Permacultura

Introdução

 Para atender os problemas ecológicos que surgiram com o passar dos anos, decorridos do mal uso dos recursos naturais pelos seres humanos, foi criada a Permacultura que nada mais é que uma ferramenta da gestão ambiental baseada na ecologia, para suprir o interesse de órgãos e habitações sustentáveis, com o objetivo de manusear o solo na construção de moradias humanas, utilizando recursos da natureza de forma sustentável promovendo o equilíbrio entre o homem e o meio ambiente.

A Permacultura consiste na “[...]elaboração, implantação e manutenção de ecossistemas produtivos que mantenham a diversidade, a resistência, e a estabilidade dos ecossistemas naturais, promovendo energia, moradia e alimentação humana de forma harmoniosa com o ambiente.” (Bill Mollison, 1999)

 A Permacultura integra recursos, como: plantas, animais, construções, infraestrutura (água, energia, comunicações) com muito cuidado, pois cada um desses elementos faz parte de um grande sistema interligado. Mas para que esta, seja feita de forma correta, é preciso aproveitar os recursos de forma consciente, caso seja preciso, poderá utilizar das novas ferramentas tecnológicas para que a exploração dos recursos naturais ocorra da menor forma possível. 

Os permacultores possuem uma grande rede tanto no mundo, quanto no Brasil, pois deve ser tratada como uma cultura permanente, ou seja, a população deve se adequar as novas formas de melhoria para utilização dos recursos.

 

 

 

 

 

 

 

O que é permacultura

Permacultura é a maneira de utilizar de forma cíclica os recursos naturais e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados pelos seres humanos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.

“[...] paisagens conscientemente planejadas que imitam os padrões e as relações encontrados na natureza, enquanto produzem uma abundância de alimento, fibra e energia para prover as necessidades locais.” (Holmgren,2002, p.33)

A permacultura é uma filosofia de vida que deve ser praticada não apenas em alguns momentos, mas sim, todos os dias, por todos os indivíduos.

Origem e definições da permacultura

Este trabalho irá apontar os aspectos naturais da Austrália, país onde foi originada a permacultura, assim iremos demonstrar todo o contexto de desenvolvimento dessa cultura de vida.

Podemos definir a permacultura como uma ferramenta de sustentabilidade para qualquer ambiente, pensando em todas as maneiras possíveis de ser sustentável, como por exemplo pensando na diminuição do lixo, na compra de alimentos que não contenham agrotóxicos, na economia de água, energia e combustível dentre outros, unindo o conhecimento com as práticas das ciências modernas e gerando um desenvolvimento integrado que proteja o meio ambiente de modo a atender as gerações atuais e as futuras gerações.

O método de permacultura foi criado por dois australianos, Bill Mollison e David Holmgren, no início de 1970.

Neste período a Austrália já estava passando por condições naturais muito precárias, devido as técnicas de produção utilizadas, ao clima árido e semiárido, solo pobre e pouca água, assim o país não tinha muitas perspectivas de crescimento e desenvolvimento no ramo agrícola.

Foram exatamente estes fatores de degradação do meio ambiente que motivaram o desenvolvimento da permacultura, algo que hoje notamos que é uma solução viável não somente para a Austrália, mas sim para todo o planeta.

Os conceitos dessa cultura permanente envolvem fatores econômicos, sociais e sanitários, desenvolvendo assim uma estrutura para a melhoria dos sistemas naturais que estão em crise já a algumas décadas.

A ÉTICA DA PERMACULTURA

Princípios éticos da Permacultura

• Cuidados com a terra
• Cuidado com as pessoas e espécies que habitam na terra
• Partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução

Cuidados com a terra é ter respeito a todas as coisas do planeta, estando vivas ou não. É um incentivo para que todos os sistemas vivos possam continuar a se multiplicar.

