Abelha e moscas pousam em flores.

As abelhas são da classe Hymenoptera, elas fazem parte dos polinizadores bióticos. Cerca de 90% da polinização da flora nativa do Brasil são polinizadas pelas abelhas. 

Elas produzem uma vasta gama de produtos de importância econômica, como podemos citar o mel, a apitoxina, a formação de própolis e tantos outros produtos que juntos somam um grande percentual do PIB(Produto Interno Bruto) do Brasil e de outros países. 

Vale destacar, que no viés de ecossistema ela tem a sua importância na polinização (a qual é a manutenção da biodiversidade), uma atividade que dentre outras se destaca, pois sem ela não teríamos alimentos suficientes, não teríamos essa fartura que temos hoje. 

Vemos que conforme, o homem necessita de recurso para as próximas gerações, ou seja, conforme a população vai crescendo, a população necessita de mais alimentos, e o homem tem as abelhas como aliadas. Podemos notar que as abelhas precisam de cuidados, e um deles que os seres humanos precisam ter é evitar o uso de agrotóxicos na plantação, pois algumas substâncias contidas no agrotóxico são muito perigosas para as abelhas. 

No entanto, o uso irracional de inseticidas nos agroecossistemas pode ocasionar o desequilíbrio da população de abelhas que visitam estes locais. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil é superior a 300 mil toneladas de produtos formulados. Expresso em ingredientes ativos, isto representa mais de 130 mil toneladas de consumo anual destes produtos químicos no país. 

Nos últimos quarenta anos, o consumo de agrotóxicos aumentou 700%, enquanto a área agrícola aumentou apenas 78% (Spadotto et. al., 2004). Sendo Do total de agrotóxicos consumidos no Brasil, cerca de 30% são inseticidas e, desses, aproximadamente 40% são considerados tóxicos para as abelhas (FREITAS; PINHEIRO, 2010; INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS, 2010).

É notável destacar que além de toxicidade aguda nas abelhas, o inseticida pode provocar alterações comportamentais nos indivíduos que, a longo prazo, acarretará sérios prejuízos na manutenção da colônia, o uso irracional dos agrotóxicos acarreta estresse severos aos polinizadores, tendo um reflexo negativo na economia.

Segundo Malaspina et al. (2008), os inseticidas podem afetar as abelhas principalmente por três modos de intoxicação: a) contato; b) ingestão e c) fumigação e, seus efeitos variam de morte causada por toxicidade aguda e efeitos a longo prazo provocando danos no funcionamento da colônia e diminuição da longevidade dos indivíduos. No Brasil, o estudo sobre como os inseticidas afetam as abelhas se iniciou no ano de 1970. 

Os inseticidas afetam o comportamento da abelha, assim como o seu desenvolvimento e capacidade de combater infecções, causando problemas crônicos provocados pela exposição em longo prazo. Redução da movimentação e da mobilidade, diminuição da capacidade de comunicação e de aprendizagem, dificuldades de retorno à colônia, no comportamento de forrageamento e na polinização foram observados em abelhas tratadas com doses subletais de inseticidas (BORTOLLI et al., 2003; DECOURTYE et al., 2005).

Bibliografia

BORTOLLI, L.; MONTANARI, R.; MARCELINO, J.; MENDRZYCHI, P.; MAINI, S.; PORRINI, C. effects of sub-lethal imidacloprid doses on the homing rate and foraging activity of honey bees. Bulletin of Insectology, Bologna, v. 56, n. 1, 63–67, 2003. 

MALASPINA, O.; NOCELLI, R. C. F.; SILVA-ZACARIN, E. C. M.; SOUZA, T. F. Defesa de apiários e meliponários contra agrotóxicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA, 18.; CONGRESSO BRASILEIRO DE MELIPONICULTURA, 4., 2010, Cuiabá. Resumos.

Cuiabá: Confederação Brasileira de Apicultura, 2010. 1 CD-ROM.

Conteúdo revisado e atualizado pela última vez em 30/11/2022.