INTRODUÇÃO
O presente trabalho de investigação sobre a educação visando a saúde em nível infantil, de Escolas Municipais da cidade de Rio do Sul, Santa Catarina, no período do ano de 2010, tem como principal importância na atualidade os processos educativos emprendidos desde a educaçãoinicial, que se consideram por alguns autores como um dos pontos cruciais em busca da implantação de programas educativos relativos alimentação, a fim de orientar e alertar a população para a necessidade de uma alimentação saudável.Porém o hábito alimentar está intrinsecamente relacionado aos fatores culturais, aos hábitos familiares e até mesmo ao poder aquisitivo, no entanto tudo isto pode ser redirecionado na busca de opções de alimentação saudável.
Objetiva também, oportunizar as crianças a obter informações sobre alimentação, visando a construção e adoção de hábitos alimentares saudáveis.
A disseminação das informações sobre alimentação no grupo infantil, ocasionará um incentivo para que as mesmas repassem os novos conhecimentos e hábitos para seu grupo social (famíliares,amigos), contribuíndo desta forma, para o aumento da qualidade de vida da população.
A educação infantil escolar, passa a ter um papel decisivo, devido a sua função social perante a sociedade e por estimular as potencialidades para o desenvolvimento de ações educativas sistematizadas e contínuas, na educação para a saúde, bem como aliar este processo e disseminar novas ideias junto às famílias, buscando aproveitar e estimular o processo construtivo dos hábitos e condutas, na busca de uma melhor qualidade de vida e a diminuir os índices de morbidade e mortalidade infantil.
O marco metodológico utilizado corresponde: O estudo é de caráter não-experimental, de forma descritiva, mista e transversal, utilizado instrumentos de confronto de dados, tabelas, gráficos entrevistas, questionários entre outros. O enfoque foi quantitativo e qualitativo, pois utilizou dados estatísticos, além de dados revelados através de entrevistas, descrições e observações, fotos e vídeos, que foram processadas através do enfoque quantitativo.
O marco teórico do trabalho de investigação consta três capítulos:

No primeiro capítulo encontram-se A história da educação Infantil, como a criança desenvolve-se e Educação Infantil: Um mal necessário; caracterização das escolas investigadas; características da criança de 2 a 5 anos de idade; A criança na instituição de educação infantil; Educação infantil: fonte para o desenvolvimento.
O segundo capítulo apresenta: Alimentação saudável é aquela que atende as necessidades de cada organismo. De acordo com estudos apresentados no Consenso Latino Americano para Obesidade, quando existe disnutrição intra-uterina, sobretudo a partir da 30ª semana de gestação, até que a criança cumpra um ano de idade, se produz um aumento da sensibilidade para a proliferação de adipositos. Se estas crianças recebem um suporte maior que o necessário da etapa pós-natal e principalmente durante os dois primeiros anos de vida, tem probabilidades de se desenvolverem.
Outro fator agravante, é a fome oculta (Ferraz et al, 2005). Suas principais consequências em crianças de 0 a 2 anos de idade, são o déficit no desenvolvoimento psicomotor e a perda da resistência as infecções. Em idades mais avançadas, a amemia ferropriva nos primeiros anos de vida, está associada a deficiência de aprendizagem e desenvolvimento. E no terceiro capítulo: Horta escolar: Um trabalho padagógico, desenvolvendo hábitos alimentares saudáveis, com produtos naturais orgânicos.
Os resultados obtidos apresentaram uma série de elementos importantes, para a compreensão da comunidade escolar como um todo podendo se destacar as mudanças de hábitos alimentares e reeducação alimentar dos mesmos. A colaboração dos pais, despertou interesse nos profissionais da educação em ampliar esse projeto. Houve também, uma parceria de profissionais da saúde, interagindo com a educação.
Nos principais resultados das entrevistas feitas com os pais, pecebeu- -se que os mesmos que responderam que gostariam de participar de palestras com profissionais capacitados sobre alimentação saudavel, são os que os filhos já possuem hábitos saudáveis. A maioria dos pais concordam que a educação alimentar é importante para a qualidade de vida e se prontificaram a participar das atividades na educação infantil. O que difuculta a educação de seus filhos é a falta de tempo para permanecer com eles e as propagandas emitidas pela mídia em relação a alimentos não saudáveis, também desfavorecem.
Os profissionais da educação, concordam que alimentação adequada, contribui para o e desenvolvimento, físico e mental da criança. Todos os entrevistados estão dispostos a trabalhar projetos sobre o tema. e observaram mudanças de comportamentos das crianças com referência e a aceitação de frutas e verduras e o comprometimento das mesmas com a horta escolar, valorizando o que eles mesmos ajudaram a cultivar.
Nas entrevistas feitas com as crianças, pode-se observar que a motivação repassada pelos profissionais da educação é de suma importância, pois além de internalizar os hábitos de alimentação saudável, transmitem o conhecimento aos seus familiares.

