O impacto do momento.

O chão foge aos  pés.
De repente, não ter onde segurar, em que se apoiar.
Vencida pelo torpor do momento.
O medo...O desespero...
Momentos de aflição...
O que fazer?
É como se não existisse saída.
Perdida num labirinto.
Algo abala a subsistência, a sobrevivência.
Tudo o que é básico está ameaçado.
Como encarar as pessoas ao  redor?
Aquelas ligadas por uma dependência natural
e outras em que há uma dependência circunstancial?
Por momentos, vedadas todas soluções.
A cabeça não dá conta da revoada de pensamentos.
Pensa-se tudo e pensa-se  em nada ao mesmo tempo.
Qual a melhor fuga?
É preciso desativar a mente.
Como? Nem o sono vem.
A cabeça dói.
Literalmente falando.
Mas em meio a esse alvoroço,
surgem uns lances de memória.
E as intempéries já vividas, os tropeços, as adversidades?
E o acolhimento de Deus? Não faltou.
Então...não faltará agora.
A fé é abalada pelo choque do acontecido.
Porém  vai se recuperando aos poucos.
Assume-se algumas culpas,
e pensa-se na glória  divina,
que a  tudo transforma.
Embora difícil, a solução é tomar outro ponto de partida
e caminhar confiante.
E quando   se consegue raciocinar,
é hora de fazer o balanço de tudo:
a  grande sensação de não estar sozinha.
E isto é bom...é muito bom!...
Ver com quantas pessoas se pôde e se pode contar...
É o toque de Deus!