A partir do momento que as pessoas passam a ter consciência que cuidar dos ecossistemas, das espécies, das águas, dos solos e a atmosfera são importantes temos a garantia de melhores condições de vida, podendo assim termos um mundo mais sustentável. A maior dificuldade das pessoas não é entender que tais cuidados são fundamentais mais sim em fazer, ou seja, muitas pessoas ou quase a maior parte da população tem preguiça em realizar boas práticas, por falta de tempo ou até mesmo por desinteresse próprio.

Cuidar das Pessoas é primordial, no processo de construção de um mundo mais sustentável, isso porque que os seres humanos são os que mais causam impactos ao meio ambiente de forma rápida e bem mais agressiva. No entanto, se houver um cuidado mais especifico com as pessoas no suprimento de suas necessidades básicas como alimentação moradia, trabalho e educação sem dúvidas o mundo abriria um leque bem maior de pessoas preocupadas com o seu espaço social, o que dificilmente encontramos nos dias atuais, basta olhar para a calamidade ambiental que vivemos.

Partilhar os excedentes e definir limites para o consumo e reprodução é a redistribuição dos recursos além de nossas necessidades básicas como alimentação, dinheiro, tempo etc. A intenção maior deste princípio é a priorização do fluxo em vez do acumulo, ou seja, se todas as pessoas consumissem de forma limitada, teríamos assim um consumo mais responsável.

Baseado nos princípios de permacultura aqui apresentados podemos destacar 5 hábitos fundamentais para um consumo responsável, mais conhecidos como “Cinco R”:

• Recusar materiais e atitudes poluentes, tóxicas ou que degradem o ambiente na sua extração ou no seu descarte.
• Reduzir o consumo dos recursos, controlando com consciência nossas próprias necessidades e, principalmente, cortando os supérfluos.
• Reutilizar materiais e recursos em sua forma original, diminuindo o volume de resíduos que são jogados fora e evitando o gasto de energia para que sejam transformados em outros elementos.
• Reciclar materiais, agora chamados de “resíduos”, para que possam voltar ao início do processo como recursos (um novo ciclo).
• Restaurar o ambiente natural sempre que possível (na verdade, o ideal é evitar que o ambiente, natural ou construído, seja degradado em primeiro lugar – o que nos leva ao primeiro R de recusar.

Fonte: Boff, 2002

A permacultura na prática

A permacultura tem como intuito apresentar praticas simples que se aplicadas constantemente no dia a dia podem reduzir em grandes quantidades os impactos causados ao meio ambiente, por exemplo, alimentação, aproveitamento da agua, energia e entre outros recursos.

Para que esta utilização seja realizada de forma sustentável, o sistema permacultural usa técnicas de construção ecológica, chamadas de bioconstrução, aproveitamento de resíduos orgânicos, armazenamento de água, composteiras e entre outros.

Bioconstrução

Com os grandes impactos ambientais que sofremos nos últimos tempos, surgiu a necessidade de criar formas ecológicas para diminuir as causas que afetam diretamente o meio ambiente, visando este desgaste natural por conta das construções de moradias, veio a ideia de desenvolver empreendimentos com design sustentável. Para que a construção seja considerada ecológica ela deve possuir o selo verde, onde indica que seus produtos não são nocivos ao meio ambiente.

A partir da utilização de produtos ecológicos é possível diminuir o consumo de agua, energia e gestão de resíduos que são geradas durante todo o empreendimento.

A construção de casas de barro, a iluminação feita por garrafas pets, estas são umas das técnicas de bioconstrução também trabalhadas dentro da permacultura como forma de reutilização e consumo consciente dos recursos naturais sem prejudicar a natureza.

Telhado Verde

O telhado verde é um projeto que utiliza a laje de uma casa ou prédio para o plantio diversos tipos de arvores e plantas é mais conhecido como revestimento vivo.

O telhado verde traz muitas vantagens. Promovendo melhorias nas condições térmicas internas da casa, aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas ao telhado verde, como também beleza a paisagem partindo do ponto de vista ecológico, além de melhorar o meio ambiente.

O telhado verde também pode contribuir para combater os efeitos do aquecimento global, isso porque ele não repassa para as demais edificações ou casas todo o calor que ele recebe.

