QUANDO A SECA ACONTECE
Odaci Lima


Neste ano de 2012, a Região está sofrendo as consequências de mais uma forte estiagem, a maior dos últimos quarenta anos. E novamente fala-se em combate aos efeitos das secas, mas estes são duradouros e as consequências de uma são acumuladas com as da seguinte. Já vimos quais são os danos que uma seca causa: Os açudes médios e pequenos secam, a agricultura não resiste, o rebanho de gado míngua e as pequenas propriedades são absorvidas pelas maiores, negociadas, por preço de oportunidade, contribuindo com o aumento da concentração de posse da terra. Ninguém vai trazer, de volta, o sítio da família, o roçado perdido e o gado dizimado, nem pagar os empréstimos que os fazendeiros fizeram. E quem fará ressurgir das cinzas as vidas humanas que a seca ceifou? O que é possível é tornar o Polígono mais resistente às secas, mediante a promoção e geração de empregos não dependentes dos fatores climáticos, em número superior ao do crescimento da população economicamente ativa. Há, portanto, que se consolidar a participação da indústria e serviços na formação do PIB, modernizar a agricultura, promover a reestruturação fundiária e aumentar a irrigação.