrelado às novas formas de pensar e agir e no como devolver para a natureza o lixo gerado das atividades rotineiras de forma consciente, ou seja, de forma que não provoque degradação, pois a geração de lixo é volumosa graças aos avanços tecnológicos comuns na nossa busca de qualidade de vida.  Essas mudanças são possíveis somente se todos tiverem acesso ao processo educativo voltado para as questões ambientais e, no caso dessa pesquisa, se as construtoras passarem para seus trabalhadores as explicações necessárias ao entendimento das práticas desenvolvidas pela mesma e tendo o foco voltado para a proteção do meio ambiente, é possível mudar para práticas que denotem a mudança de ver o planeta e a vida. É importante entender que haverá novas buscas devido a novas demandas de recursos naturais para essa tão almejada qualidade de vida do homem e, que caso ocorram às mudanças para práticas sustentáveis demonstrando a preocupação com os seres vivos, com a vida, esse é um indicador da possibilidade em se ter esse recurso disponível na natureza, pois, as práticas educativas significam proteção ao meio ambiente.




Referências

ÂNGULO, Sérgio Cirelli; ZORDAN, Sérgio Eduardo; JOHN, Vanderley Moacyr. Desenvolvimento sustentável e reciclagem na construção civil. São Paulo, SP. 2001. Disponível em:  http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/DiretivaHabitacaoSustentavel/DesenvSustentReciclagemResiduosConstrCivil.pdf. Acesso em: 01 maio 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10004: Resíduos sólidos: classificação . Rio de Janeiro, 2004. 71p.

AZEVEDO, Gardênia Oliveira David de; KIPERSTOK, Asher.;MORAES, Luis Roberto Santos.  Resíduos da construção civil em Salvador: os caminhos para uma gestão sustentável. Rio de janeiro, 2006. SCIELO. Acesso em 09 de jun. 2012.

BRAGA, Benedito; Vários autores. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

BRASIL. 1998.  Ministério da Educação e do Desporto, Coordenação de Educação Ambiental. A Implantação da Educação Ambiental no Brasil. 1ª ed. Brasília- DF. 166p.

BRASIL, Ministério da Fazenda. Política de Desenvolvimento Produtivo. Disponível em :
http://www.pdp.gov.br/Relatorios%20de%20Programas/Constru%C3%A7%C3%A3o%20Civil_Desempenho.pdf. Acesso em 05 de nov. De 2012

BRASIL.2002. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 307, de 05/07/2002.  Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, nº136, 17/07/2002. Seção 1, p.95-96.   

BRASIL.2010. Por dentro do Brasil Meio Ambiente. Disponível em : http://www.brasil.gov.br/cop/materiais-para-download/por-dentro-do-brasil-2013-meio-ambiente-2013-setembro-2010 . Acesso em 20 de out. de 2013.
BONATELLI, Circe. PIB da construção civil pode superar média do País. Estadão, São Paulo, 06 jun.2012.  Disponível em: Http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,pib-da-construcao-civil-pode-superar-media-do-pais,115224,0.htm Economia & Negócios, Caderno. Acesso em :04 nov.2012.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1993.

__________. Administração – teoria, processo e prática. 3. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto e SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

GESTÃO AMBIENTALDE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: A EXPERIENCIA DO SINDUSCON – SP. Tarcisio de Paula Pinto, coordenador. –São Paulo: Obra Limpa: T&T, Sinduscon- São Paulo, 2005. (Publicação Sinduscon-SP).

GOBBI, Beatriz Christo. Gestão ambiental como prática social: uma análise a partir dos sentidos produzidos da interação organização e meio ambiente. UFLA. 2005. 126p:il.

GOIÁS, MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS. NÚCLEOS DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DE GOIÂNIA, 15ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA. TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA ... Ajustamento de Conduta, com fulcro no parágrafo 6º, do art. 5º, da Lei n.º 7.347/85, regulamentado pelo Código de Defesa do Consumidor – Lei 8.078/90, que acrescentou o parágrafo 6º da mencionada Lei, em que figura de um lado o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO. 06/09/2007.
 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:ftp://ftp.ibge.gov.br/Industria_da_Construcao/Pesquisa_Anual_da_Industria_da_Construcao/2010/comentario.pdf. Acesso em: 02/09/2012.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: e edição do novo milênio; tradução Bazán Tecnologia e Linguística; revisão Arão Sapiro. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

LIMA, José Dantas de. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. – Paraíba: 2001.

LUIZARI, Rosa Acassia e CAVALARI,Rosa Maria Feiteiro. A Contribuição do Pensamento de Edgar Morin para a Educação Ambiental. EDUCAÇÃO: Teoria e Prática - vol. 11, nº 20, jan.-jun.-2003 e nº 21, jul.-dez.-2003, p. 7-13.

LUISETE, Andreis Karpinski; et al. Gestão de resíduos da construção civil: uma abordagem prática no município de Passo Fundo -RS. Estudos Tecnológicos, Rio Grande do Sul,v. 4, n. 2:69-87, maio-ago. 2008.

MENDES, Tânia. A única saída para o planeta: sustentabilidade.  Revista Brasileira de Administração. Brasília, n.67, p. 24-30, Nov./dez. 2008.

OLIVEIRA, Edieliton Gonzaga de; Mendes, Osmar. Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolição: Estudo de Caso da Resolução 307 do CONAMA. UCG. Goiânia, Jul.2008.

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E RECICLAGEM. Disponível em:http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/encontros_tematicos/coleta_seletiva/coleta_seletiva_reciclagem_residencial.pdf. Acesso em: 28 abr.2012.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guias para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de casos. – 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

SCHWARTZ, Peter. Cenários: as surpresas inevitáveis; tradução Maria Batista. –Rio de Janeiro: Campus, 2003.

WIENS, Ivy Karina e HAMADA, Jorge. Gerenciamento de resíduos da construção civil – uma introdução à legislação e implantação. In: XIII SIMPEP, São Paulo. Anais..., Bauru, 2006.