1.INTRODUÇÃO

"A geografia- Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra"
Yves Lacoste.

A partir dessa frase, consegui vislumbrar o saber geográfico logo no inicio do curso, onde uma grande vontade de mudar as condições financeiras e sociais dos mais necessitados tomou-me naquela ocasião. A cada texto novo que eu lia a vontade de mudar o mundo se reforçava.
No inicio do curso tive uma grande dificuldade, pelo fato de não ter cursado o ensino médio regularmente e sim ter sido provado em um programa do estado, que na atualidade chamam de Encceja. Iniciei o primeiro semestre do curso com o pensamento pessimista de que eu não seria capaz de concluir o semestre passando em todas as disciplinas e que com isso completaria meu nível superior em 5 anos e não em 3 como era proposto. Na minha mente o fato de eu ser oriundo da comunidade do Itajuru, lugar denominado de favela por muitos e por lá eu ter tido uma infância pobre, estudando em CIEPS, devido proporcionar um sistema em tempo integral, o que acabava auxiliando a minha mãe que trabalhava muito para sustentar a casa sozinha. Por ter sido algumas vezes menosprezado durante a minha vida devido a essa origem humilde, acabei desenvolvendo certo preconceito com a faculdade e não acreditava que conseguiria cursar e quem dirá concluir o nível superior. Mas para minha surpresa, nunca fui discriminado por falar errado ou por minhas origens, encontrei na Fundação Educacional da Região dos Lagos um aparato de igualdade e fraternidade, onde fiquei envolto de pessoas de alta capacidade acadêmica e instrumental. Com meus amigos de turma e professores encontrei conforto e liberdade de me expressar, onde para minha surpresa obtive muitos incentivos de todos que me rodeavam, e graças a esses incentivos destaquei-me na maioria das disciplinas e provas, devido a esse destaque tive a oportunidade de exercer o cargo de monitor de um grupo de disciplinas agregando assim maior valor a minha formação.
Com a formação que adquiri quero abordar questões que afetam os mais necessitados, com uma visão não oposta porém diferente do senso comum, sempre procurando mostrar para a sociedade o que o sistema esconde da mesma. O curso de geografia é uma caixa de surpresas, ora concordamos e adoramos os autores, ora nem queremos pensar-nos mesmos, essa é uma das virtudes da geografia, sua alta críticidade e empirismo, acadêmico e social. É por essa Geografia critica que me apaixonei, tentando praticá-la na minha vida pessoal e profissional a todo o momento.
Um momento marcante dessa minha jornada acadêmica foi à ida ao estágio, o medo de me decepcionar foi grande, o confronto com a realidade causava temor porém também era um momento bastante esperado, a entrada na sala de aula foi um misto de nervosismo e ansiedade. No inicio da aula fui visto com um olhar de soslaio por parte dos alunos, que logo se tornou um olhar de admiração, por contar-lhes um pouco da minha historia e mostrar para os mesmo que é possível ser uma pessoa melhor. Naquele momento tive certeza que a vontade de mudar o mundo em meu entorno era possível, os ideais que defendi em teoria podiam se tornar realidade, não existia mais medo, mas sim uma certeza que estava no caminho certo. A aula foi ótima e encontrei nos alunos uma vontade de desvendar o saber geográfico com uma maior reflexão.
No processo de profissionalização tive muitas vitorias e alguns tropeços. Hoje afirmo que encontrei minha vocação, ensinar é uma dádiva, o curso nem acabou mas já sou visto com outros olhos; pela minha família, por meus amigos, e pelas pessoas com que me sociabilizo no cotidiano, não pelo fato de ser um universitário, ou por estar terminando um curso, mas sim por ter em meu âmago uma ardente vontade de tornar o mundo um local melhor, para todos.
O tema do meu trabalho de final de curso, surgiu logo depois do estágio de observação. A contribuição do professor Leandro Dias com seu artigo, foi um imenso trunfo, nunca esquecerei das aulas de Geografia econômica que contribuíram muito para minha formação. No estágio pude comprovar que companheiros de profissão e alguns colegas, trabalhavam alguns conceitos reproduzindo do livro didático e observações de senso comum, algo que observei em algumas aulas. Com isso surge a necessidade de nos perguntarmos: Como uma prática de ensino mais reflexiva a cerca do Desenvolvimento Sustentável, pode contribuir para o ensino emancipado e revelador que a geografia pretende?. E para isso analisaremos o ensino do mesmo no 3º ano do ensino médio, por se tratar da ultima serie do sistema educacional basal, verificando o tipo de abordagem que se da na escola pública e na escola privada.







