O PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

 

Benedita Luciana Morais1

 

                                                        RESUMO

 O presente artigo tem como temática principal uma discussão  sobre a prática de planejamento nos ambientes de educação infantil. Parti de pressuposto que toda e qualquer ação humana e passível de ser planejada e de que o planejamento seja uma característica peculiar da humanidade. Enquanto política cognitiva o planejamento esta firmado na construção de estratégia para o processo de ensino e aprendizagem, desta forma dialogar com este elemento tão importante da ação pedagógica é, pois urgente e necessário.

Palavras- chaves: planejamento. Educação infantil

                                     RESUMEN


            Tema principal de este artículo es un análisis de la práctica de la planificación en los entornos de la primera infancia. Empecé a partir del supuesto de que toda acción humana y que pueden planificarse y que la planificación es una característica peculiar de la humanidad. Si bien la planificación de políticas cognitiva firmó en esta estrategia de construcción para la enseñanza y el aprendizaje de esta manera el diálogo con este importante elemento de la acción pedagógica tanto, es urgente y necesario.




Palabras-clave: Planificación. Educación Infantil

1Benedita Luciana Morais: pedagoga

1-      INTRODUÇÃO

 

 

 

A questão do planejamento educacional vem sendo discutida a muito tempo por estudiosos e pesquisadores da educação, com a perspectiva de compreender   e ressignificar o ambiente escolar pela ação docente. A educação infantil como espaço de formação humana onde a atenção deve ser feita com objetivos mais centralizados e requer muito mais organização didático-pedagógica, traz por tanto para o centro do diálogo o planeja em ambiente que atende crianças pequenas.  Sabe-se que cada ação no processo cognitivo da educação infantil deve ser minuciosamente planejada e elaborada enquanto estratégia de formação humana.

Diante disto o que se pretende aqui é, pois dialogar com as práticas de planejamentos na busca de evidenciar por meio da pesquisa bibliografia a eficácia deste no processo cognitivo da educação infantil.  Então é necessário perceber como o planejamento escolar na educação infantil evidência uma ação promotora da formação humana.  Deve-se levar em consideração que existe uma rotina pré estabelecidas para os ambientes educacionais infantis que deve ser imperativos dos planejamentos pedagógicos. Assim se tomara por base os diálogos reflexões de autores como: AHMAD, ( 2011), BARBOSA, (2006 GANDIN, ( 2011), OLIVEIRA, (1992), VIANNA, ( 1986) e de documentos importantes como: LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei 9.394/1996   e  Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2010).

2-      O PLANEJAMENTO: DIALOGANDO COM TEORIAS

Como já mencionado anteriormente o ato de planejar é, pois, uma característica da ação humana, isto é fato. O ser humano pode planejar de forma estratégica e mobilizar forças metal e física em torno de um objetivo que almeja alcançar. Desta forma fica claro que o planejamento exerce o caratê estratégico para qualquer ação humana e pode ser  utilizado em diferentes atividades e momentos. Não, pois restrições para o uso do planejamento, pelo contrário é recomendado desde aas mais simples as mais complexas tarefas. Pode se dizer que ao contrário do que parece e do que muitos pensam este não um ato exclusivo da esfera educacional, todavia a educação dá ao planejamento algumas configurações peculiares.

 De acordo com Vianna (1986, p 17, 18) “O Planejamento Educacional é centrado no homem, animal racional, eminentemente social e livre, inconcebível dentro de parâmetros regidos e imutáveis, nunca enquadrados em formas predeterminadas e constantes.” Isto significa que o planejamento não seja algo pronto e estagnado dentro de uma prática, em educação ele tem uma configuração muito complexa de fato.  Desta forma ao passo que própria ação humana evolui e é ressignificado o planejamento também o é. Esta ressignificação apresenta, pois certa flexibilidade ao planejamento.

“O Planejamento tornou-se uma atividade multidisciplinar, exigindo trabalho conjunto e integrado de administradores, educadores, pedagogos, economistas, sociólogos, estatísticos e outros especialistas” (VIANNA, 1986 p. 16).  Esta face multidisciplinar que o planejamento tem dado a ação docente coloca a escola  no processo de reflexão das práxis. A ação que outrora tinha por característica o individual, agora tem por princípio o trabalho coletivo e cooperado. De acordo com o pensamento da autora o planejamento com esta configuração tem envolvido cada vez mais atores sociais na busca por educação de qualidade e prática coesa.

Pensar uma prática educativa neste sentido é, pois planejar todos os momentos e cenários que se instala a favor do processo cognitivo. Isso inclui a mobilização de forças e competências no objetivo de organizar estrategicamente a ação e seu ambiente cognitivo.

3-      O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Depois da família a escola é o mais importante espaço de formação humana. E quando se fala de educação infantil a formação esta vinculada não somente aos aspectos cognitivos e motores, mas envolve valores, afetividade, cooperação, e tantos outros elementos conforme dispões as diretrizes curriculares nacionais da educação infantil. Neste sentido o planejamento como ferramenta de melhoramento da prática  docente na educação infantil requer alguns elementos, a saber:

ü  Precisa ser discutido e articulado aos sujeitos;

ü  Precisa ser fruto de uma discussão coletiva;

ü  Precisa estar firmado na realidade imediata dos sujeitos;

ü  Precisa ser flexível;

ü  Preciso ter objetivos aplicáveis;

ü  Precisa considerar os sujeitos temporalmente.

