1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este presente artigo busca apresentar, de forma panorâmica, os principais problemas morfológicos existentes na língua portuguesa. Inicialmente, traçamos uma sucinta definição sobre a morfologia e sua importância com base na observação de alguns linguistas. Em seguida, apresentamos uma abordagem crítica sobre os problemas encontrados nas definições oferecidas à noção de palavra, classes de palavras e sobre os processos de flexão e derivação. Por fim, elaboramos de forma resumida uma análise a respeito do conteúdo apresentado no livro didático e como tem sido abordado em sala de aula.  

  1. PROBLEMAS MORFOLÓGICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

O vocábulo morfologia advém do grego “morphe” que significa morfo= forma e logos= estudo. O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001) apresenta como primeiro significado de morfologia: “estudo da forma, da configuração, da aparência externa da matéria". Morfologia consiste no estudo a respeito da estrutura da formação, classificação da palavra e suas flexões.

É uma área bastante polêmica no estudo da linguagem natural e alguns especialistas ainda debatem sobre o lugar e a importância que esses estudos devem ter na construção de uma teoria da gramática. A morfologia é importante porque estuda a estrutura interna de uma determinada língua, por esse motivo que se diferencia das outras línguas existentes no mundo. Assim, a morfologia se ocupa dos diferentes aspectos das expressões linguísticas, que são os componentes gramaticais.

  1. Noção de Palavra

Com base nas ideias de Silva e Medeiros (2016), as gramaticas normativas de Napoleão Mendes de Almeida, Paschoal Domingos Cegalla e de Carlos Henrique da Rocha Lima utilizam definições similares a de Cunha e Cintra (2001, p. 75), que define palavra da seguinte forma: “Palavra é uma unidade maior do que o fonema e menor do que a frase”. Dada essa definição, logo pensamos em algumas palavras e consequentemente estipulamos que todas as palavras são compostas por mais de um fonema.

No entanto, a definição dada de frase por esses mesmos autores se contradiz porque a frase pode ser composta por uma única palavra. Mas o problema da definição dada é ainda maior porque eles afirmaram que a palavra é uma unidade maior que um fonema, mas também, existem palavras da língua que são constituídas por um só fonema. O verbo ser na 3° pessoa do singular do presente do indicativo, que tem a forma é. Vejamos:

(1a) Inácio é filho de Paula?

(1b) É!

Diante da exposta é possível observar que esse caso é interessante porque mostra que uma determinada palavra pode ser formada por apenas um fonema, como em (1b) e se constituir em uma unidade comunicativa completa.

Segundo Bloomfield (1941, p. 170), a frase é “uma frase linguística independente, que não se inclui numa forma linguística maior, em virtude de uma construção gramatical qualquer”. A esse respeito, Lyons (1979) afirma:

Uma frase é uma unidade gramatical entre cujas partes constituintes podemos estabelecer as dependências e as limitações distribucionais, mas que não pode por si mesma ser colocada em nenhuma classe distribucional. Isto equivale a dizer que a noção de distribuição — que se baseia na possibilidade de comutação — simplesmente não se aplica às frases. (p. 180).

Assim sendo, o princípio da distribuição será um meio prático e eficiente para a identificação da frase do ponto de vista funcional. Portanto, o que Bloomfield chama de “conexões práticas” entre as três frases simples não poderia ser colocado dentro do escopo das regras gerais de seleção distribucional.

  1. Classes de Palavras

Um segundo problema encontrado nas gramáticas tradicionais é quanto à classificação das palavras, ou seja, a divisão das palavras em grupos distintos. A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) sugere que a divisão seja feita em dez classes, como substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

Podemos observar um problema notório quanto à última classe proposta pela gramática tradicional, a das interjeições. A maior parte das palavras que são denominadas como interjeições já faz parte de outras classes gramaticais, como:

(2a) Corra!

(2b) Quero que ele corra!

(2c) Devagar!

(2d) O enfermeiro retirou o curativo bem devagar.