2 .OBJETIVOS

Com este trabalho temos como objetivo geral, analisar a prática do ensino reflexiva do Desenvolvimento Sustentável, contribuindo para um novo olhar sobre a sua prática no ensino de geografia e conseqüentemente uma melhor percepção do próprio e dos atores que se apropriam do conceito.
A partir dessa proposta pretendemos especificamente:
a) Examinar o Desenvolvimento Sustentável de diferentes professores de geografia, no ensino público e privado.
b) Identificar no discurso dos alunos as representações acerca da visão ideológica do Desenvolvimento Sustentável.
c) Sugerir uma abordagem em sala de aula sobre os termos Desenvolvimento e Sustentabilidade.












3. METODOLOGIA

Seguindo os objetivos do nosso trabalho percebi a necessidade de uma metodologia que se adequasse no perfil da nossa pesquisa, a partir desse momento originaram-se alguns questionamentos como por exemplo: Como examinar o discurso que impetra a realidade do ensino de geografia? E como exemplificar de forma mas empírica o cunho ideológico, no discurso do professor de geografia ?
Para responder os questionamentos iniciais e as necessidades do nosso trabalho, recorri ao método de pesquisa de ação, afinal é uma metodologia que estimula a participação de pessoas e integra o saber acadêmico com a observação do pesquisador , integrando também o objeto de pesquisa.
Segundo Maria Amélia S. Franco a metodologia de pesquisa-ação passa a compor: " um vasto mosaico de abordagens teórico-metodológicas instigando-nos a refletir sobre sua essencialidade epistemológica,bem como sobre suas possibilidades como práxis investigativa" ( p. 483, set./dez. 2005), com isso a pesquisa passa a ter um caráter observatório maior do pesquisador como também uma relação mais integrada com a comunidade que está sendo alvo da pesquisa. Para o desenvolvimento de uma pesquisa de ação, primeiramente devemos, diagnosticar o problema, depois buscar soluções que amenizem os problemas encontrados e para que isso aconteça é necessário que o pesquisador conheça verdadeiramente o cenário real.


4 .UMA BREVE ANALISE ACERCA DO TERMO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

A concepção que vamos analisar tem em seu âmago uma grande influência do pensamento conservacionista. O conservacionismo é uma concepção de uso adequado e criterioso dos recursos naturais, de forma racional, voltado para o beneficio da ´´ maioria dos cidadãos `` ( OLIVEIRA, 2003, p1). Logo surge o primeiro estudo das idéias conservacionistas intitulado ´´ limite do crescimento `` (1971).
Com o valimento do possível fim dos recursos naturais abarcado pelas idéias conservacionistas, ocorre a Primeira Conferência Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente (1972), em Estocolmo ( Suécia). Que tinha como preocupação as espacialidades da poluição e suas ações no meio e o enfrentamento da mesma. A Crise do Petróleo em 1973 vem emanar para o mundo que os recursos naturais sofreriam uma maior influência tecnológica, causando assim uma arrosta para com a natureza.
Em 1987 a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas apresentou ao mundo um relatório (denominado de Relatório Brundland) sobre o tema desenvolvimento. Esse relatório apresentou a noção do desenvolvimento sustentável além de afirmar que um desenvolvimento sem melhoria da qualidade de vida das sociedades não poderia se considerado como desenvolvimento.


