Emanuel Isaque Cordeiro da Silva[1]

Técnico em Agropecuária

Acadêmico em Zootecnia

RESEARCHER EM REPRODUÇÃO ANIMAL

 

 

 

 

 

 

FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO BOVINA: 2 - ESTRO E SERVIÇO

 

INTRODUÇÃO

 

            A identificação de vacas em cio (estro ou cio) é, sem dúvida, a prática mais importante no manejo da reprodução do rebanho leiteiro. Apesar dos avanços no conhecimento da fisiologia da reprodução a nível celular e molecular, a identificação de vacas em estro continua sendo o problema reprodutivo mais importante e o que mais causa prejuízos econômicos. Na indústria de laticínios no Brasil, seu impacto não foi estimado, porém, a estimativa feita por países como os Estados Unidos onde se perdem 300 milhões de dólares por ano pode dar uma ideia, atribuída apenas à baixa eficiência na detecção de estros. Por que é cada vez mais difícil detectar vacas em estro? A resposta está relacionada aos aspectos intrínsecos da vaca leiteira moderna, associadas as práticas de manejo dos rebanhos atuais, caracterizados por possuírem grande número de vacas nos plantéis.

 

2.1 Como saber que uma vaca está em cio/estro?

 

            O comportamento estral é causado por um aumento no estradiol sérico produzido pelo folículo ovulatório. O aumento do estradiol provoca mudanças de comportamento e modificações na genitália externa e interna. A vaca mostra-se inquieta, sua vocalização aumenta, ela anda mais, tenta montar em outras vacas e aceita montar no touro ou em outra vaca, bem como urinam com mais frequência (micção frequente). A vulva fica levemente inflamada, à palpação retal o útero pode ser visto com tônus ou turgor (duro e contraído) e ao massagear o colo do útero observa-se que sai abundante muco cristalino da vulva. O mecanismo clássico proposto na regulação do estro é baseado principalmente no papel do estradiol; no entanto, estudos recentes indicam que o GnRH pode participar da regulação do estro ao nível do hipotálamo. O estro possui duração entre 8 e 18 horas e a intensidade do mesmo é afetada por fatores ambientais e intrínsecos a vaca moderna (figuras de 1 a 6).

 

 

Figura 2: A observação do grupo sexualmente ativo facilita a identificação das vacas em estro.


Figura 1: As vacas em estro formam grupos ativos (grupo sexualmente ativo) separados do resto das vacas. A conformação desses grupos facilita a observação do estro.


 

            A formação de grupos de vacas é um fator ideal para a detecção de vacas em cio, elas ficam juntas e começam a montar uma nas outras, a cheirar a urina de ambas etc. comportamentos que podem ser visualizados de longe pelo tratador e diagnosticado o cio o mais breve possível para o manejo reprodutivo adotado pela propriedade seja para monta natural ou controlada e/ou inseminações artificiais (IA) e artificiais em tempo fixo (IATF).

 

Figura 3: O único comportamento positivo do estro é a aceitação da monta de outra vaca. É frequente que a vaca que realiza a monta também esteja em estro, o que só será afirmado até que ela aceite a monta de outra vaca.


 

Figura 4: Cada monta dura de 5 a 7 segundos


Figura 5: A vaca leiteira aceita de 5 a 30 montas distribuídas entre 8 e 18 horas.


Figura 6: Além das mudanças comportamentais, os estrogênios causam alterações na genitália interna. Uma delas é a produção de muco cervical, que juntamente com o turgor uterino, constituem os sinais genitais do estro.


 

            O cio pode ser dividido em três fases, a inicial, a fase de cio verdadeiro e a fase final. O cio verdadeiro quando é observado, é caracterizado pelo momento em que a vaca aceita claramente a monta. Por sua vez, os sinais de início e final de cio se misturam, apresentam nervosismo e inquietação, cheiram e lambem a vagina e a urina de outras vacas, apoiam a cabeça na garupa de outras fêmeas etc. (figura 7). Uma das sugestões adotadas nas propriedades para facilitar a identificação do cio em um rebanho é realizada pelos funcionários com a utilização de um bastão ou fita de coloração da garupa das vacas.

Figura 7: Principais sinais que demonstram que a vaca está entrando em cio. As imagens mostram o início do cio, cio verdadeiro e final do cio.

 

2.2 Relação temporal entre o estro e a ovulação

 

O início do estro está relacionado temporalmente ao pico pré-ovulatório de LH (hormônio luteinizante). Entre o início do estro e o pico de LH transcorrem de duas a seis horas e, em alguns casos, esses dois eventos ocorrem simultaneamente. A ovulação mantém uma relação temporal constante com o pico de LH. Em geral, a ovulação ocorre 28 a 30 horas após o pico de LH; ou, visto de outra forma, 30 a 36 horas após o início do estro (figura 4).

