TRABALHO PRÁTICO SOBRE ESCOAMENTO E FATOR DE ATRITO EM TUBULAÇÕES
Por Luis Guilherme Seidel | 29/09/2015 | EngenhariaUNIVATES
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
TRABALHO PRÁTICO SOBRE ESCOAMENTO E FATOR DE ATRITO EM TUBULAÇÕES
Bernardo Vinicius Purper
Carlos Eduardo Rech
Douglas Felipe Diefenthäler
Hilário Weber
Luis Alberto Menezes
Luis Guilherme Seidel
Samuel Henrique Schneider
Lajeado, Junho de 2015
Bernardo Vinicius Purper
Carlos Eduardo Rech
Douglas Felipe Diefenthäler
Hilário Weber
Luis Alberto Menezes
Luis Guilherme Seidel
Samuel Henrique Schneider
TRABALHO PRÁTICO SOBRE ESCOAMENTO E FATOR DE ATRITO EM TUBULAÇÕES
Trabalho prático realizado na disciplina de Mecânica de Fluídos, do Curso de Engenharia Mecânica, do Centro Universitário UNIVATES, como parte da terceira nota da disciplina.
Professor: M.Sc. Lober Hermany
Lajeado, Junho de 2015
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Valores para vazão e pressão em tubulação rugosa com Ø = 3/4 de polegada 9
Tabela 2 - Valores para vazão e pressão em tubulação lisa com Ø = 3/4 de polegada 12
Tabela 3 - Valores para vazão e pressão em tubulação lisa com Ø = 1/2 polegada 13
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Gráfico do fator de Atrito 10
Figura 2 - Uso de corante para verificação do tipo de escoamento no tubo 11
SUMÁRIO
5.CARACTERÍSTICA DO EXPERIMENTO 11
5.1.Etapa 1 – Determinação do número de Reynolds 11
5.2.Etapa 2 - Perda de Carga num tubo liso com Ø = ¾ de polegada 12
5.3.Etapa 3 - Perda de Carga num tubo liso Ø = ½ polegada 13
Realizar um experimento para determinar, por meio de cálculos, a relação entre a vazão de escoamento e o fator de atrito da tubulação, utilizando, no ensaio,de equipamentos como hidrômetro, medidor de pressão, bomba, tubulações e válvulas, e comparando os resultados obtidos com os valores tabelados no diagrama de Moody.
Foram realizadas nove medições de vazão e diferencial de pressão numa tubulação de diâmetro e comprimento conhecidos, porém com rugosidade desconhecida e, também, uma medição em tubulações lisas, a primeira com o mesmo diâmetro e a segunda com diâmetro diferente da primeira. Assim foram tabelados os valores encontrados e aplicadas as fórmulas estudadas nesta disciplina afim de plotar os valores no gráfico (número de Reynolds x Fator de atrito) e, por fim, validar os valores encontrados àqueles estudados em aula.
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Fluido: Água
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Massa específica da água: aproximadamente 1000 kg/m³ (quilogramas por metro cúbico)
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Temperatura do experimento: temperatura ambiente (17°Celsius)
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Comprimento da tubulação: 1128milímetros
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Diâmetro do tubo 1: ¾ de polegada
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Diâmetro do tubo 2: ¾ de polegada
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Diâmetro do tubo 3: ½ de polegada
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Superfície interna do tubo 1: Rugosa
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Superfícieinterna do tubo 2: Lisa
-
Superfícieinterna do tubo 3: Lisa
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Medidor de vazão: Hidrômetro analógico da marca LAO com vazão de Qn= 1,5 m³/h (metros cúbicos por hora) e vazão mínima de 0,030 m³/h (metros cúbicos por hora).
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Medidor de Pressão: digital, resolução 0,1 psi
-
Bomba de água e acessórios, conforme modelo do equipamento.
Para preparar o experimento foram realizados ajustes nas válvulas e conexões do equipamento, acionado a bomba de água e realizado a primeira medição de vazão, com um cronômetro e lendo no relógio de vazão o apontamento de 10 litros em “x” tempo (segundos), marca na qual o cronômetro parava; em seguida foi realizado a inversão das válvulas direcionando o fluxo do fluido para a tubulação (diâmetro ¾de polegada – rugosa) e foi coletado a leitura do gradiente de pressão desta tubulação. Os dados encontrados foram tabelados e o procedimento foi repetido para as nove vazões estabelecidas.
Logo após foi calculado o número de Reynoldse, também a perda de carga, para posteriormente encontrar a velocidade média e fator de Atrito desta tubulação.
