Engenharia Social e a Criminalidade - Parte 3
Publicado em 10 de fevereiro de 2010 por Edson Melo de Souza
Dando continuidade, o
primeiro caso que apresentarei é de como atravessar a segurança de uma empresa
pelo simples ato da falta de informação e da curiosidade. No segundo, substimar
um funcionário pode ser a chave para sua queda.
Caso 1
Para obter acesso a uma empresa, um consultor deixou, propositalmente, um CD no
balcão da entrada do prédio no qual queria testar o nível de segurança. O
conteúdo do CD erão arquivos de texto e algumas planilhas, entretanto no meio
havia um programa "trojan" para "pescar" senhas e informações sigilosas.
No CD foi impresso o seguinte título: Folha de Pagamento Diretoria -
Confidencial
Após deixar o CD ele saiu do prédio e ficou aguardando no carro com uma conexão
3G e logado no site que estava "esperando" as informações. Bastaram 8 minutos
para que ele tivesse acesso a uma máquina e, nos próximos 30 minutos, já tinha
infectado mais de 100 máquinas da empresa.
Isso foi apenas um teste para afirmar que a curiosidade das pessoas vai além da
sua razão e, sobretudo, das normas.
Caso 2
Em uma determinada empresa do interior de Minas Gerais, diversos projetos foram
copiados por uma empresa concorrente. Durante um ano as investigações internas
não conseguiram descobrir como ocorreu o vazamento.
Passados 8 meses da finalização da investigação, o problema ocorreu com outra
empresa de outro segmento, mas desta vez não foi difícil encontrar o
responsável, na verdade "a" responsável. Quando todos acreditavam ser um
funcionário de nível intermediário para elevado, constatou-se que se tratava da
faxineira que após um levanto em seus registros, foi verificado que a mesma era
engenheira e não faxineira.
Isto parece clichê de filme americano, mas aconteceu com uma equipe em que eu
mesmo fazia parte.
Para surpresa de todos ela disse a seguinte frase quando interrogada pelos
policiais: "Ninguém dá valor para o faxineiro, porque muitas vezes acham até
mesmo que não sabem ler, por isso deixam gavetas abertas, papeis confidenciais
sobre as mesmas. Vocês acham que eu ia perder a oportunidade?" Não vou nem
comentar a frase dela.
Por acaso na sua empresa também deixam tudo "as soltas"?
É isso pessoal, Engenharia Social e a Criminalidade, ambas existem e toda
atenção é pouca.
Um grande abraço.
Edson Melo de Souza
MBA Treinamentos
Dw2 Consultoria Empresarial