AULAS DE CAMPO NO ENSINO DA GEOGRAFIA

 

 

RESUMO

A prática educativa aqui apresentada visou abordar a importância das aulas de campo para o ensino de Geografia. Com o objetivo de permitir que estudantes pudessem em campo confrontar a teoria vista em sala de aula com a prática vivenciada. Assim, este trabalho foi desenvolvido em três etapas sendo elas: a aula pré-campo; a aula de campo e a aula pós-campo. Houve a necessidade do cumprimento destas três atividades, para que realmente a aula em campo, fosse uma aula complementar a de sala. A realização das três etapas permitiu identificar que as aulas em campo na Geografia são essenciais para que os conceitos de espaço geográfico, elementos geográficos e meio ambiente, fossem identificados e contextualizados.

Palavras-chave: Aula de Campo; Geografia; Ensino.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema “Aulas de Campo no Ensino da Geografia”, pois, nesta disciplina se faz necessário que estudantes in loco vivenciem o espaço geográfico e tudo o que nele está inserido, uma vez, que apenas estando em sala de aula com o material didático todo o dinamismo que esta disciplina contém não pode ser conhecido. Assim, a aula em campo torna-se um importante recurso ao professor para o ensino-aprendizagem.

O objetivo deste trabalho foi permitir que o estudante realizasse análises sobre determinado espaço geográfico através da vivência em campo, possibilitando o confronto entre a teoria da sala de aula e o que se vivencia na prática; permitindo através das aulas em campo o contato com a natureza, respeitando limites espaciais através da conscientização ambiental, possibilitando a espacialização fora da sala de aula e compreendendo os conceitos fundamentais da Geografia.

Este trabalho foi desenvolvido através de três etapas, a aula pré-campo onde em sala foi passado aos alunos os aspectos geográficos que seriam vistos em campo relacionado ao tema estudado; o campo que foi realizado através de duas aulas (Morro Anhangava e Vila Velha); e o pós-campo com aplicação de questionário que buscou identificar se houve eficácia na realização da aula de campo frente à proposta do trabalho.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A aula em campo é uma atividade extrassala/extraescola que envolve, concomitantemente, conteúdos escolares, científicos (ou não) e sociais com a mobilidade espacial; realidade social e seu complexo amalgamado material e imaterial de tradições/novidades. É um movimento que tende elucidar sensações de estranheza, identidade, feiura, beleza, sentimento e até rebeldia do que é observado, entrevistado, fotografado e percorrido. E ainda temos a certeza que essa aula não gera apenas isso (OLIVEIRA e ASSIS, 2009).

A aula em campo instiga, antes de tudo, compreender as diferenciações entre as paisagens dos livros didáticos e as paisagens vivenciadas in loco. Estas são movidas e vivificadas pela relação dos alunos com as configurações óticas apreciadas sem recortes. São vistas juntamente com os movimentos das relações sociais, seus diferentes tipos de uso e seu entorno, a combinação de objetos naturais e artificiais — um instante da relação sociedade-natureza, ou melhor, das naturezas mais ou menos humanas — num verdadeiro conjunto de processos e objetos (OLIVEIRA e ASSIS, 2009).

A aula em campo é um corpo didático que não tem como ser separado da sensação de lazer, ansiedade, angústia e novidades. Entretanto, não deixa de ser aula, requisitando, aos docentes e discentes, preocupação com o objetivo de estar em campo: uma construção e legitimação do pedagógico processo de formação humana dos alunos e dos próprios professores em sua trajetória profissional. A aula em campo não é um simples passeio, um dia de ócio fora da escola, o momento de alívio e brincadeiras, um caminhar para relaxar as mentes ‘bagunçadas’ das crianças e jovens do mundo moderno (OLIVEIRA e ASSIS, 2009).