Eficiência energética na permacultura

Nesta fase do trabalho serão apresentadas atividades dentro da permacultura que ajudam a melhorar a utilização das fontes de energia.

A energia pode ser utilizada de várias formas, como por exemplo pelo sistema de energia eólica, hidrelétrica, solar, Termoelétrica etc. No entanto é importante atentar-se em alguns requisitos como matéria prima, custos e eficiência. Atualmente a maior dificuldade é o custo, pois muitos não possuem condições financeiras suficientes para instalação destes sistemas de energia.

Em uma casa onde se utiliza os recursos permaculturais, a iluminação natural é um dos aspectos mais importantes para ajudar na eficiência enérgica, um dos recursos utilizados é a instalação de garrafas pets nas laterais das portas, no teto e nas janelas

Energia solar fotovoltaica

O processo de produção fotovoltaica é um sistema de energia que usa células Fotovoltaicas para a conversão de a energia solar em eletricidade.

Esta energia é adquirida através da luz solar por isso é chamada de fotovoltaica, que é o casamento das duas palavras, foto que significa luz e voltaica que vem da palavra volts.

O sistema de energia fotovoltaica oferece diversas vantagens, além do baixo impacto ambiental na sua instalação, ela oferece redução das perdas na transmissão e distribuição de energia pois é utilizada no mesmo local onde é produzida.

Para instalação destas placas o custo inicial geralmente é alto porém é visto como, um valor razoável, pois além de garantir um retorno estimado em quatro anos a durabilidade destas placas são de até 20 anos.

Resíduos sólidos e sua utilização

A diária coleta de resíduos sólidos em várias regiões, é tarefa obrigatória em todos os municípios.

Deve-se criar cooperativas de reciclagem onde catadores possam trabalhar e gerar renda de uma forma mais digna, com todos os seus direitos assegurados, como recesso remunerado, crediário em instituições financeiras, retiradas mensais, saúde e outros mais.

Separar e fazer a triagem correta do lixo para que sua coleta seja feita de maneira mais simples e principalmente reduzida é prioridade na questão de solução para os resíduos sólidos. Os resíduos recicláveis, como papel, plástico, metal e vidro deve ser separado e acondicionado em coletores apropriados, instalados em locais estratégicos com a finalidade de facilitar o processo de coleta e destinação. Já os resíduos orgânicos podem ser aproveitados nos processos de biodigestores para a produção de biogás, e compostagem para obter adubo.

Os resíduos separados podem ser reutilizados ou comercializados para serem reciclados.

O consumo consciente minimiza grande parte da proliferação desses resíduos. Diminuir o consumo de produtos industrializados reduz a produção de embalagens. O consumo consciente amparado pela teoria do pensamento sistêmico compreende o ciclo de todo processo de industrialização dos produtos que são consumidos.

O processo de educação ambiental é primordial para criar novos paradigmas a partir de oficinas de meio ambiente fundamentadas na alfabetização ecológica. A permacultura é acima de tudo uma filosofia de vida onde os valores e conceitos convencionais são revistos.

Biodigestor

O biodigestor tem grande utilidade para soluções sustentáveis, é um tanque protegido do contato com o ar atmosférico, onde dentro dele contém matéria orgânica encontrada nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias que se desenvolvem em ambiente sem oxigênio. Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (Biogás), uma parte sólida que decanta no fundo do tanque (Biofertilizante), e uma parte líquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado).

O biogás pode ser utilizado para aquecer a água do chuveiro, em um lampião, geração de energia elétrica, fogão doméstico entre outros.

O biofertilizante serve como fertilizante agrícola e a parte liquida que é produzida nesse processo, conhecida como chorume serve como adubo para as plantas, diluindo a solução em um pouco de água e regando as plantas.

Compostagem e sua utilização

A compostagem é um processo de reciclagem de resíduos orgânicos, formando assim um composto orgânico. A compostagem viabiliza um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando que se acumulem em aterros e melhorando a estrutura dos solos. Esse processo permite dar um destino aos resíduos orgânicos produzidos nas residências como restos de comidas e resíduos do jardim.

