Sheila Blondin

Sheila Blondin
Falar da dança é falar do corpo e de toda a cultura presente na vida de tantos povos, é a expressão de uma comunidade, tanto nos momentos de lazer quanto nos momentos de adversidades, a dança é um canal de socialização, é fonte de lazer e também de Adoração. Para as pessoas que se deixam expressar através dela, há uma certeza: que a dança da vida deve ser celebrada, festejada em forma de agradecimento a quem a doa. Dentro do ritual religioso, a dança sagrada exige algo mais do que o próprio domínio corporal; exige também uma participação ativa da consciência, que simultaneamente se irá manifestar na seqüência dos movimentos. Aqui o artista não exprime algo que lhe é exterior: procura ser verdadeiro; o seu corpo é a oferenda e a sua consciência é o oficiante. Ele dança com o espírito, exaltando o corpo para sublimar, através do exercício religioso, da oração em movimento e do ritual da dança. O presente estudo pretende fazer uma análise em relação à apropriação da dança como expressão nos culto das igrejas cristãs, apontando discussões sobre esse processo e sua desapropriação num fenômeno contemporâneo muitas vezes junto ao Sagrado. As conclusões finais buscam conduzir a uma reflexão desse acontecimento presente, procurando também justificar essa importância através do embasamento teórico através das questões da cultura, do símbolo, do rito, da memória, da religião, e da linguagem corporal e sua função.
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Membro desde maio de 2009