AGRICULTURA FAMILIAR NO PÓLO AGROFLORESTAL BENFICA: MUDANÇAS NAS BASES DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E OS SIGNIFICADOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DO ASSENTAMENTO NA ATUALIDADE.

AGRICULTURA FAMILIAR NO PÓLO AGROFLORESTAL BENFICA: MUDANÇAS NAS BASES DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E OS SIGNIFICADOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DO ASSENTAMENTO NA ATUALIDADE.

 

Diego Saldanha Freitas

  

INTRODUÇÃO: Esta pesquisa visa compreender a dinâmica da produção familiar no Pólo Agroflorestal Benfica e de como as mudanças nas bases técnicas produtivas implicam nas condições sociais e ambientais do lugar. Com o avanço tecnológico houve a modernização na agricultura. Esta se diversificou em seu processo de produção, influenciando diretamente nas formas dos sistemas produtivos, inclusive na agricultura familiar. Nisto pode-se constar novas configurações, com atividades rurais/agrícolas e não-rurais/agrícolas e as ocupações não-rurais, revelando em formas de pluriatividade. Assim, pretende-se compreender a dinâmica da produção na agricultura familiar no tocante as mudanças nas bases dos sistemas produtivos.

MATERIAL E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida pelo o levantamento bibliográfico, realização de leituras e colóquios, observações de campo através de uma matriz e questionário. A concretização dessas atividades possibilitou a realização do trabalho de campo que consistiu na aplicação de 25 questionários com os moradores do Pólo Agroflorestal Benfica. Realizado a pesquisa de campo levantaram-se os dados necessários.

RESULTADOS: Mediante os dados obtidos na pesquisa podemos constar que o Pólo Benfica apresenta uma agricultura familiar heterogênea, de modo que as atividades produtivas variam, sendo elas: cultivo de frutas e verduras, criação de pequenos animais e atividades não-agrícolas. Também consta com propriedades não-rurais onde os membros do grupo familiar têm sua renda oriunda de emprego no centro urbano de Rio Branco. Desse  modo, pode-se concluir que as mudanças nas bases produtivas caracteriza a pluriatividade e que o assentamento ganhou novas relações de uso do espaço, revelando diferente significância.

 CONCLUSÃO: Tendo em vista as mudanças nas bases produtivas, podemos constar que proporcionaram uma re-significação daquele assentamento, no que tange à dinâmica produtiva e de moradia. A partir da nova conformação do espaço as atividades rurais não-agrícolas ganharam notoriedade e passaram a ser valorizadas. E as atividades agrícolas foram impulsionadas em tempo parcial a outras. Pode-se notar diferentes utilizações, variando de grupo à grupo, quebrando velhos paradigmas do rural acriano. Essas mudanças impulsionaram no rural, características novas (eletrificação, água, saneamento), assim como, também proporcionou ao agricultor perspectivas de maiores  condições de geração de renda ao  ser obrigado a desenvolver habilidades para o uso de sua força de trabalho em diferentes atividades, inclusive não-rurais.

 PALAVRAS-CHAVE: Dinâmica produtiva; Agricultura familiar; Relação de trabalho.