INTRODUÇÃO

No que diz respeito à preservação do patrimônio histórico predial do município de Belém, a situação encontra-se em um estado grave. E o presente artigo vai mostra a situação em que se encontram o Palacete Pinho, Palacete Bolonha, O Mercado de São Braz e o Teatro Waldemar Henrique.

Não obstante as inúmeras dificuldades em se preservar o patrimônio histórico, encontramos alguns prédios que estão num estado de conservação bons como é o caso, por exemplo, do Palacete Bolonha, porem o que acontece é a falta de políticas publicas que incentivem a preservação deste patrimônio.

Olhando para o passado é que vamos construir um presente e um futuro de qualidade e é partindo desse pressuposto que o artigo mostrará a importância e a historia de cada um desses prédios e para que fins foram utilizados e como se encontram atualmente.

É o caso do palacete pinho que se encontra em um total abandono e o custo de sua restauração é altíssimo. Mas é apresentando e enfrentando as dificuldades e que vamos realmente preservar o nosso patrimônio.

Metodologia

Este trabalho teve como fonte de pesquisa jornais, revistas, internet e pesquisas em campo. as pesquisas em campo foram feitas nos citados predios visatados e tambem na prefeitura municipal de belem.

JUSTIFICATIVA:

O objetivo deste projeto é trazer informações acerca da importância do nosso patrimônio predial histórico, mais especificamente o Palacete Bolonha, Pinho, Teatro Experimental Waldemar Henrique e o Mercado de São Braz. Pois ao falarmos desses patrimônios estamos nos reportando a grande riqueza do passado e de um período de influencias européias, mais precisamente francesa, na qual podemos nos referir a chamada Belle-Époque, época de ouro na Amazônia devido o "boom" da economia gomifera.

Então, o objetivo central deste projeto é além de mostrar as bases históricas da construção desses prédios, também e principalmente conscientizar os alunos, para à importância da restauração e preservação de nosso patrimônio histórico e cultural. É partindo desse pressuposto, da preservação e do conhecimento do nosso patrimônio histórico, que iremos formar a nossa verdadeira identidade de cidadãos belenenses, conscientes e agentes ativos do desenrolar da nossa própria historia.

A falta de conhecimento sobre o nosso patrimônio deixa-nos alienados impedindo assim nossa ação para proteger o que é nosso. Isso ocorre por dois motivos, primeiro pela falta de políticas publicas que possibilitem o acesso a esses bens, como por exemplo, o restauro dos prédios antigos, o uso de matérias informativo para população etc. Se por um lado a culpa é do pode publico, por outro muito que acontece com o patrimônio, não só predial mais como um todo, é culpa nossa, pois ao insistirmos na omissão a busca de informações e da luta pela preservação do patrimônio, também estamos contribuindo para sua depredação.

Assim essa pesquisa justifica-se pela busca do reconhecimento e da preservação do patrimônio histórico predial, não apenas de Belém, mas dando suporte para o conhecimento e a preservação de todo o nosso patrimônio histórico artístico nacional.

OBJETIVOS GERAIS:

Fustigar o interesse da população a conhecer nossos prédios e patrimônios históricos, mostrando assim a importância dos mesmos, e dessa forma buscando conscientizá-los para a preservação dessas obras arquitetônicas existentes em nosso estado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

§ Reconhecer a importância da preservação de nossos prédios históricos.

§ Valorizar e integrar o publico alvo neste contexto.

§ Identificar e reconhecer os problemas relacionados a estes patrimônios históricos, principalmente a questão da falta de políticas publicas.

§ Permitir o enriquecimento da aprendizagem sobre este assunto.

DESENVOLVIMENTO

1 PALACETE BOLONHA

Um dos prédios ícones da época que o Pará era rico, talvez o prédio que mais represente o contexto urbano da Belém do inicio deste século é o Palacete Bolonha. Um dos mais bonitos prédios arquitetônicos construído no final do séc.XIX e inicio do séc.XX, 1870-1912, Belém viveu um processo de modernização e expansão de sua área urbana, período este chamado de "boom da borracha", o palacete Bolonha foi e é um retrato de sofisticação e de novas tendências trazidas pelo arquiteto Francisco Bolonha em meados de 1905.

O palacete foi construído para homenagear sua esposa a pianista carioca Alice Tem-Brick, sendo idealizado ao gosto eclético de Francisco Bolonha, apresenta em sua arquitetura decoração de interiores e fachadas, estilos que vão do art noveau[1]·, neoclássico[2], barroco[3] brasileiro, o gótico[4] e elementos ecléticos[5].

O palacete Bolonha é uma pagina viva da modernidade que se instalou na cidade que um dia foi "Paris tropical". (ANDRADE, 2004, p-133)

Em um estilo eclético, o prédio demonstra a preocupação das elites locais com o luxo e com o belo, símbolos da modernidade e da almejada civilização da época. O palacete que lhe serviu de residência, e da vila onde moravam outros membros da família.

