Por Carlos Barbosa dos Santos

Introdução

Atualmente, uma grande variação no espaço econômico passou a se intensificar, isso devido a influência do processo de globalização, tendo como importante meio norteador o meio técnico-científico-informacional, que passou a diminuir as disparidades mundiais, inibindo a segregação e aumentando as relações internacionais entre os diversos países do globo, tais relações de circulação de produtos exportação/importação, pessoas, serviços, informações, tornou-se necessário a regulamentação destas relações, principalmente as econômicas, dando início a formação de blocos econômicos regionais a fim de propor uma melhor relação entre países membros.

Esse artigo tem por proposito destacar as implicações do processo de Globalização no espaço econômico mundial, além de discutir sobre a inserção do Brasil no processo de Globalização e sua atuação no comércio internacional.   

 Resultados e discussões

O comércio e as relações internacionais tiveram forte desempenho a partir das transformações desencadeadas pelo capitalismo globalizado, tendo como parâmetro o meio técnico-científico-informacional. Para Santos (2012, p. 88), essa decorrência se dá:

“Em função dos fatores ligados ao desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e informação tem havido importantes mudanças na produção e circulação de mercadorias, serviços e capitais. Com isso a integração econômico-financeira, política e cultural tem se intensificado e o mundo tem tornando-se cada vez mais sistêmico, de modo que os acontecimentos em qualquer parte do globo terrestre têm efeitos complexos em todas as outras”. (SANTOS, 2012, p. 88).

 As relações de circulação de produtos, pessoas físicas, serviços, informações em torno do mundo se intensificou diante da evolução das tecnologias, fortemente vinculada as comunicações e os transportes, o que acarretou em mudanças significativas, contribuindo para o processo de Globalização. A economia globalizada permitiu que o comércio e as relações internacionais passassem a interagir por meio da formação de blocos econômicos regionais, aderindo a políticas de regulamentação cujo proposito principal é garantir a integração econômica entre países membros e assim facilitar as relações entre ambos.   

Por ter sido antigamente um país colonial, dependente das matrizes dominantes, como Portugal, nesse período histórico o Brasil ficou restringido a exploração, com a sua independência, houve uma mudança de paradigma. Devido a sua grande extensão territorial, localização na zona tropical do globo, dentre outros fatores, o Brasil passou a ser inserido no processo de Globalização e atualmente desempenha forte papel no comércio internacional. Para Santos (2012, p. 95) o Brasil começou a se desenvolver:

 “A partir da segunda metade do século 20, com a consolidação da atividade industrial no Brasil, o país deu um salto na pauta de exportações. Incrementou a produção industrial, agrícola e de insumos, diversificando enormemente suas exportações, com a inclusão de bens de alto valor agregado como aviões e automóveis”. (SANTOS, 2012, p. 96).

 Esses acontecimentos contribuíram para a inserção do Brasil no comércio internacional, tendo uma participação importante no comércio externo, fortalecido pela exportação. O Brasil está no 22º entre os países com maior exportação, é a sétima economia mundial, sendo a maior da América latina, tendo como parâmetro a paridade do poder de compra (PPC). É também um dos países membros do Bloco econômico MERCOSUL, no que tange à política externa de comércio, o Brasil passou a aderir as negociações de commodities com os países desenvolvidos.   

 Considerações Finais

Enfim, comércio e as relações internacionais, sejam elas de pessoas, compra/venda de produtos, serviços, informações foram impulsionadas pela evolução das tecnologias, contribuindo para o Processo de Globalização e uma nova organização espacial, em que espaços diferentes passaram a ser interligados. Mesmo com o atraso, o Brasil conseguiu um lugar no mundo global e rapidamente passou a desenvolver forte papel no comércio internacional, fortemente vinculado à exportação, seu ponto mais forte, apesar de ter um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).  

 Referências

SANTOS, Márcia Moura dos. Geografia das Industrias e dos Serviços. Recife: Capes, 2012, pp. 87 – 99.