RESUMO

No processo de produção de biogás, geralmente são utilizados lodos de reatores UASB como inóculo em reatores anaeróbios devido ao alto índice de STV. Esse trabalho descreve a etapa de coleta da amostra do lodo de uma lagoa anaeróbia, localizada na ETE de Mangabeira (João Pessoa/PB), sua caracterização físicoquímica, em particular a série de sólidos, e o teste de aclimatação deste lodo anaeróbio com glicose, para ativar o crescimento da população bacteriana antes de usá-lo como inóculo no reator de RSU. Neste sentido, foram definidos alguns parâmetros físico-químicos para a caracterização do lodo anaeróbio, os quais mostraram resultados satisfatórios, principalmente em termos de pH e STV, quando comparados com outros dados pesquisados na literatura. O lodo de lagoa anaeróbia normalmente apresenta baixos índices de STV, entretanto o resultado do lodo da ETE Mangabeira apresentou STV de 50%. Contudo, esse valor é inferior ao lodo de  reatores UASB que apresentam STV ≈ 70%. Com base no resultado do lodo da ETE-Mangabeira foi planejado um teste de aclimatação preliminar para verificar o comportamento do mesmo. Os resultados do lodo bruto e do lodo aclimatado com a glicose foram aproximadamente semelhantes, principalmente de STV que obteve oscilações entre 50 e 52%, Sendo assim, durante o período analisado, não houve o aumento desejado da biomassa com a adição da glicose e por isso, um novo planejamento 2² está em andamento para investigar o tempo de aclimatação e a concentração de alimento (glicose) e microrganismos (STV) visando melhorar a quantidade de STV na biomassa e conseqüentemente ter um inóculo mais ativo para ser introduzido no reator para produção de biogás.