TRISTE HISTÓRIA RECENTE (soneto)
Publicado em 11 de setembro de 2009 por Antônio Manoel ALVES RANGEL
(por causa das guerras e da violência no mundo)
Fatos e fotos, fixos na memória,
ficaram da cidade destruída.
Corpos sem nome, inertes, sem história,
que viveram e não tiveram vida.
Varreu a terra tempestade inglória.
Correu sangue na guerra fratricida.
Somente a morte decantou vitória
no cântico arrogante do homicida.
Os cadáveres jazem nas estradas.
Facas e foices foram armas, finas
lâminas nessas mãos ensanguentadas.
Pessoas não, mas feras assassinas,
desprovidas de crença, desalmadas,
mataram vivas almas cristalinas.