O Relatório Brundland definiu Desenvolvimento Sustentável como ´´ aquele que atende ás necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades `` ( Brundland: 1988, p.46). Pode-se considerar, segundo o relatório Brundland, o desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que tratando de forma interligada e interdependente a variável econômica, social e ambiental, é estável e equilibrado garantindo melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.
As grandes nações do mundo reconhecem a emergência dos problemas ambientais. A destruição da camada de ozônio, acidentes nucleares, alterações climáticas, desertificação, armazenamento e transporte de resíduos perigosos, poluição hídrica, poluição atmosférica, pressão populacional sobre os recursos naturais, perda de biodiversidade são algumas das questões a serem resolvidas por cada uma das nações do mundo, segundo suas respectivas especificidades.
Entretanto, as complexidades dos problemas ambientais exigem mais do que medidas pontuais que busquem resolver os problemas a partir de seus efeitos, ignorando ou desconhecendo suas causas.As questões ambientais devem ser tratadas de forma local e global, considerando que as degradações ambientais são resultantes de processos sociais, determinado por um sistema econômico supranacional, o capitalismo.
Não é possível pretender resolver os problemas ambientais de forma isolada. É necessário introduzir novas abordagens, decorrentes da compreensão de que a existência de certa qualidade ambiental está diretamente condicionada ao processo de desenvolvimento adotado pelas nações.
O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado por Robert Allen, no artigo "How to Save the World". Allen define como sendo "o desenvolvimento requerido para obter a satisfação duradoura das necessidades humanas e o crescimento (melhoria) da qualidade de vida" [Allen apud Bellia, 1996, p.23].
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 coroa este processo com a aprovação de um documento contendo compromissos para mudança do padrão do desenvolvimento para este novo século, denominado o documento de Agenda 21.
A ECO-92 caracterizou-se pela celebração do Desenvolvimento Sustentável através, principalmente, de um documento chamado Agenda 21. A Agenda 21 é um receituário para "acertos" de ordem ecológica, e em sua retórica aparecem, independentemente das contradições centro/periferia mundial, um mesmo patamar de estratégias para os diversos países do mundo. ( OLIVEIRA, 2003, p5).

A Agenda 21 não é, portanto, um plano de governo, más uma proposta de estratégia destinada para a alienação do todo, no tempo e no espaço, às peculiaridades de cada País e ao sentimento de sua população com um discurso que abarca o local e o global.
A agenda 21 tem em seu discurso o envolvimento de governos, setor produtivo e comunidade numa nova visão devida, que deve ser Sustentável toda e qualquer manifestação produtiva e social. É o discurso que integra os aspectos sociais, ambientais, econômicos e institucionais, com o objetivo de difundir o Desenvolvimento Sustentável no presente. A Agenda 21 exerce seu papel como instrumento de Retroalimentação Positiva (SOUZA,2007 p,180), do Desenvolvimento Sustentável.
Os elementos que compõem o Desenvolvimento Sustentável já foram mencionados, (a preservação da qualidade dos sistemas ecológicos, a necessidade de um crescimento econômico para satisfazer as necessidades sociais e a equidade - todos possam compartilhar - entre geração presente e futura).
Desta forma, pode-se perceber que os ideais do Desenvolvimento Sustentável têm suas alienações específicas, a racionalização do uso da energia, ou o desenvolvimento de técnicas substitutivas do uso de bens não-renováveis, impetrando o discurso da Sustentabilidade. Mas também a alienação dos consumidores, invocando-os a consumir cada vez mais os bens ditos sustentáveis.
O reconhecimento de que a pobreza, a deterioração do meio ambiente e o crescimento populacional estão indiscutivelmente interligados com o sistema capitalista e não ao contrario. Nenhum destes problemas fundamentais pode ser resolvido de forma conjunta, mas sim na busca de parâmetros aceitáveis, visando à convivência do ser humano numa base mais justa e equilibrada.
O modo como se dá o crescimento econômico, comprometendo o meio ambiente, seguramente prejudica o próprio crescimento, pois inviabiliza um dos fatores de produção do capital que é a natureza como recurso de produção. Logo, um desenvolvimento centrado no crescimento econômico que relegue para segundo plano as questões sociais e ignore os aspectos ambientais não pode ser denominado de desenvolvimento, pois de fato trata-se de mero crescimento econômico.

Sem dúvida, os novos desenvolvimentos tecnológicos podem atuar no controle da poluição causada por tecnologias mais antigas, como também as restrições quanto ao uso de agentes químicos poluentes podem ser eficazes no controle ambiental. Porém, precisamos examinar as conseqüências da imposição e/ou dependência da tecnologia presente nos processos de transferência de tecnologia dos países desenvolvidos para os subdesenvolvidos.