A alimentação saudável é tema de interesse de muitas pessoas, mas quando se observa na prática, pouca são as pessoas que se dedicam a discutir e cultivar um comportamento alimentar sadio. Isto ocorre por falta de conhecimento ou por influência social e cultural.
A primeira peculiaridade é que os alimentos são quase sempre comprados, ao menos nas cidades, onde não há espaços para sua produção familiar. E muitas pessoas não dispõem dos meios para adquirir tudo de que precisam para alimentar adequadamente seus filhos e sua família. Outra peculiaridade é a existência de opiniões diversas sobre facetas como o que comer, de que forma, quando, quanto etc.
A ciência tem avançado bastante tanto na produção quanto na transformação. Todas essas dificuldades têm a vantagem de constituir desafios a serem superados. O principal é que todos compreendam claramente o conceito de alimento e se engajem em pesquisas e indagações sobre o que fazer com o tema.
A alimentação saudável é aquela baseada em alimentos que atendam as necessidades do nosso organismo. Uma alimentação saudável e equilibrada deve conter diversos nutrientes: carboidratos, proteínas, lipídeos, água, vitaminas, minerais e fibras. Os alimentos funcionam como combustível para o corpo. Eles são importante fonte de energia através dos carboidratos e das gorduras. Além disso, as gorduras são importantes na síntese de hormônios e auxiliares na digestão. As proteínas são importantes para a construção e manutenção de órgãos e tecidos.
As vitaminas e sais minerais ajudam o corpo a funcionar corretamente e a permanecer saudável. Cada uma dessas substâncias tem importante papel para o crescimento, desenvolvimento da inteligência, de uma boa visão, da beleza da pele, dos cabelos, dos dentes e protege o nosso organismo de várias doenças. Por isso devemos ingerir alimentos variados e em quantidade suficiente para a manutenção da nossa saúde, mesmo que não sejam os nossos preferidos. É importante fazer sempre um prato bem colorido.
Um cardápio balanceado deve conter, diariamente, cerca de 55% de carboidratos, 30% de lipídeos e 15% de proteína, além das vitaminas, sais minerais e fibras. Para garantirmos que todos esses nutrientes estejam presentes na dieta diária, a FDA (Food and Drug Administration - órgão do governo dos EUA que controla a produção e comercialização de remédios e alimentos), preconiza o consumo das porções diárias de alimentos que compõem a Pirâmide Alimentar:
2 FOME OCULTA
A escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha papel fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação.
Ensinar às crianças a importância de uma alimentação equilibrada é o caminho para que elas saibam fazer boas escolhas alimentares.
Dentre as escolhas que as crianças farão no futuro, poucas são tão importantes quanto uma alimentação correta e equilibrada. Por isso, também faz parte desse mar de responsabilidades dos pais e da escola ensinar os pequenos a escolherem bem a sua própria alimentação ou, no mínimo, alertar para certos abusos.
Hoje, o cardápio da maior parte das crianças está desajustado. Elas comem pouco daquilo que deveriam: leite a derivados, frutas e verduras, arroz e feijão. E excessivamente daquilo que não deveriam. O refrigerante substituiu o leite, os lanches tomaram o lugar das refeições, doces e balas são ingeridos a toda hora... O resultado é uma nova forma de desnutrição na abundância. "É o que chamamos de fome oculta,"diz a nutricionista Fernanda Pisciolaro, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. "As crianças estão carentes de micronutrientes, como vitaminas e minerais, e não de energia". A sensação é de barriga cheia, mas o corpo sente a falta de nutrientes importantes. (Fonte revista época, 28 de fevereiro de 2011)
Houve um tempo em que a mãe passava o dia em casa cozinhando. À noite, a família se reunia ao redor da mesa de jantar para comer e conversar sobre os acontecimentos do dia. Esse velho costume, interrompido pela entrada da mulher no mercado de trabalho e pela correria da vida moderna, não deveria ter sido abandonado. O momento da refeição é considerado por pais e filhos, segundo pesquisas, como a principal oportunidade de se conectarem com a família.
As pesquisas também mostram que crianças e adolescentes ficam melhor emocionalmente e tiram notas melhores na escola quando fazem refeições com a família com mais frequência, especialmente quando conversam uns com os outros, dão risada, relaxam.
Também tem evidências de que a qualidade nutricional da refeição tende a ser melhor nesse cenário. Outro item que também merece destaque é a participação das crianças no preparo dos alimentos. É a melhor estratégia para deixá-la interessada na comida e para ensinar-lhe algo sobre nutrição. Quanto maior a participação no ritual, melhor a qualidade do ritual. Quando a mãe faz tudo sozinha, sem ajuda, os filhos se comportam como clientes, clientes que reclamam quando não se sentem bem atendidos.
A mudança dos hábitos alimentares está ligada ao aumento da renda das famílias nos últimos anos. O número de crianças obesas e acima do peso aumenta à medida que a renda das famílias cresce. Vencida a batalha de pôr comida no prato de milhões de brasileiros, é preciso atacar um novo problema bastante frequente: a qualidade da alimentação.
Ao se tornar acessíveis, os alimentos industrializados promoveram uma revolução negativa. Para a maioria das pessoas, consumir esses produtos virou sinônimo de status. As refeições ganharam o reforço de massas prontas, empanados de carne, hambúrgueres. Conquistaram as crianças pelo sabor e os pais pela praticidade.
Segundo fonte da revista Época / fev.2011, o empenho em aprimorar a alimentação infantil deriva de estudos científicos que mostram como a dieta equilibrada faz mais do que apenas garantir silhuetas esbeltas. Ela também influencia o desenvolvimento da inteligência.
Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, publicaram um estudo que relaciona os hábitos alimentares à inteligência. Numa pesquisa com 4 mil crianças de 8 anos, concluíram que aquelas cuja alimentação era rica em açúcar e gordura tinham 2 pontos a menos no quociente de inteligência. O efeito foi preponderante nas crianças que tinham alimentação pior até os 3 anos, fase em que o desenvolvimento cognitivo é acelerado. O padrão alimentar também pode favorecer a concentração e melhorar o desempenho escolar.
Tornar o prato das crianças mais saudável pode ser a chave para prevenir o aparecimento de doenças no futuro. As generosas porções de açúcares e gorduras que fazem refrigerantes, biscoitos e salgadinhos irresistíveis ao paladar também alteram o funcionamento do organismo. Aumentam a quantidade de açúcar no sangue e favorecem o acúmulo de gordura nas artérias, fatores que podem levar a criança a desenvolver doenças como diabetes e hipertensão.
Uma das melhores receitas para ensinar as crianças a comer direito é uma mistura de educação e informação. É comum os pais se preocuparem com a qualidade da alimentação dos filhos quando a criança começa a engordar ou está magra demais. A busca por hábitos alimentares saudáveis começa com o envolvimento de toda a família. É preciso ter horários e regras para as refeições: as crianças devem saber o que vão comer, quando podem comer e em que horários. É o que diz o manual Filhos - De 2 a 10 anos de idade, publicado neste mês pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O manual ensina que deixar os doces e sanduíches para quando se come fora de casa é uma boa estratégia. E combinar com a criança as quantidades costuma dar certo.
A segunda tática é variar o modo de preparo dos alimentos. A cenoura que a criança rejeitou cozida deve ser oferecida ralada, em miniatura e também em bolinhos, em intervalos de pelo menos cinco dias. Experiências científicas mostram que se deve oferecer o mesmo alimento no mínimo 15 vezes e só então concluir que de fato não gosta dele. Quanto mais lúdica for a relação da criança com o alimento, mais chance ela terá de aceitá-lo. Os pediatras reconhecem que alimentar uma criança não é fácil. Elas manifestam vontade e opinião própria bem cedo. Mas o desafio de fazê-las comer bem se torna mais difícil à medida que os pais cedem a seus desejos. Suportar a birra e até a queixa de fome por um dia pode garantir almoços felizes no futuro.
A HORTA COMO MEIO PARA A MUDANÇA DOS HÁBITOS ALIMENTARES