Alves et. al. (2007) escreveram um artigo sobre a importância do trabalho de campo no ensino de geografia. O trabalho de campo pode ser considerado uma modalidade prática de ensino primordial, por apresentar possibilidades no processo de ensino–aprendizagem. A prática de ensino a campo é um método em que os alunos têm contatos com alguns elementos físicos estudados em sala de aula.

Conforme estes autores, Alves et. al. (2007), o trabalho de campo também tem uma grande contribuição para a integração dos aspectos da geografia física e da geografia humana, o que é importante para uma visão mais ampla do objeto a ser investigado. O trabalho de Suertegaray (2002) nos relata que a pesquisa de campo não é uma prática exclusiva da geografia, mas se apossam deste tipo de procedimento várias áreas do conhecimento, Suertegaray (2002) também faz vários esclarecimentos sobre as diversas vertentes metodológicas do trabalho de campo. Conforme Suertegaray (2002, p.1), o trabalho de campo é:

(...) um instrumento de análise que permite o reconhecimento do objeto e que, fazendo parte de um método de investigação, permite a inserção do pesquisador no movimento da sociedade como um todo.

Tomita (1999, p.13) também escreve sobre o trabalho de campo como instrumento de ensino em geografia:

Dentre várias técnicas utilizadas no ensino de Geografia, considera-se o trabalho de campo, uma atividade de grande importância para a compreensão e leitura do espaço, possibilitando o estreitamento da relação entre a teoria e a prática. O alcance de um bom resultado parte de um planejamento criterioso, domínio de conteúdo e da técnica a ser aplicada.

Deve-se considerar ainda que um trabalho prático requer uma reflexão sobre o tema a ser estudado, conforme Kaercher (2004, p.233):

Muitos professores crêem que mostrando uma foto ou um objeto, ou ainda, dando a volta no bairro – todas ótimas iniciativas - os alunos ‘verão as coisas como elas são’, isto é, terão acesso ‘à realidade’, verão a ‘essência’ para além das aparências. Esse é um passo necessário para o estudo: ver ‘as coisas’, mas é insuficiente se não alertarmos nossos alunos para a necessidade da reflexão sobre o que se vê na tentativa de não nos contentarmos com as primeiras impressões. Impressões não são a realidade. Impressões.

                                                    

Segundo as Diretrizes Curriculares de Geografia para Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação (2006, p.46):

A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para analisar a área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico. Parte-se de uma realidade local, bem delimitada para investigar sua constituição histórica e as comparações com outros lugares, próximos ou distantes. Assim, a aula de campo jamais será apenas passeio, porque terá importante papel pedagógico no ensino de geografia.

3. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

Esta prática educativa foi aplicada no Colégio Estadual Flávio Ferreira da Luz localizado no bairro Sítio Cercado situado à Rua João Cislinski, s/n no Município de Curitiba no Estado do Paraná (anexo 1).  

As aulas de campo aqui relatadas ocorreram durante o período letivo do ano de 2010, para a turma do 1º ano do Ensino Médio da disciplina de Geografia.

O trabalho desenvolvido refere-se às atividades pré-campo, campo e pós-campo, as quais ocorreram nas seguintes etapas:

a)      A pesquisa aplicada foi utilizada para ressaltar a importância das aulas em campo para a disciplina da Geografia as quais facilitam a compreensão por parte do aluno do espaço geográfico, esta identificação ocorreu através de levantamento bibliográfico;

b)      Organização das aulas de campo, escolha do local, data, planejamento sobre a abordagem em campo;

c)      Elaboração dos slides utilizando o software Power Point aplicativo do Microsoft Office, para a exposição dos conteúdos que foram vistos nas aulas em campo (denominada aula pré campo);

d)     Elaboração do questionário contendo questões objetivas e questões abertas (dissertativa), com o intuito de verificar a eficácia do método apresentado às turmas (anexo 2 e anexo 3);

e)      A pesquisa-ação foi aplicada nas próprias aulas em campo, para compreender a apropriação e configuração espacial, o desenvolvimento econômico e as conseqüências ambientais e a relação sistêmica entre os elementos geográficos. Ocorreram duas aulas em campo, sendo elas:

  • Aula de Campo no Morro Anhangava – Parque Estadual da Serra da Baitaca no Município de Quatro Barras – PR realizada no dia 10 de julho de 2010, para um total de 40 alunos.

