Soneto de encontro
Publicado em 20 de abril de 2012 por Luciane Oliveira Moraes
No alvorecer do dia, as aves do céu voavam
Soando seus cantos delicados.
Docemente meus cílios se cerravam
Atentos a contemplar o princípio dos amados.
De repente, num descompasso, as cores se transformavam
O vento cessava, semblante agitado.
Percebi as mudanças, quanto me incomodavam
Escuridão! O sumo espiritual já abalado.
A encontro do Eterno, o mar levava.
Descidas extremas, subidas abstratas, ondas meditativas
Logo me aproximava.
E já, depressa, o mundo principiava.
Enquanto distraída, por entre altezas contemplativas
Ele, aí, se encontrava.