A horta escolar surge como um instrumento pedagógico capaz de facilitar todo esse processo, orientando e conscientizando os envolvidos sobre a importância da mesma já que permitirá que haja a oportunidade de conciliar teoria à prática, aplicando o que se aprende na sala de aula. Desta forma levarão uma experiência valiosa para vida, já que a saúde do homem está ligada a uma alimentação saudável e rica em vegetais, além de permitir a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada.
Além de toda questão nutritiva, sabe-se ainda que as atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, arrancar mato, podar, regar, não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza.
A horta escolar representa um grande e vivo laboratório para diferentes atividades didáticas relacionadas à alimentação. Ela permite que as crianças e adolescentes vivenciem várias experiências relacionadas à produção, ao crescimento e ao desenvolvimento de seres vegetais e animais. Além disso, ela permite que as diversas disciplinas e campos do conhecimento sejam abordados por meio dos vários temas/conteúdos definidos pelos professores. Pelo cultivo da horta, os educandos certamente terão o lanche escolar mais enriquecido e saboroso.
A horta é uma possibilidade lúdica e concreta das crianças, adolescentes e adultos vivenciarem o planejamento, o nascimento, o crescimento, a coleta e a preparação do alimento. Certamente, a horta escolar provoca um movimento e uma relação mais estreita entre o estudante e o alimento. A horta também exerce grande influência sobre a cultura alimentar das crianças.

Na medida em que se desenvolve e sistematiza conhecimentos relativos à cultura, a criança constrói e reconstrói noções que favoreçam mudanças no seu modo de compreender o mundo, permitindo que ocorra um processo de confrontação entre suas hipóteses e explicações com os conhecimentos culturalmente difundidos nas interações com os outros, com os objetos e fenômenos e por intermédio da atividade interna e individual. Nesse processo, as crianças vão gradativamente percebendo relações, desenvolvendo capacidades ligadas à identificação de atributos dos objetos e seres, à percepção de processos de transformação, como nas experiências com plantas, animais ou materiais. Valendo-se das diferentes linguagens (oral, desenho, canto, etc.), nomeiam e representam o mundo, comunicando ao outro seus sentimentos, desejos e conhecimentos sobre o meio que observam e vivem. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998).

A horta escolar surge como um instrumento pedagógico capaz de facilitar todo esse processo, orientando e conscientizando os envolvidos sobre a importância da mesma já que permitirá que haja a oportunidade de conciliar teoria à prática, aplicando o que se aprende na sala de aula. Desta forma levarão uma experiência valiosa para vida, já que a saúde do homem está ligada a uma alimentação saudável e rica em vegetais além de permitir a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada.

Além de toda questão nutritiva, sabe-se ainda que as atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, arrancar mato, podar, regar, não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza.

Com a convivência com a horta na escola, as crianças podem mudar os hábitos de toda a família, podem propor a preparação de algumas refeições que antes não eram preparadas e aprender alguns valores e informações que acabam passando despercebidos no cotidiano da família como: muitas crianças convivem com a idéia de que todos os brasileiros têm acesso a tudo aquilo a que elas veem em suas mesas. Desconhecem por exemplo as dificuldades do homem do campo em plantar e colher, a influência do clima sobre a produção dos alimentos, a importância da chuva para a garantia do alimento no supermercado, entre outras questões. Não sabem das dificuldades do trabalhador em conseguir levar o alimento à mesa para os filhos; não pensam nos milhares de crianças no Brasil que não têm uma alimentação sistemática, com a quantidade necessária de refeições. Além disso, a horta escolar serve como instrumento na vida social dos educandos, especialmente nas suas relações com a família, com a sociedade, com o outro e consigo mesmo.

? HORTALIÇAS E FRUTAS

As hortaliças e frutas oferecem variada fonte de vitaminas e minerais, além de fibras e carboidratos na dieta. São verdadeiras dádivas da natureza e representam também a maior fonte de vitalidade, de luz solar concentrada. Incentiva-se, por isso, o consumo de frutas e verduras in natura, frescas e com o mínimo de processamento.
As vitaminas são compostos orgânicos necessários em quantidades mínimas na dieta. Porém, elas são essenciais para que as reações metabólicas específicas aconteçam no interior da célula e para promover o crescimento normal e a manutenção da saúde. Exercem funções variadas, mas de forma geral, as vitaminas regulam o metabolismo, auxiliam a conversão de gordura e carboidratos e participam na formação de tecidos e ossos.
As vitaminas não fornecem calorias e ainda são frutos de muitas pesquisas na nutrição. Elas foram estudadas a partir de doenças carenciais específicas como o escorbuto, a pelagra, o raquitismo e a cegueira noturna.
O corpo não sintetiza todas as vitaminas e essas devem ser recebidas através da dieta. Exceções são a vitamina K, a tiamina, a folacina e avitamina B 12 ,que podem ser formadas pelos microrganismos do trato intestinal, e a vitamina D, sintetizada na pele a partir da luz solar.
Os minerais também são encontrados em quantidades pequenas nos alimentos e a carência desses nutrientes resulta em muitas disfunções da saúde. Eles têm como principais funções manter o equilíbrio ácido-básico, a pressão osmótica e a irritabilidade muscular e nervosa. Também auxiliam na formação de tecidos e na transferência de compostos a nível celular e estão envolvidos nos processos de crescimento. Além dos vegetais, o sal e a água mineral podem oferecer excelentes fontes de minerais.
Para melhor preservar a qualidade das hortaliças e frutas, estas devem provir da Agricultura Orgânica. Os vegetais, quando cultivados em solos ricos e equilibrados em todos os nutrientes, mantêm o seu valor nutricional e duram mais. Deve-se observar o grau de maturidade adequado, bem como as condições e tempo de armazenamento das frutas e verduras. Os vegetais devem, sempre que possível, ser consumidos frescos e crus, para melhor aproveitamento de suas qualidades.
Todas as hortaliças e frutas minimamente processadas (cortadas, raladas, pré-lavadas) são mais perecíveis do que os vegetais frescos não processados e demonstram uma perda rápida de qualidade, mesmo sob baixas temperaturas de estocagem. Esse aumento na perecibilidade nos vegetais processados ocorre devido aos danos causados aos tecidos vegetais durante o processamento. (Willey, 1994 apud Azevedo 2006).
De forma geral e resumida, sem gerar polêmica entre os especialistas e entre as diferentes abordagens nutricionais, uma dieta saudável deve ser equilibrada em todos os tipos de alimentos e composta de produtos locais, sazonais, frescos ou pouco processada, proveniente da sua cultura de origem.