Nesta aula de campo o objetivo foi permitir que os alunos conhecessem e vivenciassem a Serra do Mar, como unidade Geomorfológica através de sua dinâmica natural, da Geologia, do clima, dos solos, da hidrografia e da flora e fauna local. Puderam também conhecer uma Unidade de conservação, assim foi abordado sobre a importância de se conservar os recursos naturais, destacando que a Serra deve ser protegida, pois, nela encontram-se as nascentes dos principais rios do estado, além de toda exuberante flora e fauna da Mata Atlântica que ali ocorre.

  • Aula de Campo no Parque Estadual de Vila Velha no Município de Ponta Grossa – PR realizada no dia 14 de outubro de 2010, para um total de 24 alunos.

A aula de campo em Vila Velha teve como objetivo que os alunos conhecessem um local do Segundo Planalto Paranaense, além de toda exuberância dos arenitos. No Parque foram visitadas as furnas, a lagoa dourada e os arenitos. Esta aula proporcionou conhecimento geomorfológico, geológico e histórico, permitindo a percepção dos alunos, pois, nos arenitos era possível identificar formas esculpidas nas rochas.

f)       Pós-campo com a aplicação do questionário que buscou identificar a percepção dos alunos frente aos conteúdos vivenciados. Desta forma, foi utilizada a pesquisa quantitativa, pois, as questões objetivas do questionário foram tabuladas, ou seja, as questões foram traduzidas em números as opiniões e informações. E a pesquisa qualitativa, ocorreu a partir da análise e interpretação das questões dissertativas do questionário.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Este capítulo refere-se à discussão da importância da aula em campo nas aulas de geografia e aos resultados da pesquisa.

                                                           

4.1 RESULTADOS DA AULA DE CAMPO NO MORRO ANHANGAVA

Este capítulo tem o objetivo demonstrar quais foram às respostas dos alunos através da avaliação realizada, com o intuito de verificar se a expedição trouxe a eles maiores conhecimentos e se despertou o interesse em ter aulas como estas que aliam a teoria à prática.

A questão 1 teve por objetivo verificar se os alunos já haviam subido o Morro do Anhangava. Como resultado se verificou que apenas 1 aluno já havia subido o Morro, enquanto que a maioria, (39 alunos) nunca haviam visitado o local.

A questão 2 auxiliou na verificação se algum aluno já tinha ouvido falar do Morro antes da expedição. Verificou-se que dos 40 alunos que participaram da expedição, 11 já tinham ouvido falar sobre o Morro, enquanto a maioria (29 alunos) nunca tinha ouvido nada a respeito do local.

Os locais citados pelos alunos, de onde ouviram falar sobre o Morro, foram: Igreja, escola, televisão e família.

A questão 3 foi elaborada para constatar o grau de dificuldade da trilha através da experiência dos alunos (Gráfico 1).

GRÁFICO 1 – Grau de dificuldade da trilha

 

 

Constatou-se que a maioria dos alunos avaliou a trilha como grau médio de dificuldade ou acima deste, devido ao mau tempo do presente dia (Anexo 4).

                                                           

A questão 4 teve por objetivo verificar se os alunos adotaram a prática de observação durante a caminhada, se viram algum tipo de planta ou animal e qual o tipo. Dos 40 alunos que participaram dessa expedição, apenas 2 não registraram presença de animais e plantas.

GRÁFICO 2 – Relato de observação de animais e plantas durante a caminhada

 

Do grupo, dois alunos observaram a presença de samambaia, doze afirmaram ter visto árvores (Anexo 5), dois viram a floresta, oito alunos observaram pássaros, um aluno viu um morcego, um aluno verificou a presença de insetos, quatro alunos observaram a presença de bambu, um estudante viu uma cobra, dois observaram a presença de aranha e cinco alunos ressaltaram a presença de cavalos.