(2e) Atenção!

(2f) Maria estudava com atenção.

            Em (2a) o vocábulo está posto como interjeição, em (2b) o mesmo se encontra no modo imperativo do verbo, em (2c) ocorre o mesmo que em (2a), em (2d) encontra-se o mesmo vocábulo sendo utilizado como advérbio, em (2e) acontece o mesmo que em (2a) e em (2c), já em (2f) encontra-se o vocábulo como substantivo.

É possível identificar uma série de problemas quanto à classificação utilizada pela gramática tradicional. Um desses problemas é que ela não é precisa e podemos perceber isso na definição de advérbio de Cunha e Cintra (2001) que diz:

O advérbio é, fundamentalmente, um modificador do verbo. [...] A essa função básica, geral, certos advérbios acrescentam outras que lhe são privativas. Assim, os chamados advérbios de intensidade e formas semanticamente correlatas podem reforçar o sentido: a) de um adjetivo; b) de um advérbio. [...] Saliente-se ainda que alguns advérbios aparecem, não raro, modificando toda a oração. (p. 541).

 

Logo após, os mesmos oferecem a classificação dos advérbios da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), em que aparecem os advérbios de dúvida e, entre eles, a condição provavelmente.  

De acordo com Mioto (2013), o vocábulo provavelmente pode modificar toda a frase, um adjetivo, outro advérbio e também um verbo. Como nos casos a seguir:

 

(5a) A Maria doou brinquedos [provavelmente novos] (não velhos) para o orfanato.

 

(5b) Provavelmente [a Maria doou os brinquedos para o orfanato] (e por isso os brinquedos não estão mais aqui)

.

(5c) A Maria [provavelmente doou] (não vendeu) os brinquedos para o orfanato.

 

(5d) A Maria doou [provavelmente ontem] (não hoje) os brinquedos para o orfanato.

 

Contudo, logo depois as sentenças em (6) mostram que essa não é toda a narrativa, porque nelas o vocábulo provavelmente está modificando um grupo nominal, como em (6a) objeto, em (6b) sujeito e em (6c) um grupo preposicional.

 

(6a) A Maria doou [provavelmente os brinquedos] (não as roupas) para o orfanato.

 

(6b) [Provavelmente a Maria] (não o João) doou os brinquedos para o orfanato.

 

(6c) A Maria doou os brinquedos [provavelmente para o orfanato] (não para a creche).  

 

  1. Processo de Flexão e Derivação

Segundo Cunha e Cintra (1988, p. 173), Almeida (1985, p.404), entre outros, conceituam derivação como processo pelo qual se formam palavras de outras por meio de afixo.

(7a) des (leal) dade,

Na sentença (7a), “des” é o prefixo e “dade” o sufixo. Câmara Jr. (1985, p.92), afirma que: “a estruturação de um vocábulo, na base de outro por meio de um morfema que não corresponde a um vocábulo e introduz no semantema a uma ideia acessória que não muda a significação fundamental”.

Compreende-se por flexão o processo de alterar o sentido da palavra-base, dando-lhe uma modalidade específica, com o acréscimo de uma desinência. Câmara Jr. (1985, p.117) define como sendo o processo de variar um vocábulo para expressar dadas categorias gramaticais, e descreve parcialmente o seu mecanismo.

(7b) O velho – A velha

(7c) As tartarugas – A tartaruga

O problema que rege esse campo da Morfologia configura-se na argumentação a respeito da existência de técnicas distintas, por exemplo, derivação e flexão, porém esses argumentos não são aceitáveis, pois não ratificam a ideia apresentada. Basílio (1980, p. 19), afirma que “regularidades encontradas em sistemas flexionais diferem das regularidades encontradas em sistemas derivacionais apenas numa questão de grau”.

A visão clássica gramatical concebe o grau como uma categoria linguística que indica variação de grandeza e estabelece uma relação quantitativa ou afetiva entre significações nominais ou verbais. Indica, pois, a maior ou menor intensidade da ideia expressa pelo substantivo, pelo adjetivo, pelo advérbio qualificativo (de modo) ou pelo verbo.

