FACULDADE ALFA BRASIL
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDES DE ALTA VELOCIDADE

ROWAN BEN-HUR ANDRIGHETTI GIROLLETE

ANDROID: VISÃO GERAL

Artigo publicado como pré-requisito para obtenção do título de Especialista em Redes
de Alta Velocidade.

CASCAVEL

2012
ANDROID: VISÃO GERAL

ROWAN BEN-HUR ANDRIGHETTI GIROLLETE

RESUMO: Neste artigo será explanado a arquitetura do Android como funciona e que recursos existem, o desenvolvimento será abordado de maneira a mostrar quais as vantagens que o desenvolvedor encontrara para realizar seu trabalho, além de uma visão geral sobre o sistema operacional, também será abordada a facilidade com que os usuários do sistema terão ao buscar aplicativos na loja do Android, onde se encontra uma infinidade de aplicativos para todos os gostos.

PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura, Sistema Operacional Mobile, Historia do Android, Google-Motorola, Google Market, Google Play.

1 - INTRODUÇÃO

O inicio do desenvolvimento de sistemas operacionais moveis foi um momento caótico, muitas fabricantes tentando se firmarem como padrão, tentando conquistar o publico com aparelhos com muitas funcionalidades proprietárias, porem sem um sistema operacional que de fato fosse um padrão entre os diversos tipos de hardwares fabricados. A geração de smartphones da época estava famigerada por uma plataforma que satisfizesse todos os anseios por aplicativos que funcionassem em qualquer aparelho, tivesse uma interface amigável que agrada-se o consumidor de uma forma geral. Então a Apple lançou seu iPhone com seu sistema iOS que de fato possui todas as características aqui citadas se tornando objeto de desejo por grande parte da população porem, pelo seu alto custo e significância de status, teve um publico mais restrito a pessoas com maior poder aquisitivo, assim em seu lançamento não atingiu todo o publico que esperava por uma plataforma completa.
O Google em parceria com outras empresas lançou o desafio de criar um plataforma móvel em que todos os participantes da aliança pudessem utilizar em seus hardwares e que fosse de acesso economicamente viável à população tirando o peso do custo de desenvolvimento de um sistema móvel completo como é, assim nasceu o Android, sistema operacional móvel que busca trazer uma plataforma completa de inicio ao fim, que busca a satisfação desde o usuário ao desenvolvedor de aplicações, compatibilidade com aparelhos de pouca capacidade a aparelhos com grande capacidade, além de ser uma plataforma padrão e gratuita aos membros da aliança.
2 - HISTORICO ANDROID

Em julho de 2005 a Google comprou a Android Inc., uma pequena companhia do Vale do Silício que fabricava software para telefones celulares. Ainda era especulativo, mas o que a Google iria fazer neste mercado pouco explorado. Em setembro de 2007, descobriram que a Google tinha submetido vários pedidos de patentes.
Em Novembro de 2007 Eric Schmidt, CEO (Chief executive officer ou Diretor Executivo) da Google, veio a publico para desmentir os rumores de que a empresa iria lançar qualquer tipo de aparelho móvel. Em seu discurso Schmidt afirmou que o esforço da empresa era mais ambicioso do que qualquer “Google Phone". O produto desenvolvido era na verdade uma plataforma de software que iria estar presente em diversos modelos de aparelhos. No mês de Novembro de 2007 a Open Handset Alliance (OHA) lançou o Android.
“[...]A Open Handset Alliance é um grupo formado por empresas líderes em tecnologia móvel que compartilham essa visão para mudar a experiência móvel de todos os consumidores.” (Open Handset Alliance, 2012, tradução nossa). O trecho retirado do site da OHA descreve de forma sucinta o que é esta aliança a que se propõem.
A Open Handset Alliance é um grupo de mais de 80 empresas de tecnologia lideradas pela Google que estão contribuindo para essa plataforma, com a intenção de padronizar uma plataforma de código aberto e livre para celulares, justamente para atender a todas as expectativas e tendências do mercado atual. As empresas dessa aliança estão trabalhando juntas para oferecer uma plataforma de desenvolvimento que permita aos desenvolvedores implementarem e estenderem as aplicações dos seus dispositivos móveis. Essa aliança tem como objetivo também lançar handsets e serviços usando a plataforma Android.
A aliança OHA é composta por um grupo bastante diferenciado de empresas, que compreende desde operadoras de celular a fabricantes de handsets. Fazem parte desta aliança:

Operadoras de Telefonia:

Companhias de Semicondutores:

Fabricantes de Handsets:

Companhias de Software:

Empresas de Comercialização:

Figuras - Logotipos dos membros participantes da OHA
Fonte: Open Handset Alliance, 2012.

3 – O QUE É O ANDROID?

Android é uma pilha de softwares para dispositivos móveis que inclui um sistema operacional, um middleware e um conjunto de aplicações chaves. Os desenvolvedores podem criar aplicações para a plataforma usando o Android SDK [ Software Development Kit, ou seja, Kit de Desenvolvimento de Software ] . As aplicações para essa plataforma são escritas usando a linguagem de programação Java.(Android Developers, 2012, tradução nossa).

Os aplicativos gerados em Java executam sobre o Dalvik, uma máquina virtual customizada para dispositivos com restrições de recursos, como pouca capacidade computacional, baixa capacidade de armazenamento e baterias com baixo nível de energia.

O fato de o Android ser de código aberto contribui muito para seu aperfeiçoamento, uma vez que desenvolvedores de todos os lugares do mundo podem contribuir para seu código-fonte, adicionando novas funcionalidades ou simplesmente corrigindo falhas.
Já os desenvolvedores de aplicações podem desfrutar de uma plataforma de desenvolvimento moderna com diversos recursos incríveis, com tudo o que há de mais moderno. (LECHETA, 2010 p. 22).
Como o autor aqui citado explica, o fato do Android ser de código-fonte aberto facilita seu aperfeiçoamento pelo fato de serem muitas pessoas envolvidas em uma plataforma e não só uma única empresa a qual se responsabiliza por toda a plataforma, correções de bugs e implementações de novas funcionalidades ocorrem com maior rapidez pois todos envolvidos estão trabalhando para a melhoria da plataforma seja ele um programador ou uma das empresas pertencentes a OHA com seu grupo de desenvolvedores, a cada funcionalidade adicionada a plataforma a medida da necessidade dos desenvolvedores, torna o Android uma plataforma poderosa e flexível adaptando-se a necessidade de quem a utiliza, seja este o desenvolvedor ou o usuário final.

4 – ARQUITETURA

Android oferece acesso a uma ampla variedade de bibliotecas e ferramentas úteis que podem ser usados para criar aplicações ricas. Por exemplo, permite que os desenvolvedores Android obtenham a localização do dispositivo e permite que os dispositivos comuniquem-se uns com os outros por peer-to-peer. Além disso, o Android inclui um conjunto completo de ferramentas que foram construídas, para fornecer aos colaboradores uma alta produtividade e fácil aprendizado. (Open Handset Alliance, 2012, tradução nossa).

De acordo com a afirmação da citação acima que diz que o Android oferece acesso a uma ampla plataforma de desenvolvimento onde se pode utilizar a integração de muitas funções do sistema em um aplicativo, propõem-se analisar a arquitetura desta plataforma. No diagrama apresentado na figura 1 demonstra quais são as camadas de componentes de software que formam o Android. Essas camadas compreendem desde o núcleo do sistema operacional Linux, decorrendo por middlewares e ambiente de execução virtualizado, ate as aplicações.