3.3 ALIMENTOS ORGÂNICOS

O consumo alimentar durante as últimas décadas voltou-se especialmente para os alimentos industrializados produzidos sob a ótica do capitalismo.
O consumo diário de frutas, verduras e legumes é uma das diretrizes para manter a saúde e prevenir doenças relacionadas a uma alimentação deficiente. Mas, com a ingestão frequente desses grupos de alimentos há também a absorção indireta de produtos químicos que podem fazer mal ao nosso organismo, como os agrotóxicos e os pesticidas. No caminho da procura por mais saúde, muitas alternativas têm aparecido, entre as quais os alimentos orgânicos. Mas o que são esses alimentos e quais as vantagens do consumo dessa classe de produtos?
Alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem adição de pesticidas e agrotóxicos e envolvem um manejo agrícola sustentável, que respeita o meio ambiente e os recursos naturais, como a água, as plantas, os animais e os insetos, procurando manter a sinergia entre eles e conservá-los o máximo possível.
No cultivo orgânico utilizam-se apenas fertilizantes naturais, obtidos pó meio da compostagem, que é processo pelo qual resíduos agrícolas, como cascas e folhas juntas e preparadas adequadamente, melhoram as condições físicas, químicas e biológicas do solo. Com o uso inteligente deste, os alimentos ficam mais nutritivos, e os nutrientes dos vegetais são provenientes do substrato em que são cultivados.
A agricultura orgânica baseia-se em três pilares: no cultivo natural, ou seja, não é aceitável o uso de agrotóxicos nem de fertilizantes artificiais; no equilíbrio ecológico, que visa à preservação da harmonia microbiológica do solo; e no respeito ao ser humano, pois as pessoas que participam da produção recebem assistência técnica gratuita do governo, ganham condições dignas de trabalho e têm seus direitos trabalhistas reconhecidos. (Euclydes, 1997)

A adoção de práticas orgânicas na produção de alimentos prevê consequências ambientais perceptíveis na qualidade dos alimentos, na fertilidade do solo, na qualidade de vida dos animais e seres humanos vivendo num ambiente isento de substâncias tóxicas, onde se mantenha a diversidade biológica da flora e da fauna, as águas mais limpas, o clima equilibrado e o ar menos poluído. O equilíbrio do ambiente fica, assim, irremediavelmente ligado ao conceito de saúde humana e agricultura orgânica torna-se um instrumento essencial na promoção da saúde ambiental.
Segundo estudo realizado por Grando (1998, apud Azevedo, 2006), os agrotóxicos são os agentes tóxicos que mais matam no Estado de Santa Catarina, correspondendo ao maior número de óbitos registrados no Centro de Informações Toxicológicas do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A cada mês, são cerca de 30 a 40 casos de intoxicações. A médiade casos de intoxicação por agentes químicos variados chega, hoje, a 500 casos registrados anualmente, entre os quais uma média de quinze vão a óbito. São números bastante consideráveis.
A tecnologia de alimentos orgânicos apresenta-se como um campo promissor num mercado ainda pouco explorado e com grande potencial de crescimento.
No Brasil, a tendência de produzir organicamente os alimentos, cresce. Mas o desenvolvimento de uma tecnologia diferenciada para o processamento de orgânicos aparece ainda como uma lacuna na oferta de produtos de qualidade ao consumidor, que quer aliar qualidade de alimentos a maior facilidade e rapidez no preparo.
Os alimentos industrializados deveriam ser uma opção eventual dentro de uma dieta mais fresca e natural, mas é preciso reconhecer que o processamento de alimentos é necessário, especialmente para os moradores dos centros urbanos, que trabalham fora e dedicam pouco tempo para a preparação de suas refeições.
O preço dos produtos orgânicos merece uma discussão que abarque todas as variantes envolvidas no processo produtivo. De forma simplificada, alega-se que o valor agregado, que pode variar de 20 até 100% a mais para os produtos orgânicos em relação aos de origem convencional, tem uma das causas na lei da oferta e da procura.
Frente à baixa demanda, quando comparado aos alimentos convencionais, o produto orgânico ainda não se faz competitivo o suficiente no grande mercado. O sobre-preço justo que o alimento orgânico merece ter, deve ser compreendido dentro da ótica dos benefícios ambientais e sociais que ela gera. Esse acréscimo deve ser repassado ao agricultor para permitir que ele se consolide na produção.
A produção orgânica exige maior envolvimento de mão-de-obra e ao adquirir esse alimento o consumidor passa a contribuir para o fortalecimento e viabilidade da agricultura familiar no meio rural. Essa é a contribuição social dos consumidores conscientes. Eles devem compreender que eles têm um papel decisivo para essa mudança ao buscar produtos orgânicos.
Por outro lado, ao adquirir o alimento orgânico, contribui-se também para a promoção da saúde humana, para a qualidade de vida das futuras gerações e para a preservação dos ecossistemas naturais e essa contribuição tem um valor inestimável.
Nesse contexto, a pergunta que surge é: qual o valor real de um alimento barato que promove a poluição ambiental, a perda da biodiversidade, a exclusão social e que contribui para o aumento das doenças?
De acordo com Darolt (2006 b, apud Azevedo, 2006), as estatísticas mostram que existe um grande potencial de expansão da produção orgânica no Brasil.
Alguns setores ainda pouco explorados, como a fruticultura, o cultivo de cereais, a produção de derivados do leite e de carne devem ser incrementados nos próximos anos. Apesar de a maioria da produção orgânica ainda ser destinada ao mercado externo, deve haver um aumento da demanda interna, impulsionada pelo crescente número de consumidores que têm procurado "produtos limpos".