É necessário que se promova à adoção de técnicas que garantam a redução/eliminação do consumo acerbado ou, da produção que não leva em conta o meio ambiente como matéria-prima finita, na tentativa do estabelecimento de um novo sistema econômico, consciente da questão ambiental e social.
Os atores hegemônicos para implantação e suplantação elaboram formas de disseminar um pensamento no senso-comum, para isto o mesmo se utiliza de formas para mascarar a realidade. A necessidade maior de uma ideologia é ocultar a realidade da luta de classes, fazendo com que as idéias dominantes pareçam verdadeiras (CHAUÍ: 1982, p.87). Uma dessas formas de pulverizar a Ideologia do Desenvolvimento Sustentável que o capital encontrou é a Educação Ambiental.









4.1. A Educação Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável na alienação educacional.

Os processos de globalização do sistema econômico aceleram-se. Os fatores globais adquirem maior importância na definição das políticas nacionais, as quais perdem força ante as forças econômicas mundiais. Há uma redefinição do papel do Estado na economia nacional, uma crescente regionalização ou polarização da economia e uma paulatina marginalização de algumas regiões ou países, em relação à dinâmica do sistema econômico mundial. Os países que dependem de tecnologia são obrigados a se mono-culturizar e atender a demanda internacional. Causando assim uma dependência tecnologia e financeira.
Com a elaboração de um discurso mundializado, começou a ser preparada a Conferência Rio-92, na qual a grande o fator preponderante era a esboçar sua preocupação com os problemas ambientais globais e nas questões do desenvolvimento sustentável.
Nessa conferência, em relação à Educação Ambiental, destacam-se dois documentos produzidos. O Tratado de Educação ambiental para sociedades sustentáveis, elaborado pelo fórum das ONGs, tem seu fator de alienação maior com o discurso de ter como compromisso da sociedade civil para a construção de um modelo mais humano e harmônico de desenvolvimento, onde se reconhecem os diretos humanos da terceira geração, a perspectiva de gênero, o direito e a importância das diferenças e o direito à vida, baseados em uma ética biocêntrica e do amor.
O outro documento foi a Carta brasileira para a Educação Ambiental, elaborada pela Coordenação de Educação Ambiental no Brasil e se estabelecem as recomendações para a capacitação de recursos humanos. Documento este que se diferencia por um fator burocrático, mas ainda abarca um estigma ideológico preponderantemente da ação hegemônica vigente nos demais documentos.
Não podemos deixar de citar algumas benesses que a Conferência Rio-92 estabeleceu. A Agenda 21, que procura assegurar o acesso universal ao ensino básico. Mas nada que não tenha sido estabelecido anteriormente, na Conferência de Educação Ambiental (Tbilisi, 1977) e na Conferência Mundial sobre Ensino para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem (Jomtien, Tailândia, 1990).
O Estado vem a contribuir com a Ideologia do Desenvolvimento Sustentável com suas recomendações acerca da Agenda 21 e aos preceitos constitucionais, é aprovado no Brasil o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), que prevê ações nos âmbitos de Educação Ambiental formal e não-formal. Com isso se forma outra organela do fator de acritícidade em relação ao termo.
Na década de 1990, o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desenvolvem diversas ações para consolidar a Educação Ambiental no Brasil. No MEC, são aprovados os novos "Parâmetros Curriculares" que incluem a Educação Ambiental como tema transversal em todas as disciplinas.
Desenvolve-se, também, um programa de capitação de multiplicadores em Educação Ambiental em todo o país. O Ministério do Meio Ambiente cria a Coordenação de Educação Ambiental, que se prepara para desenvolver políticas nessa área no país e sistematizar as ações existentes. O IBAMA cria, consolida e capacita os Núcleos de Educação Ambiental (NEAs) nos estados, o que permite desenvolver Programas Ide Educação Ambiental.
É evidente que o aprofundamento de processos educativos ambientais apresenta-se como uma condição para construir uma nova racionalidade ambiental que serve o capital e os agentes que se beneficiam do mesmo. É certo que a implementação do Desenvolvimento Sustentável não passa necessariamente por um processo de discussão crítico, e onde o comprometimento de toda a sociedade advêm através de ações de consumismo e (re)-configurações das mudanças no modo de agir dos agentes internacionais do capital. A natureza tem quer ser vista através de sua autarquia na sociedade como um todo, e não mais somente como um Recurso Natural.
O estudo da natureza em si, de processos naturais em sua autonomia, é condição sine qua non para o seu uso pela sociedade moderna. E mais ainda, são um pré-requisito indispensável para se resolver os enormes problemas ambientais colocados por esse uso de forma intensiva, um dos grandes desafios do século XXI.
Então para uma abordagem das problemáticas em relação à natureza não podemos concordar com medidas paliativas, devemos buscar soluções concretas e de alcance macro. No processo de implementação do desenvolvimento sustentável a Educação Ambiental torna-se um instrumento fundamental para uma prática não reflexiva do consumo dos bens naturais.