Do contrário o planejamento não dará voz a seus sujeitos se tornando o óbice do processo e não a estratégia. É preciso que o planejamento seja uma espelho da sua realidade, trazendo para si as necessidades imediatas e apontando formas de superá-las, considerando cada movimento da criança como elemento de uma estratégia.

Através dos planejamentos, as manifestações que as crianças expressam no seu dia-a-dia, a partir de seus balbucios, choros, falas, gestos, desejos, hipóteses e conhecimentos prévios, estes são de suma relevância para um trabalho que respeite as culturas infantis, considerado seu ambiente e desenvolvimentos.” (AHMAD, 2011, 03).

 A educação de crianças pequenas exige cada vez mais um profissional capaz de sistematiza sua práxis pedagógica. E desta forma o planejamento é uma ferramenta facilitadora, dominá-lo é extremamente necessário e promissor.

Desta forma as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (2010), asseveram que os currículos da educação infantil devem, pois estar  alinhados a um:

“Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade” (p.12),

Neste sentido os RECNEI, vol. II coloca aos nossos olhos um dos elementos que deve ser mais planejados e organizados na educação infantil ,a saber ,a brincadeira.

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (1998, p. 22).

Assim  o planejamento  da educação infantil tem como principio básico três pilares fundamentais:

ü  Ludicidade:

ü  Autonomia;

ü  Identidade;

Sendo que os dois últimos estão intrinsecamente envolvidos na trama que possibilita o primeiro. O lúdico deve ser  o ponto chave do planejamento da educação infantil pois traz em seu bojo características fundamentais da infância  otimizado o processo pedagógico de forma considerável.

3.1- O OBJETIVO DO PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Levando em consideração  que o planejamento seja um instrumento otimizador da pratica docente da educação infantil e que deve propor um trabalhos com bases significativas,  Schimtt (2006, p.2,) assinala de forma enfática seu principal objetivo:

O objetivo principal do planejamento é possibilitar um trabalho mais significativo e transformador na sala de aula, na escola e na sociedade. O plano escrito é o produto destes processos de reflexão e decisão. Não deve ser feito por uma exigência burocrática, mas, ao contrário, deve corresponder a um projeto compromisso do professor, tendo, pois, suas marcas.

Neste sentido pode-se dizer que o planejamento permite ao educador controlar cada ação, dando-lhe uma noção temporal e cognitiva de seu trabalho pedagógico. Organizando em blocos temáticos e de ações significativas cada atividade ser desenvolvida na sala de aula. Assim o docente tem mais segurança e dá todos os vês mais passos mais firmes em direção da construção que ora se propõe. De acordo com Angotti, (1994, p. 57-58,):

A perda de controle do próprio trabalho gera no profissional um estado de incertezas referentes a “o que”, “como” e “por que” fazer, induzindo a buscar imediatista, para poder operar a dinâmica que caracteriza a situação de ensino. Esta situação torna pouco fecundada a prática de troca de experiências que ocorre entre profissionais deste nível de ensino – pratica tão almejada para a construção de um projeto pedagógico consiste de concepções claras e execução viável, precisa. Com isto a prática docente ocorre de forma dogmática, pouco refletida e fragmentada

O planejamento dá seguridade e autonomia e permite que docente possa avalizar cada aspecto de sua ação. Flexionando sua práxis  ás necessidades de seus educando.”De um modo geral, o planejamento que segue essas orientações segue apontando noções a serem trabalhadas na pré-escola, contemplando conteúdos básicos das quatro grandes áreas de conhecimento”. (OSTETTO,1992,p.02).

             

4-      Considerações Parciais

 

 

Diante do dos estudos efetuados pode-se concluir que o planejamento na educação infantil tem por objetivo organizar a prática docente e dar segurança no desempenho das atividades.  O planejamento não deve ser visto como uma peça burocrática prevista para encher pastas e gavetas da instituição na ilusão de um trabalho realizado. ( ANGOTTI, 1994, p66).

Deste modo afirma-se aqui o caráter direcionador que o planejamento independente das configurações estruturais que este possa ter, sendo um produto organicamente construído para ser executado ao longo de um período de trabalho, em compasso com que veio anteriormente e o que virá depois. (IBID)  Assim conclui-se que  o planejamento se constitui parte fundamental e indispensável na educação infantil.

5-      Referências

 

 

ANGOTTI, Maristela. Semeando o Trabalho Docente IN: Oliveira, zilma Morais

Ramo(org). Educação Infantil muitos olhares. São Paulo:Cortez 1994.

AHMAD, Laila Azize Souto. Planejamento na Educação infantil: uma construção mediada pela coordenação pedagógica no núcleo de educação infantil IPE Amarelo. Curitiba, PUC, 2011.

BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Por Amor e Por Força Rotinas na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BRASIL, LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei 9.394/1996 - 2. ed. - Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.

________, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, 2010.

GANDIN, Danilo. Planejamento Como Prático Educacional. 19 ed. Editora Loyola, São Paulo, 2011.

OLIVEIRA, Zilma Ramos. Creches: criança e o faz-de-contas & cia 13ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: vozes, 1992.

OSTETTO, Esmeralda Luciana. Encontros e encantamentos na educação infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas, Papirus, 2002.

________ Planejamento na Educação Infantil, mais que atividade a criança em foco. Campinas, Papirus. 1992.

SCHMITT, Adriana. Registro de Planejamento na Educação. Santa Catarina. Ed

FURB. Vol. o1, n 2. 2006.

VIANNA, Ilca  Oliveira de Almeida. Planejamento participativo na escola: Um Desafio ao Educador. Editora: E.P.U – São Paulo, 1986.