Figura 1: Diagrama da arquitetura da plataforma Android
Fonte: Android Developers, 2012

4.1- KERNEL DO LINUX

O Android tem sua arquitetura fundamentada no kernel do GNU/Linux, versão 2.6, mas este kernel foi enxuto e otimizado, deixando de lado algumas características do Linux que não se aplicam ao ambiente mobile. Muitas funções do kernel são utilizadas diretamente pelo Android, mas diversas modificações foram realizadas para otimizar a memória e tempo de processamento das aplicações. O kernel do Linux foi escolhido por já ter uma boa quantidade de drivers para dispositivos os quais são maduros e confiáveis, além do bom sistema de gerenciamento de memória e processos, que são utilizados pelo Android. Além destas funções, o kernel também é usado para administrar alguns serviços de segurança e rede, e serve como uma camada de abstração entre o software, e o hardware. O desenvolvedor de aplicações não irá programar nesta camada do Android, e só fará uso indireto do kernel através de APIs (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicativos) de níveis superiores.
O kernel do linux é a camada que determina o nível de segurança da plataforma segundo Lecheta (2010, p. 24).
Toda a segurança do Android é baseada na segurança do Linux. No Android cada aplicação é executada em um único processo e cada processo por sua vez possui uma thread dedicada. Para cada aplicação instalada no celular é criado um usuário no sistema operacional para ter acesso a sua estrutura de diretórios. Desta forma nenhum outro usuário pode ter acesso a esta aplicação.

4.2– BIBLIOTECAS

Esta camada possui uma subdivisão as bibliotecas e o ambiente de execução da plataforma Android, formado pelas bibliotecas padrão e pela máquina virtual denominada Dalvik. No primeiro grupo estão as bibliotecas escritas em C/C++, que são compostas por uma coleção de bibliotecas que são utilizadas pela plataforma Android. As bibliotecas são:
- Biblioteca de sistema C – Bionic libc (System C library): é uma implementação BSD (Berkeley Software Distribution) derivada da biblioteca C padrão, otimizada para dispositivos que suportam a plataforma Linux (embbeded-linux , Linux embarcado), tem como otimização a velocidade de execução para aparelhos com pouca capacidade de processamento e o tamanho da biblioteca que se comparada a Glibc esta tem a metade do tamanho e como sempre é carregada junto a um aplicativo faz com que a utilização de memoria caia consideravelmente.
- Bibliotecas de Mídias (Media libraries ): baseada em OpenCORE (codec derivado do BSD), as bibliotecas suportam execução e gravação da maioria dos formatos de áudio e vídeo, bem como exibição de imagens, incluindo MPEG4, H.264, MP3, AAC, AMR, JPG, e PNG.
- Gerenciador de Superfície (Surface Manager ): gerencia o acesso ao display do dispositivo e camadas de gráficos 2D e 3D de múltiplas aplicações.
- Browser engine - LibWebCore: moderna engine de navegador web que acelera tanto o navegador nativo da plataforma Android como outro navegador instalado no sistema, utiliza a biblioteca Webkit para uma rápida exibição de conteúdo HTML (HyperText Markup Language), esta engine é a mesma utilizada em outros navegadores como o Google Chrome e Safari, e em outras plataformas como a iOS da Apple e o Symbian S60 da Nokia.
- SGL (Scalable Graphics Library): engine de gráficos 2D de implementação nativa da plataforma que trata da renderização em conjunto com as camadas de nível superior.
- Bibliotecas 3D (3D libraries): uma implementação baseada na especificação OpenGL ES 1.0, a qual utiliza tanto aceleração de hardware 3D se o dispositivo o tiver ou um avançado e otimizado software para renderização de modelos tridimensionais.
- FreeType: renderização em formatos bitmaps e vetoriais de fontes.
- SQLite: poderosa e leve engine de banco de dados relacional disponível para todas as aplicações, nesta biblioteca o aplicativo faz suas alterações diretamente no arquivo do banco de dados pois ela não se trata de um cliente de banco de dados mas sim de um servidor.