? A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ORGÂNICA

A introdução de produtos orgânicos na alimentação escolar dos sistemas públicos estaduais e municipais de educação se configura atualmente como uma das mais promissoras iniciativas no sentido de incentivar a produção familiar orgânica e revitalizar o meio rural.
É preciso investir na qualidade da alimentação escolar como uma das formas de garantir o desenvolvimento saudável das nossas crianças. Em algumas famílias, as refeições na escola são as únicas fontes alimentar das crianças durante o dia e preocupar-se com a qualidade dessa alimentação é um dos aspectos determinantes para uma vida futura saudável.
Sabe-se que em muitos estados brasileiros a qualidade da alimentação escolar oferecida ainda é questionável, com grande oferta de produtos industrializados, de preparo instantâneo ou desidratados, de alta durabilidade e baixo valor nutricional. Muitas vezes, o fator custo determina as compras de alimentos nas licitações, mas a alimentação das crianças também espelha a dieta contemporânea estimulada pela mídia e pela agroindústria.
O papel social da alimentação escolar é inquestionável e o Estado tem o dever de manter o direito a uma oferta de produtos verdadeiramente promotores de saúde.
Um fator que merece bastante atenção em relação à alimentação com base na agricultura familiar orgânica é a possibilidade de valorização da cultura alimentar regional, oferecendo a toda comunidade escolar uma possibilidade de resgatar a cultura local através da dieta e dos pratos típicos.
Muitas crianças que frequentam a rede pública de educação são filhos de ex-agricultores familiares que deixaram suas terras e partiram para as cidades em busca de melhores perspectivas. Oferecer o alimento orgânico é uma forma de retorno social para esses cidadãos, que perderam mais do que suas terras. É também uma forma de dignificar o cidadão urbano a partir da valorização do trabalhador rural.
Envolver todos os funcionários de uma escola, professores, merendeiras, pais e crianças nesse projeto é fundamental. Visitar as propriedades orgânicas, desenvolver almoços comunitários, palestras sobre a qualidade dos alimentos orgânicos e discussões nas escolas, contribui para a disseminação e fortalecimento desse trabalho.
O apoio a campanhas de incentivo ao consumo de alimentos orgânicos que esclareçam o consumidor, bem como o desenvolvimento de uma rede de marketing educacional que veicule as vantagens do consumo desses alimentos podem impulsionar a produção dessa natureza a garantir um novo quadro de desenvolvimento rural no país.
A HORTA COMO MEIO PARA A MUDANÇA DOS HÁBITOS ALIMENTARES

A horta escolar surge como um instrumento pedagógico capaz de facilitar todo esse processo, orientando e conscientizando os envolvidos sobre a importância da mesma já que permitirá que haja a oportunidade de conciliar teoria à prática, aplicando o que se aprende na sala de aula. Desta forma levarão uma experiência valiosa para vida, já que a saúde do homem está ligada a uma alimentação saudável e rica em vegetais, além de permitir a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada.
Além de toda questão nutritiva, sabe-se ainda que as atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, arrancar mato, podar, regar, não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza.
A horta escolar representa um grande e vivo laboratório para diferentes atividades didáticas relacionadas à alimentação. Ela permite que as crianças e adolescentes vivenciem várias experiências relacionadas à produção, ao crescimento e ao desenvolvimento de seres vegetais e animais. Além disso, ela permite que as diversas disciplinas e campos do conhecimento sejam abordados por meio dos vários temas/conteúdos definidos pelos professores. Pelo cultivo da horta, os educandos certamente terão o lanche escolar mais enriquecido e saboroso.
A horta é uma possibilidade lúdica e concreta das crianças, adolescentes e adultos vivenciarem o planejamento, o nascimento, o crescimento, a coleta e a preparação do alimento. Certamente, a horta escolar provoca um movimento e uma relação mais estreita entre o estudante e o alimento. A horta também exerce grande influência sobre a cultura alimentar das crianças.

Na medida em que se desenvolve e sistematiza conhecimentos relativos à cultura, a criança constrói e reconstrói noções que favoreçam mudanças no seu modo de compreender o mundo, permitindo que ocorra um processo de confrontação entre suas hipóteses e explicações com os conhecimentos culturalmente difundidos nas interações com os outros, com os objetos e fenômenos e por intermédio da atividade interna e individual. Nesse processo, as crianças vão gradativamente percebendo relações, desenvolvendo capacidades ligadas à identificação de atributos dos objetos e seres, à percepção de processos de transformação, como nas experiências com plantas, animais ou materiais. Valendo-se das diferentes linguagens (oral, desenho, canto, etc.), nomeiam e representam o mundo, comunicando ao outro seus sentimentos, desejos e conhecimentos sobre o meio que observam e vivem. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998).

A horta escolar surge como um instrumento pedagógico capaz de facilitar todo esse processo, orientando e conscientizando os envolvidos sobre a importância da mesma já que permitirá que haja a oportunidade de conciliar teoria à prática, aplicando o que se aprende na sala de aula. Desta forma levarão uma experiência valiosa para vida, já que a saúde do homem está ligada a uma alimentação saudável e rica em vegetais além de permitir a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada.

Além de toda questão nutritiva, sabe-se ainda que as atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, arrancar mato, podar, regar, não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza.

Com a convivência com a horta na escola, as crianças podem mudar os hábitos de toda a família, podem propor a preparação de algumas refeições que antes não eram preparadas e aprender alguns valores e informações que acabam passando despercebidos no cotidiano da família como: muitas crianças convivem com a idéia de que todos os brasileiros têm acesso a tudo aquilo a que elas veem em suas mesas. Desconhecem por exemplo as dificuldades do homem do campo em plantar e colher, a influência do clima sobre a produção dos alimentos, a importância da chuva para a garantia do alimento no supermercado, entre outras questões. Não sabem das dificuldades do trabalhador em conseguir levar o alimento à mesa para os filhos; não pensam nos milhares de crianças no Brasil que não têm uma alimentação sistemática, com a quantidade necessária de refeições. Além disso, a horta escolar serve como instrumento na vida social dos educandos, especialmente nas suas relações com a família, com a sociedade, com o outro e consigo mesmo.

