Aldemir Bentes nasceu em Maués-Amazonas, no dia 17 de março de 1.959. O local de seu nascimento ocorreu na casa do Sr. Manoel Delfino, à Rua Floriano Peixoto, atrás da Escola Estadual Santina Filizola, antes conhecida por ?Grupão?. É filho da Sra. Cândida Bentes de Souza e do Sr. Adão Magalhães da Silva. Nasceu órfão de pai. Quando sua mãe estava no terceiro mês de gestação, seu pai morreu afogado nas águas do Igarapé do Diamante, no Rio Apocuitaua. Desde então, sua educação e criação ficou sob a responsabilidade de sua mãe e seu irmão mais velho, Sr. Percildo Marques de Souza, funcionário do SESP na época. Seus primeiros anos de vida, até a idade escolar, foram vividos na casa do Sr. Mirandão, à Rua Getúlio Vargas. Iniciou seus estudos em uma escola improvisada que funcionava na Garagem da Prefeitura, na Rua Guaranópolis. Sua primeira e inesquecível professora foi a Sra. Célia Macedo da Rocha. Depois de concluir as primeiras séries da alfabetização, foi transferido para a Escola Santina Filizola, onde teve como professoras; Lenise Cruz, Chiquita Garcia e Eliana Mafra. Cursou todo o ensino primário no ?Santina Filizola?, época em que teve como professora, até sua transferência para o Curso Ginasial, a Sra. Jandira Peixoto, por quem guarda carinho muito especial, porque foi ela quem mais o incentivou a dar continuidade a seus estudos e sempre lhe dispensou respeito, atenção e tolerância, haja vista que o pequeno Aldemir era um ?curumim? muito levado. Passou toda sua adolescência morando na Rua Amazonas, bairro da Maresia. Quando adolescente, imitava os circos que passavam pela cidade, improvisando apresentações idênticas às dos circos, com trapezistas, palhaços e malabaristas. Para distrair a vizinhança, improvisava uma tela de televisão. Recortava vários desenhos e pendurava em uma linha e em contraste com a luz de uma ?lamparina?, refletia a imagem num lençol que ficava em frente às figuras que representavam os personagens de suas narrativas. Como bom maueense, aprendeu a nadar sozinho e os seus lugares preferidos para o banho de rio era a praia da Antarctica. Gostava de pescar nas redondezas de Maués, no lugar denominado Igapó. Em frente ao local onde hoje está instalado o palco das apresentações da Festa do Guaraná e Festival de Verão, era a sua selva predileta. Ali, juntamente com os amigos, brincava de Tarzan, pulando de árvore em árvore e não era permitido pisar na areia. Integrou e dirigiu o Grupo de Escoteiros ?Padre Demétriu Sanna? por longos anos. Nesse período, participou de vários acampamentos e aprendeu muito com as técnicas utilizadas pelos escoteiros em sobrevivência na selva. Do ginásio guarda boas recordações das professoras Cordélia Maciel e Elisa Melo que, através de suas aulas de português, fizeram com que despertasse nele o interesse pela leitura e pela escrita. Em 1980, concorreu e ganhou uma bolsa de estágio prático no Banco da Amazônia, Agência de Maués, onde passou um ano. Através de concurso público, em 1981, foi admitido no Banco do Estado do Amazonas ? BEA - onde trabalhou por quatorze anos, deixando aquela empresa em 1995. Passou algum tempo desempregado e, neste intervalo, trabalhou na Procomp e, depois, na empresa de seu sobrinho Sr. João Francisco Pereira de Souza. Separou-se de sua esposa e foi nesse período que se afundou na bebida alcoólica. Alcoólatra consciente conseguiu superar seu alcoolismo, com ajuda de muitos amigos e familiares. Começou a fazer seus primeiros escritos ainda em Maués, entretanto, não tinha a preocupação de guardar cópias, assim, muitos poemas, jornais que fazia, em parceria com seu amigo Waldo Mafra, o Barrô, ficaram perdidos no tempo. Ainda na adolescência, no ginásio, já demonstrava interesse pela literatura, mesmo que de maneira inconsciente. Mas foi quando passou a residir em Manaus, em 1986, que começou a escrever e organizar seus escritos. Talvez a saudade da terra, dos amigos e da família lhe tenha trazido muitas inspirações. Seu primeiro escrito em forma de livro, intitulado ?Maués, Contos e Lendas? são fragmentos compostos ao longo dos anos, retratando de maneira prazerosa a vida cotidiana de seu tempo, mostrando os costumes, as estórias e a vida na pequena Maués. Escreveu também, ?Poemas Caboclos ? Verso e Prosa? que pretende lançar futuramente. Em 1999, retornou para a cidade de Maués. Em maio de 2004, por concurso público, foi admitido na Companhia Energética do Amazonas ? CEAM. No mesmo ano prestou vestibular na UEA e foi aprovado no Curso de Letras. Casou-se pela segunda vez com a Sra. Josiely Miranda, com quem tem dois filhos: Vinícius Miranda Bentes e Cândida Victória Miranda Bentes, adotou Victor Gabriel Miranda Bentes. Assumiu a paternidade ainda de Mariane Rafaela, com doze anos, e Márlesson Miranda, com 11 anos, filhos de sua esposa atual. No dia 12 de maio de 2007, realiza um de seus sonhos, é publicado a 1ª edição de seu livro Maués Contos e Lendas, produzido de forma artesanal com tiragem inicial de 1.500 exemplares. Tem como objetivo futuro, cursar Direito, depois de concluir o Curso de Letras (em 2008). No dia 30 de maio de 2007, à véspera de completar 97 anos, perdeu sua mãe que faleceu de causa natural, uma grande parte de sua vida se foi com ela, mas sua memória e ensinamentos ficarão como exemplo de vida. No dia 15 de janeiro de 2009, concluiu com êxito o Curso de Licenciatura em Letras, cuja turma foi a primeira da Universidade do Estado do Amazonas em Maués.A colação de grau ocorreu no dia 17 de setembro de 2009. Os maiores tesouros de sua vida são sua família e seus amigos e a sua musa inspiradora é a cidade de Maués e seu povo. Atualmente não está escrevendo, todavia, tem como projeto, escrever um mini-dicionário, com o linguajar genuinamente maueense. Como esperança de vida, sonha ver Maués uma cidade cada vez mais humana, mais consciente e gostosa de se viver. Acredita no povo e espera que, através dos jovens se possa plantar uma visão consciente de uma sociedade cada vez mais coletivista e justa. Que o homem seja sempre o ser mais importante no contexto da vida.