RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar a evolução do EAD no Brasil, mostrar como esta forma de ensino foi inserida no processo educacional brasileiro, entender a relação deste processo com o uso das mídias digitais, de que forma foi implantado o EAD e como a desconfiança a esse sistema foi sendo aos poucos reduzida. Mostra também a importância da legislação aplicadas neste processo de implementação, e, também a participação crucial dos educadores e o papel de extrema relevância dos alunos. Discute também como a aplicabilidade desta modalidade tem acelerado durante a pandemia da COVID 19, analisando essa aplicação com variadas pesquisas que foram feitas não só sobre o EAD, mas também sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação,  (TICs) mostrando assim a utilidade da tecnologia na inserção do EAD na educação em todos os seguimentos. Destaca a diferença entre EAD e Ensino Remoto, em especial com respeito a utilização de ambos neste período de pandemia. Aborda e propõe solução na questão que envolve a evasão do EAD em processo inversamente proporcional ao número de matrículas, e discute como esta evasão pode ser reduzida “aproveitando” o momento de crise causada pela pandemia do corona vírus, deixando claro que o EAD é uma realidade da educação em todos os segmentos.

Palavras -chaves: EAD; processo educacional; legislação; TICs; evasão; COVID 19.


CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

Segundo Paulo Presse, da Hoper Educação, o perfil do aluno da faculdade à distância se enquadra nas seguintes condições: “O aluno da EaD é mais velho, trabalha mais, precisa da disponibilidade do tempo. É um curso que exige alta organização e motivação, isso torna mais complicado o processo do aluno dentro da estrutura da aprendizagem. Por isso, esse aluno precisa de maior acompanhamento — diz ele, que defende que as instituições de ensino desenvolvam programas de retenção do estudante, com tutorias ou aulas extra de reforço.”1 É válido ressaltar que esta frase foi dita por este professor no final do ano de 2019 quando o jornal O Globo emplacou uma série de reportagens sobre o EAD no momento no qual ainda não se falava de pandemia da COVID 19. Em relação ao perfil destacado por Paulo Presse, o contexto que estava sendo considerado era sobre a evasão dos alunos do EAD, pois até o fim do ano de 2019, na sua maior parte eram os que usualmente trabalham e são chefes de família quer sejam homens ou mulheres, às vezes trabalhando em mais de um lugar diferente. Em vista disso para esses trabalhadores e trabalhadoras pode ser muito difícil conciliar o estudo no formato EAD com suas atividades laborais e com suas demandas paralelamente aos compromissos de natureza familiar. Além destes fatores da vida cotidiana, acrescente-se a isso os possíveis problemas de saúde que são inerentes ao ser humano. No entanto, o que pode ter mudado com essa pandemia tanto na questão da evasão, bem como no uso mais regular do EAD? O aumento do uso das mídias digitais no ensino é algo que só tende a crescer. Com estas concepções, é imperativo afirmar que a evolução e expansão da educação à distância é notória, pois se levarmos em consideração os projetos e legislação aplicados e esta forma de ensino, percebe-se que este formato veio para ficar. [...]