E a educação ambiental consolida-se como uma importante ferramenta para a absorção do Desenvolvimento Sustentável. O ensino da Geografia, aceitando acriticamente os propósitos de uma "educação ambiental" previamente formulada para o Desenvolvimento Sustentável, acaba por atender aos indubitáveis interesses da classe dominante. ( OLIVEIRA. 2003, p,135)

Uma das formas de levar à prática de ensino reflexivo as comunidades é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Através de atividades como, leitura, trabalhos escolares, analise pesquisas e debates, os alunos poderão entender e tecer problemáticas que afetam a comunidade onde vivem; a refletir e criticar as ações ao qual é influenciado em seu convívio.
Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade contra a ideologia do desenvolvimento sustentável, pois buscarão em com seus alunos reflexões a cerca do uso e consumo da natureza, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com a sociedade.

Em outros termos, o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma geografia crítica, não se localiza no professor ou na ciência a ser "ensinada" ou vulgarizada, e sim no real, no meio em que aluno e professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos sociais. Integrar o educando no meio significa deixá-lo descobrir que pode tornar-se sujeito na história. (VESENTINI, J.W, 2008, p,15)

E é essa prática que vamos tentar exemplificar em nosso trabalho, procurando sempre não respostas prontas e sim indagações em relação a cada assunto e problema, tendo o ensino de geografia como principal investigador das questões a serem abordadas.







5 . O SOCIOCONSTRUTIVISMO NO ENSINO DO TERMO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Nessa parte não afirmaremos que outros métodos de ensino são maléficos ou retrógrados, mas que para a aprendizagem do termo em questão e a pratica sócio-espacial seria uma saída para um melhor entendimento. Com a dificuldade demonstração e exemplificação do termo Desenvolvimento Sustentável, que não possui uma materialização conceitual. Temos que elaborar e examinar um método para a reflexão do mesmo.
Buscando um entendimento do Desenvolvimento Sustentável deparamos com a perspectiva sociocosntrutivista:

Denominação proveniente dos estudos de Vygotsky(1896-1934) ? concebe o ensino como uma intervenção intencional nos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno, buscando sua relação consciente e ativa com os objetivos de conhecimento``. ( CAVALCANTE, 2002 p, 31).


Tendo em vista que a aprendizagem socioconstrutivista, se inicia internamente com estímulos e influências externas, poderemos expor uma nova abordagem para o termo. A partir desse ponto vamos identificar o papel de cada agente envolvido no ensino em uma perspectiva socioconstrutivista, agentes esses: Professores, Alunos e Escola.





5.1 O papel do professor e da geografia no ensino Socioconstrutivista.

O professor tem um papel preponderante nessa perspectiva, não como detentor do saber, mas sim como mediador dos saberes, pois não existe o conhecimento e sim os conhecimentos diversos intrínsecos no âmago dos alunos, onde o professor tem que buscar os questionamentos para sua aula com uma pratica não diretiva.

Uma concepção construtivista não rompe necessariamente com as formas convencionais de encaminhar o ensino, como por exemplo, as aulas expositivas, os trabalhos de leitura e interpretação de textos, as atividades extraclasse. ( CAVALCANTE, 2002 p, 19).

Mas busca do professor é uma incessante problematização das questões em sala de aula. A problematização e os questionamentos fazem parte da prática socioconstrutivista, tendo como mola propulsora a retirada dos antolhos e dos discursos que são presentes na sociedade, nos conceitos e nas terminologias.

Considerando que um conceito não se forma ou se constrói na mente do individuo por transferência direta, ou por assimilação reprodutiva, as indicações para a formação de conceitos no ensino, na linha de uma didática histórico-crítica, recomendam o confronto de conceitos científicos e conceitos cotidianos.( CAVALCANTE, 2002 p, 15).

