RESUMO

Nas últimas décadas o homem vem se conscientizando que a água é um bem finito. Esta preocupação só ocorre quando a escassez da água provoca danos tanto ao meio ambiente quanto a ele próprio. O aumento da contaminação da água é uma das características mais importantes do uso dos recursos hídricos São poucas as cidades que contam com estações de tratamento para os esgotos domésticos, agrícolas e industriais, incluindo os agrotóxicos. Todos nos estamos nos adaptando às situações de mudança, mas se a contaminação aumentar a capacidade de regeneração e adaptação diminuirá acarretando a extinção de espécies e ambientes que antes constituíam em fonte de vida. Por isto é urgente um planejamento para prevenir e reduzir a possibilidade de ocorrerem estes danos.

Palavras-chave: Bacias Hidrográficas; Planejamento; Reeducação.


INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende apresentar o conceito e a importância de um abacia hidrográfica, cuja degradação ambiental está tipicamente caracterizada por solos empobrecidos e erodidos, instabilidade hidrográfica, produtividade primária reduzida e diversidade biológica ameaçada, sendo possível avaliar de forma integrada as ações humanas sobre o ambiente e discutir métodos e técnicas para a recuperação das mesmas.

BACIA HIDROGRAFICA E SUA IMPORTANCIA

A bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. Inúmeros esquemas ou representações gráficas deixam também de apresentar, por exemplo, os limites internos do sistema de uma bacia hidrográfica, por onde circula e atua grande parte da água envolvida. Para não ocorrer em tais equívocos, é possível definir bacia hidrográfica como:
... um sistema que compreende um volume de materiais, predominantemente sólidos e líquidos, próximos à superfície terrestre, delimitado interno e externamente por todos os processos que, a partir do fornecimento de água pela atmosfera, interferem no fluxo de matéria e de energia de um rio ou de uma rede de canais fluviais. Inclui, portanto, todos os espaços de circulação, armazenamento, e de saídas de água e do material por ela transportado, que mantêm relações com esses canais. (Rodrigues &Adami, in: Venturi, 2005, p. 147-148).

A rede fluvial também chamada de rede de drenagem ou de rede hidrográfica é constituída por todos os rios de uma bacia hidrográfica, hierarquicamente interligada. É um dos principais mecanismos de saída da água, principal matéria em circulação na bacia hidrográfica. Tanto a bacia hidrográfica quanto à rede hidrográfica não possuem dimensões fixas. Pode-se subdividir uma bacia hidrográfica considerando-se as ordens hierárquicas de seus canais. Rodrigues & Adami in: Venturi (2005, p.163) afirma que:
...o primeiro modo de hierarquização amplamente aplicado foi
proposto por Horton em 1945. Nesse esquema, os canais sem
afluentes são considerados de 1ª ordem, e, apenas na confluência
de dois rios de igual ordem, acrescenta-se mais um à ordenação, ou
seja, dois canais de mesma ordem hierárquica, formam um canal de
ordem hierárquica superior.

A água faz parte do meio ambiente, portanto, sua conservação e bom uso são fundamentais para garantir a vida em nosso planeta.É importante lembrar que a água é um recurso natural, único, escasso, essencial à vida e está distribuída de forma desigual no planeta. Do total da água existente na terra só 0,0067% está disponível para as atividades do homem e deste percentual só uma parte está em condições de ser utilizada. Devido a estas características ganha relevância o tema do manejo e preservação das bacias hidrográficas. A bacia é um território, microcosmo delimitado pela própria natureza. Seus limites são os cursos d?água que convergem para um mesmo ponto.
As bacias, seus recursos naturais (fauna, flora e solo) e os grupos sociais possuem diferentes características biológicas, sociais, econômicas e culturais que permitem individualizar e ordenar seu manejo em função de suas particularidades e identidade.