 

2.3 Eficiência na detecção do estro

 

A eficiência de detecção de estro (EDE) é definida como a proporção de vacas observadas em estro em relação ao total elegível (esperado), para apresentar estro em um período equivalente à duração de um ciclo estral. Esses dados são calculados a partir das vacas que atendem às seguintes características: vacas não inseminadas, sem doenças reprodutivas, com mais de 60 dias pós-parto e não gestantes. Depois de fazer a lista das vacas que atendem às condições acima (vacas elegíveis), espera-se um período de 22 dias (duração média do ciclo estral) e as fichas reprodutivas são revisadas para saber quantas foram observadas em estro. É comum que metade das vacas elegíveis apresentem estro (eficiência de 50%). Uma meta alcançável com observação contínua é de 80%. Essa observação e cálculo é de suma importância, uma vez que porcentagens ideais de 80-85-90% indicam bom manejo e menores gastos, em contraste baixos índices de vacas em estro indicam mau manejo e maiores gastos, ou até mesmo problemas reprodutivos relacionados com a falta de nutrientes na ração que leva ao retardamento da puberdade e a entrada à vida reprodutiva, ou até mesmo vacas que não manifestam cio e tendem a serem descartadas.

Uma forma indireta de conhecer a eficiência na detecção do estro é saber a porcentagem de vacas vazias que atingem o diagnóstico de prenhez. De modo geral, vacas não gestantes devem apresentar estro entre 21 e 24 dias após a cobrição ou serviço.

Quando isso não ocorre, as vacas são palpadas entre os dias 40 e 45 pós-inseminação para o diagnóstico de gestação. É comum que algumas vacas estejam vazias, o que indica, na maioria dos casos, que elas não foram detectadas no retorno ao estro. Espera-se que menos de 20% das vacas estejam vazias quando o diagnóstico de gestação for feito; uma porcentagem maior indica baixa eficiência na detecção do estro.

 

2.3.1 Intervalos entre serviços/cobrições

 

Outra forma de estimar a eficiência na detecção de estro em rebanhos leiteiros é avaliando os intervalos entre serviços. É desejável que todas as vacas não gestantes retornem ao cio com um intervalo normal (21 a 24 dias). É aceito que 65-70% das vacas apresentam estro com intervalo normal; <10% de intervalo curto (<17 dias); <10% de intervalo longo (25 a 35 dias); <20% de intervalo duplo (36 a 48 dias), e 0% com intervalo de mais de 48 dias. Os intervalos entre serviços observados em rebanhos comerciais estão muito distantes dos objetivos apontados, o que indica sérios problemas de eficiência na detecção do estro (tabela 1):

 

Tabela 1  Intervalos entre serviços em rebanhos leiteiros confinados

Intervalo

Duração

(dias)

Número de vacas

Porcentagem

(%)

Meta

(%)

Normal

18 a 24

1685

33

65 – 70

Curto

≤ 17

300

6

< 10

Longo

25 a 35

797

16

< 10

Duplo

36 a 48

977

19

< 20

> 48 dias

36 a 48

1278

25

0

Total 

 

5037

100

 

Fonte: Adaptação de TIXI et al., 2009.

Figura 8: Relação temporal entre estro, pico de LH pré-ovulatório e ovulação. O pico pré-ovulatório ocorre duas a seis horas após o início do estro e a ovulação ocorre em média 30 horas após o início do estro.

 

2.4 Fatores que afetam a eficiência na detecção do estro/cio

 

2.4.1 Concentrações séricas de estradiol

 

A eficiência na detecção das ondas de cios tem diminuído nos últimos anos devido à redução da intensidade do estro atribuída, entre outras causas, a uma elevada taxa de eliminação hepática de estrogênios. Em vacas em lactação, o fluxo hepático é maior devido à alta ingestão de matéria seca, o que aumenta a taxa de catabolismo dos hormônios esteroides.

 

2.4.2 Somatotropina bovina recombinante (bST) 

 

Em vacas regularmente tratadas com bST, a eficiência na detecção de estro é menor do que em vacas não tratadas. A influência da bST na manifestação do estro independe do aumento da produção de leite. O bST provavelmente reduz a intensidade do estro ao reduzir a sensibilidade do cérebro aos estrogênios.

 

2.4.3 Produção de leite 

 

Existe uma associação negativa entre a produção de leite e a eficiência da detecção de cios. Assim, quanto maior a produção de leite, menos vacas são detectadas no estro. Possivelmente, a baixa eficiência na detecção de cio em vacas de alta produção se deve ao fato de apresentarem estro menos intenso e de menor duração do que vacas com menor produção de leite. Talvez a alta produção de leite diminua a expressão do estro porque essas vacas apresentam maior taxa metabólica e menores concentrações séricas de estrogênio.