Além da problematização o professor pode abordar os confrontos conceituais que impetra a sociedade e o conhecimento geográfico. O professor vem a gerir sua aula e mediar os debates que o mesmo incentivará em sua pratica docente.


5.2 O papel do aluno no ensino Socioconstrutivista.
.
O aluno nesta perspectiva vem se diferenciar das demais práticas de ensino pela sua participação na elaboração de uma aula reflexiva e não reprodutiva. Tendo como inicio uma abordagem sócio-crítica da aprendizagem. Pois agora o mesmo é construtor de conhecimento e não mais ser passivo em relação ao conhecimento.

É notório, todavia, o entendimento de se considerar o ensino como processo de construção de conhecimento e o aluno como sujeito ativo desse processo e, em conseqüência, a ênfase em atividades de ensino que permitam a construção de conhecimentos como resultado da interação do aluno com os objetos de conhecimento.( CAVALCANTE, 2002 p, 30).

Se antes o aluno era um ser apático, indiferente e reprodutor do conhecimento, com essa prática o mesmo poderá se tornar um ser ativo em seus questionamentos e em sua rotina cidadã, tendo como objetivo central a igualdade social.
O aluno como produtor de conhecimento vem eliminar a prática de memorização que á tanto tempo esta impregnada no ensino e que torna a geografia uma disciplina simplória e enfadonha. ( LACOSTE. Yves, 2003).







5.3 O papel da escola no ensino Socioconstrutivista.

A escola vem ser um agente de base na implementação da aprendizagem socioconstrutivista, propondo um ensino crítico e de ação reflexiva em todo o seu entorno. E essa proposta pode ser inicialmente introduzida no PPP (Projeto político pedagógico) da escola. Ao planejar e fiscalizar ações do aprendizado a escola vem inferir que tipo de ensino está sendo realizado.

A escola é um lugar de encontro de culturas, de saberes, de saberes científicos e de saberes cotidianos, ainda que o seu trabalho tenha como referência básica os saberes científicos. A escola lida com culturas, seja no interior da sala de aula, seja nos demais espaços escolares (CAVALCANTE, 2002 p, 33).

Na atualidade existem escolas com alguns resquícios de práticas socioconstrutivista, mas de forma hibridizada, que em sua maioria encontra-se no ensino privado. O ensino público de forma generalizada é adepto em sua maioria de uma prática tradicional, incentivando a memorização e a reprodução dos conceitos.









6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Iniciamos o estágio no Colégio Estadual Praia do Siqueira, com as turmas de 1º e 3º ano do ensino médio na modalidade de E.J.A., e para um melhor desenvolvimento da pesquisa, concentramos os esforços no de 3° ano do ensino médio.
Seguindo os objetivos do nosso trabalho, observamos alguns professores que reproduziam a noção desenvolvimento sustentável, do livro didático e com abordagens simplistas do senso-comum, afirmavam a ideologia que impetra o discurso, e começamos a nos questionar o modo em que os alunos abordavam o termo, Desenvolvimento Sustentável.
Após obter informações prévias e informais, elaboramos um questionário que foi aplicado em forma de entrevista com alguns professores, e também com alguns alunos do 3º ano do ensino médio. A escolha do 3º ano do ensino médio se trata por ser a ultima serie do sistema educacional basal. A partir desse ponto, podemos perceber as reais dificuldades dos alunos dos sistemas educacionais público e privado sobre o termo.
Identificadas as necessidades, elaboramos um projeto para auxiliar a prática de ensino do termo Desenvolvimento Sustentável, pautado na perspectiva socioconstrutivista.





7. METAS

O projeto " Construindo o conhecimento ", possui como meta principal, uma abordagem sociocontrutivista da noção do desenvolvimento sustentável, os alunos abordaram o termo de forma ideográfica, exemplificando e tirando suas conclusões. Há pois a abordagem formal em relação à termologia, o professor volta-se para indagar as origens, espacialidades e funcionalidades do termo.
Com essa proposta, o projeto tem por finalidade estimular a prática de um conhecimento sócio-espacial, a partir das indagações, tanto dos seus alunos, quanto das abordagens feitas pelo professor, favorecendo assim uma valorização e uma analise da questão. Temos como meta também a reformulação da prática acrítica e não questionadora em relação ao desenvolvimento sustentável que encontramos no discurso de alguns professores.












