UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

 

 

WEZIMEIRE CAETANO DE SOUZA BERNARDES

 

 

 

 

 

 

 

 

CANDIDÍASE EM GESTANTES: REVISÃO DA LITERATURA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GOIÂNIA

2014


WEZIMEIRE CAETANO DE SOUZA BERNARDES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CANDIDÍASE EM GESTANTES: REVISÃO DA LITERATURA

 

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista, Campus Flamboyant, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina.

 

ORIENTADOR: PROF. Dr. XISTO SENA PASSOS

 

 

 

 

GOIÂNIA

2014


SUMÁRIO

Candidíase em gestantes: revisão da literatura. 1

Resumo. 2

Abstract: 2

Introdução. 2

Metodologia. 3

Revisão da Literatura. 3

Epidemiologia. 4

Diagnósticos. 4

Tratamento. 4

Profilaxia. 5

Conclusão. 5

Referências. 6

Normas para publicação na Revista do Instituto de Ciências da Saúde. 8

 

 

 

 

 

 

 

 

Candidíase em gestantes: revisão da literatura

Candidiasis in pregnancy: review of literature

Candidíase em gestantes: revisão da literatura

Wezimeire Caetano de Souza Bernardes1 Xisto Sena Passos2

1Aluna do curso de Graduação em Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP. 2Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás. Professor Titular do Curso de Biomedicina da Universidade Paulista - UNIP.

Endereço do autor para correspondência: Xisto Sena Passos – Rua T-37 nº 3486, Ap. 101 Ed. Cayman Setor Bueno, Goiânia – GO. Cep. 74230-022. Cel. (62) 8100-5606. Email: [email protected]

Área temática: Microbiologia

Declaração de conflitos de interesse: Declaramos que não existem conflitos de interesse entre os autores quanto a publicação deste artigo.

Resumo

O objetivo deste estudo está em identificar os fatores de risco em gestantes para candidíase, por constituir alta frequência durante a gravidez. As infecções fúngicas são adquiridas frequentemente durante a gravidez, por estas apresentarem maiores predisposição à aquisição. O diagnóstico é a partir de sinais e sintomas presentes em exames físicos e também em exames laboratoriais, requeridos pelo médico ginecologista para diagnóstico confirmatório da lesão. Existem várias espécies de Candida, sendo que mais frequente é C. albicans. Muitos antifúngicos são indicados para o combate desses microrganismos, entre eles o mais recomendado é o fluconazol, porém não pode limitar-se ao seu uso devendo buscar outros agentes antifúngicos. Cabe a todos prevenir, controlar e combater essas infecções, principalmente por órgãos da saúde com diversas campanhas.

Descritores: gravidez, candidíase, infecção fúngica, Candida sp.

Abstract

The aim of this study is in recognize the factors of risk in pregnance for candidiasis for represents high frequency while the pregnancy. The fungal infection are acquired frequently while the pregnancy for these have higher predispositions the acquisition. Diagnosis are from signs and symptoms in exams fisics and in exams laboratory required by gynecologist for confirmatory diagnosis injure. Exist several species of Candida, with more frequent is C. albicans. Many antifungal are indicated to combat these microorganisms, among them the most recommended is fluconazol, but can not eliminate the misure seek other antifungal agents. It is up to everyone to prevent, control and fight infection, mainly by organs of health with various campaigns.

Descriptors: pregnancy, candidiasis, fungal infection, Candida sp

Introdução

A candidíase é definida como uma infecção da mucosa vaginal, causada por um fungo do gênero Candida. Durante a gravidez, a região vaginal é rica em glicogênio, substância que promove o crescimento desse microrganismo, que pertence à microbiota vaginal1,2

A maioria desses fungos pertence ao gênero Candida. Cerca de 80% a 90% dos casos são devidos a Candida albicans e de 10% a 20% a outras espécies não-albicans (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis, C. pseudotropicalis, C. lusitaniae )3. Clinicamente ambas são equivalentes, causando sintomatologia semelhantes. Geralmente a Candida albicans não causa complicações desde que seja tratada corretamente4.

Secreção vaginal densa, branca e cremosa, vermelhidão na região da vagina, coceira e dor na hora de urinar são alguns sintomas da candidíase Albicans. Uma das preocupações das gestantes que são diagnosticadas com candidíase é se a infecção irá prejudicar o bebê. A Candida albicans não afeta diretamente o bebê, mas infecções de repetição podem levar ao trabalho de parto prematuro. Caso a gestante não seja tratada e tiver a infecção, na hora do parto o recém nascido corre o risco de ser infectado2,5.

Assim, a alteração do meio ambiente vaginal leva à ocorrência da candidíase e com tratamento inadequado sem respostas do organismo para o equilíbrio destas alterações, as mesmas ocorrerão. Por essa e outras é de fundamental importância à descoberta da causa deste desequilíbrio para controle desta doença6.

