Universidade de Mogi das Cruzes

Escola Paulista de Negócios

MBA em Tecnologia da Informação

Disciplina Marketing e Comércio Eletrônico

Prof. Orientador: Lawton Benatti

Nelson de Moura Junior

E-commerce: evolução e tendências

Diante de um cenário extremamente competitivo, movimentado pela economia mundial, as empresas precisam tomar decisões que sejam essenciais para a definição de um planejamento estratégico, aproveitando as oportunidades que o atual mercado oferece.

Globalização, avanços tecnológicos e acirrada concorrência são fatores que exigem das empresas, em todos os segmentos, a estarem sempre atentas para um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, buscando modelos e práticas que as coloquem em posição de destaque e proporcionando a retenção dos atuais clientes e atraindo outros novos clientes. Para prosperar e atingir tais objetivos, as empresas e seus dirigentes necessitam planejar, reorganizar estratégias, buscar tecnologia e modernizar processos para atender adequadamente as necessidades do seu público consumidor.

Devemos entender que a globalização é um fenômeno econômico e financeiro, proveniente da livre circulação internacional de bens e serviços facilitados através dos avanços tecnológicos e das decisões governamentais que beneficiaram o intercâmbio.

Segundo Vasconcellos (2005) “os mercados eletrônicos ilustram como uma nova tecnologia (internet) permite introduzir inovações e criar negócios antes inexistentes”. Com o advento da internet e a massificação das redes sociais, as empresas que sempre utilizaram os canais convencionais de vendas buscam agora alternativas de distribuição com objetivo de ampliar sua eficácia operacional para se aproximarem cada vez mais dos consumidores que por sua vez ganharam um importante instrumento para satisfazer suas necessidades de consumo, o comércio eletrônico que marcou uma evolução na relação dos consumidores com as empresas.

           Em seu livro Marketing 3.0 Kotler, Kartajaya e Setiawan afirmam que:

"Desde o início do ano 2000, a tecnologia de informação penetrou o mercado mainstream, transformando-se no que consideramos hoje a nova onda da tecnologia. Essa nova onda abrange uma tecnologia que permite a conectividade e a interatividade entre indivíduos e grupos. A nova onda da tecnologia é formada por três grandes forças: computadores e  Celulares baratos, Internet de baixo custo e fonte aberta. A tecnologia permite que os indivíduos se expressem e colaborem entre si. (KOTLER, KARTAJAYA, SETIAWAN, 2010, p. 7)"

Segundo informações disponíveis no site www.e-commerce.org.br o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de usuários de internet, com quase 76 milhões internautas, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão, respectivamente. Com praticamente 38% da população brasileira conectada na web, o comércio eletrônico obteve um faturamento de R$ 22,50 bilhões no ano de 2012, representando um crescimento de 20% em relação ao ano de 2011. Nesse período valor do ticket médio foi de R$ 350,00. Os produtos mais procurados foram os Eletrodomésticos com 15%, Informática 12%, Eletrônicos 8%, Saúde & Beleza e Moda & Acessórios ambos com 7%. Na composição desses dados estatísticos não são consideradas as vendas de automóveis, leilões e passagens aéreas.

O número de consumidores através do e-commerce no Brasil saltou de 32 milhões em 2011 para 43 milhões em 2012, representado um crescimento de 34%. A faixa etária entre 35 e 49 anos ficou em primeiro lugar com 38% do total de consumidores, seguida da faixa entre 25 e 34 com 32%.

O consumidor com renda familiar mensal entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00 ficou em primeiro lugar com 38%, seguido da faixa com renda entre R$ 3.001,00 e R$ 5.000,00 com 22% e depois os consumidores entre R$5.001,00 aR$ 8.000,00 com 12 % do total.

Com relação à escolaridade, o perfil do usuário do comércio eletrônico brasileiro apresenta 32% com nível superior completo, 23% superior incompleto, 22% ensino médio, 20% pós-graduação e 3% com ensino fundamental.

            Devemos considerar que a democratização da internet, que está permitindo uma expansão do número de pessoas com acesso ao mundo virtual, também beneficia empresas de todos os portes e segmentos. Se no início apenas as grandes redes de lojas ofereciam seus produtos pela internet, hoje até pequenos empreendedores podem participar quase que em igualdade de condições na disputa pelos consumidores. É possível a construção e manutenção de sites com baixos investimentos, além disso, existem diversos recursos tecnológicos, como por exemplo, softwares ERPs com uma variedade de custos e recursos modulares que permitem adequação aos mais variados portes de negócios.

            Antigas barreiras como distância, tempo e segurança foram rompidas através da tecnologia da informação que pode colocar a qualquer hora e em qualquer lugar os consumidores “dentro” das lojas proporcionando maiores alternativas de escolhas e decisões.

            Sem os pesados encargos que as lojas físicas possuem, as empresas que trabalham com o e-commerce conseguem oferecer aos clientes, muitas vezes, preços e descontos extremamente atrativos, porque reduzem de forma significativa despesas com funcionários, logística, ponto comercial e estrutura de loja.

            As perspectivas de crescimento para o ano de 2013 são grandes, ao contrário de alguns setores da economia, o comércio eletrônico não foi afetado pela crise, além da legião dos consumidores habituais a expansão do acesso das classes C e D na web e novos conceitos como o mobile commerce (em 2013 as vendas de smart phones e tablets já superaram os PCs) justificam a expectativa que as vendas nesse ano cheguem à casa dos R$ 28 bilhões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. 1.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

VASCONCELLOS, Eduardo (Org.) E-commerce nas empresas brasileiras. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2005.

http://www.e-commerce.org.br/stats.php - acesso em 13/06/13