PAIXÕES

Se não existir paixão naquilo que fazemos, para que fazê-lo? Se este fazer não estiver impregnadode toda a sua energia, capacidade intelectual e emocional, não terá significado. Cairá no esquecimento, equivaler-se a uma grande frustração. Viver requer envolvimento profundo, não basta respirar, temos que sentir os aromas. Não basta ver o balançar das folhas ao vento, temos que senti-lo, curtir a energia dos raios de sol, as nuances da lua, a revolta do mar. Viver para si e viver para outro. Viver intensamente, vibrante como as águas de uma corredeira. Caminhar descalço na areia da praia. Ver a vitória na derrota, aproveitando os pedacinhos que sobraram, para fazer algo muito melhor, construindo e reconstruir, fazendo e refazendo... Até que consigamos realizar o que para muitos era utopia. Viver com paixão é razão da existência humana.

Por Rogério Azeredo – 07 de novembro de 2008.