ANÁLISE DOS PRINCIPAIS  FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DE RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS- ILPIs

RESUMO 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma população envelhecida quando a proporção de pessoas com 60 anos ou mais atinge 7%, com tendência a crescer. De acordo com o Censo Populacional de 2000, os brasileiros com 60 anos ou mais já somam 20,5 milhões de indivíduos, representando 10,8% da população total. Segundo projeções da OMS, entre 1950 e 2025, a população de idosos no país crescerá dezesseis vezes contra cinco vezes a população total, o que colocará o Brasil, em termos absolutos, como a sexta população de idosos do mundo (KELLER et al., 2002). Diante dessa afirmativa este estudo tem como objetivo analisar os fatores que influenciam na institucionalização dos idosos, fazendo uma análise através de revisão bibliográfica, estabelecendo pensar e repensar sobre como as pessoas devem agir com relação aos idosos que pertencem à suas famílias. Indubitavelmente as ILPIs estão se tornando uma alternativa de fuga para as famílias que não possuem condições de manter um idoso em casa, ou para aquelas que não possuem nenhum parente vivo ou apto a cuidar deles. Os avanços nas ILPIs são visíveis, romperam com o perfil assistencialista que era ligado á igreja e a caridade, dando lugar a uma entidade que visa a garantia dos direitos previstos nas legislações existentes. O estatuto do idoso assim como a LOAS, a portaria 810/89, a PNI, norteiam os princípios fundamentais que subsidiam o atendimento prioritário ao idoso. Embora as leis enfatizem que é dever da família, do estado e do poder público, da sociedade zelar pela integridade e saúde dos idosos. Nota-se, no entanto certo descaso com aqueles que deveriam ser vistos como modelos a serem seguidos. Consequentemente a institucionalização vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. As mudanças das ILPIs contribuíram de forma significativa no avanço para com os cuidados dos os idosos. Com isto, as famílias preferem muitas vezes colocar em uma instituição o idoso com quem convivem e não possui condições de dar a ele a atenção necessária, devido a mudanças ocorridas no âmbito familiar no decorrer dos anos, sabe-se que muitos idosos já não têm como sobreviver sem que seja sobre os cuidados de outrem. Existem também aqueles que escolhem por livre espontânea vontade viver em ILPIs, alguns que se perderam de suas famílias de origem e vivem sozinhos. Todas as Instituições de Longa Permanência para Idosos devem obrigatoriamente possuir meios de sobrevivência para os mesmos, dando a eles condições de uma vida digna em contato com a sociedade, assim se faz de suma importância a existência de um Assistente Social com o papel de garantir a efetivação dos direitos garantidos por leis aos idosos com as competências e habilidades atribuídas a estes profissionais, interagindo com diversas áreas de conhecimento, formando uma equipe multidisciplinar assegurando o bem estar objetivado, visando proporcionar o máximo possível, boas condições de vida ao idoso institucionalizado. Este trabalho mostra também a importância da participação da sociedade em Instituições de Longa Permanência para Idosos a partir da visão que a mesma tem sobre estas instituições e da importância que também a sociedade tem para os idosos institucionalizados. 

Palavras-Chave: Idoso, Institucionalização e Instituição de Longa Permanência para Idosos.