4.3 – AMBIENTE DE EXECUÇÃO

No que se trata do ambiente de execução, a plataforma é composta pela máquina virtual Dalvik e a Core Libraries, durante a inicialização do sistema é criado uma instancia especial da Dalvik que sera responsável pela criação das demais instancias onde cada uma das aplicações ira executar, ou seja toda e qualquer aplicação em Android roda dentro de seu próprio processo, isto é, no contexto da sua instância de máquina virtual. Esta VM (Virtual Machine ou Maquina Virtual) foi escrita para que os dispositivos possam suportar múltiplas máquinas virtuais de forma eficiente. A Dalvik executa arquivos no formato Dalvik Executable, com extensão .dex, um formato de arquivo que é uma espécie de bytecodes de Java otimizados para a Android, ou seja carrega mais rápido e ocupa menos espaço em memoria. A criação do arquivo .dex se da pelo compilação em um compilador da linguagem Java que gera um arquivo .class, este arquivo é transformado em .dex pela ferramenta dx presente no SDK do Android.
A máquina virtual Dalvik também pode fazer o uso de múltiplas threads graças ao suporte a esta funcionalidade provida pelo kernel do Linux, este também promove a VM o gerenciamento de memoria de baixo nível.
A core libraries é o conjunto de bibliotecas que fornece a maioria das funcionalidades disponíveis nas principais bibliotecas da linguagem de programação Java.

4.4 - FRAMEWORK DE APLICAÇÕES

O framework de aplicações é uma plataforma aberta de desenvolvimento, que visa aos desenvolvedores oferecer um ambiente onde este possa estender sua capacidade de desenvolvimento de aplicativos de forma rica e inovadora, utilizando varias API's disponíveis na plataforma Android para criar um aplicativo rico.
Os desenvolvedores têm pleno acesso às APIs do mesmo quadro usado pelos aplicativos principais. A arquitetura do framework é projetada para simplificar a reutilização de componentes, qualquer aplicação pode publicar as suas capacidades e qualquer outro aplicativo pode então fazer uso dessas capacidades (sujeito a restrições de segurança impostas pelo framework). (Android Developers, 2012, tradução nossa).
Além do framework oferecer varias API's aos desenvolvedores ele também facilita a reutilização de código como descrito na citação acima, onde o desenvolvedor pode criar uma especie de modulo e a utilizar em diversas aplicações diferentes até podendo compartilhar este código com outros desenvolvedores. Dentre as API's disponíveis, apresentamos as seguintes:
- Location Manager: Essa API fornece acesso aos serviços de localização do sistema. Estes serviços permitem que aplicativos possam obter atualizações periódicas da localização geográfica do dispositivo, ou acionar um aplicativo especifico quando o dispositivo entra na proximidade de uma dada localização geográfica, aplicações como o GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global) e de previsão do tempo podem utilizar esta API.
- Telephony Manager: Camada de abstração para lidar com os serviços de telefonia do celular. Informações sobre as capacidades e restrições do dispositivo podem ser obtidas através desta API, pois uma das finalidades de um celular ainda é realizar ligações.
- Window Manager: Gerencia de forma simples as janelas em exibição, e permite a criação e obtenção de informações das janelas em exibição da aplicação.
- Content Providers: Esta API gerencia o acesso a um conjunto estruturado de dados, ela permite encapsular os dados e fornece mecanismos para a definição da segurança dos mesmo, o que permitem que uma aplicação torne seus dados públicos, e também que ela possa acessar dados de outras aplicações. Esta API é usada em aplicações que, possam ter a necessidade de ler o banco de dados de contatos do usuário, ou tabelas criadas por outras aplicações, por exemplo. Quase todo tipo de dado por meio desta API é compartilhável, como áudio, vídeo, imagens e texto.
- Resource Manager: Esta API é encarregada de separar os recursos das aplicações do seu codigo, como imagens, strings e arquivos XML(Extensible Markup Language). Os recursos posteriormente são otimizados para ocupar menos espaço, e menor tempo para carregar assim otimizando o acesso e a utilização dos recursos por parte dos desenvolvedores, para este fim foi criado o Gerente de Recursos (Resource Manager), que permite obter e modificar seus dados facilmente, além de fornecer recursos para suportarem configurações especificas dos aparelhos como, idiomas e tamanhos de tela, este fornecimento de recursos para diferentes configurações se torna mais importante a cada novo aparelho lançado com especificações diferentes utilizando a plataforma Android.
- Notification Manager: API que permite que as aplicações exibam notificações na tela do dispositivo, ou ativar LEDs, luzes ,sons ou vibração.
- View System: Este é um conjunto de componentes básicos para a construção da interface de usuário. A View ocupa uma área retangular na tela e é responsável pelo desenho e manipulação de eventos, por isto este conjunto é base na criação de aplicativos, que são usados para criar componentes interativos de interface do usuário. Este conjunto inclui listas, grids, caixas de texto, botões, entre outros.
- Package Manager : API que gerencia os pacotes de aplicativos que estão instalados no dispositivo.
- Activity Manager: Cada atividade no sistema é gerenciada através de uma pilha de atividades, quando uma nova é criada, esta vai para o topo da pilha e se torna a running activity. As atividades tem 4 estados básicos:
- Ativa: se ela está na camada principal da tela.
- Pausada: se ainda é visível, mas não está selecionada.
Uma atividade pausada continua viva, mas em casos extremos pode ser analisadas pelo sistema.
- Parada: se não é mais visível. Suas informações e estados são mantidos, mas são frequentemente terminadas em caso de necessidade de memória.
- Inativa: quando uma atividade estiver pausada ou parada, esta pode ser terminada pelo sistema, e caso o usuário a queira ativar novamente, ela deve ser carregada e seu estado anterior deve ser restaurado.

