WALLON E O ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA FAIXA ETÁRIA DE 0 A 12 MESES

Ludimilla Neres Costa

Resumo: Este trabalho apresenta as concepções de Wallon sobre o estágio impulsivo entendendo como se dá o processo impulsivo emocional da criança, enriquecendo nossa formação como educador infantil. No entanto, essa pesquisa bibliográfica, não contará com pesquisa de campo, sendo desnecessária a aplicação de entrevistas. Será feito apenas um estudo e análise das teorias de Wallon, onde serão abordadas as seguintes temáticas: motricidade, movimento; pensamento, cognição; personalidade, afetividade. Desse modo, o trabalho vem abordando alguns dos desenvolvimentos das crianças nos primeiros anos de vida. Wallon fala que o desenvolvimento dos estágios ou fases é orientado por princípios convergentes, predominância, alternância e integração funcional. Para a perspectiva walloniana, o desenvolvimento humano é motivado pela ação das emoções que se expressa pela motricidade, nos contextos das relações sociais. Todavia, através desse trabalho busca-se enfatizar a importância das ideologias walloniana para a educação, principalmente no que se refere aos estágios impulsivos emocional da criança.

Palavras-chaves: Impulsivo, Emocional, Educador, Criança e Wallon.

INTRODUÇÃO

         O presente projeto tem como objetivo realizar um estudo bibliográfico sobre os estágios evolutivos da criança, tendo em vista as contribuições dos pressupostos teóricos de Wallon, analisando a escassez de aprofundamento no que se refere às teorias voltadas ao desenvolvimento da criança de 0 a 1 ano.

            Nessa perspectiva, podemos observar a relevância de estudos voltados ao desenvolvimento da criança, cujas concepções da psicologia relacionadas a educação em que para Wallon é essencial para a construção do conhecimento da criança, dá-se a perceber que sua teoria de desenvolvimento é ainda hoje pouco divulgada nos meios educacionais.

            De acordo com as teorias Wallonianas, o desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado este da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento como um todo.

            Nessa perspectiva, Wallon realiza um estudo que é centrado na criança contextualizada, isto é, posta no ambiente imediato, social e histórico. Nesse contexto onde a criança é estudada, considera-se o ritmo na qual se sucedem às etapas do desenvolvimento.

            Essas etapas são descontínuas. Elas trazem em si mesmas as marcas dos conflitos, dos movimentos dialéticos, das rupturas ou cortes vivenciados, retrocessos e reviravoltas etc. Esses “conflitos” – pertencentes ao próprio crescimento humano – provocam em cada etapa, profundas mudanças nas anteriores.

            O conhecimento, pois não é linear e a autonomia está diretamente relacionada com os limites da organicidade e os construídos pela sociedade e história humana.

            A verdade é, pois em Wallon, algo subjetiva, pois cada pessoa tem a sua e é histórica porque se transforma ao longo do tempo. Dessa maneira a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação. Ela ocorre por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, no qual perpassam crises que afetam a conduta da criança.

            Nessa linha de pensamento, este trabalho em sua pesquisa bibliográfica, procurou mostrar um estudo aprofundado sobre a teoria Walloniana acerca do desenvolvimento da criança no estágio impulsivo emocional.

            Neste sentido, Wallon elabora cinco estágios da evolução psicológica da criança de acordo com as faixas etárias e, dentre estas as fases de 0 a 12 meses, a partir do nascimento, constituem etapas marcadas pelo estágio impulsivo-emocional, predominando a afetividade que orienta as primeiras reações do bebê frente às pessoas, como também a emocional com a interação da criança e o ambiente.

            Nesse contexto teórico, os aspectos psicomotores dizem respeito a dois estágios. O estágio impulsivo que abrange a faixa etária de 0 a 3 meses e o estágio emocional que se inicia a partir dos 03 até os 12 meses de idade, sendo que nessa sucessão de estágios a forma de atividade, o interesse da criança com o mundo, com as pessoas, com coisas são alternados, mudanças estas que Wallon denominou de “principio da alternância funcional”.

            No capítulo I será abordado de forma sucinta as premissas do pré-projeto, para melhor apreensão das contextualizações teóricas.

            No capítulo seguinte apresenta-se inicialmente com o estágio impulsivo – emocional relacionando à motricidade tendo como predominância a afetividade que orienta as primeira reações do bebê frente às pessoas, como também a emocional na qual a criança interage com o ambiente.

            Posteriormente, no terceiro capítulo será explanado o estágio do pensamento e cognição que aborda a linguagem primitiva constituída de pura emotividade.

            Finalizando, no quarto capítulo explanará também sobre, a personalidade e afetividade, ou seja, momento em que a criança, por ser dependente de outra pessoa, começa a se comunicar de várias maneiras, através de gritos, choro na qual utiliza esses meios para demonstrar alguma necessidade pessoal, tais como fome, dor, entre outras coisas.