 

2.4.4 Tempo e hora de observação 

 

Embora a eficiência na detecção do estro seja o problema reprodutivo mais importante, o tempo dedicado a esta atividade é insuficiente. Os trabalhadores dedicados a esta tarefa são frequentemente responsáveis por outras atividades que nada têm a ver com a reprodução.

A atividade estral é mais intensa durante o nascer e o pôr do sol e quando as vacas se movem em grupos para as áreas de ordenha ou descanso. Os melhores horários para observar o cio são das 6h00 às 9h00 e das 17h00 às 20h00; com esses períodos de observação, pode-se alcançar uma eficiência na detecção do cio em até 80%.

 

2.4.5 Instalações 

 

As instalações têm importante influência na expressão do estro. Em alojamentos com piso de concreto, a expressão do estro é reduzida, enquanto nas baias com piso de terra o estro é mais longo e intenso, o que aumenta a probabilidade de detecção (figura 9).

 

Figura 9: Pisos de cimento reduzem a intensidade do estro, portanto, em rebanhos criados nessas instalações, deve-se ser mais rigoroso com o tempo de observação do cio.

 


 

2.4.6 Problemas do sistema locomotor 

 

Em rebanhos leiteiros, cerca de 40% das vacas costumam ter problemas musculoesqueléticos (laminite e pododermatite). Essas patologias fazem com que as vacas se deitem por mais tempo, o que reduz o consumo de matéria seca e aprofunda o balanço energético negativo, afetando diversos processos reprodutivos. Além disso, problemas nas patas reduzem a intensidade do estro, o que diminui a eficiência de sua detecção.

A laminite é uma infecção caracterizada como uma inflamação aguda ou crônica das lâminas do casco, que sustenta todo o peso do animal, um problema no casco traz sérias perdas ao animal como diminuição da produtividade leiteira, perda de peso, diminuição do ciclo estral, perda de peso etc. A pododermatite também é uma infecção que causa uma lesão infecciosa nos cascos do animal geralmente devido a exposição do animal a superfícies irregulares como pedras, pastos secos que faz com que o animal apoie-se em apenas um ou dois membros; e em ambientes úmidos e com más condições de higiene.

 

2.4.7 Estresse térmico 

 

A intensidade do estro diminui quando as vacas estão sob estresse térmico. Uma redução no número de montas recebidas durante a estação quente foi observada em comparação com a estação fria. A redução do comportamento estral deve-se à diminuição da atividade física causada pela alta temperatura e possivelmente à diminuição das concentrações séricas de estradiol observada em vacas sob estresse calórico.

 

2.4.8 Fatores humanos 

 

Embora esse fator tenha pouco a ver com a fisiologia reprodutiva, é sem dúvida o fator que mais influencia a eficiência reprodutiva. A maioria dos trabalhadores do rebanho leiteiro não tem seguridade social (previdência) e recebe baixos salários, o que é uma oportunidade atraente para aumentar a eficiência reprodutiva; se os trabalhadores recebessem melhores salários, seguridade social e estímulos econômicos, o problema de fertilidade seria menor e a lucratividade dos rebanhos leiteiros aumentaria significativamente.

 

2.5 Ferramentas que facilitam a detecção de vacas em estro 

 

Hoje existem várias ferramentas disponíveis para ajudar a detectar vacas em estro, sendo as mais importantes as descritas a seguir.

 

2.5.1 Pedômetros 

 

O fundamento desta ferramenta é que a vaca, durante a fase de estro, caminha mais do que nas outras fases do ciclo estral. O pedômetro (figura 10) colocado na perna da vaca, registra a atividade locomotiva diária. Quando a vaca caminha mais longe, ela é listada para o inseminador examinar retalmente, para determinar se há sinais genitais de estro e proceder à inseminação dela (figura 11).

 

2.5.2 Adesivos com cápsula de corante (K-mar) 

 

Esses dispositivos (figura 12) são colocados na garupa, são de cor branca e contêm uma cápsula de tintura, que se quebra quando a vaca recebe uma monta. Assim, na vaca positiva a mancha torna-se vermelha, enquanto na negativa permanece branca. Existem também outros detectores de montagem no mercado que consistem em manchas que, quando esfregadas, mostram uma cor fluorescente (figura 13).

Figura 10: Vaca com pedômetro. O aumento da atividade locomotora é um indicador do comportamento do estro.

Figura 11: O pedômetro registra o número de passos que a vaca dá por hora. Esta figura mostra os dias em que a atividade locomotora aumentou, o que está associado ao início do estro.

 

                             12                                                            13

 

Figura 12: Remendo da cápsula de tinta (K-mar). A fotografia mostra uma vaca que recebeu montarias (esquerda) e outra sem montarias (direita). Figura 13: Adesivo detector de montas que, quando esfregado, mostra uma cor fluorescente. Nesse caso, mostra-se uma vaca que recebeu uma monta.

