O texto relata o desenvolvimento intelectual do pensamento filosófico na historia da humanidade e como grandes pensadores contribuíram para moldar a personificação do que acreditamos o que é o ser humano.

Antes do século V, a natureza era o molde de pensamento dos primeiros filósofos, apenas a partir de Sócrates que o ser humano passou a ser o foco do pensamento filosófico. Sócrates debatia com veemência que o ser humano é a fonte de todo conhecimento e que a partir dessa premissa que ele tem a obrigação de examinar sua própria existência, investigar e só assim sua vida passará a fazer sentido, não obstante, acreditava que a partir do conhecimento de si mesmo passará também a conhecer os outros extrapolando até para outros deuses.

Platão e Aristóteles foram os filósofos que mais contribuíram para o estudo do ser humano. Platão acreditava que o homem era composto pelo corpo físico e pela alma, sendo que a primeira era mortal e segunda imortal, no entanto pedia que as pessoas não excluíssem um em detrimento da outra, razão essa que algumas seitas ignoravam pedindo para que as pessoas cuidem da alma, partindo da premissa que sendo a alma imortal é inútil cuidar do corpo mortal já que só alma permanece intacta e o corpo se deteriora. Platão dizia que corpo e alma eram indissolúveis, que vivem em um tipo de simbiose, ou seja, uma alma saudável depende do bom cuidado do corpo. Essa teoria deu inicio ao chamado dualismo psíquico.

A ideia de que o ser humano é animal racional e politico só foi possível graças as ideias de Aristóteles, baseando sua teoria nas de Platão, dividiu os atributos da alma sendo o mais importante á razão. Aristóteles acreditava que o homem é o único ser dotado de razão e que se expressa através da linguagem juntamente com o pensamento.

Na idade media, onde a religião é o estado era praticamente uma designação só, o pensamento convencional era que o ser humano nada mais era que um mero instrumento nas mãos de Deus. Pensar por si mesmo era desencorajado e fazer o que eu quero era substituído por ‘’ o que Deus quer que eu faça.

Entre os séculos XIV e XVI, renascentistas substituíram Deus com o centro do universo (teocentrismo) com a ideia de que o ser humano deveria ser a preocupação da humanidade como forma de recuperar sua dignidade (antropocentrismo) a vertente que valorizava o ser humano era conhecida como humanismo.

Com a revolução industrial a preocupação pela Desumanização começou a tomar conta da sociedade, a exploração do homem pelo próprio homem criou uma sociedade onde o ser humano não é valorizado pelo que ele é, mas pelo que ele pode oferecer.

                                      Paulo Henrique Alves Fialho: escritor independente