Os desafios da consolidação do EAD em tempos de COVID 19
Publicado em 05 de janeiro de 2022 por PAULO CESAR DE ALMEIDA BARROS LOPES
RESUMO
Este artigo tem como objetivo mostrar a evolução do EAD no Brasil, mostrar como esta forma de ensino foi inserida no processo educacional brasileiro, entender a relação deste processo com o uso das mídias digitais, de que forma foi implantado o EAD e como a desconfiança a esse sistema foi sendo aos poucos reduzida. Mostra também a importância da legislação aplicadas neste processo de implementação, e, também a participação crucial dos educadores e o papel de extrema relevância dos alunos. Discute também como a aplicabilidade desta modalidade tem acelerado durante a pandemia da COVID 19, analisando essa aplicação com variadas pesquisas que foram feitas não só sobre o EAD, mas também sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, (TICs) mostrando assim a utilidade da tecnologia na inserção do EAD na educação em todos os seguimentos. Destaca a diferença entre EAD e Ensino Remoto, em especial com respeito a utilização de ambos neste período de pandemia. Aborda e propõe solução na questão que envolve a evasão do EAD em processo inversamente proporcional ao número de matrículas, e discute como esta evasão pode ser reduzida “aproveitando” o momento de crise causada pela pandemia do corona vírus, deixando claro que o EAD é uma realidade da educação em todos os segmentos.
Palavras -chaves: EAD; processo educacional; legislação; TICs; evasão; COVID 19.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Segundo Paulo Presse, da Hoper Educação, o perfil do aluno da faculdade à distância se enquadra nas seguintes condições: “O aluno da EaD é mais velho, trabalha mais, precisa da disponibilidade do tempo. É um curso que exige alta organização e motivação, isso torna mais complicado o processo do aluno dentro da estrutura da aprendizagem. Por isso, esse aluno precisa de maior acompanhamento — diz ele, que defende que as instituições de ensino desenvolvam programas de retenção do estudante, com tutorias ou aulas extra de reforço.”1 É válido ressaltar que esta frase foi dita por este professor no final do ano de 2019 quando o jornal O Globo emplacou uma série de reportagens sobre o EAD no momento no qual ainda não se falava de pandemia da COVID 19. Em relação ao perfil destacado por Paulo Presse, o contexto que estava sendo considerado era sobre a evasão dos alunos do EAD, pois até o fim do ano de 2019, na sua maior parte eram os que usualmente trabalham e são chefes de família quer sejam homens ou mulheres, às vezes trabalhando em mais de um lugar diferente. Em vista disso para esses trabalhadores e trabalhadoras pode ser muito difícil conciliar o estudo no formato EAD com suas atividades laborais e com suas demandas paralelamente aos compromissos de natureza familiar. Além destes fatores da vida cotidiana, acrescente-se a isso os possíveis problemas de saúde que são inerentes ao ser humano. No entanto, o que pode ter mudado com essa pandemia tanto na questão da evasão, bem como no uso mais regular do EAD? O aumento do uso das mídias digitais no ensino é algo que só tende a crescer. Com estas concepções, é imperativo afirmar que a evolução e expansão da educação à distância é notória, pois se levarmos em consideração os projetos e legislação aplicados e esta forma de ensino, percebe-se que este formato veio para ficar. [...]