Faculdade Nossa Cidade - FNC
Curso: Administração de Empresas
Nome: Jessica Oliveira dos Santos
Orientador: Prof º Lawton Benatti

Onde pode ser Aplicado o Benchmarking?

Benchmarking pode ser aplicado a várias áreas em uma empresa. Robert Camp identifica três áreas: bens e serviços, processos de negócios e indicadores de desempenho.

Bens e serviços: Identifica as características e as funções dos produtos e dos serviços que são esperadas pelo cliente. Tal noticia é agrupada no processo de planejamento, de projeto e de desenvolvimento do produto na configuração de metas para o produto e para as técnicas de projeto de tecnologias.

Processos de Negócios: Esta área fornece o alicerce para avanços expressivos nos processos e para a reengenharia. Estas transformações devem ser parte complementar do processo de melhoria contínua da qualidade.

Indicadores de Desempenho: O término da utilização de benchmarking em processos é a definição e a validação de alvos para os poucos indicadores de desempenho fundamentais que foram identificados como decisivos para o processo.

Passos- chave na utilização do Benchmarking

Robert Camp, baseado em sua experiência com a Xerox Corporation (que foi sua primeira aplicação técnica em 1979 nos EUA), identificou cinco fases necessárias para realização desta ferramenta em uma organização. Estas fases são o planejamento, a análise, a integração, a ação e a maturidade.

Planejamento: Esta fase do Benchmarking identifica as áreas que devemos realizar a ferramenta, as organizações especificam com as quais devemos realizar a comparação, os tipos de dados que devemos coletar estes dados.

Análise: Esta fase se preocupa na obtenção de um entendimento profundo das práticas e dos processos de nossa organização, assim como dos processos e das técnicas utilizadas nas organizações que serão utilizadas como referencia para o benchmarking.

Integração: Nesta etapa, utilizamos os resultados encontrados nas duas primeiras fases para definir as áreas de interesse que desejamos modificar. Como componente desta fase, devemos garantir que o conceito de benchmarking será implementado no processo de planejamento da organização, e que esta técnica é aceita por todos os níveis de gerência.

Ações: Os resultados e os objetivos desta ferramenta devem ser demonstrados em ações. O pessoal que realmente realiza as atividades deve determinar como os resultados obtidos podem ser incorporados da melhor maneira nos processos existentes.

Maturidade: Uma empresa obtém sua maturidade quando o melhor método de negócio localizada no mercado é reunido em todos os processos relevantes, com garantia de uma atuação elevada para a organização como um todo.

Tipos de Benchmarking

Existem quatro categorias de benchmarking: interno, competitivo, funcional e genérico.

Interno: Este tipo de benchmarking é utilizado para comparações entre operações ou processos similares na própria empresa. Esta técnica é frequentemente usada como ponto de partida para a identificação das melhores práticas existentes em um dado momento na organização. O benchmarking interno também fornece o primeiro passo para o processo de documentação, o qual é necessário para a identificação de áreas para melhorias futuras. Esta técnica é especialmente apropriada para organizações (tanto manufatureiras quanto de serviços) distribuídas em diferentes localidades.

Competitivo: Esta técnica permite a comparação entre o desempenho de uma empresa e do seu competidor direto mais forte. As informações relativas obtidas irão mostrar como a empresa está em relação ás demais no mercado. O benchmarking dentro de uma indústria é geralmente difícil, devido ao natural desinteresse dos competidores em compartilhar informações críticas.

Funcional: Este tipo de benchmarking realiza comparações com as melhores áreas funcionais, independentemente do setor de atuação das mesmas. Os benefícios desta técnica são muitos. Primeiramente, a empresa pode obter mais facilmente parceiros para o benchmarking em empresas que não suas concorrentes diretas. Além disso, é mais fácil identificar as empresas consideradas “melhores do mercado” na realização de determinada função.

Genérico: Este indicador de desempenho preocupa-se com processos de trabalho específicos, que são praticamente os mesmos para todas as empresas que utilizam estes processos. O benchmarking genérico pode facilmente identificar as empresas que adotaram processos inovadores, fornecendo, dessa maneira, objetivos que podem ser aceitos mais rapidamente pelos membros da organização. Exemplos de lideres em benchmarking genérico incluem o Federal Reserve Bank (rastreamento de contas) e o Citicorp (processamento de documentos).    

Observa-se que o benchmarking possibilita que a empresa examine com mais atenção seus processos ou produtos oferecidos e nisto também se enquadra a serviços prestados, estabelecendo semelhanças, diferenças ou relações com outras, do mesmo ramo ou não, podendo adquirir novas idéias para melhoria de seus processos ou produtos e passar a frente de seu concorrente lançando novos produtos ou serviços, ou até mesmo aperfeiçoando-se naquilo em que as outras organizações ainda tenham alguma desvantagem. Assim colocando-se na frente de concorrentes e até surpreendendo uma grande empresa pelos seus resultados e colocação no mercado por conta da sua capacidade de inovação e aprendizado.

Benchmarking é uma grande ferramenta se bem usada nos traz grandes melhorias como mostra o texto, mas temos que ter um juízo crítico nos processos que analisamos, pois quando observamos outra empresa e deparamos que tais processos funcionam perfeitamente e simplesmente se encaixam. Não podemos facilmente colocar aquele modelo de execução em na nossa organização, pois podemos não obter o mesmo resultado, mas principalmente porque o benchmarking não é copiar de uma empresa e muito menos fazer uma espionagem e sim um processo de identificação, compreensão e adaptação de processos e práticas diferentes da empresa, não sendo, portanto uma ação de espionagem ou simplesmente cópia. Na verdade é para sua empresa um aprendizado de técnicas que pode ser aplicado, mas de um jeito que funcione na sua organização.  Podendo até ser de um jeito mais simples, com custos mais baratos, com menos pessoal e dando até resultado melhores do da empresa que foi utilizada como modelo. E sua organização poderá servir de exemplo para outras. Então podemos até disser que é uma troca de conhecimentos entre organizações.

Referencia Bibliografica: Fundamentos da Administração de Produção / Mark M. Davis, Nicholas J. Aquilano e Richard B. Chase; trad. Eduardo D'Agord Schaan...[et al.] - 3.ed. - Porto Alegre : Bookman Editora, 2001.