Este estudo teve como objetivo apontar os fatores de riscos para o controle da candidíase em gestantes, com intuito de prevenir, controlar e levantar os dados para acabar ou ao menos diminuir os casos de candidíase em gestantes.

Metodologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica de aspecto narrativo. A revisão bibliográfica foi feita utilizando-se os sites: Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), e as bases de dados da SciELO e Medline. Em artigos publicados em português e inglês no período de 2010 a 2014, utilizando-se como descritores: candidíase vaginal, Candida albicans, gravidez, saúde da mulher, infecções fúngicas.

Revisão da Literatura

Frente aos fatores analisados em relação aos casos de candidíase, obtidos dos artigos pesquisados, verificou-se que os possíveis fatores de risco para candidíase em gestantes, foram à falta de cuidados, a falta de informações da paciente, a não prevenção antes da gestação, entre outros. Apesar dos programas existentes para o controle da candidíase, ainda há muito que se fazer nesta área, especialmente informações para que novos casos não venham surgir, pois há vários artigos que apontam que o tratamento é interrompido antes que a infecção seja destruída7.

Epidemiologia

Várias pesquisas mostram que a prevalência de candidíase em gestantes é bastante comum pelo fato destas pacientes estarem mais expostas em adquirir a Candida albicans, junto com a falta de informações e prevenção8. Médicos ginecologistas recomendam a mudança de rotinas e hábitos, e com essas mudanças a diminuição dos casos de candidiases7. Estudos mostram que as altas taxas de candidíase devem-se aos fatores climáticos do Brasil9.

Diagnósticos

Para se fazer o diagnóstico de fungos vaginais, utiliza-se da citologia, que é um método morfológico bastante eficiente, muito aplicado no laboratório10. Outros estudos reforçam o diagnóstico com o exame de Papanicolau aplicado para se fazer triagem de candidíase11. O uso da coloração de Gram tem sido usado como método de diagnostico auxiliar para aumentar a veracidade do exame direto. Uma visualização direta da amostra vaginal, adicionado ao exame com hidróxido de potássio a 10%, mostra a presença de micélios ou esporos. Uma cultura só tem valor se for realizado em meios de específicos do tipo Agar, para identificar e espécie responsável de cândida. Após o diagnóstico confirmado, o tratamento é indicado pelo médico ginecologista com os medicamentos adequados4.

Tratamento

Existem várias alternativas para o tratamento da Candida albicans. Como uma das primeiras opções: Clotrimazol, creme vaginal a 1 %, uma aplicação via vaginal, a noite durante 6 a 12 dias; Miconazol, creme a 2% via vaginal, aplicação a noite por 7 dias; Clotrimazol óvulos de 100mg, aplicação via vaginal por 7 dias; Tioconazol creme 6,5% ou óvulos de 300 mg com aplicação única via vaginal12.

Existem como outras opções: Fluconazol 150 mg via oral em dose única; Cetoconazol 400 mg via oral por 5 dias; ultracopazol200 mg via oral de 12 em 12 horas por 1 dia. Entre escolhas por outras opções tem se: Miconazol, creme a 2%, via vaginal a noite por 7 dias; Clotrimazol, creme vaginal a 1%, via vaginal por 6 a 12 dias; Nistatina 100.000 UI, aplicação via vaginal por 14 dias12.

Profilaxia

É muito comum mulheres grávidas adquirir candidíase, por isso indica um tratamento com antifúngicos para erradicar todo e qualquer tipo de fungo ali existente. Existem tratamentos que pode ser local ou por via oral13.

Em um tratamento local recomenda-se fluconazol por via intravaginal e também recomenda-se o uso de clotrimazol. Já em tratamentos por via oral recomenda-se o uso de cetoconazol durante cinco dias, entre outros4.

Os resultados a partir do uso de antibióticos são bem eficazes, porém existem inúmeros argumentos para tentar reduzir a duração do tratamento com administração de antibióticos, incluindo minimização dos efeitos adversos decorrentes de seu uso. Há relatos de casos onde mostra que, se uma paciente fizer uso por um longo prazo de antibióticos, pode resultar na colonização por espécies de Candida9.

Não somente o uso de antibióticos pode controlar a candidiase em gestantes, pode se aplicar controles por parte das gestantes e também por parte das unidades de saúde como, higienização, informações a população, conscientização, entre outros8.

Conclusão

Tendo como base tudo que foi exposto neste trabalho, a candidiase em gestantes é um grande problema de saúde pública, por acometer grande parte das gestantes, trazendo complicações e desconfortos a partir dos sintomas apresentados e que tenha que ser adequadamente tratadas para não levar a consequências piores tanto para a mãe quanto para a criança. É bom reforçar que com a mudança de hábitos a prevenção é imprescindível para novos casos.

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