 

2.5.3 Detectores eletrônicos de monta (heat watch)

 

Esses dispositivos (figura 14) são colocados na garupa. Eles contêm um sensor eletrônico que é acionado quando a vaca recebe a montaria e emite um sinal que é recebido por uma antena colocada no curral (telemetria). O sinal é gravado em um computador e as vacas positivas aparecem em um laudo para o técnico inseminador.

 

2.5.4 Chin ball

 

Este método consiste em colocar um acessório na região da mandíbula do touro, denominado bola de queixo, que contém tinta (como uma caneta esferográfica, figura 15); o touro já teve seu pênis desviado cirurgicamente. Quando o touro monta uma vaca, ele pinta sua garupa.

 

2.5.5 Crayon 

 

O uso do giz de cera ("crayoneo", figura 16) é a técnica mais comum em rebanhos leiteiros e consiste em pintar a garupa com giz de cera (região do sacro). Em vacas que recebem montarias, a pintura desbota. Todos os dias o técnico verifica quais vacas não têm mais tinta, para examiná-las retalmente, e aquelas com sinais genitais de estro são inseminadas.

 

2.6 Período voluntário de espera 

 

O período de espera voluntária é o tempo que decorre desde o parto até a decisão do primeiro serviço. A duração deste período depende dos critérios do criador e do veterinário. Há trinta anos o atendimento nas vacas era praticado a partir do 40º dia pós-parto; entretanto, atualmente é preferível entre os dias 50 a 60. A mudança se deve ao fato de que hoje as vacas produzem mais leite e não é incomum observar que quando começa a secagem há vacas que estão produzindo mais de 30 kg, o que é lamentável, pois uma quantidade considerável de leite é perdida.

Por outro lado, começar a servir vacas antes do 50º dia pós-parto resulta em baixas taxas de concepção, isso se deve a um ambiente uterino inadequado, anormalidades oocitárias e alta incidência de morte embrionária precoce. Em contrapartida, quando o primeiro serviço é realizado após o dia 50, a probabilidade de a vaca ficar gestante aumenta, já que ela está se afastando dos efeitos negativos do estado metabólico pós-parto e dos problemas do puerpério.

Figura 16: A marca do giz de cera na garupa é o meio mais simples e econômico para a detecção de vacas em estro.


Figura 15: Touro com bola de queixo. Os touros com este dispositivo devem ter o pênis desviado para evitar a cópula. Embora esse sistema ajude na detecção do estro, o manejo do touro no curral representa um risco para os trabalhadores.


Figura 14: Vaca com detector de monta eletrônico (heat watch) colocado na garupa.


            Em um rebanho leiteiro, vacas no 50º dia pós-parto apresentam produção de leite e condição corporal diferentes; além disso, são vacas de diferentes números de partos e com diferentes antecedentes de puerpério. Portanto, cada vaca deve ter um período de espera voluntária diferente; no entanto, o manejo de rebanhos modernos - rebanhos com mais de 500 vacas- exige o agendamento de grupos de vacas para inseminação, o que limita o manejo individual. Apesar da baixa fertilidade de algumas vacas que são inseminadas alguns dias após o parto, é necessário iniciar a inseminação o mais rápido possível para atingir um alto percentual de vacas prenhes no dia 100 pós-parto.

 

2.7 Taxa de prenhez

 

            Existem diferentes parâmetros para avaliar a fertilidade no rebanho leiteiro e cada parâmetro permite identificar problemas específicos. Assim, o percentual de concepção refere-se à proporção de vacas prenhes do total inseminado, enquanto a taxa de prenhez é a proporção de vacas prenhes do total elegível para ser inseminado, durante um período equivalente a um ciclo estral (21 dias).

O percentual de concepção permite identificar problemas relacionados ao tempo de serviço, à técnica de inseminação e aos fatores associados à morte embrionária precoce. A taxa de prenhez é um parâmetro resultante de dois aspectos: a eficiência na detecção do estro e a porcentagem de concepção. A taxa de prenhez é calculada multiplicando-se a eficiência na detecção de estro pela porcentagem de concepção, dividido por 100. De forma que, em um rebanho com eficiência na detecção de estro de 50% e com porcentagem de concepção de 30, a taxa de prenhez é de 15%. Esse número indica que, das vacas elegíveis para apresentar estro e inseminadas em um período de 21 dias, apenas 15% permanecem gestantes.