8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO

A princípio o projeto é voltado para o ensino de Geografia, porém no decorrer de seu desenvolvimento do trabalho, percebemos que outras disciplinas poderiam utilizar a mesma abordagem no ensino da terminologia, pois o termo também é ensinado em outras matérias da área humana.
Desta forma, através do diálogo que se estabelece entre as disciplinas e os sujeitos das ações, a interdisciplinaridade "devolve a identidade às disciplinas, fortalecendo-as" e evidenciando uma mudança de postura na prática pedagógica. Com esse fortalecimento das disciplinas, nosso tema também ganha força para que então possa ser desenvolvido com eficiência na escola.
Para isso nosso projeto foi dividido em etapas, favorecendo o aprofundamento na proposta sugerida, assim como um tempo estabelecido para um melhor planejamento. Partindo do nosso tema central que tem por objetivo transparecer a real meta desse trabalho, que em questão é a prática realista do termo Desenvolvimento Sustentável favorecendo uma melhor percepção do aluno. Tema esse que passará a ser estudado sob o olhar de diferentes atores, tendo como objetivo não uma definição do termo, mais sim uma reflexão continua e indagadora de todos os enclaves sociais.






8.1 Projeto passo a passo, conteúdos programáticos como aliados.

Tendo a aprendizagem da geografia como instrumentos para reflexão, os alunos buscaram diferentes formas de visão da noção do Desenvolvimento Sustentável, fazendo com isso o entendimento da termologia no seu ambiente sócio espacial seja o mais concreto e critico possível.
No primeiro momento o professor abordará as questões que permeiam a pseudo-conceituação do termo Desenvolvimento Sustentável, referindo indagações para a turma em relação à conceituação. Logo depois a turma será dividida em grupos munidos de diferentes livros didáticos e textos sobre o termo em foco; onde faremos uma analogia dos livros anteriores a ECO-92 e os posteriores ao evento. Em seguida esses grupos elaboraram um questionário que será discutido com a mediação do professor. Os grupos responderam os questionários elaborados pelos seus amigos de classe, tendo como foco principal uma abordagem empírica nas respostas dos grupos, para evitar uma reprodução bibliográfica.
Como ultima tarefa os grupos confeccionarão uma conceituação referente ao Desenvolvimento Sustentável, levando em conta os livros didáticos (antes da ECO-92 e os lançados depois do evento ), a explanação feita pelo professor, partindo de sua localidade do aluno e com seu empirismo, os grupos sociabilizaram os diferentes conceitos que terão a supervisão do professor anteriormente para não ocorrer erros e distorções.



8.2 Atividades do projeto

Dentre as atividades propostas no projeto estão:

a) Análise comparativa de livros didáticos antigos e atuais;
b) Análise crítica de textos e dos documentos ;
c) Confecção de textos, redações sobre a temática;
d) Criação abordagens sobre o tema;
e) Exposição de fotos e materiais confeccionados pelos alunos seguindo o tema;
f) Abordagem com exemplos locais de assuntos do conteúdo programático;
g) Elaboração de uma lista de empresas que se utiliza da temática;
h) Palestras com especialista na área.











8.3. Recursos

Para o projeto ser realizado com sucesso, é necessário demanda de recursos, principalmente recursos humanos, com a participação dos alunos e professores das da escola em questão para uma abrangência do projeto.
Para uma prática melhor também seria interessante a disponibilização de um meio de transporte, para que os alunos pudessem observar de perto a espacialização do discurso do Desenvolvimento Sustentável. Assim observando o cotidiano das empresas que se utilizam da temática para a alienação do consumo e da mais-valia.
Mas percebi que grande maioria realiza sua locomoção por meio de bicicletas, e com isso achei interessante propor que as aulas passeio fossem realizadas de bicicleta, que além de ser um meio de transporte que não precisa de gastos financeiros com combustível por exemplo, é também uma prática saudável e que auxilia no bem estar dos alunos, e a localidade tem como vizinha um grande empresa de refinamento de sal.
Durante as aulas em sala de aula iremos dispor dos recursos materiais que a escola possui, no caso da escola em questão onde realizei meu estágio, a televisão, o aparelho de DVD e o aparelho de Datashow são aliados essenciais para ilustrar nosso projeto.





