TEMPO INTEGRAL:DESAFIOS POSSÍVEIS
Por Marly Candida de Oliveira | 29/11/2015 | EducaçãoFAMA-Faculdade Aldete Maria Alves
Marly Candida de Oliveira
TEMPO INTEGRAL: DESAFIOS POSSÍVEIS
Iturama-MG
2015
Marly Candida de Oliveira
TEMPO INTEGRAL: DESAFIOS POSSÍVEIS
Trabalho de conclusão do curso de Pedagogia, como exigência do 6º semestre, parcial para obtenção do título Licenciatura em Pedagogia.Orientadora Ma Naime Souza Silva.
Iturama-MG
2015
1 TEMA
Políticas Educacionais
2 TÍTULO
TEMPO INTEGRAL:DESAFIOS POSSÍVEIS
3 PROBLEMA
Quais as contribuições do programa de tempo integral no desenvolvimento dos educando do ciclo inicial de alfabetização 3º e do complementar 4º e 5º ano do ensino fundamental?
4 HIPÓTESE
Como o tempo integral pode contribuir para a ampliação do universo de conhecimentos das crianças e o desenvolvimento de práticas pedagógicas pelos professores da Educação do Ensino fundamental nas séries iniciais (3º ano) e finais (4º e 5º ano).
5 JUSTIFICATIVA
A presente pesquisa se justifica por atuar profissionalmente em uma escola municipal e observando as atividades desenvolvidas pelos docentes do tempo integral e pelos alunos, surgiu a inquietação: a) Aulas o dia todo não é mais cansativo do que produtivo para os alunos; b) Quais os objetivos deste projeto? c) Quais as práticas pedagógicas desenvolvidas? Qual órgão mantém o projeto e recursos? O presente buscará analisar o projeto de Tempo Integral da escola municipal “José Lúcio de Sampaio” no município de União de Minas na expectativa de divulgar os resultados e favorecer conhecimento sobre o assunto aos demais educadores.
6 OBJETIVOS
6.1 Objetivo Geral
Aprofundar os conhecimentos e refletir sobre os principais conceitos e práticas pedagógicas das políticas públicas em relação ao tempo integral aplicadas aos alunos das escolas pública do ensino fundamental.
6.2 Objetivo específico:
- Identificar as vantagens e desvantagens do programa do Tempo Integral e as perspectiva metodológicas adotadas.
- Analisar como o programa de Tempo Integral está sendo realizado na escola Municipal “José Lúcio de Sampaio,” em União de Minas - Minas Gerais.
- Analisar os objetivos, as práticas e metodologias pedagógicas aplicadas aos alunos participantes do projeto.
- Verificar os recursos financeiros aplicados no projeto.
7 METOLOLOGIA
A metodologia será desenvolvida na abordagem qualitativa, utilizando a pesquisa bibliográfica, com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos, apoiando-se nos autores que defendem uma educação de qualidade e essa perspectiva é tema de alguns autores atuais dentre eles: Azevedo (2004), Kramer (2001), (SEEMG, 2006), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394 de (1996).Secretária da educação do Estado de Minas Gerais.
Será feito uma pesquisa de campo utilizando também uma entrevista semi-estruturada com o coordenador do projeto, diretora e docente (dois)
8 REFERENCIAL TEÓRICO
Desde o século XX a educação integral tem sido considerada uma possibilidade de alargamento dos trabalhos culturais e sociais, permanecendo presente nas propostas das diversas correntes políticas. Perpassou e foi difundida por diferentes orientações Segundo Azevedo (2004), este é um elemento chave para compreender-se o sentido que cada política pública assume na solução de determinado problema. Para a autora,as políticas públicas emergem de uma necessidade, problema social ou de uma questão socialmente problematizada.
Para Souza (2006), o governo é elaborador por excelência de políticas públicas, lócus de embates, interesses, prioridades e opiniões na acepção das políticas. Alega que a política pública coloca o governo em ação na proposição de mudanças no curso das próprias ações. Elas são traduzidas nos “propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão os resultados ou mudanças no mundo real” (Souza, 2006, p. 26).
Após anos de embate, o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) enviou ao Congresso Nacional uma nova versão da LDB que foi aprovada como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394 de 1996. A lei sinaliza discretamente a educação integral conforme citado em seu artigo:
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.
§2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. (BRASIL, 1996).
Nas diretrizes do Plano Nacional de Educação, 2001 encontramos o aumento da jornada escolar como alternativa para atenuar as disparidades sociais e expandir de acordo com a democracia as oportunidades de aprendizagem.
Na acepção de balizar a importância da educação em tempo integral o Congresso Nacional aprovou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Assim sendo a Lei Nº 11494 de20 de julho de 2007 em seu Art. 10 que trata da repartição ajustada de recursos do FUNDEB, levará em conta segundo o inciso IX, “o ensino fundamental em tempo integral”.
A educação em tempo integral deve ser direcionada aos alunos de maior vulnerabilidade social. São eles:
•Em distorção idade-ano;
•Onde houver necessidade de correção de fluxo (redução da evasão e/ou repetência);
•Beneficiários do Programa Bolsa Família;
•Abuso, violência e trabalho infantil;
•Com baixo rendimento escolar. (CAVALIERE, 2002, p. 33).
Esta pesquisa visa no seu objetivo geral aprofundar conhecimentos e refletir sobre os principais conceitos das políticas públicas em relação ao tempo integral dos alunos das escolas pública do ensino fundamental.
E seus objetivos específicos desvelarão o seguinte: Ampliar o conhecimento em relação à ampliação da jornada escolar. Realizar uma análise sobre a questão, assumindo uma abordagem em acordo com a perspectiva metodológica adotada. Realizar um resgate histórico sobre a relação entre Estado e Sociedade no Brasil e a configuração das políticas educacionais de diferentes épocas. Analisar como o programa de Tempo Integral está sendo realizado na escola Municipal José Lúcio de Sampaio, em União de Minas- MG.
Devemos favorecer o envolvimento, o interesse, a participação em todo o processo que será vivenciado pelo aluno, além de respeitar os estilos individuais de aprendizagem.
Espera-se que essa proposta de trabalho permaneça em constante debate, análise e aprofundamento de questões que possa propiciar uma educação de tempo integral de qualidade, que os educando inseridos nesse projeto possam realmente fazer a diferença.
9 Cronograma de Atividades
Fe. |
Ma. |
Abr. |
Maio |
Jun. |
Jul. |
Ago. |
Set. |
Out. |
Nov. |
Dez. |
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Elaboração do Projeto de Pesquisa |
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Levantamento Bibliográfico |
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Levantamento da Pesquisa |
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Análise |
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Redação e Revisão |
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Conclusão |
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Apresentação |
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Conclusão do Curso |
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10 Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Janete M. Lins de. A educação como política pública. 3ª. Edição- Campinas, SP: Autores Associados, 2004. – (Coleção polêmicas do nosso tempo, v.36.
BRASIL. Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 1996.
________Lei 10.172, de 09 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan.2001.
CAVALIERE, Ana Maria V. Educação integral: uma nova identidade para a escola brasileira? Campinas, 2002.
SAVIANI, Dermeval. Da Nova LDB ao FUNDEB. 3 ed. rev.eampl. Campinas, SP: Autores Associados (Coleção educação contemporânea), 2008.
SOUZA, Celina. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45
SOUZA, Paulo Natanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDB. São Paulo: Pioneira, 2000