Geovan José dos Santos Sobrinho*

Pode-se agregar ao termo cultura uma série de conceitos e definições, mas, a grosso modo podemos conceituar cultura como tudo aquilo que é produzido por um povo ou sociedade, podendo variar de acordo com a região. Às vezes essa variação se torna tão grande que ocorre o que se chama choque cultural, que é justamente quando a priori uma cultura ignota causa um estranhamento.
O importante é que saibamos que toda forma de cultura deve ser respeitada, livrando-se de qualquer preconceito e compreendendo que não existe cultura que seja superior ou inferior, apenas diferente. Sergipe é um estado riquíssimo em cultura, o grande problema é que o sergipano não a valoriza como deveria, cria-se uma ideia de inferiorização perante as demais culturas.
Uma grande parcela da culpa por essa crença que a cultura de fora é melhor que a nossa, deve-se aos meios midiáticos, principalmente a televisão, que na maioria das vezes esquece-se de mostrar Sergipe aos sergipanos. Só se valoriza aquilo que se conhece, e infelizmente a cultura deste pequeno, mas não menos importante estado, é desconhecida pelos que aqui vivem.
No que diz respeito a musica, é bastante infeliz a maneira como absorvemos e tão somente estimamos aquilo que é importado de fora, sobretudo da Bahia, onde nossas rádios impregnam-se de pagode e arrocha. Os nossos festejos juninos e também o carnaval tornaram-se produto de mercado, foram esquecidas e desvalorizadas as tradições.
É importante ressaltar que grandes passos estão sendo tomados para que possamos reverter este quadro, são realizados por parte do governo alguns eventos que visam à valorização da nossa cultura, mas ainda é muito pouco. O sergipano tem que se orgulhar daquilo que produz; da música, dos costumes, do sotaque (que é fantástico), das comidas, e também das belezas que este magnífico estado tem para oferecer.

* Graduando em História pela Universidade Tiradentes. Natural do estado de Sergipe.