4.5 – APLICAÇÕES

A camada mais alta da arquitetura da plataforma Android contém uma serie de aplicações padrões, incluindo cliente de e-mail, SMS, mapas, calendário, browser, agenda de contatos, entre outros. Todas as aplicações são escritas em Java, há esforços para possibilitar a escrita de aplicativos em Python e em Ruby.
As aplicações podem facilmente embutir páginas Web, rodam simultaneamente e o usuário pode alternar facilmente entre as aplicações ativas.

5 - ANDROID MARKET

O Android Market pertence e é operado pela Google, no SDK do Android esta disponível ferramentas para que o desenvolvedor de aplicativos para a plataforma possa exportar o arquivo em .apk que é uma espécie de .jar executável utilizado pelo gerenciador de aplicativos do Android para instalar e carregar a aplicação. Pensando em auxiliar a distribuição de aplicativos bem como promover a plataforma, foi criado o Android Market, onde os desenvolvedores colocam seus pacotes com aplicativos pagos ou não a disposição do publico, segundo Lecheta (2010, p. 26).
O objetivo do site é fornecer aos desenvolvedores de aplicativos um lugar comum para disponibilizar suas aplicações. Funciona como o site do YouTube: basta cadastrar e enviar seu aplicativo. O site também conta com o mesmo esquema de comentários e classificação que o YouTube contém.
No Android o Packet Manager gerencia os aplicativos baixados no Android Market, nesta loja de aplicativos os clientes podem baixar o aplicativo pago e se não gostar tem 15 minutos para efetuar a devolução, não podendo ser devolvida a mesma aplicação uma segunda vez em caso de uma eventual nova compra do mesmo aplicativo, sempre que houver a opção de devolução esta estará disponível na interface do Android Market.
A Google também estabelece regras quanto aos aplicativos, sendo que atualizações de aplicativos ficam a cargo do desenvolvedor, sendo assim o Android Market não se responsabiliza pelos aplicativos ali disponibilizados por terceiros, o único suporte ao qual a Google oferece é relativo ao Android Market porem ressalta que não oferece suporte a aplicativos comprado no site, cada desenvolvedor deve determinar o nível de suporte que ira fornecer ao cliente.
Outras regras que abrangem os aplicativos é no que se trata do conteúdo do aplicativo, visando uma boa experiência no Android Market aos usuários e desenvolvedores e procurando restringir abusos que ameaçam a continuidade do serviço, qualquer desrespeito pode acarretar no bloqueio ou exclusão da conta que esteja a violar estas politicas, por isto é proibido disponibilizar aplicativos que contenham material com conteúdo pornográfico, que incentive a brutalidade ou comportamento violento, incitação ao ódio contra grupos de pessoas com base na raça, origem étnica, religião, deficiência, sexo, idade ou orientação sexual. Por isso a Google reserva o direito de poder remover remotamente dos aparelhos, a seu critério e sem aviso prévio, qualquer aplicação que esteja a violar o Contrato de distribuição para desenvolvedores do Android Market ou qualquer outro contrato legal, leis, regulamentos ou politicas, se a aplicação for paga a Google fara todos os esforços cabíveis para recuperar, em nome do usuário, o valor da aquisição do aplicativo se for necessário a partir do desenvolvedor do aplicativo, mesmo que não consiga recuperar o valor total das aplicações removidas o montante sera distribuído entre os usuários que fizeram a aquisição do mesmo.
Segundo Lecheta (2010, p. 26)
Para publicar uma aplicação o desenvolvedor precisa pagar a taxa de US$ 25 e concordar com os termos de uso. Depois disso, o aplicativo já pode ser instalado pelos usuários. Existem aplicativos que são gratuitos, enquanto outros são pagos.
A boa noticia para os desenvolvedores, é que no fim das contas estes U$ 25 pode se tornar simplório tendo em vista o quanto poderão ganhar com a venda de aplicativos, pois 70% do lucro da venda dos aplicativos são repassados aos construtores dos aplicativos.
A estrategia que a Google adotou para promover sua nova plataforma pode ser vista em números, com o crescimento acelerado de aplicações no Android Market. Este site de aplicações foi criado em 28 de agosto de 2008, e a tabela a seguir demonstra seu crescimento:
Gráfico 1: Gráfico do crescimento de aplicativos disponíveis para a plataforma Android
Fonte: Dados coletado pelo autor, 2012.

