A brincadeira faz parte da vida da criança desde a antiguidade, portanto, incluir os jogos e brincadeiras no campo educacional é de extrema importância, tendo como objetivo servir ao desenvolvimento da criança. Os jogos e os brinquedos tem papel fundamental no processo de conhecimento e negar o lúdico na escola é renegar a nossa própria história de aprendizagem. A ludicidade favorece a auto estima da criança, além de desenvolver seu cognitivo. Por meio dos jogos elas aprendem a agir, estimula a curiosidade e exercita sua autonomia.

A justificativa desse projeto deve-se à vontade de despertar no educando o gosto pelo lúdico, isto é, pelo desempenho das brincadeiras nas instituições infantis e também levar informações aos pais de quanto brincar pode ser significativo no desenvolvimento de seu filho.

A brincadeira faz-se instrumento fundamental para o desenvolvimento psicomotora da criança. Devido a isso, cabe aos pais e aos profissionais da educação tomarem consciência da importância para que seja desenvolvida para uma educação de qualidade, para que no futuro essas crianças sejam pessoas confiantes e realizadas.

A educação é uma ação continuada de atuação do educador sobre o desenvolvimento do individuo, afim de que ele possa atuar na sociedade. Os jogos e brincadeiras são fatores de grande importância na vida da criança, e é fundamental para o seu desenvolvimento, pois é brincando que ela aprende a interagir com os outros e compartilhar as diferenças de uma forma espontânea. O brincar favorece o desenvolvimento, o equilíbrio, a comunicação, a criatividade, a independência e o crescimento intelectual e emocional da criança. A brincadeira não envolve apenas o cognitiva da criança, envolve a criança toda. Por isso é importante garantir na rotina escolar, tempo e espaço para brincar. Enquanto brinca, a criança está pensando, criando e desenvolvendo seu pensamento critico. A brincadeira e o jogo são sem dúvida a forma mais natural de despertar na criança a atenção para uma atividade. Os jogos devem ser apresentados passo a passo por meio de brincar, aprimorando a observação, comparação, imaginação e reflexão. Vygotsky fala que a criança realiza aquilo que gosta, e aprende a submeter-se a regras, que fazem com que ela renuncie uma ação impulsiva. De acordo com Vygotsky. “É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva”. (VYGOTSKY, 1984, p.109).

 Assim, na brincadeira a criança age de maneira diferente daquilo que gostaria. Esse exercício favorece o desenvolvimento do controle emocional do respeito ao outro. Vygotsky aponta também, que toda atividade lúdica da criança possui regras. A situação imaginaria de qualquer tipo de brinquedo já contem regras que demonstra características de comportamento. Nesse sentido o lúdico é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pois o processo de vivenciar situações imaginaria leva a criança ao desenvolvimento do pensamento abstrato, quando novos relacionamentos são criados entre significações e interações com objetos e ações.  

Para Piaget o jogo é essencial para o desenvolvimento da criança; a atividade lúdica é o alicerce das atividades intelectuais da criança, sendo assim, indispensável à prática educativa. Piaget diz também que brincando a criança aprende a realidade, pois tem a oportunidade de recriar situações vividas na vida real.

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.(PIAGET 1976, p.160).

E que o jogar fortalece o desenvolvimento afetivo, pois a criança aprende a aceitar e submeter seus impulsos e desejos às exigências do jogo, também aprende a conviver com frustrações e alegrias, além de aprender a aceitar os outros e as suas atitudes.