A taxa de prenhez permite identificar problemas relacionados à falha da concepção e aqueles associados à eficiência na detecção do estro. A maior pretensão de um especialista é conseguir que a taxa de prenhez seja igual ao percentual de concepção (30%), isso indicaria que todas as vacas elegíveis para apresentar estro foram inseminadas (100% de eficiência na detecção do estro). Uma taxa geral aceitável de prenhez é de 20%. Deve-se notar que nos rebanhos dos Estados Unidos a taxa média de prenhez é de 15%. Aumentar a fertilidade geral do rebanho, aumentando a taxa de concepção, é uma meta realmente difícil. Porém, pode ser aumentado com o aumento da taxa de prenhez, ou seja, com o aumento do número de vacas inseminadas.

Em estudo realizado no México, foi desenvolvido um modelo matemático que simula o comportamento de um rebanho e estima a utilidade com diferentes taxas de prenhez. O lucro por vaca por ano com uma taxa de prenhez de 15% foi de $ 767 reais[2]. Quando a taxa de prenhez aumenta 5%, a utilidade aumenta para $ 935 reais. O aumento da taxa de prenhez de 20 para 25% gera um aumento de $ 485 reais e de 25 para 30% o aumento é de apenas $ 160 reais. A simulação foi feita com uma porcentagem de concepção fixa de 30, de forma que o aumento da taxa de prenhez depende apenas do aumento da eficiência na detecção do estro.

Para garantir que as vacas tenham parto a cada 13 meses, a vaca deve engravidar nos primeiros 110 dias após o parto. Por começar a servir/cobrir após o 50º dia pós-parto (período de espera voluntária), existem apenas duas ou três oportunidades (dois ou três ciclos estrais de 21 a 23 dias). Se a vaca for inseminada quando por acaso for observada no cio (50% de eficiência na detecção do estro), serão necessários quatro ciclos estrais (90 dias) para dar o primeiro serviço a 95% das vacas. Nessas condições, mais da metade das vacas não terá iniciado a gestação antes do 110º dia pós-parto. Portanto, a única opção para aumentar o percentual de vacas prenhes nos primeiros 110 dias pós-parto é por meio da implantação de técnicas de sincronização de estro, todas apoiadas em métodos que aumentem a eficiência na detecção do estro.

 

2.8 Controle do ciclo estral para aumentar a taxa de prenhez

 

Os tratamentos para sincronização do estro são baseados na destruição do corpo lúteo pela administração de PGF2α, ou na inibição da ovulação com o uso de progestágenos.

 

2.8.1 Prostaglandina F2α 

 

A administração de PGF2α entre os dias 6 e 17, do ciclo estral, provoca regressão do corpo lúteo, o que resulta no início do estro nas próximas 48 a 120 horas.

A PGF2α é utilizada para a sincronização do estro em grupos de vacas, bem como é utilizada para a indução do estro individualmente, nas vacas que apresentam corpo lúteo. A resposta dos animais tratados é variável; em novilhas podem ser alcançados até 95% dos animais em estro, enquanto em vacas em lactação, a resposta varia de 45 a 70%. Os fatores mais importantes que determinam a variação na resposta são discutidos abaixo.

 

2.8.1.1 Precisão na palpação retal do corpo lúteo 

 

A PGF2α é eficaz apenas em vacas durante a diestro; isto é, quando têm corpo lúteo funcional (dias 6 a 17 do ciclo estral). O erro mais comum é tratar vacas sem corpo lúteo. Em testes realizados com veterinários experientes, 80% de acerto foi obtido na palpação do corpo lúteo, o que significa que 20% das vacas tratadas não tinham corpo lúteo e, portanto, não respondem à PGF2α (figura 17).

Figura 17: A precisão da palpação do corpo lúteo é de 80% entre veterinários experientes. Esta é a causa da baixa resposta em programas de sincronização de cio com PGF2α. A tendência nos rebanhos leiteiros modernos é a injeção de PGF2α, para grupos de vacas sem palpação retal.


 

2.8.1.2 Eficácia da PGF2α na regressão lútea 

 

Frequentemente, pensa-se que um PGF2α comercial é mais eficaz do que outra. Diferentes marcas de PGF2α foram testadas, naturais e sintéticas, mediante a determinação das concentrações de progesterona, verificou-se que todos destroem o corpo lúteo com a mesma eficiência. Nestes testes, as concentrações de progesterona atingiram os níveis basais entre 24-36 horas após o tratamento. Cerca de 5% das vacas com corpos lúteos funcionais não sofrem regressão lútea, por causas desconhecidas. Além disso, nos primeiros cinco dias o corpo lúteo não é suscetível ao efeito luteolítico da PGF2α.

 

2.8.1.3 Etapa do diestro em que a PGF2α é aplicada 

 

Após o tratamento com PGF2α, o estro ocorre entre 48 a 120 horas, com 75% do estro concentrando-se nas primeiras 96 horas. A causa da variação da resposta está na variabilidade da população folicular entre vacas, no momento do tratamento. Se a vaca tiver um folículo de ~10 mm de diâmetro, levará menos tempo (48 a 72 horas; figura 18) em apresentar estro do que uma vaca com folículos menores que 5 mm (> 96 horas; figura 19). Essa condição limitou, por muitos anos, a inseminação artificial em tempo fixo. No entanto, atualmente existem tratamentos hormonais que permitem homogeneizar a população folicular para se obter uma melhor sincronização do estro e da ovulação, o que permite a inseminação em tempo fixo (IATF) com bons resultados.

