RELAÇÕES INTERPESSOAIS: CONCEITUANDO A ARTE DE CONHECER O OUTRO.

Quando fala-se em relações interpessoais refere-se a relacionamentos em um grupo de pessoas. Com conceito formado na Psicologia e Sociologia as relações interpessoais possuem normas comportamentais para um bom convívio em sociedade. Contemporaneamente uma temática que possui extrema relevância e que está em constante transformações, devido ao tempo, cultura e valores agregados. Pode-se utilizar da teoria das relações humanas para resolução de conflitos, convívio harmonioso no ambiente de trabalho, escolar, familiar onde se estiver inserido. Logo, relaciona-se está no campo de inteligências emocionais, pois para conhecer o outro é necessário se conhecer.

 Para Antunes, (1937,p.7). “Entende-se por relações interpessoais o conjunto de procedimentos que, facilitando a comunicação e as linguagens, estabelece laços sólidos nas relações humanas”. Em virtude disso, o relacionamento com uma pessoa e outra, entre membros de um grupo, entre grupos numa organização está incluso nas relações interpessoais que está atrelada a relações humanas. Saber se colocar de maneira adequada não perdendo sua espontaneidade, mas respeitando os direitos das outras pessoas e cumprindo seus deveres mediante ao grupo inserido é plausível, facilita a realização do objetivo proposto pela organização.

De acordo com Minicucci, (2014,p.25). “As relações humanas ou interpessoais são acontecimentos que se verificam no lar, na escola, na empresa”. Então a convivência com os outros, o tipo de comportamento que se possui mediante as pessoas. É relevante refletir sobre como ocorre esse comportamento interpessoal, pois é necessário ser capaz de lidar com pessoas de temperamentos e personalidades diferentes. Visto que, se as relações estão sendo afetadas por conflitos, então se está havendo problemas, os tais devem ser analisados para intervenções cabíveis.

Somos seres singulares, um universo de individualidade, cada pessoa com uma genética diferente e por consequência das diferenças sociais, possuímos pensamentos e culturas diferentes. Que isso é uma riqueza por sermos seres complexos, mas que temos direitos e deveres iguais, que não leva em conta cor de pele, posição social, sexo, cultura. Ou seja, as diferenças fazem parte de nossa beleza particular, mas quando se é trabalhando para viver em conjunto, pensando no bem comum, mostra o quanto se pode ser moldado e ter comportamentos adaptados para conviver com os outros.

Dentro das relações interpessoais há empatia como capacidade Psicológica de colocar-se no lugar dos outros, para compreender a situação de cada um. O sentimento vivenciado pelo mesmo é algo bastante trabalhado para a convivência em grupos, além disso é uma inteligência emocional, que se obtém como resultado uma ocorrência menor de conflitos nos ambientes, do mesmo modo, é de grande utilidade para se ter relacionamentos saudáveis. Portanto, é interessante conhecer as outras pessoas, mas isso se dá primeiro, a compreensão de nós mesmos, para posteriormente compreender o próximo.

 “A capacidade de compreender, de forma acurada, bem como de compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada” (Falcone & cols., 2008; p. 323).

No âmbito da educação é relevante destacar as Inteligências Múltiplas, teoria originada pelo Psicólogo norte americano Howard Gadner, que conclui com seus estudos que o cérebro humano possui oito tipos de inteligências: linguística, lógica-matemática, espacial, musical, cinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal, em contrapartida, a maioria das pessoas desenvolvem uma ou duas inteligências, podendo elas serem inatas ou desenvolvidas pelo ambiente na qual está inserido, a escola é um lugar propício para se procurar desenvolver essas inteligências e deve buscar desenvolver integralmente o aluno. Aqui, optou-se por tratar somente da inteligência interpessoal, uma vez que foi percebido sua relevância para a construção de Valores Humanos.

Ângela Cristine Ventura da Silveira Rabelo

 

BIBLIOGRAFIA

 

ANTUNES, Celso. Relações interpessoais e autoestima - A sala de aula como um espaço do crescimento integral. 9a Ed.  Petrópolis: Editora vozes, 2003.

Alessandra Vitório, Regatando Valores, formando cidadãos leitores, comprometidos com a paz, Disponível em: http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/artigos_v%20sfp/Alessandra_Vit%C3%B3rio.pdf Acesso em 23 de Maio de 2017.  

MINICUCCI, Agostinho. Relações Humanas -  Psicologia das Relações Interpessoais. 6ª Ed. Atlas, 2014.

Portal de pesquisas, disponível em: http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/inteligencias_multiplas.htm. Acesso em 23 de Maio de 2017.

PSPSIC, Periódicos Eletrônicos em Psicologia, disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712008000300006. Acesso em 22 de Maio de 2017.

Sandra de Fátima & Maria Antônia, A criança e o lúdico, disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisEvento/documentos/com/TCCI057.pdf  Acesso em 01 de Junho de 2017.

Vanessa Drodon, Empatia nas relações interpessoais, disponível em: http://www.ibh.com.br/simposio-tcc/palestras/Empatia-nas-Relacoes-Interpessoais_Vanessa-Dordron-de-Pinho_IBH-Abril-2014.pdf. Acesso em 22 de Maio de 2017.       

Web Artigos, disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/os-valores-e-as-relacoes-interpessoais-no-contexto-organizacional/114939/ Acesso em 02 de Junho de 2017.