A compostagem é utilizada em jardins e hortas como um dos melhores adubos existentes devolvendo a terra nutrientes de que necessita aumentando sua capacidade de retenção de água permitindo o controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

Quanto maior a variedade de microrganismos existentes em uma compostagem maior será a variedade desses microrganismos atuantes no solo.

Os materiais mais utilizados na compostagem são cinzas, penas, lixo doméstico, aparas de grama, rocha moída e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos de cervejaria, folhas, resíduos de couro, jornais, turfas, acículas de pinheiro, serragem, algas marinhas e ervas daninhas.

 

Minhocário

É uma forma de reciclar o lixo orgânico caseiro, utilizando minhocas que iram transformar restos de alimento em adubo. Esse processo também é chamado de verme compostagem. O processo acontece dentro de caixas plásticas cheias de terra, onde as minhocas consomem as sobras dos alimentos, digerindo esse material e gerando húmus que é muito fértil no lugar. O potencial ecológico do minhocário é enorme, segundo dados do Ministério da Agricultura revelam que, diariamente o Brasil produz cerca de 144 mil toneladas de lixo orgânico, o que corresponde a 60% do lixo urbano. Essa sujeira toda acaba indo para aterros e lixões, onde muitas vezes, polui os lençóis freáticos, entre outros maus ao ecossistema. Se esse material entrasse na dieta das minhocas domésticas, por dia teríamos nada menos que 86 mil toneladas fresquinhas de húmus.

Utilização das cisternas na permacultura

As cisternas armazenam a água das chuvas através de calhas que direcionam a água para esses reservatórios que podem ser feitos de vários tipos de materiais, como argamassa de areia e cimento ou barris de plástico. As eco vilas que utilizam os princípios da permacultura adotam cisternas para abastecer a comunidade em épocas de estiagem. Além de servirem para armazenar água da chuva, também promovem a redução de água lançada diretamente no telhado, prevenindo que se acumule água no telhado gerando infiltrações.

Uma parte muito importante da permacultura é o design, portanto, seria muito interessante se o acabamento da cisterna estiver em harmonia com o local onde ela ficará exposta.

Princípios de design permacultural

Os princípios de design da permacultura podem ser chamados também de “ecologia de sistemas”.

• Observe e Interaja- O design precisa que a natureza e as pessoas convivam de maneira livre e harmônica para conseguir a inspiração exigida. Este princípio faz com que o indivíduo utilize a sua inspiração para desenvolver de maneira consciente, organizada e continua os recursos essenciais aos seres vivos do planeta.
• Capte e armazene energia-  Utilizando os princípios éticos, é preciso que os seres humanos aprendam a economizar e preservar as riquezas da terra, visando e investindo no futuro das próximas gerações.
• Obtenha rendimento- Este princípio alerta para que a população aprenda planejar qualquer sistema. Como consequência, o mesmo irá proporcionar autossuficiência, que irá exigir flexibilidade e criatividade para o crescimento.
• Pratique a auto regulação e aceite feedback- Visa a tratativa dos aspectos de auto regulação do design de permacultura, pois o mesmo é de difícil compreensão. Com o entendimento desse processo é possível realizar os chamados feedbacks positivos negativos, reduzindo o trabalho e ações corretivas inesperadas.
• Use e valorize os serviços e recursos renováveis- O design deve utilizar da melhor maneira os recursos naturais que não exigem muito consumo, enfatizando sempre a interação entre o homem e a natureza.
• Não produza desperdícios- É o princípio que se preocupa com a poluição, possui uma perspectiva mais radical, vendo o desperdício de recursos e as oportunidades.
• Design partindo de padrões para chegar aos detalhes- O design deve planejar as áreas por zonas e setores. Este é um dos aspectos mais conhecidos e utilizados da permacultura.
• Integrar ao invés de segregar- Seu objetivo é focar com mais detalhes os vários tipos de relacionamento entre os sistemas integrados e os métodos de design mais atualizados.
• Use soluções pequenas e lentas- Propõe que os sistemas sejam criados para executar funções de menor escala, ou seja, de forma prática e eficiente no uso da energia para a função.
• Use e valorize a diversidade- O design deve ter a visão que a interação entre o homem e a natureza pode ser complexa, mesmo assim, devem estar em equilíbrio.
• Use as bordas e valorize os elementos marginais- Funciona com base na premissa que o valor e contribuição do sistema devem ser preservados, reconhecidos, aumentando o equilíbrio e produtividade do mesmo.
• Use criativamente e responda ás mudanças- Criar o design e forma deliberada e cooperativa respondendo as adaptações ás mudanças de larga escala do sistema que as vezes, pode escapar do nosso controle e influência.

