Sonhos castrados
Publicado em 28 de setembro de 2013 por Francisco Antônio Saraiva de Farias
Sonhos castrados
Entrou muitas vezes em guerra
Muita pancada levou
Muitos dos sonhos que tinha
Na trincheira de luta deixou
Sonhos que embalaram o passado
Na crença em um novo porvir
Mas tudo o que via agora
Depunha contra o que perseguiu
Muitos dos ídolos que tinha
Hoje não tinha mais
Adentraram noutras trincheiras
Em lutas que não o empolgam mais
Outros sujaram as mãos...
Turvando a compreensão
Das causas que defendia
Navegou tombou afundou
Debateu-se submergiu
Então quando o olho abriu
Percebeu
Que tudo havia mudado
Seus ídolos eram de barro
Restando-lhe ocultar cadáveres
De sonhos castrados
E em cada um deles
De maneira inapelável
Morreu...