CALDEIRA, Luis Cláudio. A Construção do Mito Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias). 2009. 39 p

RESUMO.


O presente trabalho tem por objetivo analisar a vida do único Duque brasileiro, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) 1803 ? 1880. Por meio das Biografias existentes sobre este personagem onde utilizarei como fontes Históricas a obra de 1878 escrita ainda em vida de Caxias pelo padre Joaquim Pinto de Campos junto à escrita por Capistrano de Abreu em 1908 e a mais recente escrita em 2004 por Adriana B Souza o Duque Caxias que ganhou destaque como Militar e Político no Brasil Imperial. O trabalho se concentra também na problemática da memória atribuída a Caxias: hoje é reconhecido como patrono do exército, mas nem sempre foi assim; antes da década de 1920, Caxias era um herói secundário. Cabia ao General Osório este posto de patrono do exército, o termo patrono ou militar mais comemorado na década 1920, pois o termo patrono ainda não existia na tradição militar brasileira, transição esta que será discutida ao longo do trabalho. A biografia de Adriana Barreto (2004), afirma ter havido a construção do Duque monumento deixando de lado a figura humana na história do Exército Brasileiro. O 1ª Capitulo discute o inicio de vida e carreira de Caxias como suas características de personalidade, (o perfil) aspectos de sua intimidade familiar e seu lado humano (pois para o exército ele passava a imagem de um homem muito rigoroso exigente com relação a disciplina as vezes cruel mas as biografias o citam como provido de bom senso com comandados e compaixão com o inimigo) . Já no 2º capitulo serão analisadas as campanhas de Caxias pelo Brasil: Balaiada, (1838) foi onde recebeu seu 1ª titulo de nobreza o de barão de Caxias, Farrapos (1842) Guerra do Paraguai etc. Assim como sua vida política, pois exerceu vários cargos políticos de senador a presidente de província embora seja considerado avesso à política na biografia de 1878 e 1908, a de 2004 afirma ser evidente sua afinidade política. O 3º capitulo fará a discussão da problemática "Porque Caxias se tornou patrono" constatando que em 40 anos (1880 ? 1920) foi se delineando uma dicotomia (ou seja foi separando o humano e o monumento) na imagem de Caxias, surgindo, ao fim, a imagem do herói nacional. Pois foi instituído seu culto como patrono em 1923 pelo ministro do exército Setembrino de Carvalho substituindo Osório por Caxias, existe a tese do artigo de Celso Castro (Entre Caxias e Osório 2002) que a mudança foi para atender a interesses republicanos da época. Em meio às revoltas militares na década de 1920.


PALAVRA CHAVE - Biografia, exército, problemática