Sendo assim, podemos dizer que o design permacultural é diferente do designer convencional, tais diferenças, podem ser visualizadas no quadro abaixo:

Designer Permacultural	Designer Convencional
Baixo impacto ou impacto positivo;	Impacto negativo no ambiente;
Solo protegido;	Solo desprotegido;
Celebração da cultura;	Massificação da cultura;
Inclusão da natureza;	Exclusão da natureza;
Favorecimento da correlação entre elementos naturais;	Não consideração dos elementos naturais;
Estimulo da fertilidade e da diversidade;	Menor fertilidade e diversidade;
Maior sustentabilidade;	Não é sustentável.

Fonte: Soares, 2008

Valas de infiltração

As valas de infiltração (ou “swales”) são canais cavados no terreno seguindo as curvas de nível para criar pontos de penetração de água no solo. Essa técnica, traz vários benefícios, como exemplos: a queda do problema de salinização, quando a água no solo aumenta a infiltração e também para o crescimento de árvores, pois a água da chuva vai diretamente para o solo, ao invés de passar direto pela superfície, consequente da erosão.

Tratamento biológico da água

Método da permacultura que utiliza as plantas para filtrar a água. Segundo Morrow (2010), “para usar sistemas mais compreensivos, é preciso construir filtros biológicos que imitam os mangues”.

Sanitário seco

O sanitário seco é um sistema desenvolvido para tratar os dejetos humanos, sem a utilização da água, construído com uma câmara impermeável. O banheiro seco concentra os resíduos orgânicos, que misturados a serragem formam adubos.

Cobertura vegetal

Seu objetivo é manter o solo coberto pela vegetação. Caso a vegetação fique ausente, podem ocorrer assoreamentos e diminuição no volume dos lençóis freáticos.

Agroecologia

A agroecologia nada mais é que uma proposta de agricultura familiar alternativa, é economicamente viável, sustentável e justa.

No Brasil, a agroecologia ainda é um processo pouco conhecido, porém  nos dias atuais é possivel notar o aumento na sua divulgação e beneficios, seu uso, no futuro, tem grandes chances de crescimento.

Agricultura Familiar

A agricultura familiar é uma forma de produção onde predomina a interação entre auto gestão e trabalho; são os agricultores familiares que dirigem o processo produtivo, dando ênfase na diversificação e utilizando o trabalho familiar, eventualmente complementado pelo trabalho assalariado.

Realizando o cultivo dos alimentos sem uso de agrotóxicos, permanecendo em todos os alimentos cultivados todos os seus nutrientes.

Aassembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, reconhecendo essa prática como sendo fundamental para a segurança alimentar no mundo.

A questão dos ventos

Os chamados “quebra-ventos” são capazes de manter a umidade dos sistemas (diminuem erosões e assoreamentos), modificar o clima e dificultar o aumento de incêndios.  Possuem um papel de grande importância, no processo de permacultura pois são capazes de coletar dados de modificação do ar para que a residência seja construída de acordo com as necessidades térmicas.

Permacultura e soluções para o controle do fogo

Com a permacultura é possível encontrar soluções para controlar o fogo, ou seja prevê medidas contra acidentes e queimadas. Uma das formas utilizadas para inibir a proliferação do fogo é as plantas que tem pouca matéria orgânica no solo, e folhas que se decompõem com maior facilidade.

