Em coautoria com: Jade Suelen Silva Vaz

 

Estamos uma humanidade sem limites. Ou sempre fomos, mas nos vemos tão poderosos que não percebemos? Uma questão da qual não nos “tocamos” ainda é que somos animalescos, mas moldados por uma sociedade que nos corrompe e impõe o que temos que ser. Claramente, essa questão tem seus aspectos positivos e negativos. A primeira concepção assim se faz, pois nos controla em relação a tal ponto de animalista; já a segunda nos faz esconder muitas de nossas facetas.

Por exemplo, quando vemos caso de ataques, assim como no caso Suzano, em que os assassinos utilizaram armas de fogo, machadinha e flechas. O que leva duas pessoas de 17 e 25 anos, respectivamente, a tomar esse tipo de atitude. Sim, há fatores psicossociais que explicam o ocorrido em questão. Mas e as outras questões que, muitas vezes mínimas, evidenciam que estamos sem limites, mas de forma consciente?

Costumeiramente nos colocamos em alerta frente à qualquer situação cotidiana, pois ansiamos que o mal possa vir a nos acontecer graças ao clima de desconfiança coletiva que foi instaurado na sociedade. O que antigamente era comum se brincar na rua até tarde com seus amigos, hoje se torna quase sinônimo de exposição à violência, que não mais está restrita a alguns locais, se alastrou para muitos deles.

O exemplo de Suzano nos mostra que, mesmo um ambiente de saber, a vida alheia tem valido “pouco” ao ponto de dois adolescentes adentrarem esta escola e atentarem contra a vida de pessoas que estavam ali com o intuito de se nutrir de conhecimento apenas.

Os limiares humanos tem se expandido, muito pelo uso das redes sociais e agregação da tecnologia ao toque das mãos. A globalização expandiu o alcance das vozes de todos e assim se pode ecoar sua opinião aos quatro cantos do mundo, caso assim se deseje.

As particularidades têm se tornado cada vez menores, uma vez que munidos de internet, câmeras e aparatos tecnológicos, as pessoas se munem de informações e ferramentas para atingir seus objetivos – ainda que visando atrocidades, como foi o caso citado.

Podemos notar que a abordagem de Suzano foi friamente elaborada graças às armas em posse dos jovens. Não foi uma intervenção fortuita, mas calculada de maneira a viabilizar local, horário e devidas ações no local. Tal ocorrência denota o que a falta de acompanhamento traz como consequências: utilização exacerbada da web para interesses particulares que podem tender, inclusive, ao mal.