“Não há nada como o sonho para criar o futuro.

Utopia hoje, carne e osso amanhã.”

(Victor Hugo – Pagnerre, 1862)

 

INTRODUÇÃO

Dentre todas as competências levantadas no trabalho realizado pelo Sr. Paulo Mói, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA”, produzido para o “VII fórum de Gestores das Instituições de Engenharia – 2017”, destaco abaixo algumas que considero importantíssimas para o segmento de Engenharia de Computação, especialmente relacionadas às desmandas futuras, como por exemplo, em agendas como a da ONU, que estabelece 17 objetivos à serem alcançados pela humanidade até 2030, promovendo a mudança do mundo através de um “desenvolvimento sustentável”.

A pesquisa estabelece dois tipos de competências: Técnicas e Comportamentais.

 

COMPETÊNCIAS TÉCNICAS

 

► Capacidade de desenvolver e gerir projetos (Engenharia de sistemas, DFX);

► Capacidade de modelar e simular;

►Capacidade de desenvolver software básico e aplicativos em ambientes diversos;

► Habilidades de projeto necessárias para decomposição de problemas, projeto de interfaces e gerenciamento da complexidade;

 

Ilustração 1: "Clusters tecnológicos investigados (Projeto Empresas 2027)"

Ilustração 2: Refere-se à crescente velocidade relacionada ao devenvolvimento de novas tecnologias

 

COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS

 

► Criatividade;

► Facilidade de comunicação e expressão;

► Capacidade de trabalhar em equipe;

► Habilidades de liderança, negociação e empreendedorismo;

► Capacidade para “navegar a incerteza”;

 

“No mundo atual, não basta ser inteligente, esperto e preparado para competir. É preciso ter calma e empatia e persistir diante das frustrações para conseguir viver bem no amor, ser feliz com a família e vencer no mercado de trabalho.” (Daniel Goleman -  autor do best-seller “Inteligência Emocional”)

As empresas além de habilidades técnicas e performance acadêmica, querem graduados com habilidades interpessoais.” (Paul Wiseman - escreve sobre economia na Associated Press).

Daniel Goleman diz:

“...De acordo com Paul Wiseman, as empresas também querem licenciados com competências soft. As principais são:

  1. Trabalhar bem em equipe. 
    “Como um executivo uma vez disse a um consultor da McKinsey, “Nunca despedi um engenheiro por mau desempenho na engenharia, mas já despedi engenheiros por falta de trabalho em equipe."
  2. Comunicação clara e eficiente. 
    “Isto requer uma forte empatia cognitiva, ou seja, uma capacidade para compreender como a outra pessoa pensa. Claro que uma boa capacidade para ouvir é também importante.”
  3. Adaptar-se bem à mudança. 
    “Tal flexibilidade é sinónimo de uma boa autogestão, de boas interações com uma grande variedade de pessoas. Isto pode incluir clientes e colegas de trabalho de grupos ou culturas diferentes.”
  4. Pensar com clareza e resolver problemas sob pressão. 
    “Uma combinação de autoconsciência, de foco e de recuperação rápida do stress traduz-se num cérebro em ótimo estado para qualquer competência cognitiva necessária.

 

OPINIÃO PESSOAL

Muitos dirão que não há maior incerteza que o futuro, porém, nunca um profissional de engenharia!

Profissionais que deveriam agradecer à mestres como Victor Hugo, que em sua grande obra “Les Miserábles”, escrita há mais de 150 anos, fez a afirmação utilizada na introdução deste artigo.

Entendo que esta genial afirmação pode facilmente ser associada a um profissional de engenharia. Podemos dizer que estes profissionais são aqueles que sonham transformar hoje, o amanhã! Creio eu que esta característica, a capacidade de “sonhar” vinda diretamente do “desejo de consertar o mundo”, seja uma das chaves para explicar o fato de que muitas das “utopias” dantes sonhadas, hoje sejam a mais pura realidade.

 

CONCLUSÃO

O FUTURO ESTÁ AI (Não, ele já está...)

Aqui!

Para a Engenharia de Computação o "futuro" é sempre "agora". Um setor que pensa e planeja anos à frente necessita compreender que a formação dos futuros engenheiros passa, efetivamente, pelo desenvolvimento das competências citadas acima, HOJE!.  

Trabalhos como o do Sr. Paulo Mói, entre outros, mostram que há real necessidade  em evoluir as diretrizes educacionais da área.

A agenda da ONU, entre outras, projeta uma mudança significativa para o cenário mundial, onde o profissional que atua nessa área terá um papel de destaque cada vez maior, cabendo a ele pensar, planejar e executar diversos projetos que convergirão diretamente com as agendas estabelecidas, a fim de superar os grandes desafios propostos.

 

Ilustração3: Agenda da ONU para 2030

 

Ao gerir o imponderável o engenheiro

fabríca a realidade! ”    

(Robiúdison de S Marques)

Aluno de Engenharia de Computação UNIVESP

1º Bimestre