Com tamanho sucesso de sua nova plataforma a Google decidiu renovar a cara do Android Market, adicionando a loja que inicialmente disponibilizava somente aplicativos, para um modelo onde unifica a venda de aplicativos, musicas, filmes e livros, ou seja a Google ira disponibilizar todo o conteúdo digital disponível em apenas um lugar, esta nova loja ira se chamar Google Play. Na pratica nada ira mudar para quem utilizava as outras lojas e ate mesmo o Android Market na compra ou downloads de conteúdo digital. O Google Play no Brasil terá acesso apenas ao Play Store, a loja de aplicativos, mas usuários dos Estados Unidos terão acesso também a Play Music, Play Movies, e a Play Books, nada impede que futuramente estas opções também estejam disponíveis aos brasileiros. Então quanto ao uso da agora Google Play por parte dos usuários brasileiros isto nada ira mudar já que aqui só sera disponibilizado a Play Store, a não ser pelo fato de que ao acessar o Android Market sera necessário atualizar para a versão do Google Play para dar continuidade a busca por aplicativos. Com a nova loja da Google operando o Android Market deixara de operar.

6 – GOOGLE-MOTOROLA

Em agosto de 2011 a Google compra a divisão Motorola Mobility responsável por smartphones, tablets e acessórios da Motorola. Todo este empenho em comprar uma companhia que produz acessórios que utilizam o Android e também estorvo da aliança por não estar entrado em sintonia com usuários e críticos por não conseguir uma customização do Android para seus aparelhos que agrada-se o publico que vinha a demonstrar insatisfação, também estava agregando um valor negativo a sua imagem e de certa forma ao Android, e ainda assim pagando 63% a mais por ação tem um motivo de compra, a guerra de patentes que podem afetar o Android e proteger as empresas aliadas. Anteriormente a Google tentou comprar a Nortel para adquirir suas patentes a fim de defender a plataforma Android de pagamento de novos royalties porem outras empresas que também disputavam o leilão como a Microsoft, Oracle e Novell acabaram levando a melhor assim deixando a Google sem as patentes que tanto almejava para defender sua plataforma, que com o grande sucesso despertou a ambição de empresas concorrentes que alegam que sua tecnologia esta sendo empregada nos dispositivos com Android sem o pagamento dos devidos royalties, a ameaça de royalties a mais gerou grande tensão. Mais royalties para a plataforma significa maior custo e menor liberdade no desenvolvimento do Android. A Google não queria mais deixar sua plataforma e aliança a merce da sorte, e assim decidiu pela compra da Motorola Mobility, liberando as empresas participantes da aliança do Android a realizar desenvolvimentos para a melhora da plataforma sem a cobrança de elevados royalties, assim também podendo a Google requerer royalties de empresas concorrentes que utilizam agora as patentes da Motorola que estão sob o seu poder.
Com este grande esforço da Google que prova mais uma vez que não ira deixar sua plataforma decair, que sempre estará à levando ao topo do mercado e esta disposta a tudo para o bem da plataforma assim como as marcas parceiras da aliança, com mais este esforço a aliança se vê livre do descredito gerado pela Motorola devolvendo o equilíbrio novamente à aliança do Android.