 

Figura 18: Em vacas tratadas com PGF2α entre o sexto e oitavo dia do ciclo estral, o tempo de apresentação do estro é de 48 a 72 horas, pois nesta fase do diestro as vacas possuem um folículo dominante, que demorará menos para completar seu desenvolvimento.

Figura 19: 8. Em vacas tratadas com PGF2α entre os dias 10 e 12 do ciclo estral, o tempo de apresentação do estro é superior a 96 horas, visto que nesta parte do lado direito uma alta porcentagem de vacas possui folículos pequenos.

 

2.8.1.3 Detecção de estros

 

Frequentemente, a causa da má resposta em programas de sincronização de estro com PGF2α reside na baixa eficiência na detecção do estro.

 

2.8.2 Programas com a PGF2α

 

2.8.2.1 Injeção dupla com 11 ou 14 dias de intervalo 

 

Além da sincronização das vacas selecionadas quanto à presença de corpo lúteo pela palpação retal, existem outras possibilidades que não requerem esse manejo. Nesses programas, duas doses de PGF2α são administradas com 11 ou 14 dias de intervalo. Assim, na primeira injeção, as vacas em diestro respondem; 11 ou 14 dias após a primeira injeção, tanto as vacas que apresentaram estro com a primeira dose quanto as que não apresentaram, estarão em diestro. A escolha de 11 ou 14 dias de separação entre as injeções de PGF2α depende das condições e do tipo de gado. Em vacas em lactação, recomenda-se intervalo de 14 dias, pois apresentam maior variação na duração do ciclo estral e, além disso, com esse intervalo, as injeções podem ser aplicadas às segundas-feiras, o que favorece a detecção do estro. Em novilhas, a injeção dupla de PGF2α pode ser escolhida, com 11 dias de intervalo (figura 20).

 

Figura 20: Programa de sincronização do estro com injeção dupla de PGF2α. Com este programa, espera-se que no momento da segunda injeção de PGF2α todas as vacas apresentem diestro e uma grande proporção delas apresentará estro.

 

2.8.2.2 Programa de sincronização do estro com PGF2α a cada 14 dias 

 

Em gado leiteiro, a inseminação artificial foi facilitada pela injeção de PGF2α a cada 14 dias. Esse programa consiste na injeção de PGF2α entre 30 ou 40 dias pós-parto, que é repetida a cada 14 dias, até que a vaca seja inseminada. Esses programas são conhecidos em rebanhos leiteiros como pré-sincronização porque as vacas que não são inseminadas após as injeções de PGF2α entram no programa de sincronização e inseminação da ovulação em um horário fixo. Espera-se que a proporção de vacas que não são servidas/cobertas durante a pré-sincronização e chegam ao programa da IATF não seja superior a 25%.

 

2.8.2.3 Sincronização de ondas foliculares 

 

Nos últimos anos, vários programas de sincronização de estro foram desenvolvidos, combinando vários hormônios para que os estros e a ovulação sejam mais bem sincronizados e facilitem a IATF.

A fertilidade do estro sincronizado é influenciada pela duração do período de dominância do folículo ovulatório; assim, a ovulação de um folículo jovem (fresco) é mais provável de produzir uma gestação do que a ovulação de um folículo que permaneceu mais de seis dias como dominante (folículos antigos). Foram desenvolvidos tratamentos que promovem a homogeneização da população folicular entre vacas e com ela a ovulação dos folículos jovens.

Sabe-se que, após a ovulação, as concentrações dos hormônios inibidores da secreção de FSH (inibina e estradiol) diminuem e se observa aumento dessa gonadotrofina, o que ocasiona o recrutamento folicular e o início da primeira onda folicular, resultando na presença de um folículo jovem (dominante) nos dias seis ou sete do ciclo estral. A indução da ovulação ou luteinização dos folículos dominantes com GnRH ou hCG causa o início sincronizado de uma onda folicular, como ocorre após a ovulação espontânea. A atresia do folículo dominante também pode ser causada pela administração de estradiol ou progesterona; hormônios que diminuem a frequência dos pulsos de LH, o que induz a atresia do folículo e o início de uma nova onda folicular (figura 21). Essas técnicas de sincronização das ondas foliculares são utilizadas nos programas de sincronização da ovulação e na inseminação em tempo fixo, na sincronização do estro com progestágenos e em programas de superovulação.