            Cunha (1979) para comentar a questão da categoria de grau, considera que os substantivos e adjetivos se flexionam em gênero, número e grau, como podemos ver nestas passagens:

Os substantivos podem variar em número, gênero e grau (Cunha, 1979, p. 191).

[...] Como os substantivos, os adjetivos podem flexionar-se em número, gênero e grau (Cunha, 1979, p. 254).

A própria NGB afirma que substantivos e adjetivos se flexionam em gênero, número e grau: quanto aos substantivos, a flexão de grau se manifesta como aumentativo e diminutivo, e, quanto aos adjetivos, como comparativo e superlativo. A maioria dos nomes, em Língua Portuguesa, apresentam a possibilidade de, com o auxílio de alguns sufixos, transmitir sua significação aumentada (7d),  ou diminuído (7e).

(7d) (-aça, -aço, -alha, -alhão, -anzil, -ão, -arão, aréu, -arra, -arrão, -az, -ázio, -eirão, -ona, -uça, -udo etc.)

(7e) (-acho, -eco, -ejo, -ela, -elho, -eta, -icho, -ico, -inho, -isco, -ito, -ote,-únculo etc.).

Esse processo não é obrigatório, como lembra Câmara Jr.(1979, 1987), mas quando ocorre, resulta num novo vocábulo. Temos, segundo o linguista, derivatio voluntária:

(7f) Ela tinha um corpão / Ela tinha um corpanzil / Ela tinha um corpaço.

Da mesma sorte, certos adjetivos portugueses podem indicar, pela adição de um morfema, a qualidade elevada ao seu mais alto grau:

(7g) Ela tinha um corpo belo / Ela tinha um corpo belíssimo.

(7h) Ela tinha os cabelos negros / Ela tinha os cabelos nigérrimos.

A principal distinção entre derivação e flexão reside, pois, no fato de a primeira não constituir um processo obrigatório e sistemático para o léxico da língua, como podemos detectar em outra passagem da Estrutura da Língua Portuguesa:

Uma derivação pode aparecer para um dado vocábulo e faltar para um vocábulo congênere. De cantar, por exemplo, deriva-se cantarolar, mas não há derivações análogas para falar e gritar, outros dois tipos de atividade da voz humana. Os morfemas gramaticais de derivação não constituem assim um quadro regular, coerente e preciso. Acresce a possibilidade de opção, para usar ou deixar de usar o vocábulo derivado. (Câmara Jr., 1987, p. 81).

Quanto à flexão, o autor esclarece que há, ao contrário da derivação,obrigatoriedade e sistematicidade, que são impostas pela própria natureza da frase. Não está na vontade do falante usar, por exemplo, um substantivo no plural ou um verbo no futuro do presente. É a natureza da frase que condiciona tal uso. Para explicar, reproduz-se as palavras do autor:

Os morfemas flexionais estão concatenados em paradigmas coesos e com pequena margem de variação. Na língua portuguesa há ainda outro traço característico para eles. É a “concordância”, decorrente na sua repetição, ainda que por alomorfes, nos vocábulos encadeados. Há concordância de número singular e plural e de gênero masculino e feminino entre um substantivo e seu adjetivo, como há concordância de pessoa gramatical entre sujeito e o verbo, e depende da espécie de frase a escolha da forma temporal e modal do verbo. (Câmara Jr., 1987, p. 82).

Corroborando com as ideias de Câmara Jr., tem- se Zanotto (1986) que diferencia flexão e derivação, afirmando que “a derivação introduz, via de regra, alterações de sentido mais profundas do que a flexão. Entre “anda” e “andava” existe apenas a diferença de tempo; entre “pedra” e “pedras” também a diferença é de uma unidade para mais de uma, diferença inegável, mas menor do que aquela que existe, por exemplo, entre “pedreiro” e “pedreira”. A derivação é, enfim, um processo de formar novas palavras, de multiplicar o uso de um mesmo semantema, utilizando prefixos e sufixos, dentro de um quadro de possibilidades que a linguagem oferece, mas um quadro aberto, facultando novas criações.” (Zanotto, 1986, p. 56-57).

