Edivania Marques da Silva, Suzana Bispo do Nascimento e Tatiana Gabriel da Silva Noya Menezes[1]

Prof.ª Dra. Jedida Melo e Prof.ª Dra. Edlucia Turiano[2]

Introdução

            Para se discutir orientação sexual, faz-se necessário considerar que a sexualidade faz parte da vida do ser humano, desde seu nascimento até sua morte. Sendo sua prática e descoberta tendo maior relevância entre pré-adolescentes e adolescentes, que precisam ser orientados, seja no ambiente escolar em que está inserido ou no seio familiar em que faz parte.

Partindo daí, podemos iniciar a discussão, levando em conta, o meio social, o ambiente escolar e principalmente a família que é o primeiro meio social em que o indivíduo está inserido ao nascer.

Sendo assim, este artigo tem por finalidade conscientizar educadores para que possam envolver, não só os alunos, mas toda comunidade escolar e familiar, com palestras e projetos. E os principais envolvidos sejam jovens que estão com a sexualidade aflorada. E assim, possam desfrutar do sexo com prazer, porém com responsabilidade e principalmente, valorizando sua saúde e amando seu corpo.

Desenvolvimento

            A orientação sexual é vista no âmbito escolar como tema transversal, ou seja, existe a possibilidade de se estabelecer na prática educacional. Faz-se necessário que a temática seja tratada com mais seriedade nas escolas, trazendo reflexões sobre sua importância, visto que a sexualidade é algo presente na vida dos seres humanos e permeia todas as etapas do desenvolvimento dos mesmos.

            A temática entrou nos currículos escolares através dos PCNs, pois além dos movimentos feministas, grupos que pregavam o controle da natalidade e das mudanças comportamentais de jovens, surgiu a necessidade de oferecer orientação aos adolescentes dentro das escolas. Isso ocorreu por volta de 1920, porém não houve grande mobilização das instituições para o trabalho com essa temática. Sendo intensificado e enfatizado a necessidade da discussão nas escolas, na década de 70.

            A inclusão da orientação sexual nas escolas deve estar vinculada as demais disciplinas dentro de uma perspectiva democrática, na qual, cabe ao professor ter orientação e discernimento para ministrá-la de forma coerente, mostrando para crianças e jovens a importância de conhecer seus próprios limites.

            Vale ressaltar que o sexo tem grande importância no desenvolvimento do ser humano, bem como na sua saúde psíquica, pois as pessoas estão sempre em busca do prazer.  Além da reprodução, que é fator preocupante nos jovens em idade escolar, pois os mesmos não tem noção da grande responsabilidade que comprometerá toda sua vida, que é a gravidez indesejada, nessa fase.

Conclusão

            Para tanto a família deve ser o primeiro meio que deve orientar e se posicionar, conversando com seus filhos de acordo com suas crenças e religiões. Porém, sabe-se que essa tarefa não é fácil e muitos pais se recuam, ´prefere não falar no assunto, deixando para a escola todas as orientações.

            Em contrapartida, a escola juntamente com psicólogos e educadores devem estar preparados para atuar nas mais variadas ocorrências que por ventura venha acontecer dentro do ambiente escolar, e para isso, organizar palestras, criar e trabalhar projetos com o tema. E assim, envolver os jovens, a família e toda comunidade para que tenha uma boa orientação sexual. Mas para isso, a parceria familiar é de fundamental importância para reforçar a orientação dada na escola.

Referências

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais – terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 436 p.

--------. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs): Educação Física – Brasília: MEC/SEF, 1998.

GOUVEIA, M. H. A influência dos meios de comunicação no desenvolvimento da sexualidade. In: Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 1 (1): 29-32. São Paulo: SBRASH: Iglu.

NASCIMENTO, M. J. C & ROMEIRA, M. L. C. Sexualidade, psiquismo e a educação sexual entre pais e filhos adolescentes. In: Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 10 (2): 237-250. São Paulo: SBRASH: Iglu.

PICAZIO, C. (1998 b). Sexo Secreto: temas polêmicos da sexualidade. São Paulo: Summus.

VITIELLO, N. & CONCEIÇÃO, I. S. C. O exercício da sexualidade na adolescência I: aspectos biopsicossociais. In: Revista Brasileira de Sexualidade Humana. 1(2): 14-28. São Paulo: SBRASH: Iglu.

TIBA, I. Puberdade a adolescência: desenvolvimento biopsicossocial e esquema corporal. 3 ed. São Paulo: Ágora

[1] Alunas mestrandas em Ciências da Educação – FICS

[2] Doutoras em Educação – FICS e UEP