Tatiana Aquino de Freitas Zovka

Professora Dra. Jedida Melo

Introdução

A Cárie dentária continua sendo um desafio para a saúde pública brasileira. Nos últimos anos com os avanços das políticas públicas de saúde, com criação do Programa Brasil Sorridente, adoção e expansão do Programa Estratégia Saúde da Família e inclusão de equipes de saúde bucal na Atenção Básica observou-se redução da doença cárie em crianças de até 12 anos, segundo os dados da pesquisa epidemiológica de saúde bucal em 2010 (SB Brasil).

Entretanto, a meta da Organização Mundial de Saúde para 2010 era de 90% das crianças sem cárie não se observa esta diminuição em crianças menores de até 3 anos. Cotidianamente encontram-se crianças na primeira infância com manifestações clínicas de cárie precoce na infância, a qual se caracteriza pela destruição dentária rápida em crianças pequenas, o que pode provocar transtornos para seu desenvolvimento, pois se não tratada, poderá causar: dor, infecção, perda prematura de elementos dentários decíduos, e consequentemente dificuldade para mastigação e alimentação, comprometer fonação e estado nutricional.

Desenvolvimento

O tratamento da doença cárie em crianças pequenas é dificultado devido a pouca capacidade de entendimento e colaboração, o que torna necessário a intervenção de odontopediatras, nem sempre disponíveis no sistema público de saúde. Pensando em diminuir a incidência de cárie precoce em crianças é necessário desenvolver programa de orientação e prevenção para gestantes durante o pré-natal.

Pesquisas indicam que durante a gestação as mulheres encontram-se mais receptivas a adotarem hábitos saudáveis e medidas preventivas em relação a sua saúde e saúde do futuro bebê. Portanto, é importante que todas as gestantes recebam cuidados odontológicos para recuperar e/ou manter sua saúde oral, bem como orientações para cuidar do bebê e prevenir doenças bucais.

Sabe-se que a cárie é uma doença infecto contagiosa que pode ser prevenida quando se estabelece controle sobre a alimentação, evitando ingestão de alimentos açucarados e adotando medidas diárias e adequadas de higiene bucal. Programas preventivos são eficazes, econômicos e viáveis, devendo ser adotados o mais precocemente possível. A gestação mostra ser o período ideal para que medidas preventivas sejam colocadas em prática com o objetivo de evitar a cárie em crianças.

Conclusão

O ministério da saúde preconiza que toda gestante realize junto ao pré-natal, o acompanhamento odontológico e adote como rotina a consulta odontológica na Atenção Básica, desmistificando a crença de que gestantes não podem realizar tratamentos odontológicos. Espera-se que futuramente as gestantes que receberam orientação odontológica durante o pré-natal sejam influenciadas a manterem medidas preventivas, e que a diminuição e controle da cárie dentária sejam realidade para toda a população brasileira.

Referência Bibliográfica

SILVA, M.V.; MARTELLI, P.J.L. Promoção em Saúde Bucal para Gestantes: Revisão de Literatura. Odontologia Clín. Cientifíc. 2009; 8(3): 219-24.