OS DESAFIOS DAS AULAS REMOTAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

                                               Autora: Glaucie Gislaine Medina Beljak Silva 

 

Como todos sabem, os dias atuais têm sido desafiadores para os seres humanos, excepcionalmente, para os profissionais da educação de todo país. Em março de 2020 a Covid-19 chegou trazendo medo, angústias e levou as pessoas a se reorganizarem em todos os aspectos humanos.

Momentos de incertezas têm gerado insegurança e receio por parte das famílias e dos profissionais da educação, no aspecto que engloba os desafios das aulas remotas em tempo de pandemia.

Os profissionais da educação nunca imaginaram que do dia para a noite teriam que se reinventar, a grande maioria inexperientes em frente às câmeras precisaram perder a timidez e superar as suas próprias limitações em prol da continuidade do ensino-aprendizagem de seus alunos.

Com certeza o maior desafio foi o de conseguir atender os alunos em sua totalidade, já que nas escolas brasileiras é um misto de turmas diversificadas, onde é notório que cada aluno apresenta uma fase diferente de aprendizagem, tornando assim o desafio de ensinar muito mais complexo.

Além da dificuldade em atender os alunos em sua particularidade, os profissionais da educação encontram outros desafios como a falta de internet e aparelhos celulares por parte do alunado, a falta de infraestrutura das escolas brasileiras em dar suporte necessário a esses alunos e professores, o despreparo das instituições escolares para dar formação continuada adequada aos seus profissionais, falta de recursos físicos e pedagógicos na preparação das aulas e a sobrecarga que os profissionais tem sofrido durante esse período tendo vista que para se elaborar uma aula remota hoje necessita de mais recursos pedagógicos e tecnológicos levando os profissionais a exaustão física e mental.     

Para Bettega 2010 p.31:

A utilização dos computadores pelos professores e alunos nas escolas não resolverá os problemas do ensino-aprendizagem que existem nos dias atuais, mas com certeza pode tornar as aulas melhores e mais criativas, assim como dar aos alunos o direito de se apropriar dessa tecnologia que está presente na sociedade, mas a qual nem todos tem acesso.

É notório e válido verificar que no ano de 2010 a autora Bettega já fazia essa análise da importância da educação digital na educação de crianças e adultos. Todavia a devida importância em formações continuadas não foi dada pelos agentes municipais e estaduais, tendo assim uma precária formação tecnológica dos profissionais da educação. Àqueles profissionais que possuem um estudo tecnológico mais avançado aprenderam por conta própria.

Como afirma Imbernón 2002 p.18:

A formação assume um papel que vai além do ensino que pretende uma mera atualização científica, pedagógica e didática e se transforma na possibilidade de criar espaços de participação, reflexão e formação para que as pessoas aprendam e se adaptem para poder conviver com a mudança e com a incerteza.

            Fica claro que vivemos em uma era digital avançada com inúmeros recursos e aplicativos que facilitam e envolve a vida dos seres humanos. A sociedade em geral tem passado por essas transformações em uma rapidez absurda, surge então a necessidade de uma mudança no posicionamento de todos os envolvidos na educação emergindo uma participação social dos profissionais da educação de modo ativo.

            Não sabemos ainda quando tudo isso irá acabar, a única certeza que temos é que toda sociedade teve que se reinventar e a educação não ficou de fora. Temos visto por todo país formas e modos de ensinar por grupos de whastsap, plataformas digitais e o grande uso de aplicativos para que os alunos consigam em certa parte “aprender” conteúdos em casa.

Nessa perspectiva, temos vistos incontáveis profissionais da educação que são  incansáveis em seu labor educacional vestindo a camisa e arregaçando as mangas para que todos os alunos possam ser atendidos em sua particularidade.  

               BIBLIOGRAFIA 

BETTEGA, Maria Helena Silva. A educação continuada na era digital. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.

IMBERNÓM, Francisco. Formação docente profissional: formar-se para a mudança e incerteza. 3ª ed. São Paulo, Cortez, 2002.