 

2.8.2.4 Sincronização da ovulação e inseminação em tempo fixo

 

O sonho dos especialistas em reprodução bovina na década de 1960 era desenvolver um método que permitisse a inseminação artificial sem a detecção prévia do estro. Na década de 1970, com o advento da PGF2α, os pesquisadores pensaram que a hora havia chegado; porém, este não foi o caso, pois entre a injeção do hormônio e a apresentação do estro havia muita variação, portanto, quando inseminada em tempo determinado a fertilidade era muito pobre porque enquanto algumas vacas recebiam o serviço/cobertura muito cedo, outras eram inseminadas tarde demais.

 

Figura 21: Em todas as vacas a primeira onda folicular é sincronizada, pois após a ovulação o FSH aumenta, iniciando o recrutamento folicular. Sete dias após a ovulação, todas as vacas têm um folículo dominante de tamanho semelhante (figura A). A sincronização do pico folicular pode ser alcançada pela injeção de GnRH, causando assim a luteinização dos folículos ≥ 8 mm de diâmetro, seguida pela secreção de FSH e início do pico folicular. Sete dias após a injeção de GnRH, haverá um folículo pré-ovulatório (Figura B).

O uso do ultrassom transretal na década de 1980 possibilitou a caracterização da dinâmica folicular e descobriu-se que o tempo entre a injeção de PGF2α e a apresentação do estro dependeu do estágio do pico folicular em que a PGF2α foi injetada. Na década de 1990, foram desenvolvidos programas que possibilitaram a sincronização das ondas foliculares, reduzindo a variação na apresentação do estro e da ovulação. Assim nasceram os programas de inseminação artificial em tempo fixo e sincronização da ovulação, como são conhecidos hoje. Nestes programas, as vacas são sincronizadas com PGF2α (pré-sincronização) a cada 14 dias, a partir do 30º ou 40º dia pós-parto, com a finalidade de que no momento de iniciar a sincronização da ovulação estejam no início do diestro precoce, de cinco a nove. A sincronização da ovulação começa 12 dias após a última injeção de PGF2α; começa com injeção de GnRH (dia 0), seguida pela injeção de PGF2α (dia sete), subsequentemente, a segunda dose de GnRH (dia nove) é administrada e inseminada 16 horas depois. A primeira injeção de GnRH causa uma secreção de LH pré-ovulatória, que induz a ovulação ou luteinização de folículos ≥ 8 mm de diâmetro, iniciando uma nova onda folicular, uma condição semelhante à observada após a ovulação espontânea. Como a primeira injeção de GnRH é realizada no diestro inicial, no momento da injeção de PGF2α, as vacas continuam a apresentar diestro e a maioria delas tem um folículo com grau de desenvolvimento semelhante, que ovula em resposta a segundo injeção de GnRH (figuras 22, 23 e 24).

 

Figura 22: A primeira injeção de GnRH causa secreção de LH tipo pré-ovulatória, que induz luteinização ou atresia de folículos ≥ 8 mm de diâmetro, iniciando assim uma nova onda folicular. Como a primeira injeção de GnRH é feita no início do diestro cedo (dias seis a nove), no momento da injeção de PGF2α as vacas permanecem destras e a maioria tem um folículo com grau de desenvolvimento semelhante, que ovula em resposta à segunda injeção de GnRH.

 

Figura 23: Quando a primeira injeção de GnRH é dada após o dia 10º do ciclo, a luteólise natural ocorre antes da injeção de PGF2α, fazendo com que essas vacas não respondam ao momento da ovulação e devam ser inseminadas quando o estro é observado.

 

Figura 24: Com este programa, as vacas estarão entre os dias seis e nove do ciclo estral no momento da primeira injeção de GnRH.

 

2.8.2.4 Inseminar em um tempo fixo ou estro detectado

 

Na prática, surge a discussão sobre os benefícios oferecidos pela IATF em comparação aos programas tradicionais, como a sincronização com PGF2α e detecção do cio. Alguns especialistas manejam a reprodução do rebanho com prostaglandinas e detecção de cio apoiada pelo uso de pedômetros e giz de cera, obtendo taxas de prenhez comparáveis a outros rebanhos que utilizam programas da IATF.

Se resolvesse a baixa eficiência na detecção do estro nos rebanhos, talvez não houvesse necessidade dos programas de IATF, mas esse problema, longe de ser resolvido, tornou-se mais agudo. Adotar uma postura radical na escolha de um programa específico de manejo reprodutivo não é conveniente, pois mesmo quando o programa é baseado no uso de PGF2α e na detecção de estro, haverá vacas com 70 a 80 dias pós-parto sem serviço e que poderão ser candidatas a um protocolo de IATF, com bons resultados.