Q |
tempo |
Q (m3/s) |
V (m/s) |
Re |
Δ p (psi) |
Δ p (Pa) |
ρ |
g |
H |
Fator de Atrito |
10 |
10,3 |
0,000971 |
3,406575 |
64895,25 |
2,3 |
15857,95 |
1000 |
9,81 |
1,616508 |
0,04615588 |
10 |
10,21 |
0,000979 |
3,436603 |
65467,29 |
2 |
13789,52 |
1000 |
9,81 |
1,40566 |
0,039437214 |
10 |
10,78 |
0,000928 |
3,25489 |
62005,66 |
1,8 |
12410,57 |
1000 |
9,81 |
1,265094 |
0,039567151 |
10 |
11,94 |
0,000838 |
2,93867 |
55981,66 |
1,3 |
8963,188 |
1000 |
9,81 |
0,913679 |
0,035057162 |
10 |
13,03 |
0,000767 |
2,692841 |
51298,62 |
1 |
6894,76 |
1000 |
9,81 |
0,70283 |
0,032115418 |
10 |
14,38 |
0,000695 |
2,440036 |
46482,69 |
0,8 |
5515,808 |
1000 |
9,81 |
0,562264 |
0,031291941 |
10 |
15,5 |
0,000645 |
2,263724 |
43123,94 |
0,6 |
4136,856 |
1000 |
9,81 |
0,421698 |
0,027267128 |
10 |
18,31 |
0,000546 |
1,916315 |
36505,79 |
0,4 |
2757,904 |
1000 |
9,81 |
0,281132 |
0,025366551 |
10 |
24,31 |
0,000411 |
1,443345 |
27495,72 |
0,2 |
1378,952 |
1000 |
9,81 |
0,140566 |
0,022357573 |
Tabela 1 - Valores para vazão e pressão em tubulação com Ø = ¾ de polegada
Onde
Os valores do número de Reynolds e do fator de atrito foram usados para elaboração do gráfico ilustrado na Figura 1, através do qual se observou um comportamento semelhante ao tabelado no diagrama de Moody.
Figura 1 - Gráfico do fator de Atrito
Ao injetar um corante azul na tubulação observou-seque o escoamento tem regime turbulento nessa tubulação, com onúmero de Reynolds maior que 2000,conforme demonstrado na figura 02. Para conseguir um escoamento em regime laminar, foi necessário regular a vazão em 0,053 m³/s (metros cúbicos por segundo) e, assim onúmero Reynoldsfoi igual a 1012.
Figura 2 - Uso de corante para verificação do regime do escoamento no tubo.
Para determinar a perda de carga num tubo liso, foi aplicado o mesmo procedimento e, assim, coletadas as informações e calculados o númeroReynoldse perda de Carga. Após os valores calculados para o diferencial de pressão e número de Reynolds foram comparadoscom os do diagrama de Moody.
Q |
tempo |
Q (m3/s) |
V (m/s) |
Re |
Δ p (psi) |
Δ p (Pa) |
ρ |
g |
h |
Fator de Atrito |
10 |
9,88 |
0,001012 |
3,551389 |
67.654 |
1,5 |
10342,14 |
1000 |
9,81 |
1,054245 |
0,027696819 |
|
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Tabela 2 - Valores para vazão e pressão em tubulação lisa com Ø = ¾ de polegada
Onde
1,128
Observou se que o diferencial de pressão Δ p (Pa) encontrado no experimento, divergiu ao valor calculado pelo diagrama de Moody. A causa da divergência pode ter ocorrido por fatores como o tubo não ser totalmente liso, com rugosidades que ocasionam atritos, possibilidade de ter variações no medidor de vazão, alteração da massa específica do fluido devido a contaminação, erro de medição dos instrumentos, maiores perdas de carga devido as válvulas e curvas.
Para a perda de carga num tubo liso foi aplicado o mesmo procedimento e coletado as informações e aplicado formulas de Reynolds e cálculo de perda de Carga; e foi comparado valores obtidos do diferencial de pressão Δ p com valores encontrados pelo diagrama de Moody.
Q |
tempo |
Q (m3/s) |
V (m/s) |
Re |
Δ p (psi) |
Δ p (Pa) |
ρ |
g |
h |
Fator de Atrito |
10 |
9,88 |
0,001012 |
7,994033 |
101.524 |
3,9 |
26889,56 |
1000 |
9,81 |
2,741036 |
0,009475 |
Tabela 3 - Valores para vazão e pressão em tubulação lisa com Ø = ½ polegada.
Onde
1,128
Observou se que
-
De acordo com o gráfico da figura 01, quanto maior for o número de Reynolds, maior será o fator de atrito.
-
Quanto maior a rugosidade do tubo, maior o fator de atrito.
-
A perda de carga para uma situação de mesma vazão(Q), porém com diâmetros diferentes, conforme as etapas 2 e 3, é maior no tubo de menor diâmetro.
Em vista dos resultados apresentados, leva-se a acreditar que o fator de atrito está intimamente ligado ao número de Reynolds e a velocidade de escoamento, visto que o aumento da turbulência na tubulação assim como a rugosidade e velocidade do escoamento, causam a elevação do fator de atrito.
Já a perda de carga aumenta com a diminuição do diâmetro tubular e diminui com a redução da velocidade e número de Reynolds. Assim, para conseguirmos o uma tubulação com um escoamento mais eficiente, ou seja, com menor perda de carga, para os diversos fins de transporte de líquidos, devemos diminuir o fator de atrito ao máximo, usando tubulações lisas com o menor número de falhas, válvulas e curvas ou junções.