Na questão 5 foi solicitado para que os alunos relatassem tudo o que foi observado durante a trilha (Gráfico 3).

GRÁFICO 3 - Relato geral das observações durante a trilha

 

 

Esta questão revela que os alunos conseguiram extrair informações além da bela paisagem cênica. Eles identificaram situações que são estudadas em sala de aula na prática do campo. Logo com a atividade em campo percebe que seu objetivo maior foi alcançado, o de identificar e aprender em campo o que se estuda em sala de aula (Anexo 6).

Na questão 6 os alunos descreveram as dificuldades encontradas durante a expedição (Gráfico 4).

GRÁFICO 4 – Dificuldade em realizar a trilha

 

 

Devido às chuvas que ocorreram naquela semana, a maior dificuldade mencionada pelos alunos foram as pedras lisas.

Na questão 7 os alunos foram questionados sobre a sensação que tiveram ao realizar a trilha (Quadro 1).

QUADRO 1 – Sensação de fazer a trilha

Qual foi a sua sensação ao realizar a trilha?

Liberdade

5

Proximidade com a natureza

4

Cansaço

5

Ansiedade

1

Aventura

4

Alívio

3

Boa

20

Medo

2

Ruim

2

Nesta questão foi presenciada mais de uma citação por aluno, ou seja, um mesmo aluno relatou mais de uma sensação.

              A questão 8 refere-se a opinião dos alunos sobre a importância de aulas de campo como esta que foi realizada no Bioma Serra do Mar. Todos os alunos responderam que a ida a campo representa uma maneira diferente de aprendizagem. As respostas sobre o porquê desta importância estão representadas no gráfico a seguir (Gráfico 5).

GRÁFICO 5 – Relato do por que a aula de campo é importante

 

            A maioria dos alunos relataram a importância de ver na prática o que foi aprendido em sala de aula.

Na questão 9 foi  perguntado se os alunos gostariam de participar de outras expedições na Serra do Mar e por que eles gostariam. A disposição em participar de outras expedições no ambiente Serra do Mar foi apresentada pela maioria. Dos 40 alunos, 37 disseram que gostariam de participar de outras atividades como esta. Ainda nesta questão foram questionados por qual motivo gostariam ou não de participar de novas expedições (Gráfico 6).

GRÁFICO 6 – Porque gostaria de participar de outras expedições

Dos três alunos que responderam que não gostariam de voltar, dois disseram ter passado mal e o outro por causa do cansaço.

4.1 RESULTADOS DA AULA DE CAMPO EM VILA VELHA

Este capítulo tem como objetivo demonstrar quais foram às respostas dos alunos através da avaliação realizada, com o intuito de verificar se a expedição para o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (Anexo 7), trouxe a eles maiores conhecimentos e se despertou o interesse em ter aulas como estas que aliam a teoria à prática.

A questão 1 teve por objetivo verificar se os alunos já haviam feito uma visita ao Parque Estadual de Vila Velha. O resultado pode ser analisado no Gráfico 7.

GRÁFICO 7 – Quantidade de alunos que já visitaram o Parque Estadual de Vila Velha

 

Verificou-se que apenas 2 dos 15 alunos já haviam visitado o Parque.

A segunda questão tratava-se de quais roteiros do Parque os alunos conheciam. Dos 15 alunos, 5 não responderam a questão, pois não tinham visitado o Parque e não conheciam nenhum dos roteiros. Dos alunos que responderam, a maioria conhecia todos os lugares (Gráfico 8).

GRÁFICO 8 – Roteiros que os alunos conheciam do Parque Estadual de Vila Velha

Esta questão referia-se a quais roteiros eles conheciam antes da aula de campo, e não quais foram os roteiros que foram visitados na aula, por isso houve uma confusão nas respostas o que pode-se identificar no gráfico acima, pois, apenas dois alunos conheciam o parque antes da aula.

