Da mesma forma que seres humanos as empresas também tem  seus momentos de crises. As pessoas pelos mais variados motivos. As empresas também. No campo individual não tem como adivinhar se o sujeito anda desequilibrado porque está sofrendo com algum distúrbio de ansiedade ou devido a sua família estar em ruínas. Já no campo empresarial muitas crises podem ser previstas, evitadas ou superadas bastando para apenas mais um pouco de atenção ao assunto. Mas esse não é o foco da conversa de hoje.Então vamos a ele: Demitir pessoal é uma saída  para as crises?

Quando uma determinada empresa entra em crise, não importando o motivo, ela obviamente vai ter que reduzir gastos. A questão aqui é que quando a coisa aperta muitos dirigentes logo de cara apelam para o corte de pessoal. É claro que não são todos. Mas tem muita gente que vê a situação dessa forma. Ou seja , reduzir custos é o mesmo que reduzir pessoal. Um erro que além de antigo ainda possui seus “adeptos”... Infelizmente. Na realidade essas pessoas que pensam assim deveriam reaprender sobre  a constituição de uma empresa. E claro, deveriam voltar a freqüentar o curso de economia. Quem sabe assim poderiam se lembrar do real significado de reduzir custos.

Se o individuo não quer que sua empresa entre em crise, antes de tudo ele deveria aprender é a trabalhar. É certo que existem fatores externos que independem das precauções tomadas pelas empresas para afetá-las. Mas muitas vezes o problema é interno. Em alguns casos o chefe começa a gastar com o que quer e não com o que deveria. Em outros confunde de maneira absolutamente anormal a pessoa física com a pessoa jurídica. É aquela coisa de pagar a viagem, o seguro do carro, o aluguel da casa de praia  com o cheque da empresa. Isso pode até dar certo por alguns anos mas quem quiser se dar bem tem obrigatoriamente que abandonar tal hábito.O dinheiro da empresa é para fazer a empresa crescer. Existem também aqueles que ao sinal do mais leve crescimento sai gastando a torto e direito e se esquecem de ter um fundo de reserva.

Quem não tem uma reserva quando chega a crise sofre 100 % dela. Já que tem pode ter um pouco mais de tranqüilidade. Quando se tem um fundo tem-se também tempo para pensar e agir. E não para agir e depois pensar como é o caso de quem anda por aí demitindo ao menor sinal de crise.

Enfim, existem situações que são possíveis evitar como aquelas citadas lá atrás outras nem tanto.

De qualquer forma é bom levar em consideração que o corte de pessoal deve ser a última das últimas alternativas.Mandar gente embora é transferir  a crise da cena macro para a cena micro. É bom lembrar também de que pode estar desperdiçando talentos. Descartando gente boa, gente que tem experiência e criatividade e que talvez levaram anos para se transformarem em bons profissionais e quem sabe  até mesmo dentro da própria empresa.   

Recuperar os talentos jogados fora por uma decisão precipitada  leva tempo ( e dinheiro ) para poder ser corrigido. Pense nisso.