Outro fator que deve ser considerado na escolha do programa reprodutivo é a equipe disponível no celeiro. A IATF em qualquer uma de suas versões é um programa validado, isso significa que se for realizado conforme indicado, os resultados serão favoráveis; entretanto, se o pessoal injetar o hormônio errado ou no horário errado e também se a inseminação não for feita no horário indicado no programa, os resultados serão ruins. A criação em horário determinado ou estro detectado é uma decisão que depende da análise das características de cada rebanho e deve-se ter em mente que não são técnicas exclusivas, mas complementares.

 

2.8.2 Progestágenos 

 

Os progestágenos constituem um grupo de hormônios esteroides, que se caracterizam por serem solúveis em gordura, estáveis ao calor e por não serem inativados no trato digestivo. Essas propriedades permitem que sejam administrados por via oral, intravaginal ou em implantes subcutâneos. A progesterona é um progestágeno natural e é a única aprovada para uso em vacas em lactação. Existem também progestágenos sintéticos como o Acetato de Melengestrol (MGA) e o Norgestomet, que são usados em programas de novilhas.

Os progestágenos suprimem a secreção de LH, que resulta na inibição da ovulação. Durante o período de administração, o corpo lúteo sofre regressão natural e, quando o tratamento é interrompido, ocorre o estro por 48 a 96 horas.

Existem dispositivos no mercado que são inseridos na vagina e liberam progesterona. O dispositivo pode ser usado por 12 dias ou o período de tratamento pode ser encurtado, desde que seja acompanhado da injeção de uma dose luteolítica de PGF2α, um dia antes ou no momento da retirada do dispositivo. Por exemplo, existem tratamentos de sete dias, com bons resultados.

Um tratamento usado para o momento da ovulação e IATF envolve a inserção de um dispositivo de liberação de progesterona por sete dias. No dia da inserção (dia 0), GnRH é injetado; no sétimo dia, o dispositivo é removido e PGF2α é injetado; no dia nove, o GnRH é injetado e inseminado em um horário fixo 16 ou 24 horas depois. Este programa tem eficácia comprovada e é preferencialmente usado para a indução da ovulação em vacas anéstricas (figura 25).

 

Figura 25: Programa de sincronização e inseminação em horário fixo com dispositivo intravaginal de progesterona. A primeira injeção de GnRH induz ovulação e luteinização de alguns folículos ≥ 8 mm de diâmetro. A PGF2α no sétimo dia causa a regressão do corpo lúteo induzido ou do ciclo estral, se a vaca já estiver em ciclo. O segundo GnRH induz a ovulação. A inseminação em tempo fixo é recomendada 16 a 24 horas depois.

 

RESUMO

 

< >Nos Estados Unidos, 300 milhões de dólares são perdidos devido à baixa eficiência na detecção do estro. A eficiência na detecção do estro no Brasil é de 40 a 50%. A meta de eficiência para detecção de estro é > 60%. Com a observação das vacas em dois períodos diários de três horas cada (manhã e tarde), consegue-se uma eficiência na detecção de estro de 80%. Menos de 20 por cento das vacas devem ter um intervalo de serviço duplo e nenhum de mais de 48 dias. A taxa de prenhez é obtida multiplicando-se a eficiência na detecção do estro pela porcentagem de concepção e dividindo por 100 (50 * 30/100 = 15%). A taxa de prenhez em rebanhos norte-americanos é de 15%. Nos Estados Unidos, para cada ponto percentual que diminui a taxa de prenhez, não há mais de US$ 12 a US$ 15 por vaca por ano. No Brasil, para cada ponto percentual que aumenta a taxa de prenhez, na faixa de 15 a 20%, é gerada uma renda anual adicional de $ 190 reais por vaca. Não mais que 25% das vacas devem estar vazias no 150º dia pós-parto. Não mais do que 8% devem as vacas ser cobertas no 250º dia pós-parto. 8% das vacas devem engravidar a cada mês. O estro ocorre 48 a 120 horas após o tratamento com PGF2α. 80% é a precisão na palpação do corpo lúteo. Quatorze dias devem decorrer entre duas injeções de PGF2α. Menos de 25% das vacas incluídas no programa de pré-sincronização devem chegar à IATF. No momento da ovulação, a primeira injeção de GnRH deve ser aplicada entre o quinto e o nono dia do ciclo estral. A inseminação cronometrada é realizada 14-16 horas após a segunda injeção de GnRH. O tratamento com dispositivos intravaginais liberadores de progesterona dura 12 dias. Se a duração do tratamento é menor deve-se injetar PGF2α ao retirá-lo.

 

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EMANUEL ISAQUE CORDEIRO DA SILVA

Técnico em Agropecuária

Acadêmico em Zootecnia

Researcher em Reprodução Animal

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[1] E-mail para contato: [email protected]. WhatsApp: (82) 98143-8399.

[2] Cotação do dia 17 de setembro de 2020 com o peso mexicano valendo 0,25 reais.