7 – CONCLUSÃO

Conforme a necessidade de aplicações moveis cresce, mais evoluem as plataformas moveis para atender tal demanda, partindo de um cenário caótico para uma realidade em que a grande maioria da população vem de forma exponencial se conectando a rede e exigindo do mercado uma plataforma completa onde possa estabelecer tanto seu ambiente de laser quanto seu ambiente de trabalho, seja utilizando smartphones ou tablets com aplicativos disponibilizados para a plataforma móvel escolhida. Assim evoluiu o Android entrando ao meio do caos e definindo muitos padrões para sistemas operacionais moveis, apesar do Android ainda estar engatinhando este já apresenta tamanha maturidade no mercado que o torna uma excelente ferramenta de trabalho e laser, por isto muitos desenvolvedores enxergam o Android como a plataforma móvel do futuro e apostam alto nisto. A aliança que construiu o Android não só criou um sistema móvel bem sucedido como também promoveu o avanço tecnológico de cada pessoa que possui um aparelho com Android pois esta pessoa pode usufruir hoje de uma plataforma que lhe entrega muitos recursos os quais antes não dispunha e que são uteis no dia a dia.
Com tamanho sucesso o Android também trouxe alguns problemas com patentes mas uma aliança de tal porte não deixaria que tudo se acaba-se por causa da mesquinharia de outras empresas, e se for guerra de patentes o Google como “pai” do Android não esta disposto a perder, já que esta plataforma teve grande investimento por parte do próprio e de outras empresas.
A Google vem investindo pesado na divulgação da plataforma com seu Google Play o que atrai um numero maior de empresas para OHA, o que ajuda o Android a ser uma plataforma muito competitiva que e que em breve ditara as regras e padrões dos sistemas operacionais moveis.

8 - REFERÊNCIAS

1. Site de Projetos do Google para o Android. Disponível em: Acesso em 15 nov. 2009.

2. Site da Open Handset Alliance. Disponível em: Acesso em 15 nov. 2009.

3. Site do Android Developer Challenge. Disponível em: Acesso em 13 out.2009.

4. Blog Vivasemfio. Disponível em: Acesso em 14 out. 2009.

5. Site IDG Now!. Disponível em: Acesso em 14 out. 2009.

6. Site What is Android? | Android Developers. Disponível em: < http://developer.android.com/guide/basics/what-is-android.html/> Acesso em 24 fev. 2012.

7. BURNETTE, Ed. How android works. Disponível em: . Acesso em 24 fev. 2012.

8. Pagina Android Market. Disponível em: . Acesso em 20 nov. 2009.

9. Gizmodo Brasil, Detalhes da política do Android Market. Disponível em: Acesso em 15 nov. 2009.

10. Site Tudo Celular. Disponivel em: Acesso em 17 ago. 2011

11. LECHETA R. Ricardo, Google Android 2ª Ed., Novatec 2010.

12. Políticas do programa e comerciais do Android Market. Disponível em: Acesso em 6 mar. 2012.

13. Site Droider, Google adquire Motorola Mobility. Disponivel em: Acesso em 28 mar. 2012.