8.4. CRONOGRAMA


CONSTRUINDO O CONHECIMENTO
ATIVIDADES
1ª ETAPA REUNIÕES PARA DEFINIR OS RECURSOS UTILIZADOS.
2ª ETAPA LEVANTAMENTO DE DADOS E PESQUISA DIRECIONADA
3ª ETAPA ABERTURA DO PROJETO COM EXPOSIÇÃO INCOMPLETA
4ª ETAPA AULAS EXPOSITIVAS COM O TEMA COMO PANO DE FUNDO PORÉM SEGUINDO O PLANEJAMENTO ANUAL DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
5ª ETAPA AULAS E CONFECÇÃO DE MATERIAIS
6ª ETAPA REGISTRO DO PROJETO
7ª ETAPA CULMINÂNCIA DO PROJETO COM A EXPOSIÇÃO DE TUDO O QUE FOI REALIZADO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO MESMO, COMPLETANDO ASSIM A EXPOSIÇÃO DA 3ª ETAPA


O projeto trás a proposta de uma prática já discutida anteriormente por grandes educadores, mas pela dificuldade de materialização do termo Desenvolvimento Sustentável faz com que a aprendizagem socioconstrutivista seja um grande aliado, pois assim o entendimento será mais produtivo, com a demanda de tempo favorável para um bom planejamento e como conseqüência uma boa execução teremos um ensino de alta reflexão.
As etapas não possuem datas estipuladas, cabe a escola definir quanto tempo será dedicado a cada etapa, de acordo com as necessidades da escola e o planejamento de cada profissional.
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho contribui para um crescimento intelectual, e para fortalecer a minha prática acadêmica. Realizar essa pesquisa foi muito estimulante, pois me surpreendi com a aceitação do projeto pela escola e seus alunos, onde fui muito bem recebido e tendo participado do projeto pedagógico da escola em período posterior a pesquisa.
A nossa busca por uma renovação na prática educacional se inicia com esse trabalho, onde não abandonaremos a causa da educação integradora de classes, queremos um ensino de igualdade, oportunidade e de construção de conhecimento, tendo a geografia como mola motriz desse acontecimento.
O projeto demonstrou que se é capaz de desconstruir alienações impostas por organelas macro econômicas e agentes hegemônicos do capital, mostrando a nossos alunos que os mesmos são agentes de suas historias e atores de sua sociedade.
O termo Desenvolvimento Sustentável foi analisado, exemplificado e demonstrado. Tendo se afirmado que é necessária uma maior discussão em relação ao termo, que emerge como um dogma social demonstrando uma fragilidade estrutural na própria termologia.






9.1 Quanto aos objetivos

Os objetivos do trabalho foram alcançados com êxito, o projeto " Construindo a conhecimento" superou as expectativas iniciais, pois ele fora desenvolvido apenas com foco desmitificar o Desenvolvimento Sustentável e acabou se transformando em uma proposta emancipatória do conhecimento.
Ao analisar os conceitos dos professores visualizamos que alguns ainda plagiam o livro didático, principalmente no ensino público. Já no ensino privado observamos que alguns colegas têm certa preocupação em relação à reprodução de conceitos do livro didático, buscando varias fontes e hibridizando os conceitos dos livros com a realidade social. Tendo como resultado desse ensino, alunos de diferentes classes sociais e reflexões distintas em relação ao termo Desenvolvimento Sustentável.
As necessidades dos alunos foram identificadas e propostas para atendê-las foram estipuladas, levando em conta suas percepções e potencialidades.
A sugestão do projeto foi realizada e despertou muito interesse da direção e do corpo docente, e a idéia de desenvolvê-lo na íntegra futuramente foi bem aceita.






9.2 Quanto à sugestão para Escola

A sugestão do projeto foi realizada com êxito, despertando o interesse da direção e do corpo docente.
O projeto se adequou perfeitamente ao PPP da escola pois o mesmo trás a proposta de trabalhar de forma interacionista. Algumas reformulações devem ser realizadas para o projeto se adequar melhor a realidade da unidade escolar, e a vivência na prática de cada docente e discente.
Tendo como culminância, um projeto pedagógico para o segundo semestre do ano de 2010, que terá como tema ´´ A cidade que queremos `` onde os alunos criarão uma cidade fictícia e seus aspectos universais.














REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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