A questão 3 perguntou se os alunos já haviam ouvido falar sobre o Parque. A maioria respondeu que sim, como mostra o Gráfico 9.

GRÁFICO 9 – Quantidade de alunos que tinha ouvido falar sobre o Parque

Os alunos que responderam sim citaram as seguintes fontes: escola, televisão, livros, internet, amigos e família.

A questão 4 teve por objetivo verificar se os alunos adotaram a prática de observação durante a caminhada, se viram algum tipo de planta ou animal  Somente um aluno não respondeu a questão, como mostra o gráfico abaixo (Gráfico 10).

GRÁFICO 10 – Quantidade de alunos que observou animal ou planta durante a expedição

 

Os animais e plantas (Anexo 8) mais citados pelos alunos foram: pássaros, vegetação nativa, cachorro, formiga, seringueira, peixes, esquilo e sapo.

Na questão 5 foi solicitado aos alunos que relatassem tudo o que foi observado durante a trilha (Gráfico 11).

GRÁFICO 11 - Relato geral das observações durante a trilha

 

Esta questão revela que os alunos conseguiram extrair informações além da bela paisagem cênica. Eles identificaram situações que são estudadas em sala de aula na prática do campo, como a natureza e a preservação ambiental, que exprimem a relação do homem com o meio ambiente.

Na questão 6 os alunos foram questionados sobre a sensação que tiveram ao realizar a trilha (Gráfico 12).

GRÁFICO 12 – Sensação ao realizar o campo

Nesta questão foi presenciada mais de uma citação por aluno, ou seja, um mesmo aluno relatou mais de uma sensação. Com base no gráfico acima, pode-se observar que todos os alunos apresentaram sensações positivas (Anexo 9).

A questão 7 refere-se a opinião dos alunos sobre a importância de aulas de campo. Somente 1 dos alunos responderam que a ida a campo não representa uma maneira diferente de aprendizagem. As respostas dos outros 14 alunos sobre o porquê desta importância estão representadas no gráfico a seguir (Gráfico 13).

GRÁFICO 13 - Relato do por que a aula de campo é importante

A maioria dos alunos relataram a importância de ver na prática o que foi aprendido em sala de aula.

Na questão 8, foi  perguntado se os alunos gostariam de participar de outras expedições e por que eles gostariam. Dos 15 alunos que responderam esta questão, todos disseram que sim, e as respostas do por que estão expressas no gráfico abaixo (Grático 14).

GRÁFICO 8 - Por que gostaria de participar de outras expedições

Ao final do questionário foi solicitado ao aluno a elaboração de um mapa mental, no qual os estudantes puderam demonstrar sua percepção do espaço geográfico visitado.

Todos estes resultados demonstram que as aulas em campo proporcionam uma maneira diferente de aprendizado, em que o aluno se diverte aprendendo e vivencia na prática o que foi visto em sala.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A Geografia é uma disciplina que precisa ir além do material didático usado em sala, pois, ela é uma ciência dinâmica onde os elementos que a compõem muitas vezes só podem ser compreendidos com a prática em campo.

Conclui-se com este trabalho através das duas aulas de campo realizadas que as aulas em campo proporcionam aos alunos a possibilidade de contato com um ambiente geográfico muito peculiar não vivenciado nas quatro paredes da sala de aula, possibilitando uma interação entre o aluno e o meio a ser estudado, através delas o aluno pode aprender de uma maneira lúdica e prazerosa.

O fato dos alunos terem observados elementos em torno das trilhas percorridas demonstra que aula em campo não foi apenas um passeio, ela realmente ofereceu aos estudantes a possibilidade deles terem um conhecimento crítico de mundo, de ativarem sua própria percepção, ou seja, ir além do que é dito pelo professor.