(Foto do palacete Bolonha, em 03/03/2010. Autoria própria.)

O Palacete Bolonha foi tombado como patrimônio histórico cultural em 02de julho de 1982 pelo IPHAN (instituto do patrimônio histórico artístico nacional) onde através da SECULT (secretaria de cultura), com a parceria da FUMBEL (fundação cultural do município de Belém), a qual veio através deste tombamento resgatar a importância que este palacete teve e tem para a nossa historia, de um passado glorioso.

Esse palacete com todo seu requinte e luxo foi esquecido há aproximadamente uma década. Os elementos artísticos no interior do prédio, as instalações elétricas foram severamente danificadas.

Em 1997 a prefeitura de Belém iniciou o trabalho de restauração, este trabalho foi parcial, já que precisava de verbas para concluir a restauração do palacete. Após a disponibilização de verbas foram restaurados não só o palacete, mas também a vila Bolonha, que pretende resgatar não só o valor arquitetônico do prédio em si, mas principalmente o valor afetivo e referencial que esta área representa a comunidade.

A riqueza de detalhes do palacete Bolonha, que teve sua construção concluída em 1915, parece não ter fim, ao longo da historia desse que é um dos mais importantes prédios do patrimônio artístico e cultural de Belém.

Depois de uma grande reforma, a historia do prédio ganhou um novo capitulo, onde o palacete foi todo restaurado, porem não foi possível manter todos os seus traços originais, alguns continuaram como, por exemplo, as iniciais FB, que é de seu grande criador, e também a fachada do prédio se manteve intacta com todos os seus afrescos. Atualmente o palacete tem alguns complexos anexados como, por exemplo, o memorial dos povos, onde funcionava a garagem, virou uma sala de cinema em homenagem ao critico Acyr Castro, e também foi construído um anfiteatro e o museu da bellepoque.

E alem de funcionar todas essas áreas de lazer também funciona algumas secretarias da atual gestão municipal. A BELÉMTUR, o conselho municipal de saúde, parte da FUMBEL e da SEMAD.

Dento dessa perspectiva de conservação do patrimônio histórico podemos concluir com relação ao palacete Bolonha, que seu estado de conservação pode ser considerado bom, porem essa realidade de preservação encontra-se em poucos prédios históricos de nossa capital.

2 MERCADO DE SÃO BRÁS

Localizado em um dos pontos mais altos da cidade de Belém e na confluência das mais importantes avenidas da cidade, almirante Barroso, José Bonifacio e Magalhães Barata, o mercado de São Brás com seu estilo que foge a rigidez d classicismo, porém guarda as proporções desse estilo, encanta com sua beleza quem passa pelo complexo.

O mercado de São Brás foi construído, devido haver uma feira livre em frente à estação da estrada de ferro de Bragança que abastecia a cidade com gêneros alimentícios.

Esta feira no referido bairro tornou-se um problema muito grande para a cidade, pois a feita não atendia a todas s necessidades e também não tinha uma coleta de lixo, acumulando assim seus dejetos, atraindo animais causadores de diversas doenças.

Com o intuito de solucionar este problema foi decretado pelo conselho municipal da província do Grão-Pará em 12de março de 1908 a resolução para a construção de um mercado na Praça Floriano Peixoto, para atender as necessidades da população belenense.

A concessão da edificação do mercado foi entregue a firma M. D. Lobato e Cia, porem depois das dificuldades financeiras enfrentados pela referida empresa, a concessão passou para a firma Santoro da Costa e Cia, que pertencia ao engenheiro Filinto Santoro, o qual foi responsável pela imponência e todos os traços arquitetônicos do mercado.

(Foto atual da fachada do mercado se São Brás, em 03/03/2010. Autoria própria)

Inaugurado em 21 de maio de 19911 sua magnificência e seus traços que encantavam seus idealizadores, principalmente Filinto Santoro e o atual intendente e polêmico Antonio Lemos. Sua estrutura consiste em três pavilhões que compõem seu conjunto arquitetônico, e com suas linhas predominantemente, jônicas, romanas e dóricas, com seu telhado de tijolos formando uma abóboda, os talhados em alvenaria e suas decorações feitas em mármore branco. As obras e toda a sua exuberância foram financiadas pelo "boom" da borracha no final do século XIX e inicio do século XX, em um sistema arquitetônico que desejava transforma Belém em uma Europa amazônica.