? HORTALIÇAS E FRUTAS

As hortaliças e frutas oferecem variada fonte de vitaminas e minerais, além de fibras e carboidratos na dieta. São verdadeiras dádivas da natureza e representam também a maior fonte de vitalidade, de luz solar concentrada. Incentiva-se, por isso, o consumo de frutas e verduras in natura, frescas e com o mínimo de processamento.
As vitaminas são compostos orgânicos necessários em quantidades mínimas na dieta. Porém, elas são essenciais para que as reações metabólicas específicas aconteçam no interior da célula e para promover o crescimento normal e a manutenção da saúde. Exercem funções variadas, mas de forma geral, as vitaminas regulam o metabolismo, auxiliam a conversão de gordura e carboidratos e participam na formação de tecidos e ossos.
As vitaminas não fornecem calorias e ainda são frutos de muitas pesquisas na nutrição. Elas foram estudadas a partir de doenças carenciais específicas como o escorbuto, a pelagra, o raquitismo e a cegueira noturna.
O corpo não sintetiza todas as vitaminas e essas devem ser recebidas através da dieta. Exceções são a vitamina K, a tiamina, a folacina e avitamina B 12 ,que podem ser formadas pelos microrganismos do trato intestinal, e a vitamina D, sintetizada na pele a partir da luz solar.
Os minerais também são encontrados em quantidades pequenas nos alimentos e a carência desses nutrientes resulta em muitas disfunções da saúde. Eles têm como principais funções manter o equilíbrio ácido-básico, a pressão osmótica e a irritabilidade muscular e nervosa. Também auxiliam na formação de tecidos e na transferência de compostos a nível celular e estão envolvidos nos processos de crescimento. Além dos vegetais, o sal e a água mineral podem oferecer excelentes fontes de minerais.
Para melhor preservar a qualidade das hortaliças e frutas, estas devem provir da Agricultura Orgânica. Os vegetais, quando cultivados em solos ricos e equilibrados em todos os nutrientes, mantêm o seu valor nutricional e duram mais. Deve-se observar o grau de maturidade adequado, bem como as condições e tempo de armazenamento das frutas e verduras. Os vegetais devem, sempre que possível, ser consumidos frescos e crus, para melhor aproveitamento de suas qualidades.
Todas as hortaliças e frutas minimamente processadas (cortadas, raladas, pré-lavadas) são mais perecíveis do que os vegetais frescos não processados e demonstram uma perda rápida de qualidade, mesmo sob baixas temperaturas de estocagem. Esse aumento na perecibilidade nos vegetais processados ocorre devido aos danos causados aos tecidos vegetais durante o processamento. (Willey, 1994 apud Azevedo 2006).
De forma geral e resumida, sem gerar polêmica entre os especialistas e entre as diferentes abordagens nutricionais, uma dieta saudável deve ser equilibrada em todos os tipos de alimentos e composta de produtos locais, sazonais, frescos ou pouco processada, proveniente da sua cultura de origem.

3.3 ALIMENTOS ORGÂNICOS

O consumo alimentar durante as últimas décadas voltou-se especialmente para os alimentos industrializados produzidos sob a ótica do capitalismo.
O consumo diário de frutas, verduras e legumes é uma das diretrizes para manter a saúde e prevenir doenças relacionadas a uma alimentação deficiente. Mas, com a ingestão frequente desses grupos de alimentos há também a absorção indireta de produtos químicos que podem fazer mal ao nosso organismo, como os agrotóxicos e os pesticidas. No caminho da procura por mais saúde, muitas alternativas têm aparecido, entre as quais os alimentos orgânicos. Mas o que são esses alimentos e quais as vantagens do consumo dessa classe de produtos?
Alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem adição de pesticidas e agrotóxicos e envolvem um manejo agrícola sustentável, que respeita o meio ambiente e os recursos naturais, como a água, as plantas, os animais e os insetos, procurando manter a sinergia entre eles e conservá-los o máximo possível.
No cultivo orgânico utilizam-se apenas fertilizantes naturais, obtidos pó meio da compostagem, que é processo pelo qual resíduos agrícolas, como cascas e folhas juntas e preparadas adequadamente, melhoram as condições físicas, químicas e biológicas do solo. Com o uso inteligente deste, os alimentos ficam mais nutritivos, e os nutrientes dos vegetais são provenientes do substrato em que são cultivados.
A agricultura orgânica baseia-se em três pilares: no cultivo natural, ou seja, não é aceitável o uso de agrotóxicos nem de fertilizantes artificiais; no equilíbrio ecológico, que visa à preservação da harmonia microbiológica do solo; e no respeito ao ser humano, pois as pessoas que participam da produção recebem assistência técnica gratuita do governo, ganham condições dignas de trabalho e têm seus direitos trabalhistas reconhecidos. (Euclydes, 1997)