GESTÃO E MANEJO DE BACIAS HIDROGRAFICAS

A gestão dos recursos hídricos ocupa um lugar importante na gestão ambiental, pois assim, podem controlar o fluxo e uso da água. Com relação ao ambiente, implica em um processo contínuo de análise, tomada de decisão, organização, controle das atividades de desenvolvimento, bem como avaliação dos resultados para melhorar a formulação de políticas e a sua implementação para o futuro. Busca a participação conjunta de autoridades locais, setores privados e a comunidade; Incorpora a variante ambiental na expansão e melhoria da qualidade de vida da população; Atua como suporte aos processos de decisão do desenvolvimento; Constitui o marco para coordenar atividades ambientais entre setores, lugares e agentes.O principal objetivo de um processo de gestão é tratar de maneira integral os sistemas hídricos ou bacias buscando aproveitá-los, protegê-los e recuperá-los a fim de satisfazer as crescentes demandas da população assegurando seu uso para as gerações futuras. Os modelos de gestão dos recursos hídricos se constituem em formas de administração da água dando um marco institucional ao manejo do ambiente.
Surgiu, em 1988 com a V Semana Interamericana da Água, os Comitês das Bacias Sinos e Gravataí, afluentes do Guaíba no Estado do Rio Grande do Sul, que se constituem em iniciativas pioneiras por terem surgido da própria comunidade das bacias hidrográficas, com o apoio do governo do Estado. Apesar de na sua origem esses comitês terem surgido apenas com atribuições consultivas, a grande mobilização os tornou produtivos, e, posteriormente, eles foram incorporados ao sistema de gestão daqueles Estados. A Expoágua foi criada como uma mostra interativa e espaço destinado a mostrar ao grande público os diferentes usos da água num ambiente que proporcione educação ambiental, entretenimento e lazer. É também uma excelente vitrine para o marketing ambiental valorizando as empresas que vêm desenvolvendo esforços para melhorar a sua gestão ambiental. As atividades paralelas como apresentações culturais, palestras e oficinas, realizadas no local da exposição, têm como tema principal o Meio Ambiente e visam motivar crianças e adultos para atitudes efetivas de preservação. Hoje no Brasil, os recursos hídricos têm sua gestão organizada por bacias hidrográficas em todo o território nacional, seja em corpos hídricos de titularidade da União ou dos Estados. Há certamente dificuldades em se lidar com esse recorte geográfico, uma vez que os recursos hídricos exigem a gestão compartilhada com a administração pública, órgãos de saneamento, instituições ligadas à atividade agrícola, gestão ambiental, entre outros, e a cada um desses setores corresponde uma divisão administrativa certamente distinta da bacia hidrográfica.
AÇÕES A PROMOVER
Incentivar prefeituras para que organizem festividades em sua comunidade promovendo a Semana Interamericana da Água.Convocar um fórum para tratar dos principais problemas da contaminação e uso inadequado de suas fontes.Convocar a comunidade, através do Ministério da Saúde e Ongs locais, para seminários de discussão sobre temas como: A contaminação da água, Seus efeitos sobre a saúde da população, das plantas e dos animais, Promoção da saúde ambiental, Medidas preventivas aplicadas à saúde ambiental e coletiva.Organizar seminários convocando os usuários formais e informais das fontes de água para discutir os problemas e buscar as soluções.Incentivar que as escolas produzam murais que contenham os seguintes temas como: Fontes de água existentes, Os diferentes usos da água, Quem contamina a água, Efeitos da contaminação para o ambiente e a saúde humana. Promover seminários sobre A Gestão de Bacias Hidrográficas: Realidades e Perspectivas e convocar os representantes dos vários usuários da bacia. Organizar mesas-redondas com a participação das autoridades locais para tratar de temas relacionados com esses assuntos. Organizar um fórum com a participação dos diferentes órgãos do Estado para discutir as políticas ambientais dos recursos hídricos. Promover concursos de pinturas sobre o tema Água.
CONCLUSÃO
Este trabalho mostrou que toda a proposta de melhoramento do manejo dos recursos hídricos deve começar por melhorar as atitudes e condutas do próprio indivíduo e que também precisa envolver as organizações de usuários e abrir espaços de participação e gestão para que possam influenciar a tomada de decisões.
REFERENCIAS
TUCCI, C. E. M. 1997. Hidrologia: ciência e aplicação. 2ºed. Porto Alegre: ABRH/Editora da UFRGS, 1997. (Col. ABRH de Recursos Hídricos, v.4).
CNRH. Resolução n. 32, de 15 de outubro de 2003. Anexo I. Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2003.
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - seção Rio Grande do Sul - ABES-RS