O PAPEL DO PEDAGOGO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN

Ângela Conceição dos Anjos Pena[1]

Hellen Sheyla Santos Lopes dos Anjos[2]

Maria Madalena Santos Nunes[3]

Este estudo vem investigar o Papel do Pedagogo no Processo de Alfabetização dos alunos portadores de Síndrome de Down, sendo a sua prática educativa e a sua postura, enquanto profissional da educação, fatores fundamentais para a construção dos saberes destes alunos. Para atingir o objetivo proposto dentro deste estudo, optamos por alguns autores que expressam bem suas falas à essência deste trabalho e apoio para a construção do mesmo. Realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico e com procedimentos metodológicos, para a realização desta investigação, foram utilizados estudos com os autores Silva (2002), Sassaki (1996), Voivodic (2004), Rocha (2002), ECA, LDB, do aluno com Síndrome de Down na alfabetização no ensino aprendizagem. As analises dos dados indicam a importância da preparação do pedagogo para receber em sala de aula um aluno com Síndrome de Down, a fim de não prejudicar o processo de ensino-aprendizagem. O presente estudo nos possibilitou a entender como vem ocorrendo essa prática do professor em sala de aula no processo de alfabetização do aluno com Síndrome de Down, de como suas metodologias vem sendo trabalhadas, o grau de seriedade com que eles respeitam o limite do seu aluno portador da Síndrome de Down, considerando que precisa haver mudanças para que esta educação oferecida seja de fato Inclusiva. Deste modo, queremos propor, com este trabalho que o Pedagogo reflita acerca do papel no processo de alfabetização do aluno com Síndrome de Down.

Palavras - chave: Síndrome de Down. Formação. Educação de Qualidade. Alfabetização. Ensino-aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

Em literaturas, desde o século XIX sobre a Síndrome de Down informam que vários pesquisadores da Psicologia como Schwartzman (1999) e Danielski (2001) vêm estudando o seu aspecto físico e psicológico, porém, no campo educacional poucos educadores escrevem ou dissertam sobre o tema, principalmente quando se refere ao processo de alfabetização dos Portadores de Necessidades Especiais Educativas, com o diagnóstico médico e psicológico.

No cotidiano existem pessoas que por não ter conhecimento sobre a Síndrome de Down frequentemente associam a alguém retardada e incapaz de aprender, consequentemente fecham as portas ou deixam de tentar ajudá-los em seu processo de aprendizagem e inserção no meio social, por fim excluem do convívio social.

Entretanto, situações como essas se repetem no cotidiano chegando até a ficar retidas na memória de outrem que desconhecem o processo de atendimento aos portadores da Síndrome de Down, mas se propagam a todos que não se enquadram no perfil da sociedade.

Na cultura Espartana, na idade média, podemos encontrar exemplos claros de exclusão dos que nascem com a Síndrome de Down. Para Schwartzman (1999), na Idade Média as mães que gerassem filhos com alguma deficiência, eram apontadas nas ruas como a mulher que gerou o filho do demônio e então eram queimados na fogueira, apenas os filhos dos nobres eram poupados da fogueira.

Contudo, o portador da Síndrome de Down apresenta dificuldades e limitações em seu processo de aprendizagem como afirma Silva (2002 apud Schwartzman, 1999), ressaltando que este aluno é incapaz de aprender, assim como os ditos “normais” podem ter uma vida em que desenvolva atividades do cotidiano escolar e aquelas feitas fora do muro da escola, mas tal feito só é possível desde que seja estimulado e incentivado a realizar tais atividades que lhe foram propostas.

A Resolução CNE[1]/CEB[2] nº 2 de 11 de fevereiro de 2002, no art. 2º trata do direito a uma educação de qualidade que proporcione o seu desenvolvimento cognitivo que o portador da Síndrome de Down, assim como os demais portadores de necessidades educacionais especiais precisam receber. Caberá, ao educador, utilizar ferramentas (técnicas e estratégias) para estimular o processo de ensino aprendizagem destes alunos, seja ele portador da Síndrome de Down, com necessidades educacionais especiais ou o dito “normal”.

Com o intuito de desvendar a pertinência deste tema propomos a pesquisar qual a postura do pedagogo diante do processo de alfabetização do portador da Síndrome de Down no primeiro ano do ensino fundamental, com a intenção de adicionar dado que venha colaborar com os profissionais da pedagogia, interessados em identificar sintomas e formas de atendimento pedagógico para os portadores da Síndrome de Down. O pedagogo está preparado para assumir em sua sala de aula, um aluno que apresente Síndrome de Down? Existe uma metodologia especifica para ser utilizada como a prática pedagógica do professor, no processo de alfabetização dos alunos portadoras da síndrome de Down?; Os professores estimulam seus alunos, portadores da síndrome de Down no processo de ensino aprendizagem? Observar a atuação do docente no desenvolvido de algum método facilitador, no processo de alfabetização do aluno com Síndrome de Down.

Como procedimentos metodológicos, para a realização desta investigação, foram utilizados a pesquisa bibliográfica estudos com os autores Silva (2002), Sassaki (1996), Voivodic (2004), Rocha (2002), ECA, LDB, de etnográfica, com abordagem qualitativa, conforme cita André (2004 p. 29) “O pesquisador faz uso de uma grande quantidade de dados descritivos: situações, pessoas, ambientes, depoimentos, diálogos, que são por ele reconstruídos em forma de palavras ou transcrições literais”. A pesquisa etnográfica por consistir em observar o objeto em seu meio natural, de modo que não seja feita nenhuma interferência ou experiência no objeto de pesquisa. André (2004, p. 41) diz que: Esse tipo de pesquisa permite, pois, que se chegue bem perto da escola para tentar entender como operam no seu dia-a-dia os mecanismos de dominação e resistência, de opressão e de contestação ao mesmo tempo em que são veiculados e reelaborados conhecimentos, atitudes, valores, crenças, modo de ver e de sentir a realidade e o mundo. Portanto, nossa investigação mostra o objeto em seu meio natural, em que se estará apenas observando-o em seu cotidiano, pois a pesquisa etnográfica nos permite investigar sem que precisemos interferir em seus mecanismos. [...]