A adoção de práticas orgânicas na produção de alimentos prevê consequências ambientais perceptíveis na qualidade dos alimentos, na fertilidade do solo, na qualidade de vida dos animais e seres humanos vivendo num ambiente isento de substâncias tóxicas, onde se mantenha a diversidade biológica da flora e da fauna, as águas mais limpas, o clima equilibrado e o ar menos poluído. O equilíbrio do ambiente fica, assim, irremediavelmente ligado ao conceito de saúde humana e agricultura orgânica torna-se um instrumento essencial na promoção da saúde ambiental.
Segundo estudo realizado por Grando (1998, apud Azevedo, 2006), os agrotóxicos são os agentes tóxicos que mais matam no Estado de Santa Catarina, correspondendo ao maior número de óbitos registrados no Centro de Informações Toxicológicas do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A cada mês, são cerca de 30 a 40 casos de intoxicações. A médiade casos de intoxicação por agentes químicos variados chega, hoje, a 500 casos registrados anualmente, entre os quais uma média de quinze vão a óbito. São números bastante consideráveis.
A tecnologia de alimentos orgânicos apresenta-se como um campo promissor num mercado ainda pouco explorado e com grande potencial de crescimento.
No Brasil, a tendência de produzir organicamente os alimentos, cresce. Mas o desenvolvimento de uma tecnologia diferenciada para o processamento de orgânicos aparece ainda como uma lacuna na oferta de produtos de qualidade ao consumidor, que quer aliar qualidade de alimentos a maior facilidade e rapidez no preparo.
Os alimentos industrializados deveriam ser uma opção eventual dentro de uma dieta mais fresca e natural, mas é preciso reconhecer que o processamento de alimentos é necessário, especialmente para os moradores dos centros urbanos, que trabalham fora e dedicam pouco tempo para a preparação de suas refeições.
O preço dos produtos orgânicos merece uma discussão que abarque todas as variantes envolvidas no processo produtivo. De forma simplificada, alega-se que o valor agregado, que pode variar de 20 até 100% a mais para os produtos orgânicos em relação aos de origem convencional, tem uma das causas na lei da oferta e da procura.
Frente à baixa demanda, quando comparado aos alimentos convencionais, o produto orgânico ainda não se faz competitivo o suficiente no grande mercado. O sobre-preço justo que o alimento orgânico merece ter, deve ser compreendido dentro da ótica dos benefícios ambientais e sociais que ela gera. Esse acréscimo deve ser repassado ao agricultor para permitir que ele se consolide na produção.
A produção orgânica exige maior envolvimento de mão-de-obra e ao adquirir esse alimento o consumidor passa a contribuir para o fortalecimento e viabilidade da agricultura familiar no meio rural. Essa é a contribuição social dos consumidores conscientes. Eles devem compreender que eles têm um papel decisivo para essa mudança ao buscar produtos orgânicos.
Por outro lado, ao adquirir o alimento orgânico, contribui-se também para a promoção da saúde humana, para a qualidade de vida das futuras gerações e para a preservação dos ecossistemas naturais e essa contribuição tem um valor inestimável.
Nesse contexto, a pergunta que surge é: qual o valor real de um alimento barato que promove a poluição ambiental, a perda da biodiversidade, a exclusão social e que contribui para o aumento das doenças?
De acordo com Darolt (2006 b, apud Azevedo, 2006), as estatísticas mostram que existe um grande potencial de expansão da produção orgânica no Brasil.
Alguns setores ainda pouco explorados, como a fruticultura, o cultivo de cereais, a produção de derivados do leite e de carne devem ser incrementados nos próximos anos. Apesar de a maioria da produção orgânica ainda ser destinada ao mercado externo, deve haver um aumento da demanda interna, impulsionada pelo crescente número de consumidores que têm procurado "produtos limpos".

? A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ORGÂNICA

A introdução de produtos orgânicos na alimentação escolar dos sistemas públicos estaduais e municipais de educação se configura atualmente como uma das mais promissoras iniciativas no sentido de incentivar a produção familiar orgânica e revitalizar o meio rural.
É preciso investir na qualidade da alimentação escolar como uma das formas de garantir o desenvolvimento saudável das nossas crianças. Em algumas famílias, as refeições na escola são as únicas fontes alimentar das crianças durante o dia e preocupar-se com a qualidade dessa alimentação é um dos aspectos determinantes para uma vida futura saudável.
Sabe-se que em muitos estados brasileiros a qualidade da alimentação escolar oferecida ainda é questionável, com grande oferta de produtos industrializados, de preparo instantâneo ou desidratados, de alta durabilidade e baixo valor nutricional. Muitas vezes, o fator custo determina as compras de alimentos nas licitações, mas a alimentação das crianças também espelha a dieta contemporânea estimulada pela mídia e pela agroindústria.
O papel social da alimentação escolar é inquestionável e o Estado tem o dever de manter o direito a uma oferta de produtos verdadeiramente promotores de saúde.
Um fator que merece bastante atenção em relação à alimentação com base na agricultura familiar orgânica é a possibilidade de valorização da cultura alimentar regional, oferecendo a toda comunidade escolar uma possibilidade de resgatar a cultura local através da dieta e dos pratos típicos.
Muitas crianças que frequentam a rede pública de educação são filhos de ex-agricultores familiares que deixaram suas terras e partiram para as cidades em busca de melhores perspectivas. Oferecer o alimento orgânico é uma forma de retorno social para esses cidadãos, que perderam mais do que suas terras. É também uma forma de dignificar o cidadão urbano a partir da valorização do trabalhador rural.
Envolver todos os funcionários de uma escola, professores, merendeiras, pais e crianças nesse projeto é fundamental. Visitar as propriedades orgânicas, desenvolver almoços comunitários, palestras sobre a qualidade dos alimentos orgânicos e discussões nas escolas, contribui para a disseminação e fortalecimento desse trabalho.
O apoio a campanhas de incentivo ao consumo de alimentos orgânicos que esclareçam o consumidor, bem como o desenvolvimento de uma rede de marketing educacional que veicule as vantagens do consumo desses alimentos podem impulsionar a produção dessa natureza a garantir um novo quadro de desenvolvimento rural no país.

CONCLUSÃO

Na educação alimentar dos centros de educação infantil, da rede municipal de Rio do Sul, Santa Catarina ? Brasil, nos períodos de 2010 e 2011, como principal ponto de investigação, apresento dentro da explanação do conteúdo, uma série de conclusões sobre a educação alimentar na educação infantil, com relação ao ensino aprendizagem.
Sabemos que criança com fome não aprende, não é feliz, e é desnutrida. Uma das causas é o desiquilíbrio alimentar, conclui-se também, que quanto mais cedo for o processo de ensino à alimentação saudável, melhor será para aceitação da criança.
Outro fator importantíssimo, é a conquista em trazer os pais para os centros de ducação infantil para ver o que acontece no dia a dia de seus filhos. Se faz necessário que também, se reeduquem, usando em suas casas, alimentos saudáveis, proporcionando assim, hábitos alimentares em sua família, pois é na família que se interioriza o que se aprende nos centros educacionais.
Os pais e responsáveis tem um papel fundamental na educação de seus filhos. Desde cedo compete a eles, o papel de transmitir saberes, revelando condutas alimentares que ajudam na posterior modelação de comportamentos de saúde de seus filhos.
Por outro lado, cabe aos centros educacionais, uma função educativa no tocante a transmissão de conhecimentos essências para o crescimento intelectual e cognitivo dos alunos. Assim, escola e famílias devem cooperar no sentido de uma educação para uma alimentação saudável.
Os pais podem ter uma atitude concreta junto à escola, exigindo que essa, forneça alimentos e refeições saudáveis em detrimento de opções alimentares menos corretas e supervisionando as refeições dos seus filhos.