Não somente no seu aspecto estético, mas com sua adequação ao clima e as necessidades de intimidade domestica a arquitetura da casa de moradia e reveladora dos acontecimentos e da cultura dos que habitam. Assim também os prédios oficiais e religiosos revelam aspectos do conglomerado humano que gerou. (COMPELOM e SEYNAEVE, 1992, p25)

Após sua inauguração em 1911, o mercado de são Brás foi tombado pelo patrimônio histórico municipal e estadual em 02/07/1982, devido sua importância para o complexo arquitetônico de Belém.

Com os seus 3300 metros quadrados o mercado de são Brás teve grande dificuldade na sua manutenção, pois com os esforços da sociedade civil o mercado foi reformado em 1988 e teve seus espaços modificados.

Com o fim da reforma o prédio passou a contar com um teatro, espaços de comercialização e oficinas de produtos artesanais e lojas elem de áreas utilizadas pela prefeitura do município. O mercado manteve suas principais características, porem mantendo o ecletismo da época, marcante no campo das edificações em Belém, voltou a ter o seu brilho.

Quase no final da década de 90 o mercado voltou a ser criticado pala opinião publica devido ao seu abandono pelo poder publico. O mercado era ocupado por mendigos e desocupados, os quais deterioravam cada vez mais o complexo do mercado, totalmente danificado pela falta de manutenção.

O mercado então passou por sua segunda reforma que se iniciou em 1998, e foi reinaugurado no dia 7 de outubro de 1999, foi totalmente revitalizado pela prefeitura de Belém, com o projeto elaborado pela SEURB (secretária municipal de urbanismo de Belém) e pela FUMBEL, as quais mantiveram suas características originais, com o térreo do mercado dividido em três naves centrais. O salão central mais amplo e outras duas laterais também mantendo seus telhados em forma de abóbodas.

Atualmente o mercado de são Brás, após quase dez anos de sua ultima reforma encontra-se em um estagio de conservação que podemos considerar bom, porem observamos alguns detalhes que tiram a beleza original do mercado, como por exemplo, as pichações contidas no prédio e a grande quantidade de lixo encontrada dentro e no entorno do mercado.

Observamos também a triste situação na qual nem os próprios usuários do mercado percebem a importância, arquitetônica e cultural do imponente mercado de São Brás.

3 PALACETE PINHO

Os bairros da cidade velha, um dos mais importantes e mais antigos de Belém, por conter a maioria do patrimônio histórico predial da cidade, podemos encontrar na rua Dr. Assis, próximo a praça do arsenal o suntuoso e estonteante Palacete Pinho, que a encantava as pessoas que por ali passavam.

O referido Palacete foi projetado pelo arquiteto Camilo Amorim e construído em 1897, encomendado pelo poderoso comerciante e influente político da época, o português Antonio Jose Pinho, que o inaugurou com uma grande festa em meados do mesmo ano, com a participação da mais alta sociedade belenense.

O Palacete Pinho funcionava como residência de seu proprietário, e também casa de reuniões onde se encontravam renomados escritores, artistas, e o alto clero da igreja. No qual se realizavam missas, casamentos, e palestras sobre temas diversos.

O mesmo foi construído no auge da economia gomifera, a qual financiava a todas as obras da cidade de Belém. O palacete constitui-se por uma exuberante obra num estilo eclético, reunido vários elementos como o neoclássico, romântico, gótico e art-noveau.

Representa o estilo português de casarão assobradado, com recuo do centro da fachada associando ao uso de grades de ferro com azulejaria, que nesse caso é notável pelo colorido e pelo relevo que apresenta. Revelando a riqueza de seu proprietário, na época da construção, os azulejos foram importados da Europa. (CAPELOSSI e SEYNAEVE, 1992, p83)

Com a morte de seu grande fundador, Antonio Jose Pinho, filho Jose Augusto de Pinho obteve a missão de continuar a tradição do palacete, como refugio da alta sociedade belenense, passando por sua primeira reforma no ano de 1943, que manteve seus traços originais.

A partir da década de 70 do século XX com a morte de seus últimos herdeiros, começou os problemas de conservação do palacete.

No ano de 1982 o palacete foi leiloado e vendido ao grupo Y. Yamada com a suposta idéia de criar a sua fundação, infelizmente o que se observou foi a adequação do espaço para receber mercadorias da referida empresa, o que nos mostra a total falta de consciência pela preservação do prédio, que teve um significado enorme para o sociedade belenense.

No ano de 1986 o IPHAN tombou o prédio com patrimônio histórico nacional para defender da eminente destruição, devido à falta de preservação por parte da referida empresa proprietária.

O palacete Pinho já em avançado estado de deteriorização foi abandonado de vez no ano de 1990 agravando ainda mais seu estado.

Já no ano de 1992 a prefeitura percebendo a situação em que se encontrava o prédio, decidiu desapropriá-lo ficando o ano de 1993 fechado devido a batalha judicial entre a prefeitura e o irresponsável grupo empresarial.

