Resumo: O racismo científico chegou no Brasil, em meados  do século XIX, precisamente em 1870, a margem da  perspectiva do desmantelamento escravista,  com a lei do ventre livre em 1871, o movimento abolicionista, como também  a revolta da vacina.

        O estudo positivista, e  o modelo evolucionista de Charles Darwin sobre as espécies ganhou muita visibilidade no Brasil, apesar destas teorias  estarem começando a ser desacreditadas na Europa, porém, as elites  Brasileiras que estudavam em  instituições como, a faculdade de direito do recife, e o  Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco, visavam a construção de uma constituição pós 1888.

            No Instituto Histórico e  Geográfico de Pernambuco, se  abordava  um discurso mais nacionalista, porém, quando se tratava em miscigenação, olhava  a sociedade brasileira de formação degradada, Poligênica, e de múltiplas genéticas.  Daí a importância do estudo da Frenologico, que detectava as raízes cranianas de determinadas  etnias, pós, segundo a perspectiva do mito camítico, os descendente de Cam são inferiores. 

         Na épocas das grandes navegações, Cristóvão Colombo,  percebeu  quando chegou na Jamaica, em cinco de maio de mil quatrocentos e sessenta e quatro as diferenças sociais, e logo as comparou com o homem africano, visto que, ambos teriam a capacidade racional pequena e estrutura física semelhantes.

          A partir da análise do livro: O  espetáculos das raças; cientistas, instituições e questão racial no Brasil entre 1870 a 1930, da professora e antropóloga  da Universidade de São Paulo: Lilia Moritz Shwarcz, será ressaltado a comarca do recife exemplificando   também a questão da Eugenia nos estudos psicológicos  de Galton.

Palavras chaves: Racismo, sociedade, e história.

1-   Introdução

           Como era a aparência mentalística no Brasil  em meados século XIX, sabendo das suas premissas pós-abolição da escravatura?. Será uno, como é ensinado na bíblia, na passagem do velho testamento: gênesis. E como se encontrava a política públicas para a sociedade   “mestiça” e livre?. São perguntas importantes para se pensar no cenário da primeira  República brasileira.

        O objetivo deste artigo é explanar  sobre o desenvolvimento das teorias positivistas e evolucionistas aplicadas no meio social, em 1870, especulando os patamares antropológicos, históricos e sociais  destes, para compreender o pensamento e a forma de agrupar os indivíduos  numa política  de segregação racial.

       É  importante Frisar  as influências do iluminismo  na questão de liberdade, igualdade e fraternidade para formação de uma nação, porém, é importante ressaltar  a discernir entre o pensamento da época, porque, na Europa as mentalidades positivistas sobre a sociedade estava  começando a ser  desacreditadas. Contrapartida, no Brasil, esse pensamento assumia  novas roupagens, principalmente nas  instituições privadas: na Faculdade de Direito do Recife, anteriormente  sua sede  estava localizada em Olinda, e no Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco.

        Nestes espaços de saber científico, delineava-se a  verossímil possibilidade de formar uma civilização ariana  na  sociedade brasileira, ressaltando que, isso  significava a exclusão dos afro- brasileiros e indígenas. 

         Para a Faculdade de Direito do Recife, composta por membros da elite urbana, predominava o pensamento social-darwinista.  Estes pensadores deliberaram um sentimento  retórico de princípios liberais e  científico evolucionistas, como, um palimpsesto de suas análises sociais. Acentuando que tais doutrinas chegaram no Brasil, por volta da década de 70, vinculada ao jogo  político, para justificar as discrepâncias da população brasileira, que do ponto de vista de Lilia  Schwarcz, é chamado   de um “ imperialismo interno que exalta o atraso”,  a “diferença” a “degeneração”, a “desigualdade” no século XIX.

          Relacionada  a influência do iluminismo, onde a razão e o pensamento científico explicava o meio social, os termos“ perfectismo e civilização”, estava ligado a esdrúxula noção do debate da  filogênese e ontogênese, afirmando e delineiam a estrutura da aventura do espetáculo da miscigenação fatal  e doente.  A partir disso, criou-se  a noção de  um negro preguiçoso, malandro, vagabundo, ébrio, de estrutura psique pequena, louco, criminoso, e  desta maneira, o mesmo deveria ser excluido para evitar a poluição da elite brasileira.

         Também   argumentava que os  fumantes e consumidores de bebida alcoólica, tendiam  a ter seus genes modificados, passando  a  genética degenerada  para seus filhos, obliterando a noção de uma sociedade híbrida e em movimento.

 

Do  darwinismo social  adotou-se o suposto da diferença entre as raças e sua natural hierarquia, sem que se problematizassem as implicações negativas da miscigenação. Das máximas do evolucionismo social sublinhou-se a noção de que as raças humana não permaneciam estacionadas, mas em constante evolução e “ aperfeiçoamento”, obliterando-se a idéia de que a humanidade era uma.” (Schwarcz, Lilia Moritz. Pag 25.)

 

         A  teoria  racial  buscava disseminar o pensamento da melhoria do gênero humano, físico como também psicológico.  Neste ponto de vista, os teóricos da elite brasileira sempre citavam pensadores e textos de filósofos, poetas e novelistas da História intelectual, como, o  filósofo iluminista Rousseau, com a idéia de “perfectismo” cultural, Charles Darwin e seu livro evolução das espécies,  Francis Galton e seu estudo eugênico. Tais posicionamentos teóricos estão afirmados na analise dos estudos médicos, antropológicos, sociológicos e psicológicos.

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