Em síntese, a alimentação não é um problema da atualidade, muito embora com o advir dos tempos, ela passa a ganhar um estatuto de crescente importância. Isto, porque se nos primeiros tempos, a alimentação estava ligada à carência/desnutrição, na atualidade, com o desenvolvimento socioeconômico e respectivos interesses, nomeadamente com a manipulação de alimentos, hoje está ligada a abundância que muitas vezes gera erros alimentares.

O primeiro objetivo específico, que é o de determinar a realidade dos profissionais da educação, em termos de se estão cientes da importância da sua participação num programa de uma educação visando a alimentação no ensino infantil (3 a 5 anos).
Conclui-se que os profissionais da educação para ter sucesso em seus trabalhos, faz-se necessário a colaboração dos pais.
Outro fator agravante é a falta de interesse ou desconhecimento da importância do tema, por parte dos gestores, dificultando o Desenvolvimento do trabalho. Cabe as instituições, as ofertas de movimentos sobre o assunto que é de grande relevância, envolvendo profissionais da saúde e educação, pois sem educação não se faz saúde e o inverso é verdadeiro.
O segundo objetivo específico, que foi o de conhecer o nível de participação da comunidade educativa nos projetos relacionados da educação, numa alimentação saudável, em nível de ensino infantil. A comunidade é favarável e demonstram interesse no assunto sempre que solicitados, colaboram. O que falta, são as oportunidades para a comunidade interagir de forma prazerosa, envolvendo-se em trabalhos como horta escolar, palestras com profissionais capacitados entre outros. Tornando-a mais informada e participativa, que é o perfil dessa sociedade.
Terceiro objetivo; Identificar a realidade das criança do nível infantil nos temas relacionados aos hábitos de vida saudável. Pode-se concluir que as crianças quando ingressam nos centros educacionais de educação infantil, tem uma forte rejeição por alimentos saudáveis. Por exemplo, preferem tomar um copo de Nescau do que um prato de feijão com arroz entre outros. É com dedicação e persistência que as crianças começam a desenvolver o gosto pelas refeições de boa qualidade. Outro fator interessante, é que depois que já estão habituados a comer os alimentos saudáveis nas unidades de ensino que frequentam, segundo seus familiares, ainda resistem, aceitar esses alimentos em seus lares.
O que ficou muito evidente neste trabalho, é que a motivação das crianças e o incentivo a experimentar e aceitar os diferentes tipos de hortaliças, frutas e verduras foi satisfatório. Um dos resultado em destaque, foi que a horta escolar realizada com a participação das crianças da educação infantil, fez com que a mudança de hábitos alimentares mudassem com sucesso.
Quarto objetivo: Apontar a disposição das crianças nos projetos de vida saudável, oferecidas nas instituições educacionais. As crianças participaram ativamente das atividades propostas, com entusiasmo e perseverança dos profissionais da educação e torna-se mais prazeroso os trabalhos ao ar livre e em contato com a natureza. Exemplo disso, é o trabalho realizado com a horta, onde tiveram contato com a terra descobrindo o processo da natureza e do ecossistema.


Recomendações aos profissionais da educação infantil.
? Valorize a classe profissional. Una-se pelo bem da comunidade escolar, onde estão inseridos .Faça valer o que é tão importante ao ser humano: a dignidade. Respeite a individualidade de cada ser, como único.
? Goste do que fazes. Aperfeiçoe-se sempre, seja crítico, procure interagir nos processos de mudanças que a própria globalização provoca. Professor! A chave está em suas mãos, não deixe que resolvam por você. A criança que está passando por você, faz parte destas mudanças, talvez com sua intervenção esse cidadão seja um grande profissional que poderá nos auxiliar futuramente.
? A educação alimentar na educação infantil é o princípio para uma vida saudável, evitando possíveis doenças, como a anemia, a desnutrição, entre tantas outras e até mesmo a obesidade. Criança doente ou com fome, não poderá ser feliz por completo e consequentemente, a aprendizagem é menor em comparação a outra criança em estado saudável, bem alimentada e com equilíbrio familiar.
? Trabalho sustentável,requer acompanhamento familiar na escola. Se a família estiver do seu lado, sua força redobra na realização de seus projetos e ações.

Recomendação aos pais.

? De carinho aos seus filhos, quantas vezes você puder. Não retribua o tempo ausente com presentes.
? Acompanhe no mínimo os primeiros anos de vida de seu filho, a sua presença poderá mudar o destino dele.
? O que seu filho aprende no berço, tanto familiar como na educação infantil, faz a diferença na fase adulta, seja em qual for a circunstância ou conduta. Quanto mais cedo for investido na educação alimentar, mais facilidade a criança tem em agregar hábitos saudaveis em sua vida.
? Valorize os profissionais da educação, pois são eles, os grandes aliados na educação e cuidado de seu filho.


Recomendações para gestores.

? Aproveite seu cargo de gestor para facilitar a qualidade de vida dos profissionais e os que dele dependem.
? Seja um exemplo! Procure ser um facilitador e não um empecilho, para que não digam... "não fiz ,o gestor não autorizou".
? Dedique seu trabalho em prol da comunidade escolar ,para ter um resultado satisfatório.

Secretários de educação.

? A educação infantil sendo o início do ensino básico, precisa de atenção redobrada. Desde profissionais, espaço físico e materias didáticos, cujo as crianças necessitam para desenvolverem as suas pontencialidades.
? Aprofundar os meios de qualidade de vida na comunidade escolar, interagir saúde e educação cobrando maiores detalhes no histórico de vida da criança ao ser matriculado na educação infantil.
? Recomenda-se a secretaria da educação, nutricionista mais presente nas unidades.










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