Tendo a prefeitura ganhada a causa judicialmente iniciou-se em 1997 as obras de restauro do palacete por parte da FUMBEL que pretendia revitalizar o mesmo que estava em alto risco de desabamento.

Infelizmente as obras foram paralisadas faltando pouco para a sua conclusão. O que se observa hoje é um cenário de abandono total do prédio, que esta sendo invadido pelo mato e exposto às intempéries da natureza, servindo também como refugio de marginais, alem do desperdício do dinheiro publico.

(Foto atual do Palacete Pinho. Em 03/03/2010. Autoria própria)

A violência contra o palacete Pinho por parte do poder publica e também por grande parte da sociedade, reflete a situação do descaso e a falta de consciência que temos com relação a preservação do patrimônio da cidade em que vivemos, pois para vislumbrar o futuro temos que observar e respeitar o passado e a nossa historia.

4 TEATRO EXPERIMETAL WALDEMAR HENRIQUE

(Foto atual do teatro experimental Waldemar Henrique. Em 03/03/10. Autoria própria)

O teatro experimental Waldemar Henrique, principal e mais democrático palco das artes produzidas no estado foi criado oficialmente em 17 de setembro de 1979 resultado da mobilização da classe artística paraense, sobre tudo autores, atores e técnicos teatrais que reivindicavam um espaço alternativo com marca do experimentalismo, o prédio é uma edificação típica da arquitetura eclética, onde predomina o estilo art- noveau característico do século XIX em Belém.

Antes o prédio abrigou o antigo cinema Rádium, o museu comercial e a sede da caixa econômica federal (avenida presidente Vargas, 645, Campina), com capacidade máxima para 220 pessoas, o espaço foi restaurado para abrigar principalmente espetáculos de teatro e dança de caráter experimental onde é possível combinar diversos tipos de palco e platéia. Também por sua estrutura de sonorização e iluminação totalmente moveis permitindo assim amplas possibilidades e adequando-se perfeitamente a montagem de qualquer espetáculo.

Depois de uma ampla reforma foi reinaugurado em 1988, e que registra a historia é o movimento teatral amada que sempre foi uma das mais importantes expressões culturais do Pará.

O referido prédio foi tombando pela secretaria de cultura do estado, através do departamento de patrimônio histórico artístico e cultural em 1982, conforme publicação no Diário Oficial do Estado desse mesmo ano, datado em 15 de dezembro. (ANDRADE, 2004, p.165)

Atualmente o teatro encontra-se em plena atividade, porém com algumas dificuldades dentre elas a pintura e o sistema de refrigeração.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao escrevermos este artigo, buscamos a pesquisa em alguns livros, materiais de jornais de nosso estado e até no site da secretaria de cultura do estado do Pará, com o objetivo acadêmico e ao mesmo tempo de enriquecimento de nossos conhecimentos, relacionados aos patrimônios públicos de Belém.

Vale ressaltar que as pesquisas foram de grande valia, pois através delas além de conhecimentos, absorvemos o conhecimento com relação á historia de nossa cidade. Também podemos perceber que apesar de alguns prédios terem passado por reformas outros continuam abandonados por conta do descaso de nossas autoridades.

É lamentável que isto venha acontecendo, pois são obras belíssimas que com certeza após passarem por uma boa reforma e procurando conservar seus traços originais, servirão para visitações ou ate quem sabe, para serem usados com postos de trabalho ligados a política de serviços de nosso estado. Como ocorre em alguns prédios já restaurados.

REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, Paulo de Tarso. Belém e suas historias de Veneza paraense a Belle Époque. 2º Ed. Belém: Kanga editora, 2004.

CAPELOSSI, Filho Sávio; SEYNAEVE, Raymond J.M. Guia histórico e turístico da cidade de Belém. Belém: Cejup, 1992.

MONTEIRO, Benedito. História do Pará. Belém: Editora Amazônia, 2005.

MELO, Luis. Um novo palco as artes de Belém. O Liberal. Belém, 12 de janeiro de 1998. Cartaz, p1.

ALBERTO, Jose. Nova vida ao mercado de São Brás. Jornal do Povo. Belém, 24 de outubro de 1999.



[1] Caracteriza-se pelas formas orgânicas, escapismo para a natureza e valorização do trabalho artesanal.

[2] De uma forma geral foi marcado pela simplicidade, sendo que alguns casos percebem-se a influência romana com abras maçada pela severidade e monumentalidade, e em outros casos se sobressaem às características gregas.

[3] O barroco tem suas caracterizas, no dinamismo das obras, na urgência o conflito e o apelo emocional forte usando cores, texturas jogos de luz e sombras para dar um caráter de movimento.

[4] Usa-se o verticalismo nos edifícios com uma espécie de aproximação com Deus.

[5] mistura de todos os outros elementos.