6. REFERÊNCIAS

ALVES, E. A.; CABRAL, J. B. P.; PEIXINHO, D. M.; OLIVEIRA, W. D.; ROCHA, I. R. Breve Reflexão sobre a importância do trabalho de campo no Ensino de Geografia. In: Anais do XV Encontro Sul Mato-grossense de Geógrafos, 2007.

KAERCHER, N. A. A geografia escolar na prática docente: a utopia e os obstáculos epistemológicos da Geografia Crítica. São Paulo. Tese de Doutorado (em Geografia) USP, 2004.

OLIVEIRA, C. D. M.; ASSIS, R. J. S. Travessias da aula em campo na geografia escolar: a necessidade convertida para além da fábula. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 35, n.1, p. 195-209, jan./abr. 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

SUERTEGARAY, D. M. A. Pesquisa de Campo em Geografia. In: Geographia ano IV Nº.7 jan./jun. 2002.

TOMITA, L.M.S. Trabalho de campo como instrumento de ensino em geografia. In: Geografia: Revista do Departamento de Geociências. Universidade Estadual de Londrina. Vol. 08 nº. 01 p. 13-15, jan./jun. 1999.

 

 

 

ANEXOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 1

 

 

Localização do Colégio Estadual Flávio Ferreira da Luz

 

 

Fonte: SEED (2010)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO

 

AULA DE CAMPO – MORRO ANHANGAVA

Nome:

Turma:

 

1- Você já havia subido o Morro Anhangava?

(      )  sim            (      ) não            Quantas vezes:_______________________

2 - Você já tinha ouvido falar do Morro antes da expedição?

(      )  sim            (      ) não            Onde:_______________________________

3 - Avalie o grau de dificuldade da trilha

(      ) baixo             (      ) médio          (      ) alto            (      ) altíssimo

4 - Foi possível observar algum tipo de planta ou animal, durante a caminhada?

(      )  sim            (      ) não            Qual:_______________________________

5 - Relate o que você observou durante a caminhada.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6 – Relate quais foram as suas dificuldades durante a caminhada.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7 - Qual foi a sua sensação ao fazer a trilha?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8 – O “Trabalho de saída a campo” representa uma maneira diferente de aprendizagem?

(   ) Sim                  (   ) Não

 Por que? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9 - Você gostaria de participar de outras expedições na Serra do Mar?

(      )  sim            (      ) não          

Por que:________________________________________________________

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO

 

EXPEDIÇÃO – PARQUE ESTADUAL DE VILA VELHA

 

Nome:

Turma:

 

 

1-      Você já havia feito uma visita ao Parque Estadual de Vila Velha?

    (  ) sim        (  ) não   Quantas vezes: _______________________

2-      Qual (is) roteiros do Parque você conhecia?

     (  ) Arenitos        (   )   Furnas       (   ) Lagoa Dourada  (  ) Todos os roteiros

3-      Você já tinha ouvido falar sobre o parque?

     (  ) sim      (   ) não                          Onde: ___________________________

4-      Foi possível observar algum tipo de planta ou animal durante a caminhada?

(  ) sim (  ) não                               Qual: _______________________

5-      Relate tudo o que você observou e aprendeu durante a caminhada.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6-      Qual foi a sensação ao realizar a atividade em campo?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7-      A atividade em campo representa uma maneira diferente de aprendizagem?

(   ) sim       (   ) não

Por quê?_______________________________________________________________________

8-      Você gostaria de participar de outras atividades em campo como esta?

(   ) sim          (   )não

Por que: ________________________________________________________________________

 

 

 

ANEXO 4

 

– GRAU DE DIFICULDADE DA TRILHA

                                                                

   

 

 

ANEXO 5

 

- VEGETAÇÃO DO MORRO ANHANGAVA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 6

 – OBSERVAÇÃO DURANTE A TRILHA

 

 

 

ANEXO 7

- Alunos no Parque Estadual de Vila Velha

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 8

 

- Vegetação do Parque Estadual Vila Velha

 

 

 

 

ANEXO 9

 

– Sensação dos alunos ao realizar o roteiro