A descrição do entendimento.

Como entender o destino.

Apenas um encantamento.

Indecifrável.

Qual a linguagem da beleza.

O que se deve pensar.

A sintonia da razão.

A intensidade dos segredos.

A loucura do desvanecimento.

Resquício de intuição.

Recorrida pelo sonho.

Peremptoriamente.

A inexorabilidade dos conceitos.

Um sinal esquecido nas emoções.

O que deve ser pensado.

 O mundo das comoções.

Indefiníveis.

Tempo esquecido.

Entre as ondulações.

Perdidas entre ondas do tempo.

Percebe-se apenas.

O esquecimento entre os meios.

Inadequação  dos trilhos.

 Como se existisse uma luz.

Além do infinito.

Nada é além dele mesmo.

Crenças perdidas nas ideologias.

Primárias.

Ao senso comum.

Ironia.

Os dias perdidos.

Conflitos transferidos.

De culturas distantes.

Como se o DNA fosse diferente.

Mesmo ao mundo dos mamíferos.

 O que somos.

Apenas uma relação de proporcionalidade.

O que significa saber viver.

Quanto à origem.

 Remonta se.

Ao mesmo principio.

De uma bactéria comum.

Tudo que existe.

Depende da existência.

De outras coisas.

Às vezes semelhante a nossa.

O que é, com efeito, a diferença.

A ilusão.  

O medo permanente.

De uma morfologia indiscreta.

O ato de pertencer.

O mundo deve ser recordado.

Explicado.

O que deve ser entendido.

O imensurável saber.  

Vontade de encontrar.

Os sinais esquecidos.

O mundo foi descrito.

Como não deveria ser.

Incompreensivelmente.

 Magnífico olhar perdido.

Ao infinito.

Naquele tempo imprescindível.

Ao instante.

Resoluto.

As noites não seriam escuras.

Se a terra não movesse.

Se o sol tivesse tão somente.

Um dos lados movendo hidrogênio.

As manhãs não teriam brilho.

Mas tudo foi realizado.

Em desobediência a Deus.

Mas o nada seria o nada.

 Se a energia fosse ineficiente.

Refiro aos graus.

Da temperatura negativa.

Os enormes blocos de gelo.

Tomando o universo todo.

Não existiriam sintomas.

O tempo não passaria.

O que seria o descomeço.

O fragmento.

O soluço das cores.

A tonalidade do azul.

Perdido indefinidamente.

A mente perdendo espaços.

Tautocrônicos.  

A ideologia da imaginação.

Se tivesse o tempo nas mãos.

O significado do mundo.

Não seriam as ilusões.

Metafísicas.

Empíricas.

Os medos não existiram.

Faltaria legalidade.

Ao destino comum.  

Quanto ao encantamento.

Do  saber idiossincrático.

A construção da imaginação.

O que significa tudo isso.

Não teria nada a dizer.

A sapiência.

Desprevenida.

Quero apenas descobrir.

O que não devo dizer.

Não posso refletir.

Mas não posso  dizer.

O tempo foi.

Tudo vai de certo modo.

Mas volta.

Em cada forma.

Com outra linguagem.

No mesmo senso.

O mundo é essa discrição.

Um dos segredos.

Posso revelar.

Mas não tenho palavras.

Sumiram os conceitos.

Sem lógica.

Sem intuição.

Perdeu se a percepção.

Mas os olhos veem o infinito.

Sendo sempre ele mesmo.

Eternamente.

Na mesma direção.

A  distância propositada.

 Metaforicamente.

A compreensão.

As palavras silenciaram para sempre.

 O grandevo.

 Ideias incompreensíveis.

Ao mundo do sonho.

Melancólico.

Qual é o verdadeiro destino.

Intuitivo.

Do entendimento.

Mecanicamente.

O saber da imbecilidade comum.

Da linguagem inventada.

Como crença.

O mundo é apenas um habito.

Não teria como não ser.

A eterna fantasia da cultura.

Edjar Dias de Vasconcelos.