Inegavelmente estamos vivendo uma revolução na comunicação. O universo da internet nos proporciona obter informações basicamente sobre qualquer assunto, facilitando assim a realização de pesquisas.
Há muitas críticas quando se usa espaços online para realizar pesquisas ou trabalhos escolares. Por outro lado, torna-se quase impossível não considerarmos essas fontes. A intenção aqui é colaborar com algumas metodologias que podem nos ajudar a pesquisar nesses espaços, alguns critérios e procedimentos indispensáveis para que possamos aproveitar da melhor forma possível o conteúdo disponibilizado na rede.
Apesar de haver diferenças entre sites e blogs não vamos aqui nos deter na diferenciação aprofundada de cada um. Grosso modo, um site tem uma estrutura mais rígida, mais formal. Suas atualizações são menos constantes que as de um blog e são mais usados por instituições. Um blog tem uma estrutura, que mesmo sem conhecimentos profundos de informática, é possível modificá-lo e publicar textos e fotos com certa facilidade. As atualizações são mais constantes e obedecem a uma lógica individual, normalmente publicam-se os mais variados assuntos conforme o interesse de quem o administra.
Nos dias atuais, hierarquizá-los dizendo que um site é melhor que um blog não tem muito sentido. Afirmar que o site é mais formal e tem mais credibilidade também não parece muito coerente. Com pouco investimento qualquer um pode ter um site e escrever o que bem quiser, do jeito que quiser, sobre qualquer coisa. Há sites sem nenhuma identidade, com conteúdo parco e superficial. Com os blogs também acontece isso, talvez até mais. Porém há blogs editados por profissionais altamente qualificados em determinado assunto e que tem um nome a selar. Dessa forma, não é o fato de ser blog ou site que dará credibilidade ao que ali está escrito. Então, seja blog ou site vamos aos critérios.
O primeiro passo é encará-los como um livro, ou um periódico qualquer. Uma leitura periférica na primeira página pode revelar a estruturação e a facilidade que tal espaço tem em se comunicar com seu público. Nessa etapa procure identificar qual o assunto, ou assuntos, que tal espaço prioriza. Analise a disposição dos escritos e das imagens, o índice, as principais postagens, a quantidade de acesso e o tempo em que está no ar. Nunca se esqueça que sites ou blogs podem sair do ar com muita freqüência, daí a importância de ver o tempo em que ele está no ar. E se for citá-lo em trabalho acadêmico, é interessante colocar a data na qual foram acessados.
Feito isso, procure conhecer quem o administra e quem escreve. Note que, às vezes, um site ou blog tem vários autores e cada um assina sua postagem. O administrador é o responsável pelo espaço, aquele que responde pelo que se posta ali.
Veja qual é a qualificação dessas pessoas, mas sem discriminá-las pela possível ausência de formação acadêmica ou pelo fato de não serem detentoras de títulos. Ou ainda por não terem projeção socioeconômica e/ou política. A relação tem que ser feita conforme o conteúdo disponibilizado no site ou blog. Por exemplo, uma pessoa que publica assuntos relacionados às práticas artesanais e serviços manuais (enfeites de festas, brinquedos, crochê, etc.). Essa pessoa não precisa ter, necessariamente, formação acadêmica. Por outro lado, se você estiver pesquisando um assunto acadêmico: medicina, arquitetura, mecânica, engenharia, história, idiomas, etc. É bom que seus autores tenham formação específica.
Outra coisa importante é saber um pouco dos autores e do administrador. Normalmente há um espaço específico para essas constatações, se não haver já é um mau sinal. Analise a experiência dessas pessoas na área em que escrevem, onde elas trabalham, em que e onde se formaram. Prestem atenção se se trata de um artigo de opinião ou outro tipo de texto. Um artigo científico, um texto explicativo, um resumo de livro, uma crônica, etc.
No caso de não ser um artigo de opinião, procure notar nas referências que foram usadas, onde e em que (ou em quem) a pessoa se fundamentou para defender uma ideia ou para escrever sobre alguma coisa. Isso é essencial. A pessoa tem que ser muito qualificada para escrever sem se basear em nada. Analise e não confunda, usar uma referência não é copiar. Uma referência, uma fonte, uma bibliografia são necessárias aos processos de pesquisa. Prova que tal pessoa leu certas obras e produziu seus escritos.
A última etapa é consultar outros sites, blogs e até procurar, se possível, em fontes escritas. Esse procedimento é essencial para não ficarem dúvidas sobre se o que foi consultado é viável para ser usado em pesquisa ou não.
Feito tudo isso, não há problema nenhum em desfrutar da internet para realizar pesquisas ou ampliar o conhecimento.