                Morais (1965) explica que o comparativo, a princípio, era um intensivo que indicava a existência de dada qualidade num grau relativamente elevado, mas sem nenhuma comparação com outro termo (7i). Em seguida passou a indicar a superioridade de um termo em relação a outro termo. O superlativo, por sua vez, exprimia o mais elevado grau de qualidade considerada em si mesma ou em relação a um conjunto (7j).

(7i) Marcos é mais alto que Pedro.

      Marcos é menos alto que Pedro.

      Marcos é tão alto quanto Pedro.

(7j) Laura é a mais participativa de todas as alunas da sala.

      Laura é a menos participativa de todas as alunas da sala.

                Com base em Câmara Jr. (1976, 1987), Monteiro (1991) e Rocha (1998), compreende-se que o grau não constitui um processo flexional já que não apresenta sistematização paradigmática: não implica relação sintática com os demais elementos da sentença, estabelecendo concordância; constitui um sistema aberto que permite a criação de novos sufixos sem afetar o emprego ou valor dos já existentes e tem opcionalidade total, podendo ser usado ou não.

  1. ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO

                Para analisarmos o livro didático de português do ensino fundamental que tem como título "Jornadas port.- Língua Portuguesa” é preciso delinear um percurso conciso do seu uso na escolarização brasileira. Podemos notar que esse livro é novo no contexto educacional público, e que seu estudo é bastante relevante.

                A análise desse livro é de estrema importância, porque nele estão contidas concepções de sujeito, frase, substantivo, adjetivo, interjeição, enfim, um grande número de conhecimentos e métodos sistematizados que devem ser analisados e utilizados criticamente pelo professor em sala de aula.  É importante ressaltarmos que o professor não pode utilizá-lo como manual a ser seguido à risca, visto que tal acontecimento pode trazer danos ao processo de ensino-aprendizagem. Consistiria em uma postura não aceitável, uma vez que vários estudos comprovam que muito do que há nos seus conteúdos e metodologia subestima a formação de um sujeito acrítico e receptor de conhecimentos prontos. Segundo Grigoletto (1999, p.69), os livros didáticos propagandeiam um discurso de verdade no qual usa de critérios como o do caráter “homogeneizante, o da repetição e o da apresentação”. Para ela, a partir desses fatores, os discentes e os docentes são levados a fazerem uma única leitura, a terem uma única resposta, a receberem um “pacote pronto” de conhecimentos para serem usados e reconhecidos em sala de aula.

                No entanto, como nos diz Coracini (1999, p.23), “não usar o livro didático não resolve o problema, já que sua organização, os princípios que o norteiam, a imagem do aluno que veicula, já estão incorporados no professor”.

            Analisaremos as seções correspondentes aos assuntos de sujeito, frase, substantivo, adjetivo e interjeição. Com o intuito de não ocuparmos muito espaço no corpo do trabalho e evidenciarmos o nosso objetivo, iniciamos com a conceituação de frase encontrada na página 59 do livro didático que diz que a “Frase é toda palavra ou grupo organizado de palavras, com sentido completo, que tem por finalidade estabelecer comunicação, de forma escrita ou oral.” (p.59). E também trazem os seguintes exemplos:

(8a) “Vamos ao cinema?”

(8b) “Eu adoro filme de terror!”

(8c) “Três e meia.”

O livro também explica que com base na nossa intenção comunicativa a diversidade das frases é trabalhada. No exemplo utilizado pelo material didático, percebe-se que uma mesma frase pode conter vários sentidos, alguns deles são: Exclamativa (8d), Interrogativa (8e) e Afirmativa (8f), graças a mudança do sinal de pontuação.

(8d) “Você não tomou a sopa!”