Água cinza e água negra

A água cinza é a água que foi utilizada em máquinas de lavar, pias, banheiras ou chuveiros. A água negra é aquela usada nos vasos sanitários ou que contém algum tipo de coliforme fecal. Ela pode ser facilmente tratada e reciclada em casa. Nos países mais desenvolvidos, o conceito de reutilizar água é antigo e está bem estabelecido, mas em outras nações, em que as pessoas consideram a água como abundante, ela é usada uma vez e jogada fora.

Considerações Finais

O presente trabalho visa como uma proposta positiva a utilização do conceito de permacultura como sendo a solução para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

 Pois é o meio que tem como objetivo preservar os recursos naturais, usando-os de forma consciente, assim, não prejudicando a utilização destes recursos para as gerações atuais e as gerações futuras.

 De forma, que toda a matéria-prima que utilizamos de maneira correta, tenha seu descarte residual e se renove, voltando para a natureza e sendo reaproveitada.

A partir dos estudos sobre este tema, observou-se que são as atitudes que propiciam uma vida sustentável e com qualidade, é fato que não podemos mudar as opiniões das pessoas pessoais, entretanto podemos buscar, mostrar e demonstrar que temos como tomar uma postura diante do planeta, trazendo para todos não só a conscientização mas a comoção ,tendo como foco a redução do consumo desnecessário, visto que se continuarmos a assumir a mesma prática de utilização das matérias  nesse ritmo frenético, as próximas gerações sofreram com a falta destes recursos não renoveis e também de alguns renováveis.

 Também notou-se que é sim possível viver bem com o ambiente ao nosso redor, usufruindo de todos os benefícios que ele nos dá, sem degradar o planeta e com qualidade de vida.

A permacultura nada mais é que a forma correta de sustentabilidade e reuso dos recursos naturais que temos. Com ela garantimos que utilizaremos a matéria-prima de forma correta e com racionalidade, para que em um futuro próximo não venham faltar itens de necessidade básica e essenciais para a sobrevivência, ou seja, vivemos hoje, pensando no amanhã, de forma que venhamos a completar o ciclo natural da vida.

A permacultura tem utilizações tais como: telhado verde, sanitário seco, eficiência energética, energia solar fotovoltaica, resíduos sólidos, biodigestor, compostagem, minhocário, cisternas, valas de infiltração, tratamento biológico da água, cobertura vegetal, agroecologia entre outras atividades.

 Existem vários meios de utilizarmos nossos recursos naturais de maneira correta, sem desperdício, realizando um reaproveitamento consciente que irá nos oferecer além da redução no custo de vida, uma cultura de preservação e cuidado com o ambiente a nossa volta.

Bill Mollison, um dos fundadores da permacultura sugere: “O cuidado com o planeta terra deve ser base de toda atividade humana”

Referências

BOFF, L. Do iceberg à arca de noé: o nascimento de uma ética planetária. 2. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

HOLMGREN, David. Permacultura: princípios e caminhos além da sustentabilidade; tradução Luzia Araújo. 1. ed. Porto Alegre: Via Sapiens, 2013.

SOARES, A.L.J. Conceito básico de permacultura. 1. ed. Brasília: MA/SDR/PNFC, 2008.

TARGINO, C.O.A.; PELLI, F.S.; SILVA, H.C. Permacultura como ferramenta de gestão ambiental para habitações sustentáveis. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnólogo em Gestão Ambiental) – Faculdade de Roseira, Roseira, São Paulo, 2011. Disponível em:<http://www.webartigos.com/artigos/permacultura-como-ferramenta-de-gestao-ambiental-para-habitacoes-sustentaveis/104255/>. Acesso em: 04 Out. 2014

VELLOSO, R. M. Permacultura e soluções urbanas sustentáveis. 2009. 112p. Dissertação (Monografia em Geografia) - Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009. Disponível em:<http://www.geografiaememoria.ig.ufu.br/downloads/330_Renato_Velloso_Magrini_2009.pdf>. Acesso em: 05 Out. 2014