D. Hermígio Paes de Matos, filho de D. Pedro Viegas foi o primeiro que se apelidou como Gonçalo Pires de Matos, escudeiro da Casa real, em 1483 e obteve brasão de armas de D. João II. O nome vem de mato, substantivo comum - terreno inculto em que crescem plantas agrestes; conjunto de pequenas plantas agrestes; o campo, por oposição à cidade; a roça (Antenor Nascentes, II, 195; Silveira Bueno, Dic. Escolar, 834). No século XI, na fundação do reino português, essa família já se encontrava alí, na Quinta do Mato (Anuário Genealógico Latino, I, 63).
No Brasil, no Estado do Rio de Janeiro, entre as mais antigas famílias desse sobrenome está a do Capitão Álvaro de Matos, vereador em 1645, que deixou numerosa descendência, do seu casamento em 1625, com Maria Filgueira, filha de Antônio Martins Palma e de Leonor Gonçalves, casal, que em cumprimento de uma promessa edificou a igreja de N. S. da Candelária, no centro da Cidade do Rio de Janeiro. Seus descendentes foram proprietários da fazenda de São Clemente, hoje o Bairro de Botafogo. Também os Matos de Castilho registram mais 17 famílias com este sobrenome no Rio de Janeiro. A família de Custódio Manuel de Mattos, Bartolomeu da Esperança, filho de Gregório Mattos e de Josefa da Silva, ambos naturais de Braga. Deixou numerosa descendência do seu casamento com Ana Miquelina da Luz, Pedro da Miragaia, filha de Manuel André da Luz e de Custódia André, ambos de S. André de Cabedelo, no Porto. Vieram para o Brasil em 1809 em virtude da invasão francesa. No Rio estabeleceram-se numa fazenda à atual rua das Laranjeiras, conhecida pelo nome Areal. Foram pais, entre outros, de Margarida Amália de Mattos, do Rio de Janeiro e Petrópolis, deixando geração no Rio de Janeiro, com Constantino José Alvares Pinheiro, filho de Anacleto José Alvares Pinheiro e Custódia Maria Rodrigues. Deixaram uma prole de 14 filhos, entre eles, Margarida Pinheiro e Guilherme de Castro na Ilha Terceira , com casamentos na importante família Vidal Leite Ribeiro de Minas Gerais, inclusive, em 1887, a baronesa de Santa Margarida.
Para o Estado do Pará, entre outras, cabe registrar a família de Lourenço de Matos, proprietário de uma sesmaria no rio Ubituba, deixou importante descendência: o filho, Sargento-Mor Manuel Lourenço de Matos (1727) , o neto, Major Severiano Eusébio de Matos (1756 ), de quem descendem os Wilkens de Matos, o bisneto, Raimundo Severiano de Matos, cônego da Sé do Pará, por Decreto Imperial de 1854; outro bisneto, Coronel Manuel Lourenço de Matos, o terceiro bisneto, João Henrique de Matos Barcelos, da Comarca do Rio Negro, em 1857 e Rio Curuí. Foi vereador da Câmara Municipal de Belém do Pará ,de 1845-48. Foi Cadete, servindo na Guarnição da Fortaleza de Macapá e Membro do Governo Provisório do Pará, em 1823, quando Capitão de Artilharia. Tenente-coronel reformado do 5.º Batalhão de Artilharia de Posição de 1.ª Linha, em 1838 e Comendador da Ordem de São Bento de Aviz. Cavaleiro da Ordem de Cristo. São seus descendentes: Com João Wilkens de Matos ,1822-1889, barão de Maruiá;Tenente Manuel Raymundo de Matos, nomeado para o corpo de Infantaria do Estado do Pará ,1891; Sebastião Severiano de Matos, nomeado Secretário da Capitania do Porto do Estado do Pará,1891.
Matos também é Importante família de Taubaté, São Paulo, com ramificações no Rio de Janeiro, procede de Antônio José de Matos, de Braga, negociante que morou em Taubaté e em Itú onde deixou geração (1790), em Guaratinguetá, com Quitéria Moreira da Costa, de Taubaté. Antiga família Matos da Bahia, procedente do Desembargador Fernando de Mattos e de Maria Fernandes, naturais de Viana. Entre outros, tiveram os seguintes filhos: Inácio de Mattos, que passou para Bahia, onde casou com Helena Fernandes, filha de Antônio Fernandes Aicochete e de Maria Alvarez; e Úrsula de Matos, casada com Manuel Pinto de Carvalho. Deste último casal, foi filho, o Capitão Inácio de Matos Pinto de Carvalho, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real em 1755, com geração na Bahia.
No Acre, cabe registrar o capitão José de Matos, listado entre os primeiros povoadores nas margens do rio Acre, por volta de 1878. Era sobrinho do povoador Carvalho e Melo. Matos também é sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida em São Paulo, onde chegou Manuel Pereira de Matos, natural de Portugal, falecido em Guaratinguetá, onde teve casa comercial. Filho de Serafim Pereira Gonçalves e de Catarina de Souza, que deixou geração com Maria Benedita Marcondes Guimarães,filha de Francisco Marcondes Guimarães, de São Paulo. Outra família Matos originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio Grande do Sul, onde chegou Antonio José de Matos, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Ilha do Faial. Filho de Francisco da Costa Matos e de Rosa Maria, naturais da Ilha do Faial. Com geração do seu casamento por volta de 1784, com Catarina Antonia da Encarnação, natural do Rio Grande, filha de Manuel Gonçalves Mancebo, da família de Bento Gonçalves do Rio Grande do Sul.