(8e) “Você não tomou a sopa?”

(8f) “Você não tomou a sopa.”

            Com essa definição podemos perceber que esse conceito de frase é bastante atual quando comparamos com a definição estabelecida por Cunha e Cintra (2001, p. 75) que diz que “Palavra é uma unidade maior do que o fonema e menor do que a frase”.

O livro também traz a seguinte definição de Adjetivo: “Adjetivos são palavras que atribuem características, qualidades e modos de ser a um substantivo.” (p.130). E exemplificam esse conceito, com alguns nomes como:

(9a) branco

(9b) esperto

 

Destaca também que os adjetivos podem ser simples como em (9c) ou compostos como em (9d), biformes como em (9e) e uniforme como em (9f). Traz as seguintes definições e exemplos: “Os adjetivos simples são formados por uma única palavra.” (p.133); “Os adjetivos compostos são formados por mais de uma palavra.” (p.133).

(9c) Azul

(9d) azul-marinho

Os adjetivos que possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino são chamados biformes. Já os adjetivos terminados em “e” ou nas consoantes “L”, “M”, “R”, “S” e “Z” têm uma única forma para acompanhar os substantivos masculinos e femininos, por isso são chamados de uniformes. Como nos casos a seguir:

 (9e) sozinho/sozinha

(9f) alegre-confiável

Com base nessas definições podemos perceber que são bastante dicotômicas e são muito distintas da definição de advérbio estabelecida por Cunha e Cintra (2001) que diz:

O advérbio é, fundamentalmente, um modificador do verbo. [...] A essa função básica, geral, certos advérbios acrescentam outras que lhe são privativas. Assim, os chamados advérbios de intensidade e formas semanticamente correlatas podem reforçar o sentido: a) de um adjetivo; b) de um advérbio. [...] Saliente-se ainda que alguns advérbios aparecem, não raro, modificando toda a oração. (p. 541).

 

Temos também a definição de interjeição atribuída pelo livro didático que diz o seguinte: “As expressões que traduzem as emoções e os sentimentos repentinos são denominadas interjeições. As interjeições geralmente vêm acompanhadas de ponto de exclamação.” (p.197). Como nos exemplos a seguir:

(10a) Cuidado!

(10b) Bis!

Com essa definição podemos estipular que todas as palavras que são seguidas por ponto de exclamação pertencem à classe da interjeição. Portanto, podemos notar que algumas das definições trazidas pelo livro didático são bastante simplórias e não permite que os alunos pensem a respeito dessas conceituações. 

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

                Os estudos morfológicos contidos no presente artigo, ainda que pautando caminhos teóricos e analíticos distintos, cometem equívocos similares quanto às definições oferecidas. Sejam fixados na definição de palavra quando afirmam que a palavra é uma unidade menor que a frase; sejam baseados na separação das palavras em classes e não se atentando para o fato de algumas palavras já pertencerem à outra classe; sejam guiados pela visão de que no processo de flexão e derivação existem regularidades tanto nos sistemas flexionais quanto nos sistemas derivacionais.

                Abordamos os conhecimentos morfológicos presentes no volume destinado aos alunos do ensino fundamental. Na análise dos dados, pudemos constatar que os autores trabalharam em cima do que foi proposto no Manual do Professor, revelando uma abordagem mesclada de velhos e novos conteúdos e metodologias, ou seja, explicitando a tensão presente nos livros didáticos de português do ensino fundamental entre “velhas e novas práticas”.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Vozes, 1970.

DELMANTO, D.; CARVALHO, L. B. de. Jornadas.port: língua portuguesa. 2. ​ ed.​ São Paulo: Saraiva, 2016​.

ROSA, Maria Carlota. Introdução à morfologia. São Paulo: Contexto, 2003.

SILVA, M. C. F.; MEDEIROS, A. B. de. Uma breve introdução aos problemas clássicos da Morfologia. In: ______. Para conhecer Morfologia. São Paulo: Contexto, 2016.

SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 2008.